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2012/01/26

Leiria à noite, a "minha" Leiria

 Vim à rua (não me vou embora definitivamente tão depressa, ai não, não), era já noite cerrada, o relógio da Torre Sineira até parece que me quer contradizer...
 Aqui começa a Rua Direita (Barão de Viamonte)...então, mas aquele "Centro Cívico" não vai ficar com uma arquitetura assim a modos que um pouco fora do contexto da urbe histórica de Leiria?
 O banco do Largo da Sé... parece que na noite anterior andaram por ali uns vândalos a partirem placas de sinalização. Não sei se sabem que isto é um crime grave.
 Aqui já é a Rua da Vitória
 O Tomé a cortar o último cabelo do dia, fiquei eu a pensar...
 BP - Banco de Portugal Leiria (desativado)
 Na fachada do BP - quem, o Banco?!...
 Gosto do número 7. Este é da Rua da Vitória
 Vitória difícil, a da II Guerra Mundial

Aqui também é um nº 7
Na porta ao lado funciona um dos bares emblemáticos de Leiria: "Pharmácia Bar".
-

CANÇÃO DE ALTA NOITE

Alta noite, luz quieta,
muros finos, praia rasa.

Andar, andar, que um poeta
Não necessita de casa.

Acaba-se a última porta.
O resto é o chão do abandono.

Um poeta, na noite morta,
Não necessita de sono.

Andar…Perder o seu passo
Na noite, também perdida.

Um poeta, à mercê do espaço,
Nem necessita de vida.

Andar… - enquanto consente
Deus que seja a noite andada.
Porque o poeta, indiferente,
Anda por andar – somente.
Não necessita de nada.

Cecília Meireles


(Porque amanhã (28) é Sábado, dia de Encontro de Poetas em Alcanena)




(Acabei por deixar aqui mais uma rosa, desta vez, branca como a neve, lindíssima, fotografada há dias no meu jardim. Já que estamos a falar de poesia, seja da Leiria à noite, seja das rosas do meu jardim.
Aproveito o ensejo para, com ela, homenagear também a grande poeta Cecília Meireles.)
@as-nunes 

2012/01/07

Largo da Sé de Leiria - Adeus II

Aqui era a Tinturaria/Lavandaria Americana (Anos 70, deixou o Largo, recentemente)
Figuração alusiva a Sócrates. A questão é que esta figura não é a de Sócrates (filósofo da Antiga Grécia)
O chão actual do Largo da Sé, com um empedrado desadequado à história do local. Quanto a esta questão teríamos pano para mangas, parece-me...
Bancos do Largo da Sé, com alguns anos, poucos, quantas vezes é que eu já fotografei este recanto?
Uma perspectiva em que se pode ver a casa da família Paiva, ao lado uma outra em ruínas, ao alto o Castelo de Leiria. Também se pode ver, do lado direito, as obras inacabadas das antigas instalações da Associação de Futebol de Leiria.
A Rua D. Sancho I, vista do Largo da Sé, ao fundo, o Largo Cónego Maia.



Aqui nasceu 
ACÁCIO de PAIVA
Altíssimo Lírico 
e o maior humorista da
Poesia Portuguesa
n. em 14-4-1863
m 29-11-1944
Vista através duma janela do princípio do séc. XX, interior da casa da família Paiva, para a Rua Acácio de Paiva, paralela ao Largo da Sé, poente.
Uma perspectiva inconfundível da Sé de Leiria, lá estão os Jacarandás que substituíam os Padreiros (ácers pseudo.plátanos)
A ordem destas fotos é a da sequência  tal como saíram da câmara da minha máquina fotográfica, um dia destes, em jeito de despedida, até sempre, vou deixar de te ver todos os dias, acompanhar-te nas tuas amarguras, algumas alegrias também, personagens do romance de Eça de Queirós, a Amélia, o Padre Amaro, a passearem-se, esquivamente, outras em cavaqueira sobre a actualidade local, na botica do Carlos, o próprio Eça a dar despacho ao serviço de Administrador do Concelho, no primeiro andar na esquina da Rua da Vitória com o Largo da Sé,  Procissões concorridas, venda de tremoços, pevides, regueifas, colchas nas janelas das casas dos Paivas, dos Hingá, a sede da Associação de Futebol de Leiria, o Faria a vender toda a espécie de miudezas, a Tipografia Carlos Silva, centenária, as queimas das fitas de Maio, as intermináveis obras dos últimos 20 e tal anos, o estaleiro com que foste atrozmente ultrajada, as árvores (padreiros) que te retiraram dos teus braços para os substituírem por jacarandás, nunca percebi porquê, o teu Adro que nos anos 70 nem sequer as crianças podiam usar para jogar à bola, agora transformado num parque de estacionamento de automóveis, o assalto em 1975 à sede do MDP/CDE por causa do Dr. Vareda - advogado, com ideias revolucionárias, talvez um perigoso comunista, eu bem vi o comando, quatro ou cinco homens em passo de corrida, nitidamente com treino militar, vindo da Rua D. Sancho I, que abriu as hostilidades com cocktails molotov 
(por acaso não rebentaram quando os lançaram para a varanda por cima da "Tinturaria Americana", teria sido uma desgraça para o centro histórico de Leiria, ardia tudo naquele verão quente de 1975)
, acabaram por recorrer ao assalto em pessoa, na primeira investida foram corridos por um enxame de abelhas que os "revolucionários esquerdistas, "perigosíssimos", deixaram nas instalações quando as abandonaram à pressa, o Povo na rua a repor a ordem revolucionária que estaria a virar demasiado à esquerda? tropas a mando do MFA a substituir a Polícia, coitado do Alferes miliciano que comandava o pelotão de "barbudos", via-se bem que não tinha mão naquela tropa fandanga, o ribombar de petardos sobre o rio Lis no assalto à sede do PC, tiros de G3, cujo som se repercutia sinistramente por entre as ruas estreitas do centro da cidade,  ainda se notam os buracos de balas disparadas para o ar (?!) com pessoas à janela, não foram atingidas por mera sorte do destino (hoje estaria viúvo), um auto de fé dos livros do Dr. Vareda, as labaredas cresciam do meio do Largo da Sé até à altura dos prédios envolventes... os bombeiros só altas horas da madrugada é que foram autorizados pela populaça a apagar o fogo, 
tantas recordações, tantas...)

A propósito da figuração (alusiva a Sócrates, o filósofo da Antiga Grécia) um dia destes irão ler num dos jornais de Leiria, ou num livro ou mesmo só aqui, a versão - creio que definitiva mas ainda não divulgada, só do meu conhecimento por via de investigações minhas e um acaso feliz - que permite classificar, sem margem para dúvidas, os azulejos da fachada da "Pharmácia de Leonardo da Guarda e Paiva", aqui no Largo da Sé, como bem saberão, como sendo "Viúva Lamego".

Desculpem lá, por hoje vou ficar por aqui, estou cansado, tenho andado em trabalhos quase forçados, depois poderei deixar nota dessa ocorrência  neste meu blogue (será só meu?!). 

@asnunes 


2011/12/19

Largo da Sé, Rua da Vitória, Leiria - Sweet Dreams


Um dia destes, 
no Largo da Sé, 
em Leiria,
chovia, 
ouvia-se
Eddie Vedder
e o seu Ukulele.
-
Em tempo - dia 20:
Este meu blogue continua um grande companheiro. 

(A minha filha Inês... (depois conto)...).

Cá vai servindo para me manter em ação, em contacto com os meus amigos que por aqui vou encontrando, aturando as minhas notas dispersas, muitas vezes bastante dispersivas... experimentalistas, também (não só as palavras, todo o manancial de inovações multi-media (ou será que devia escrever multimedia?))...
-
Ah,  e que dizer do Novo Acordo Ortográfico? Já comecei a ensaiar escrever em conformidade. Mas ainda ando um pouco confuso. Olho para as palavras que me vão saindo do teclado e não as reconheço. 
Mas que grande desassossego!

(Aguardo com alguma ansiedade...notícias do Hospital...14h...)
...
21h
Correu tudo  bem. A Inês, minha filha, já está em recuperação. Esperemos que depois de amanhã já esteja em casa, ao pé da família, depois de lhe ter sido extraído o apêndice, por via das dúvidas.
@asnunes

2011/11/02

Largo da Sé de Leiria: um estaleiro que se eterniza!


Por quanto tempo mais?!...
(mesmo assim, se se ampliar a fotografia, pode-se apreciar flores lilás (nesta altura do ano?!) dum jacarandá.)
-
Ao mesmo tempo (hoje). 
Os pormenores do Largo, que se mostram a seguir, talvez contrabalancem aquele desconsolo do inestético estaleiro ali especado há que tempos! 


Fotos tiradas do 2º andar do prédio da antiga "Pharmácia Paiva", o da fachada de azulejos azuis - viúva lamego - com figurações alusivas a Hipócrates, Galeno e, eventualmente, a Sócrates (uma história para contar noutra oportunidade). 
Esta fachada, que remonta aos fins do século XIX, é, talvez, conjuntamente com o Castelo de Leiria, das preciosidades de Leiria mais fotografadas pelos turistas de todo o mundo que demandam estas paragens. Como é possível ficar-se impassível face a tanta insensibilidade demonstrada pela colocação e manutenção durante tanto tempo do estaleiro de obras que lá está a deslustrar uma das principais salas de visita da cidade? 
@as-nunes

2011/09/10

Adeus, Largo da Sé de Leiria

Isto não é uma montagem fotográfica. Caprichos da reflexão da luz... 

Ontem, Sexta-Feira, esteve um dia de Sol e calor. Até parecia Verão! ;))
Fomos, eu e a Zaida, ao Largo da Sé, em Leiria. Andamos em mudanças de escritório, eu já na fase de tirar fotografias do interior das instalações, das paredes, alguns móveis, máquinas antigas,  recantos, enfim, a registar em foto os resquícios de recordações de 40 anos de vida. Foram anos em que utilizámos estas instalações com várias finalidades:
1 - como habitação durante mais de 10 anos, quando começámos a nossa vida, depois do regresso de Moçambique, do serviço militar obrigatório (os mais jovens, sabem o que é isso?!);
2 - como escritório e Sala de Estudos;
3 - só como escritório.

Está-se a fechar um ciclo determinante da nossa vida. Deixámos o convívio diário com o Largo da Sé, a Catedral mesmo em frente, do outro lado do Largo, as minhas amadas árvores do Adro da Sé, aquela dupla, uma tília e um jacarandá, já de proveta idade, a recordar-me do dia negro em que cortaram todos os ácer (padreiros) que emolduravam o Largo, lhe davam uma vida quase celestial, o chilrear ao cair da tarde de centenas de pequenas aves. 
E que dizer da Tipografia Leiriense (imprimia os cartazes a anunciar os filmes para o Teatro José Lúcio da Silva), hoje Tip. Carlos Silva (por cima ainda se pressente a figura esguia de Eça de Queirós a dar despacho ao expediente, na sua qualidade de Administrador do Concelho de Leiria), na esquina do Largo e da Rua da Vitória, nesta rua a barbearia onde me habituei a cortar o cabelo desde sempre (agora essa operação é feita em menos dum fósforo), os Hingá e a sua oficina de automóveis?
Tantas recordações...
Bons amigos e companheiros de jornadas e jornadas de trabalho e de alguma cavaqueira!...

Vinha eu em direcção ao prédio, reparo na minha imagem reflectida nos espelhos duma portada do Bar do rés do chão (quantas vezes é que tal não me aconteceu?), hoje decidi-me e tirei uma fotografia, esta que aqui vos mostro.

Nos próximos posts talvez coloque aqui outros "pequenos" apontamentos de pormenores que me captaram a atenção sentida neste dia de "despedidas" e de nostalgia...


Adeus Largo da Sé, até sempre...
Claro, esta não é uma despedida definitiva. Mas que toca ao sentimento lá isso toca!...
@as-nunes
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2011/06/16

Imagens do tempo que passa


(clic para ampliar)

 1 - O FMI (ou COUTO) e a MIA a iniciar a sua caminhada nesta vida difícil, a gozarem os seus primeiros dias...
2 - Vista panorâmica desde a estrada Reguengo do Fétal -  Fátima, sempre a subir...
3 - Idem
4 - No Largo da Sé, em Leiria (Adeus, vai deixar de ser uma das minhas vistas diárias...)
@as-nunes
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2011/06/04

Em tempos de reflexão

(Clic para ampliar)

Para ajudar a reflectir...


Nada melhor que estes recantos de encantar.
O Largo da Sé de Leiria, pintado em cores de Jacarandá e também de tília...para acalmar!...
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(em tempo: 26-09-2018 no meu FB)
e que tal este quadro de Artur Franco - Leiria?

A imagem pode conter: ar livre


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2011/05/13

Acácio de Paiva: Evocação em Alcanena


A casa (a de azulejos, "pharmácia Paiva") onde nasceu Acácio de Paiva, ainda na posse da família Paiva. Largo da Sé,Leiria, nestes dias...


     ....................................NoNo lado direito, acima, (fragmento duma fotografia que me foi gentilmente cedida pelo seu bisneto Luís Maria de Sampaio e Paiva Camilo Alves)
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No último encontro de Poesia e Cultura do Grupo da Biblioteca Municipal de Alcanena, evocou-se o Insigne Poeta Leiriense, Acácio de Paiva.

A organização, a cargo dos serviços da Biblioteca, elaborou e publicou a brochura, cuja capa e contra-capa se podem observar acima e ao lado. Claro que sendo a Zaida sobrinha-neta de Acácio de Paiva e eu próprio um entusiasta pela vida e obra deste ilustre filho de Leiria, acabámos por fazer as honras da sessão. 
O que muito nos envaideceu, naturalmente. 
E quem melhor que a Zaida Paiva Nunes para dizer os poemas mais representativos do estilo humorista e extremamente humanista de Acácio de Paiva? Foi uma sessão muito interessante e que proporcionou que alguns dos presentes ficassem a conhecer melhor a personalidade poética e literária de Acácio de Paiva e a sua extraordinária emoção com que escreveu dos melhores sonetos e outros estilos poéticos a enaltecer Leiria, cidade e arredores, os seus rios Lis e Lena, o seu Castelo, a Sra. da Encarnação, as Olhalvas, as Cortes, quanta ternura ele devotou a Leiria, em vida, e que perdurará para sempre através dos seus versos lançados ao vento, aos milhares, publicados por dezenas e dezenas de jornais, revistas, participações em livros de vários autores, colectâneas, em peças teatrais, etc.
Um Crésus Perdulário, como diria o Dr. Américo Cortez Pinto no seu livro com este título, editado em 1968.

O único livro que publicou tem o título "Fábulas e Historietas", edição de 1929. Algumas destas fábulas e historietas foram publicadas no livro de Leituras (II Tomo) para o Ensino Técnico, conforme se pode ver na sua edição de 1949 (que me veio parar às mãos através dos meus pais, imagine-se...).
Muito mais me apetecia escrever sobre Acácio de Paiva...(*)
Já se está a trabalhar no sentido de lhe prestar mais uma justa homenagem, este ano, em Leiria. 
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Pode-se ler um poema a Leiria, "Cidade Flor", da sua autoria, no blogue "dentro de ti ó Leiria", seguindo este link.
(*) Ler mais aqui


@as-nunes
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Recantos de Leiria em revista





1- Depois de passar por debaixo do arco da Torre Sineira da Sé de Leiria, ia eu a caminho da esquadra da PSP, para lá deixar uma reclamação contra o facto de, durante esta madrugada, um grupo de vândalos, ter andado a partir vidros das janelas, à pedrada, no Largo da Sé e área circundante. Ficou feito o registo para a estatística, que para actuação criminal nem vale a pena. Diz que não é possível averiguar das impressões digitais numa pedra que entrou pela janela e se quedou no interior dum quarto num 1º andar.
2- No regresso, aproveitei o facto de estar lá no alto, perto do Castelo de Leiria, para observar a cidade. Aqui temos uma perspectiva do Adro da Sé, por entre uma Tília e um Jacarandá em flor.
3- Uma chaminé típica com a data de 1895 nela gravada. Nas rua D. Afonso Henriques. Observam-se muitas chaminés datadas, por estas bandas. Presumo que signifiquem a data da construção da casa.
4- Abacates, fruto do Abacateiro que se destaca lá no alto, no jardim do edifício do comando da PSP, que já foi o Paço Episcopal.
5- Em frente da esquadra da PSP, esta belíssima e corpulenta Tília tomentosa.
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