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Distribuição gratuita por ser edição da Junta de freguesia e porque se pretende, acima de tudo, divulgar a vida e a obra de ACÁCIO de PAIVA.
Distribuição gratuita por ser edição da Junta de freguesia e porque se pretende, acima de tudo, divulgar a vida e a obra de ACÁCIO de PAIVA.
Capa do livro
Acácio de Paiva: Poeta, cronista, jornalista, dramaturgo e, sempre, um Homem de princípios.
Os bons princípios quando germinam, crescem e frutificam no “campus” do homem válido, do homem vestido de sublimidade que lhe garante a ascensão ao humano que poucos atingem, são sempre invioláveis e eternos; havendo sempre a disponibilidade de um asilo onde viva, mesmo em exílio, a sua consciência. E quando tais princípios se juntam de parte em parte, de gota em gota, no espírito de um homem de valor, transformam-se numa enorme vaga, que nem a lei os reprime nem a inquisição os alcança; ou porque a vaga se desfaz longe da costa e sem estrondo se esvai e é pelas suaves ondas absorvida; ou a areia, com carícias, a recebe, salvaguarda e esconde.
Tais princípios são eternos e imortais, porque encerram em si mesmos, alheios a preconceitos, o carácter, a energia e a substantividade de uma lei absoluta, imutável e universal.
O que determina o seu inegável valor, a supremacia diante da força e do interesse, nas viagens que a sociedade desde sempre prossegue e seguirá, é a virtude reprodutora dos seus benéficos resultados e a inalienabilidade maravilhosa e marcante das aquisições que vai, no percurso, criando e incorporando para benefício de todos os que buscam aquele limiar do humano.
E houve homens, ao longo de toda a História, tal como aconteceu com ACÁCIO DE PAIVA que só consigo próprios dialogaram e/ou, sempre que lhes foi permitido, só com Deus estabeleceram diálogos – estes,porém, não decifrados aos restantes homens - e, por isso, se acentuando, como é o caso, a frase de ANTÓNIO NUNES que, em certo ponto da sua missiva nos explicita estas palavras: “Só de facto um “Crésus Perdulário” poderia ter passado uma vida a produzir, sem a preocupação de que a sua obra ficasse imortalizada num livro...”.
Mas, agora, há-de ficar,devido aos méritos de Acácio de Paiva e de António Nunes.
O grande homem da Cultura, Fernando Paulo Baptista, escreveu (para que nós, com a devida vénia e reconhecimento, aqui o exararmos) em certa ocasião e para certa obra, o seguinte: “Numa palavra: o dinamismo textogónico e testofânico não deixa de brotar, de modo consciente ou mesmo inconsciente, do substante e identitário “território” corpóreo-mental, auto-biótico e existencial, com seus entornos sociais e seus constituintes de natureza cronológica,histórico-geográfica,civilizacional, filosófico-axiológica, cultural e artística que fundam e estruturam a “personalidade” do autor de um texto. E assim aconteceu, como não podia deixar de ser, com ACÁCIO de PAIVA.”
Também ele, como o Joan Miró do famoso poema de Octavio Paz, “semeia pássaros no jardim do vento “, pássaros de insatisfeita, irresignada e desassossegada inquietação, mas, ao mesmo tempo, e com Ernst Bloch, “aurorais e apaziguadores pássaros de amor e de esperançosa utopia...”
Estas palavras merecem ser gravadas no eterno Memorial de Acácio de Paiva, por serem a resplandente luz vinda do Sol, a qual, suplanta todas as demais e cobre como manto dourado toda a substância por si produzida na sua multifacetada actividade de Artista.
Adoptar, portanto,e neste passo, tais palavras e pensamentos, explanando-os com o sentido que se lhes atribui é, para nós, uma elevada e dupla honra, por se conformarem plenamente com os valores de quem os escreveu e de quem os recebe: Fernando Paulo Baptista e Acácio de Paiva, baluartes notáveis da nossa Cultura.
II
ACÁCIO DE PAIVA foi Poeta lírico, Prosador, Cronista, Jornalista, Dramaturgo e Emérito humorista de reconhecido e superior espírito de cidadão.
Autor com grande labor literário, sempre vestido de entusiasmo e de génio, sempre intervindo nas mais diversas áreas da cultura e da Cidade; Cruzando todos os estilos e ambientes;
Interveio ele em jornais e revistas de marcada qualidade sempre acrescentada por si, dirigindo-os, orientando-os, deixando sempre plasmada nas suas páginas a sua elevada Cultura;
Escreveu maviosos e copiosos versos;
Deixou-nos inesquecíveis trabalhos no campo do Teatro;
Criticou com subtileza e de um modo muito pessoal e original os desmandos da sociedade em que estava inserido;
Fez rir muitas pessoas, em riso franco, muitas das vezes as próprias criaturas caricaturadas nos seus escritos.
Trabalhou ao lado de personalidades várias do nosso mundo cultural, as mais ilustres ao tempo, tais como António Ferro, Júlio Dantas, Rafael Bordalo Pinheiro, Stuart Carvalhais, Stuart Magalhães, Rocha Vieira e tantos outros que o admiravam.
Dirigiu, como se disse, diversos periódicos, deixando em todos a qualidade da sua passagem, realçando-se, neste ponto, o ícone documental “Ilustração Portuguesa”, “O Século Cómico”, “Suplemento de O Século”, neles publicando poemas, crónicas, ecos, temáticas originais e singulares, todas plenas de hilariedade; focando nomeadamente o quotidiano, tudo assinando com o nome próprio ou sob pseudónimos vários, como os de Belmiro, Máscara Azul, Manecas e outros.
É de realçar tambem a sua mestria no burilar da palavra, onde a mesma se sucede e por vezes se confunde por meio de engenhosos trocadilhos.
Fez uso de um hábil e contínuo jogo de palavras na sua prodigiosa arte de versejar.
Foi notável a sua acção no campo da caricatura, bem como no desenho. O “Quim e o Manecas” são disso elevado e concreto exemplo.
Possuía ágeis e versáteis recursos para obter efeitos didáticos e cómicos.
Analisado com alguma atenção e cuidado o seu subtil humor satírico denuncia, de um modo especial e original situações e temáticas de índole social e política, não só da realidade nacional como de demais pessoas e países da Europa e do Mundo.
Dotado de uma enorme, mesmo inigualável, capacidade de ironizar, sempre capaz de fazer gargalhar os outros, bastaria esta qualidade para de todos merecer a permanente e eterna homenagem.
Mas será para sempre lembrado como um Insigne Poeta Leiriense, da Lusofonia, da “Poiêsis”.
Realcem-se, aqui chegados, alguns dos seus poemas e as citações que mereceu dos seus confrades, e neste minguado espaço se darem a saber, as notas que os mesmos mereceram de modo a se atribuirem a ACÁCIO DE PAIVA, os encómios, que o alcandoram ao patamar dos grandes vultos da Lusofonia:
AS PAPOILAS, AS ROSAS, AS ANDORINHAS, O SONETO A LEIRIA, O SONETO DE 8 de Maio de 1936- VINHO! Coragem, Nervos, Luz, Amor; JOÃO FERREIRA DA ROSA, OLAVO BILAC, Dr. FERNANDES DE OLIVEIRA, Minº da Agricª, AS DUAS COLHERES e tantos e tantos outros que o tornaram inequivocamente um dentre “os pássaros semeados no jardim”, “pássaros de amor e de esperançosa utopia “.
Quanto às citações deduzidas pelos seus admiradores, grandes vultos da Cultura de então, basta lerem-se, na presente obra, as de Adelino Mendes, Américo Cortez Pinto, Afonso de Sousa (meu saudoso Amigo), Adelaide Felix, Afonso lopes Vieira, André Brun, Augusto de Castro, Augusto Gil, Ernesto Rodrigues, João Colaço e outros, os quais, em vida, reconheceram de modo iniludível o seu valor. Valor que será reconhecido perpetuamente, reitera-se, a Bem da Verdade e da Cultura Lusófona.
III
A Obra de ANTÓNIO NUNES.
Nobre propósito norteou o meu admirado Amigo.
Com inultrapassável nobreza, coragem, dedicação e sentimento atingiu ele o cume até agora inexplorado, rico de tesouros variegados e só agora conhecidos, possibilitando que tantos regalos e pérolas culturais pudessem, a partir de agora, ser usados e usufruídos por todos os Leirienses, por todos os estudiosos Portugueses, por todos os que têm a ver com a Lusofonia, e não só.
Para o Autor, António Almeida Santos Nunes: “BEM HAJAS, ANTÓNIO!”…
Porque na esteira da legenda Aquiliana “Quem porfia sempre alcança”, tiveste dentro de ti a força, a vontade, o engenho, a arte e o valor imprescindíveis para que aquele buscado cume fosse atingido e de todos sabido e conhecido, disso beneficiando toda a humanidade e a sua Cultura.
Manifesto, neste passo final, o meu regozijo por o Autor ter conseguido estes tão belos resultados que ultrapassam, certamente, o que por si foi sonhado.
No Rio e em Almofala, Junho de 2013
Arménio Vasconcelos
Presidente da Academia de Letras e Artes Lusófonas
António Nunes
António Almeida Santos Nunes é natural de Viseu, onde nasceu no lugar de Casal, freguesia de Ribafeita, a 13 de Fevereiro de 1947. Reside nos Lourais, freguesia da Barreira – Leiria.
Em Outubro de 1966 veio para Leiria a fim de lecionar disciplinas do 6.º grupo na então Escola Industrial e Comercial de Leiria (actual Escola Secundária Domingos Sequeira).
Em 1968 casou em Leiria com Zaida Manuela Paiva. Tem dois filhos e quatro netos.
Cumpriu o serviço militar obrigatório como Alferes miliciano, no período de 1968 a 1971, tendo sido mobilizado para Moçambique (a sua filha Inês nasceu em Nampula). Em Leiria tem exercido a profissão de Contabilista, Consultor de Gestão e Professor do Ensino Secundário. É Radio-amador, categoria A, licenciado pela ANACOM, desde 1982, cuja Estação emissora opera sob o indicativo internacional CT1CIR.
Fez parte da Assembleia de Freguesia da Barreira-Leiria, mandato de 2005 a 2009, tendo sido membro da sua Junta no mandato anterior, de 2001 a 2005. Também fez parte da Assembleia de Freguesia de Leiria imediatamente a seguir às primeiras eleições pós 25 de Abril de 1974.
É coautor de “José Teles de Almeida Paiva - Uma Vida, uma Época, uma Cidade - 1917-1994”, Folheto, Leiria, 2004 e autor de “Caminhos Entrelaçados na freguesia da Barreira-Leiria”, Ed. da Junta, 2005. É editor de várias páginas e blogues na Internet, desde o ano de 2000, nomeadamente “Viver em Leiria” e “Dispersamente”.
(Texto retirado daqui)
4 comentários:
Li tudo com muita atenção. Resta-me enviar-lhe um grande abraço de felicitações e a manifestação de um grande respeito e apreço pela sua obra.
Alda
Parabéns pelo livro Antònio! bj
Muito obrigado pelas suas palavras simpáticas, Alda.
A minha obra; digamos que é aquilo que eu gosto de fazer, desde sempre, mas que a vida não me tem proporcionado condições para aperfeiçoar. De modo que cá continuo e continuarei no meu estilo algo dispersivo, também muito disperso.
E o tempo passa... e tanta coisa que fica por fazer!
Obrigado Adriana Roos (Rosa desde os tempos de 96/7).
Saúde. Felicidades aí pelo Brasil.
Bj
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