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2012/10/17

Antes que seja tarde


Há dias, a meio da semana passada, talvez, 
(o tempo está a passar tão depressa, as perspetivas deste país são uma miséria, bem à vista de todos,  mas nós a querermos que tudo isto não passe dum sonho, um pesadelo que nos está a atormentar mas que ainda temos esperança que, de repente, acordamos, estrebuchamos, acendemos a luz, afinal era mesmo só um pesadelo),
pensei que seria uma boa altura para tirar uma fotografias das flores do meu jardim/quintal.

Ei-las, algumas, não fotografei a parte do quintal, que agora está em pousio, umas couves e alfaces numa estufazita pequenina, aí uns 12 metros quadrados. 
A foto do canto inferior direito mostra as folhas do meu liquidâmbar, aquele que já aqui apresentei em tempos (talvez ainda aqui deixe o link(*), vou consultar o índice temático deste blogue), com o típico mudar de cor das folhas, que irão ficar avermelhadas neste Outono, agora aí em pleno, já não era sem tempo.

Entretanto, a rádio, a minha companhia quando estou sozinho, que ouço  normalmente e por romantismo, a Antena Um, a anunciar aquilo que já estamos a ficar fartos de perceber. Os partidos da coligação governamental de candeias às avessas, estarão mesmo, não será só mais uma fita? para iludir os seus eleitores? raio de partidos que só servem para pensar nos votos que podem perder ou ganhar com as posições que assumem, importa lá o interesse do país, dos portugueses?

Se não quisessem ter de enfrentar a situação atual, assumindo-se com coragem e inteligência, tinham-se demarcado em devido tempo, impondo como condição uma investigação exaustiva ao estado calamitoso em que as contas Públicas estavam e o extremo grau de endividamento externo a que o nosso país tinha chegado. 
E que continua a aumentar, cada dia que passa, sem que se vislumbre a dose de esperança que seria indispensável para nós, os eternos pagantes, acreditarmos que vale a pena mais este descomunal sacrifício que nos está a ser imposto pela atual proposta de orçamento do Estado.

Que fadário o nosso! ...

(*) Esse liquidâmbar foi uma prenda da Junta de freguesia da Barreira por ter escrito um livro (um ensaio, que a mais não consegui chegar) sobre a freguesia.
@as-nunes

2012/08/18

Os figos de pingo de mel, ei-los, Luís!...


Na 5ª feira passada encontrámo-nos, eu e o Luís, num «chat» no Facebook, logo pela madrugada, estava o sol a raiar.

Em determinada altura o Luís perguntou-me se eu sabia o que se passava com os figos, este ano. Que aqueles, meio acastanhados, que normalmente já se comem em Junho, este ano não havia maneira de amadurecerem como deve ser. Isto é, como acontece em anos normais. 
Cresciam, parecia que estavam a ficar bons para comer e caíam verdes. Também reparei nesse pormenor ao observar a figueira dum vizinho, com algumas braças sobre a rua. Os figos têm estado a cair no passeio e parecem verdes, de facto.
O que se passará? Falta de água, provavelmente.

E, de repente, fiquei a pensar nos figos de pingo de mel da minha figueira no quintal. Também não tinha dado por eles, este ano. 

Eu fiquei de lhe dizer se sabia novidades dos figos deste ano. 

Ei-los, Luís. 
Afinal aí estão eles!
Nem me tinha apercebido da sua presença naquela bendita figueira. Os primeiros já estavam a ser comidos pelos pássaros!

Devem ter amadurecido entre ontem e hoje!

Já os provei. Estão uma delícia!...
@as-nunes

2012/07/12

O meu jardim, esta noite...ou o Fantasma do Simplex






Num momento de alguma descompressão...
fui tirar algumas fotografias ao jardim, agora mesmo, noite cerrada.

Nas últimas semanas tem sido um desassossego cá por estas bandas. Por múltiplos e variados motivos.
Mas o que releva sobremaneira é o stress infernal que tenho vindo a suportar por causa dum fantasma louco que anda por aí, que até tem nome e tudo, é conhecido por IES, só os TOC é que são assombrados por ele e o entendem.
Há também uns tipos que trabalham para a ATA, que estão convencidos que são capazes de o enfrentar sozinhos, mas não estão a conseguir fazê-lo. Parece que já pediram ajuda ao bastonário da OTOC para que se forme uma comissão para se estudar este mistério soturno, que eles, este ano, só fizeram asneiras na tática a adotar para o levar de vencida, de modo que a coisa tem corrido para o torto. Diz-se, inclusive, que já ouviram este fantasma a manifestar-se com umas risadas cínicas e sinistras, altas horas da madrugada, quando os TOC estão de volta dos computadores, às dezenas de milhar, a queimar pestanas, que diz que é uma arma eficaz para derrotar este e outros fantasmas do género.

O problema é que o prazo para derrotar o malvado fantasma IES está a acabar, é já no próximo dia 15 e os TOC já não têm tempo para arranjar pestanas queimadas em quantidade suficiente para usar na mezinha que até tem que ir ao caldeirão, com temperaturas altas. 
E também estão a confrontar-se com outro problema. 
Como não têm tido tempo para descansar
(é só bicas, tabaco e falta de sono)
estão a ficar em estado de fraqueza geral, alguns até já em depressão, o que lhes está a tirar a força que é necessária para derrubar tão imponente fantasma.

Por isso mesmo é que, finalmente, o chefe dos da ATA já mandou dizer à Lusa, pelo bastonário, que talvez,  o dito fantasma da IES se distraia e nós o possamos apanhar até 31 de Julho. Também há os que dizem que só se o distrairmos até 30 de Setembro é que se poderá ter êxito nesta missão perigosa e difícil.

De modo que aqui estamos neste impasse...

Nota importante:
Lamentavelmente, este texto, mais vírgula menos vírgula, foi censurado, assim como todos os subsequentes comentários, dum Fórum duma instituição particular de interesse público, de que eu sou associado.


Legenda:
IES - Informação Empresarial Simplificada
ATA - Autoridade Fiscal e Aduaneira ( a sigla oficial é AT)
TOC - Técnico Oficial de Contas
OTOC - Ordem dos Técnicos Oficais de Contas
@as-nunes

2012/06/05

Tempo de rosas...

Carolina
Mafalda
Inês
Zaida
Encarnação, Eva, anos e anos de rosas...


ROSAS ENCANTADAS

Rosas de todas as cores
Florescem no meu jardim
Uma dádiva seus odores
Parece que chamam por mim

Não me canso de as olhar
À compita com o jasmim
Presença etérea e singular
Beldades ao pé de mim

Hábitos antigos e atuais
Rosadas, amarelas, carmesim
Como que soltam sinais
Mensagens dirigidas a mim

Rosas, rosas, rosas…

Airosas
Viçosas

Vistosas, sedosas, amorosas  
                                       Olá..Cláudia         


junho 2012

2012/05/20

Dia após dia, sem me cansar...de a olhar




Dia de paz
Poesia em fragrâncias
Cores em delírio
Milagre da senhora
Que no monte
É um farol

Tanta terra
Tanto mar

Alto majestoso
Diogo Gil
No mar proceloso
Tormentas mil

Promessa cumprida
Em horas de aflição
N. Sra. naquela ermida
Pelo milagre em devoção


Sra. do monte
Saúdo-te por
Poder  admirar
Esse lugar

Serenamente…

Tanta  luz
No meu olhar
Dia a dia

Sempre!…
  
Maio de 2012
-
Quer conhecer a lenda da sra. do monte - Leiria? (v. aqui, por exemplo)

2012/05/19

Uma «caneleira» que não dá canela ...



http://diariodumjardim.blogspot.pt/2008/05/caneleira.html
Neste endereço poder-se-á perceber melhor essa singela estória duma caneleira, que não dá canela, nem tão pouco é uma caneleira...

Caneleira que não dá canela nem tem essa designação científica...

Mas que dá uma flor lindíssima, lá isso dá!
E ainda agora a procissão vai no adro!
-
Afinal choveu mesmo, esta noite, e a potes! Mas nem dei por ela! Dormi a sono solto, será porque não tenho nada que me pese na consciência? 
É meio-dia e a Natureza está a dar um espetáculo ao ar livre, divinal!...
-
(continuará...assim o tempo me dê uma mãozinha!)
@as-nunes 

2012/05/05

Depois das chuvas de Abril...



Hoje ao final a tarde, a oriente, começaram a notar-se umas abertas no céu. O próprio arco-íris surgiu, timidamente embora, mas foi o suficiente para dar um sinal de que, para agora, já caiu chuva quanto baste.

Este ano decidimo-nos a fazer um pequeno investimento em depósitos de água, que nos permita recolhê-la diretamente das caleiras do telhado. Ao todo devemos ter conseguido armazenar talvez uns 1.200 litros. Já poderá servir para aguentar as regas do horto e do jardim, durante algum tempo, em caso de ausência mais ou menos prolongada de água da chuva ,o que, segundo os meteorologistas, poderá vir a acontecer a partir da próxima semana. 
Fala-se em temperaturas máximas que poderão chegar aos 30 graus. 

Vamos lá  a ver...
@as-nunes 

2012/03/24

Cacharolete de primavera


Protea
Groselheira
Frésias brancas
Frésias (Freesia refracta), brancas e amarelas
Malmequeres; Margaridas
couve lombarda
Jarro
Flor de cera
Forsítia (Forsythia x intermedia) também conhecida por sino dourado
Túlipa (Tulipa) - floração de março até junho
Jacinto (Hyacinthus orientalis); floração de abril até maio, pois!
Loureiro em flor
Cerejeira em flor
Sra. do monte - Cortes-S.Mamede
rebentos de pinheiro manso
Cheguei a casa, já ao cair da tarde, lembrei-me que a primavera já tinha começado e que seria um bom ensejo para começar a fazer o inventário anual das plantas e flores do meu jardim, naquele preciso momento.

Aqui fica, então, a nota fotográfica do que foi inventariado.
Mais logo, talvez, venha acabar esta peça, já que lhe falta a indicação dos nomes das flores e plantas e o local exato onde se encontram.
Se alguém se quiser dar ao trabalho de ir ajudando nessas anotações pois então seria uma boa ajuda. Ando um bocado desmemoriado e evitava ter de me socorrer dos meus apontamentos e enciclopédias.
Também aqui posso deixar nota dum blogue onde tenho publicado, para memória futura (pelo menos a minha), vários apontamentos acerca deste meu jardim:
http://diariodumjardim.blogspot.com/

@as-nunes  

2012/01/25

Uma rosa no inverno e a poesia de Cecília Meireles

Esta rosa pouco durou no meu jardim. O frio desfê-la rapidamente...
É mais uma das flores que nascem todos os anos no mesmo sítio, com a mesma disposição, meio desconfiada, escondida junto a um socalco em pedra...

SE EU FOSSE APENAS...

Se eu fosse apenas uma rosa,
com que prazer me desfolhava,
já que a vida é tão dolorosa
e não te sei dizer mais nada!

Se eu fosse apenas água ou vento,
com que prazer me desfaria,
como em teu próprio pensamento
vais desfazendo a minha vida!

Perdoa-me causar-te a mágoa
desta humana, amarga demora!
- de ser menos breve do que a água,
mais durável que o vento e a rosa...

Cecília Meireles




Nascida no Rio de Janeiro, em 1901, Cecília Meireles passou grande parte da sua vida em Portugal.
Em 1938 recebeu com Viagem , o prémio da Academia Brasileira de Letras, pela primeira vez concedida a uma mulher.
Em Agosto de 1949, Vitorino Nemésio dizia que os livros que publicara  até aí, faziam dela «um dos maiores líricos da língua portuguesa». E concluía: «grande poeta, em verdade, esta mulher brasileira, da linhagem de Camões, de Fr. Agostinho e António Nobre».
Faleceu em 1964. (mais)
-
Cecília Meireles será a próxima poeta a ser evocada no I Encontro de Poetas 2012 (próximo sábado), na Biblioteca Municipal de Alcanena, nos quais tenho vindo a participar, particularmente pela mão de minha mulher, Zaida Paiva Nunes (ela, sim, autêntica poetisa) e do grande poeta e declamador Soares Duarte. Temos ido, todos os meses, há já uns quantos anos, religiosamente, partindo de Leiria.
@as-nunes 

2012/01/24

Um jarro ou o tempo em espírito?


Inesperadamente
Um jarro no jardim
Singelamente
Uma alvura sem fim


Mais uma flor que faz o diário do meu jardim...o tempo a passar, todos os anos este jarro evolui no mesmo local.

Será sempre o mesmo?
Será o espírito do tempo?
.
O contraste da brancura do jarro com o fundo preto...
Não sei o que aconteceu a esta fotografia...
Declaro solenemente que não usei de nenhum truque.
Será mesmo o espírito do tempo? 
A preto e branco, 
com uma interrogação amarela?


@as-nunes 

2012/01/09

Uma bergenia num jardim dos Lourais - Barreira


Estamos no tempo das bergenias.
Está bonita esta bergenia.
É uma flor da época, a bergenia.
Que encanto, estas bergenias!


Gosto muito das bergenias!


Nota:
Esta é uma bergenia cardifolia


@asnunes

2012/01/01

Este Primeiro de Janeiro de 2012

Hoje é Domingo e o primeiro dia do ano da (des)graça de 2012, a avaliar pelos ensaios já levados a cabo no decorrer do ano de 2011, travagens bruscas no nível de vida dos portugueses, a Europa gaseada de todo, serão ainda os efeitos dos primeiros bombardeamentos de gás mostarda da I Guerra Mundial?


Começámos o dia acordados pelo ribombar dum foguete-petardo, qual terá sido a ideia não sabemos, terá sido para comemorar o fim do 2011, de tão má memória, terá sido para chamar a atenção aos deuses da fortuna para nos darem mais ânimo para enfrentar 2012?

Os nossos gatos, os que estão fora de casa, mas com condições invejáveis, três ao todo, acharam por bem ofertarem-nos os despojos do nosso rouxinol, sobrou a cabeça e algumas penas. Eles próprios, talvez o rapazito, tinham-se encarregado de, por artes e manhas de que só eles é que são capazes, deitarem a gaiola ao chão, a porta abriu-se, o rouxinol escapuliu-se mas não abandonou as redondezas da casa. Acabou por ser apanhado pelos felinos, estava-se mesmo a ver.
O rouxinol, já em liberdade, eu a fotografá-lo no meio dum piricanta com os seus pomes característicos (são comestíveis e considerados dum extraordinário valor medicinal) ainda não sabia que era o que até há pouco tempo estava dentro duma gaiola. No dia seguinte, provavelmente hoje, acabou por ser apanhado pelos gatos que lhe chamaram um figo. Era um rouxinol oriundo do Japão...


Continuam a estralejar foguetes!...
Ainda não ouvi rádio, nem vi TV, nem li jornais, não sei nada do que se passa no mundo, hoje, à hora a que me sentei aqui defronte do monitor do computador, com a ideia de registar a simplicidade fransciscana deste primeiro dia do primeiro ano pós 2011.


Já andei pelo quintal, a ver a horta e o jardim, a ajudar a Zaida em arrumações exteriores, também. E assim irá ser o nosso dia, muito provavelmente...

11h45...12h20 tmg.
- vou fotografar a vista panorâmica aqui em frente, na direcção nascente, mil vezes mirada, mil vezes registada em milhões de pixels!...
- o que é que vai sair deste arrolamento de ocorrências na vida de um casal de suburbanos, já entradotes, mas que querem manter-se activos, física e mentalmente?
A ver vamos!


Acabei de tirar a supra dita fotografia. Não sei se a vou inserir nesta entrada do meu blogue. É mais uma das perspectivas de sempre. Estarei a ficar monótono?
Antes de começar a descer as escadas para o rés-do-chão, passei por uma das estantes da nossa biblioteca e lembrei-me de reler uma passagem do "Diário" de Torga, no ano de 1947, o do meu nascimento, em Viseu, ali à beira do Vouga, serra de S. Macário à vista, S. Pedro do Sul a dois passos. Apeteceu-me. Gosto muito do Torga.
Respiguei isto, escrito em 8 de Janeiro de 1947:
"...
Aqui é preciso aceitar tudo, porque o trigo e joio fazem parte do mesmo corpo, sem possibilidade de separação. Daí, a multiplicidade, partidos, controvérsias, oposição. A uniformidade social é a monotonia de um batatal. E a história perdoa tudo, menos a monotonia.
..."
O que se estará a passar no mundo? Ainda nem sequer passei os olhos pelas notícias on-line.


Mais um foguete!... Deve ser para recordar os mais distraídos que já mudámos de ano de calendário!


12h50 tmg................................................................... já cá volto
(é possível que, enquanto em edição, pelo menos, algumas gralhas pousem por aqui...espero que só temporariamente...
E mais, ainda temos a questão do Novo Acordo Ortográfico; obrigado, Alda, pela sua sugestão de não me preocupar com esse acordo(des).
-
Já são 18h45m, noite cerrada. Continuo sem saber nada do que se passa por esse mundo fora. Estarei a perder alguma informação relevante? Algo que possa vir a contribuir para a melhoria da nossa vida? Os chineses já compraram mais algum pedaço de Portugal? 


Entretanto, cá temos passado o dia em trabalhos de manutenção da casa. Um pouco a contragosto, que me apetecia começar o novo ano nas calmas, acabei por passar o dia às voltas com um berbequim, chaves de fenda, martelo, alicate, parafusos, prateleiras, alguns trabalhos na minha oficina, uma parafernália de todo o tipo de material e ferramentas acumuladas ao longo de várias décadas de vida.  


Finalmente dou por terminado este apontamento, por ora. Deixa-me lá dar uma espreitadela pela janela dos noticiários da rádio e tv.
Antes, vou ver o que se anda por aí a badalar na net.


Mais foguetes! Tem sido isto toda a tarde, aqui pela zona do Vale do Lis, a nascente a meia dúzia de passos. Nem sei para quê, talvez para espantar os espíritos ruins que nos andam a acenar com sombras esquisitas moldadas em silhuetas indefinidas!...


Ora então vamos a ele, ao 2012!
Que venha em paz!
Que venha com menos egoísmos!
Que os governantes da Europa e do resto do mundo assumam um genuíno compromisso de honra em como vão defender a qualidade de vida dos cidadãos!


@asnunes  

2011/10/29

Borboleta Papilio Machaon: em vias de extinção



Este vídeo pretende mostrar a sequência de metamorfoses por que passa a borboleta Papilio Machaon.
As fotos e o vídeo da larva foram obtidas há dias num jardim.

As da borboleta já têm 5 anos, ainda que a tenhamos visto recentemente a cirandar aqui pelo jardim.

Fizemos uma montagem em filme, este que agora se apresenta publicamente, para deixar aqui um registo que possa proporcionar a visionalização  da beleza e tamanho da lagarta (larva) que, provavelmente, dentro de poucos dias, começará a fase de se encasular em fios de seda. Após uma gestação de 45 dias surgirá a borboleta Papilio Machon
(julgamos que estamos certos na classificação desta borboleta, pelas consultas feitas, particularmente através do material disponível no blogue do amigo Augusto Mota; fonte segura pelo que conheço do meu amigo e autor deste e doutros trabalhos rigorosos de observação da Natureza).

Pelo menos já se conseguiu proporcionar uma excelente demonstração prática do quão interessante é acompanhar a vida na Natureza, nas suas mais diversas formas. O público alvo foram as crianças do Jardim-Escola dos Capuchos em Leiria. Claro, quem se incumbiu desta missão, em colaboração interessada com as professoras, foi a avó Zaida. As crianças adoraram.

A larva foi reencaminhada para a planta do jardim onde andava atarefadíssima a comer as folhas verdes e fresquinhas, com a chuva que tinha caído.
Já a voltámos a observar hoje. Lá continua a comer folhas, umas a seguir às outras. E continua a crescer. Esperemos que não demore muito tempo a encasular.
Este espécime - dizem os entendidos - está em vias de extinção.

Esperamos que apreciem este trabalho, feito com todo o entusiasmo, a pensar em como é gratificante poder partilhar conhecimentos com todos, particularmente com crianças de tão tenra idade.
Tudo o que se possa fazer para os ajudar a aprender a amar a Natureza, nunca é de mais.

2011/09/26

Enredados numa teia de jardim

clic para ampliar...a não ser que tenha medo de aranhas!?... eheh

A teia que nos enreda
É obra, apresenta-se bem
Na Madeira só se embebeda
Quem no Alberto se detém

Com um aranhuço assim
Os buracos são inevitáveis
Pra se viver no jardim
Com contas tão insondáveis

Já é tempo de rever
O mando praqueles lados
Certas contas há que fazer
Já farta sermos fintados

Nós aqui no contenente
Não somos nenhuns papalvos
Precisamos urgentemente
Desta teia sermos salvos
-
Olhem só prò que me deu!
Instantâneo no meu jardim
A mosca lá a comeu
Esta aranha num frenesim


Olhem só para o que me havia de dar!...
Escrever para aprender...a escrever...poesia...(mesmo que livre da métrica e/ou da rima).
-

nota informativa sobre esta aranha:

@as-nunes

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2011/05/27

Portugal, minha terra

Flor da feijoa, uma arvoreta oriunda do Brasil, fruto delicioso...
Um melro, na rua, nas suas calmas...

Os portugueses preocupados
A vida a andar pra trás
Os políticos endoidados
Anda à solta Satanás?


Portugal, minha terra
Momentos de encantamento
Porquê tanta guerra
Tanta lamúria e tormento?


Só queremos viver!...
Com paz e dignidade
Olhar a Natureza e ver
Toda esta tranquilidade.

Será pedir muito?...


@as-nunes
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2011/01/20

Hortas urbanas, biodiversidade e desenvolvimento económico

Nas últimas décadas a preocupação fundamental das grandes decisões governamentais a nível global têm-se prendido com o desenvolvimento económico a qualquer custo.
Que o desenvolvimento económico é condição imprescindível à qualidade da vida do homem, que sem economia forte não há desenvolvimento - invoca-se.
Não podemos contestar tal concepção, mas podemos e devemos travar a velocidade do desenvolvimento económico a qualquer preço em nome duma ideia muito mais importante para o Homem e o próprio Planeta em que ele vive e de cuja sustentabilidade depende a própria vida: a biodiversidade.
Corre pelas chamadas “redes sociais” um movimento “pela criação de hortas urbanas e biodiversidade nos espaços verdes das grandes cidades”. Eu acrescentaria, pensemos em todas as urbes e não só nas grandes cidades. Pensemos também nas terras em pousio pela migração maciça das populações, para os centros urbanos em busca da ilusão de melhores condições de vida.
Actualmente, assistimos à decepção dos novos habitantes das urbes, particularmente aqueles que vêm de zonas mais ou menos interiores e até de áreas limítrofes. É que estão a ser confrontados com uma qualidade de vida muito deficitária, em múltiplos aspectos. Preços incomportáveis dos combustíveis para usar no transporte privado, os próprios transportes ditos públicos cada vez mais caros, engarrafamentos brutais com o aumento subsequente do tempo ocupado em transportes, salários muito baixos para fazer face ao custo de vida, falta de tempo livre.

E a alimentação, o que é que andamos a comer, com estas pressas todas e a necessidade de gerir orçamentos familiares baixíssimos? E deficitários, feitas as contas.

É esta a vida que queremos viver, de facto?

Dada a actual conjuntura económica e social mundial, parece-me evidente que temos que encontrar todas as alternativas possíveis e imaginárias para procurarmos o equilíbrio dos nossos orçamentos familiares e da própria Terra.
Sou incondicionalmente a favor dum melhor aproveitamento das terras de cultivo e que estão votadas ao abandono. E ao aproveitamento dos próprios jardins que, alguns de nós, possam ter à volta das suas habitações. E também a favor da criação de talhões de terreno comunitários para horta.


Nesta perspectiva, dou o meu apoio a esta iniciativa (espero bem que não só virtual) e que seja posta, desde já em prática, por cada um de nós.
Pelo que a mim e à minha família diz respeito, já estamos em fase de substituição de parte do relvado do jardim. Até porque com a relva se gasta demasiada água e pouco ou nada se contribui para a biodiversidade de que o nosso Planeta tanto carece. 
Em sua substituição, estamos a plantar couves, alfaces, plantas aromáticas e medicinais e a semear feijão verde, cenouras, alho, nabiças, nabos, o que a terra possa produzir e ajude na alimentação. E não esquecendo – muito importante – a reciclagem de todos os resíduos biológicos da cozinha, do jardim e da própria horta, bem como o aproveitamento das águas das chuvas.
Ao mesmo tempo, já começámos a dar preferência às plantas e flores autóctones no remanescente do terreno ajardinado. Sem esquecer as árvores de fruto que se possam plantar, como laranjeiras, limoeiros, pereiras, cerejeiras, macieiras, etc.
Aproveitem-se todos os bocadinhos de terra de cultivo (alguns jardins e espaços verdes, inclusivé) para melhorarmos a qualidade de vida das nossas cidades e não só, que há por esse Portugal fora, muita terra abandonada!...

E que não haja “vergonha” de agarrar numa enxada, numa pá, num ancinho, pôr os pés na terra e usufruir, para além de tudo o mais, do bem que é o contacto com a Natureza!...
---
(Estive em rádio - Rádio Batalha - a conversar sobre este tema, com o meu amigo e realizador do programa "conversas e ideias", Soares Duarte. Na 5ª feira passada, à tarde. Na rubrica "destaque", quem diria, nestes tempos de campanha para as Presidenciais. Eu, que sou dos que pensam que todos devemos participar com força cívica nos momentos importantes para o nosso país!... 
Estou cansado de ver o povo a não ser mais e melhor juiz das acções concretas dos nossos dirigentes políticos, a branquear factos que deviam ser esclarecidos, para não nos virmos a sentir enganados no futuro).


A composição ao lado é um fragmento do que foi publicado na "Ilustração Portuguesa", um nº de 1916, que retirei do blogue colipoleiria
É certo que nessa época vivíamos essencialmente da Agricultura, a verdade, porém, é que com a nossa entrada na Comunidade Europeia, os Governos Portugueses praticamente foram empurrados a tudo fazer no sentido da desvalorização/menorização da actividade agrícola. Os efeitos perversos estão à vista. Consumimos mais de metade de produtos alimentares importados de outros países Europeus porque nos convenceram que a nossa agricultura não era necessária para coisa nenhuma, que a Europa produzia tudo em abundância, qualidade e preço. 
É o que se está a ver!...

2011/01/16

Fotografar para não endoidar

clic para ampliar

Em jeito de legenda:


1- Vindo de lá de cima, junto à Igreja matriz da Barreira, ouve-se o som da música da festa de Sto. Amaro, o protector dos aleijadinhos dos ossos - que dos outros nem sei;
2- Passei o fim-de-semana, uma grande parte, a trabalhar a terra, uma porção à volta de casa, anteriormente coberta de relva (grama ou escalracho) para semear favas,cenoura, alho, feijão, nabiças, grelos de nabo e plantar couves (de desfolhar e de repolho) e alfaces;
3- As fotos alusivas à cidade de Leiria, Centro histórico e Largo do Papa, são de 6ª feira passada (ou terão sido tiradas na 5ª, ou na 4ª? foi por um desses dias);
4- O gato siamês é o "Chaneco", dos nossos vizinhos, habitual do nosso lado, ia a passar por debaixo da minha janela, apercebeu-se da máquina fotográfica, olhou e ajudou a focar a imagem;
5- Podem observar-se vários instantâneos, sobre as Cortes, Sra. do Monte, ao amanhecer e ao cair da tarde, como me vai ocorrendo. Também se podem ver perspectivas sobre a parte poente à volta de casa, na direcção da "Quinta do Cabreiro" (agora já não é assim conhecida, mas foi dessa maneira que me ensinaram a identificar este lugar, dos meus tempos em que fiz parte da Junta da Barreira, anos 2001 a 2004). Não me canso de tirar fotografias destas vistas!... Um regalo para o olhar e uma emoção para a alma!...
6- Há dias recebi uma notificação para pagar em 15 dias uma multa de 30€ por ter estacionado há uns meses atrás, em cima do passeio. Estava em serviço... (mas não sou polícia);
7- Não podia esquecer a camélia...branca, linda,
- calmante, para compensar o ruído bruto da campanha eleitoral para as Presidenciais que por aí anda. Tanta demagogia, tanta palermice (a tentarem enrolar-nos de todas as maneiras, mesmo que imaginárias sejam).


E pronto.
Espero que gostem das fotografias que aqui vos deixo.
Descansemos a mioleira, que ainda dão connosco em doidos!...
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