Fui passar o fim de semana com os meus irmãos e respectivos cônjuges ao Porto, mais propriamente, base assente em Ponte de Lima, uma casa mais que santuário, da Sildina e do Mário. E por ali andámos, conversámos muito, rimos, quase que chorámos... comemos e bebemos até mais não.
Contra o calor desta época (30 e tal graus C) tivemos a piscina dos anfitriões... Foram dois dias extraordinários... Ficámos na esperança de que estes encontros serão para continuar...
estamos a ficar velhos mas nem pensamos nisso (senão às vezes, mas agarramo-nos à fé).
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No Sábado, em Leiria, teve lugar uma tertúlia em redor do recente livro de Carlos Lopes Pires "a aldeia com nomes de gatos", ed. Hora de Ler, 2025. Não consegui ser ubíquo... apesar de ter estudado a fundo essa possibilidade...
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No Sábado, em Leiria, teve lugar uma tertúlia em redor do recente livro de Carlos Lopes Pires "a aldeia com nomes de gatos", ed. Hora de Ler, 2025. Não consegui ser ubíquo... apesar de ter estudado a fundo essa possibilidade...
ontem, em são pedro de moel, numa organização de "folhas platónicas", estive numa tertúlia em redor do meu mais recente livro. a graça sampaio fez uma introdução ao livro e houve uma conversa com as pessoas presentes. algumas já conhecia, a maioria não. houve algumas perguntas (a mim) difíceis. não porque não soubesse responder, mas porque há situações em que responder exige muito tempo e a consideração de múltiplos aspectos. então é preferível ficar quase calado. quando alguém, por exemplo, diz que eu sou crente (teísta), ou que sou panteísta, que posso eu dizer? os meus poemas não falam desse assunto. há um poema, não publicado, que termina assim: "os meus poemas/falam com todos/os lugares". não consigo explicar-me melhor do que dizem os meus poemas. quando a carolina santorino disse que a minha poesia é, igualmente, filosofia, que podia eu dizer, senão o quase nada que disse? se fosse filósofo não escrevia poemas. mas, claro, os poemas são sobre a existência. mas não é a filosofia sobre a existência? creio que sim, e creio que tudo o que advém dos seres humanos é respeitante à existência. mas é que a poesia é outra coisa. esta outra coisa é o que a coloca no sítio dos prodígios
há um poema, publicado, em que escrevi:
um dia saber-se-á
que a minha poesia
era outra coisa
como outra
era a rosa
que nela havia
...
mas o mais importante, aquilo que reputo de mais importante, é ter sentido que os meus poemas foram percebidos como integrando uma poética do bem. só por isso, que é tanto para mim, estou mais que grato por termos coincidido neste tempo de existência.
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(No FB de Carlos Lopes Pires - 2 agosto de 2025)