Carlos Lopes Pires publicou, no seu Facebook, nesta data, neste verbete (afixo, como diz Manuel Frias Martins) um belíssimo e sentido poema. O endereço é para os amigos, mas, nesta data, nós olhamos instintivamente para o nosso comum amigo Luís Vieira da Mota.
Em novembro de 2024 juntámo-nos cá em casa, na Carvalhinha - Lourais, e jantámos opiparamente, repasto organizado e executado pela Zaida.
Foi um momento extraordinário de convívio entre amigos que - no que me diz respeito - há mais de uma década se vinha fortalecendo.
Infelizmente, Luís Vieira da Mota (lado direito da foto) morreu no passado dia 12 de agosto.
Reproduzo o texto do "post" de Carlos Pires:
gosto de definir amizade como o sentimento de existência partilhada. sendo a existência de cada pessoa, um acontecimento único e incomunicável, há algo de prodigioso na amizade, e que é a partilha dessa existência. a maioria das coisas deste mundo é feita de simulacros, em que todos, mais ou menos, temos de colaborar. mas nos amigos não há simulacros.
falo por mim
os amigos
fazem-me falta
não me importam
as suas distrações
ou o hábito
que alguns têm
de olhar os pássaros
gosto de me sentar
com eles em silêncio
e ouvi-los cantar
falo por mim
os amigos
fazem-me falta
não me importam
as suas distrações
ou o hábito
que alguns têm
de olhar os pássaros
gosto de me sentar
com eles em silêncio
e ouvi-los cantar
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