Poética I
De
manhã escureço
De
dia tardo
De
tarde anoiteço
De
noite ardo.
A
oeste a morte
Contra
quem vivo
Do
sul cativo
O
este é meu norte.
Outros
que contem
Passo
por passo:
Eu
morro ontem
Nasço
amanhã
Ando
onde há espaço:
-
Meu tempo é quando.
---
O astronauta
Quando
me pergunto
Se
voçê existe mesmo, amor
Entro
logo em órbita
No
espaço de mim mesmo, amor
Será
que por acaso
A
flor sabe que é flor
E
a estrela Vénus
Sabe
ao menos
Porque
brilha mais bonita, amor
O
astronauta ao menos
Viu
que a Terra é toda azul, amor
Isso
é bom saber
Porque
é bom morar no azul, amor
Mas
voçê, sei lá
Voçê
é uma mulher
Sim,
voçê é linda
Porque
é
Vinicius
de Moraes
Arranjo
de base de Maria Bethânia
5 comentários:
Na revista do Expresso vem hoje um longo artigo sobre ele!
É sempre bom recordá-lo!
Abraço
Viva Rosa, obrigado pela dica.
Tenho andado muito disperso, aliás para não fugir à rotina que até parece que nem reparo nos meus amigos da blogosfera.
E agora com a moda do feicebuque pior ainda.
Eu, cá por mim, continuo a apreciar sobremaneira a maneira de comunicar através do blogue.
Um abraço, bom domingo.
Que a memória fique
com quem nos dignifique
Saravá, meu irmão!
Saravá, meu irmão...
Haja memória que nos ajude a fazer no presente o futuro que nos dignifique...
Saúde, Rogério!
Passando pra deixar um abraço Nunes
Vinicius, sempre necessário.
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