Mostrar mensagens com a etiqueta poesia (ensaios). Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta poesia (ensaios). Mostrar todas as mensagens
2014/08/28
2014/08/05
À minha mãe Encarnação no dia do seu 90º aniversário
((Em 1971/2 (na quinta da Fernandinha (Bº Abílio Jerónimo - Viseu) com a Inês, ao colo, e a Isabelita (Hoje Prof. Dra. da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra))
A ti, minha mãe
(no dia dos teus 90 anos)
No dia 4 de Agosto de 1924
No Casal pela primeira vez
Tu, minha mãe, viste a luz
Tempos de extrema escassez
A minha avó Queiriga (Caria)
Esperou até eu regressar
Da guerra de Moçambique
A Zaida, a Inês, comigo a voltar
O meu avô, teu pai
Não o cheguei a conhecer
Só me lembro
De no Porto falecer
Dizes que sou parecido com ele
Dizem que sou parecido contigo
Olho-me na fotografia
A ver se o avô ver consigo
Só vejo que cada dia que passa
Contigo me sinto mais parecido
Salve, Mãe
antónio
2014/06/25
Largo da Sé de Leiria - uma história para contar
Nestes dias, no Largo da Sé de Leiria.
Foram muitos anos (1971 a 2012); aqui casei com a Zaida e passámos a viver e a trabalhar durante este tempo todo, a ocupar o 1º andar do nº 7 da casa "Pharmácia Paiva".
O Centro Histórico de Leiria, no seu fulgor, vários empedrados naquele chão sagrado, por onde caminharam, lutaram e morreram, muçulmanos, cristãos, judeus, onde ainda se sentem os espíritos de mercadores, artesãos, poetas e trovadores ...
D. Afonso Henriques, D. Dinis, Rainha Santa Isabel, Francisco Rodrigues Lobo, Eça de Queiroz, Acácio de Paiva, Afonso Lopes Vieira, Miguel Torga, são figuras que me ocorrem e que por ali pairam nas memórias que nos legaram ...
Há muitos anos atrás
memória mais recente
anos 70 e oitenta
aqui estavam padreiros*
lar e palco duma das melhores orquestras do mundo
dezenas e dezenas de pequenos pássaros
cantavam inebriadamente
do nascer da aurora ao sol-pôr
ininterruptamente
aqui havia vida para além da noite
a câmara decidiu que estavam velhos
caquéticos
carcomidos pelo tempo
chorámos
em coro com os pássaros
escrevemos nos jornais
reclamámos
Hoje
esta imagem é bela
mas não se fez justiça
mesmo assim
-
* o mesmo que ´acer pseudo-plátanus´
as-nunes14
2014/06/15
2014/05/03
Mãe ...
Eu, em 2010 ..................................................... Minha Mãe, em 1945 ?
Mãe
67 anos são passados
o poema da nossa vida
ainda está a ser escrito
e assim continuará
São muitos anos, mãe
Hoje lembrei-me de te
escrever
A distância não me deixa
Dar-te um beijo
Mesmo assim sinto
Que estás presente
Só porque me lembro de ti,
mãe…
Tónio
2014/03/12
Olhar sobre a Sé de Leiria ...
Olhar sobre a Sé
de Leiria,
com saudade
do antigamente de ontem
de hoje
e do que há-de vir
este meu olhar retido
instantâneo
vivo e vazio ao mesmo tempo
documento etéreo
símbolo volátil do
próprio pasmar do tempo ...
-
Tenho andado pelo Facebook mas é aqui que me sinto mais resguardado. Quero eu dizer, continuo a preferir este meu blogue para aqui anotar as minhas ocorrências. Esta aconteceu há uns quinze dias atrás...
2014/01/23
2014/01/09
2013/12/09
Se o Paraíso existe
Se o Paraíso existe
Domingo,
Dezembro
Silêncio
solarengo
Vento
em quietude
Não
corre uma brisa sequer
Só
o frio vagueia por aí
Vale
do Lis a nascente
Majestosa
Snra. do Monte
As
Cortes maravilhadas
Nas
suas terras alcantiladas
e
encantadas
Aurora
de bonança
Afinal,
o
Paraíso existe mesmo!...
António Almeida Nunes
Dez 2013 – blogue “dispersamente”
2013/09/03
Um momento a olhar o mar!
o mar à minha frente
às vezes revolto
a bater nas pedras
vaga após vaga
eu a olhá-lo
com saudade
com ternura
zangado...também
Pedrógão, 1º de Setembro, 2013
@as-nunes
2013/07/14
Zaida, hoje e sempre
A Zaida em Março de 2013 - tertúlia no Soutocico
Amor para sempre
Uma ideia tenho minha
Encantos de juventude
Uma amora madurinha
É esta a nossa virtude
Um amor de longa vida
Zaida é o teu nome
Uma vida assim sentida
Primavera que não some
Versos estes no momento
Falam d’amor para sempre
Com o eterno pensamento
Em ti tão bem presente
Poema com rima vertida
Pudera eu te escrever
Do amor da minha vida
Com a força do meu ser
Leiria, 21 de Março de 2010
Hoje escrevia o mesmo...
(encontrei este poema numa pen. Antigamente dizia-se, encontrei estas linhas escritas nuns papéis atirados para dentro duma gaveta... sem fundo.)
@as-nunes
(encontrei este poema numa pen. Antigamente dizia-se, encontrei estas linhas escritas nuns papéis atirados para dentro duma gaveta... sem fundo.)
@as-nunes
2013/06/22
Apresento-vos a D. Herzília Magalhães
Hoje à tardinha...no meu jardim...
Esta camélia
já devia ter sido aqui apresentada,
aí em meados de Fevereiro
o mais tardar.
Este ano, porém,
o tempo tem bulhado demais
com os seus pergaminhos...
Só hoje é que dei por ela
meio disfarçada
por entre a folhagem
como que a procurar
entender
o que se passa...
Ouvi um olá
envergonhado
sussurrante
ondulante.
Eis a D. Herzília de Magalhães.
Não a podia deixar
assim
abandonada
desamparada.
Já a morrer
ainda agora acabada de nascer
fora de tempo...
É sempre bem vinda, D. Herzília! ...
@as-nunes
2013/06/12
2013/05/13
Nunca é tarde?!...
(na estrada do Barreiro, Pousos, paralela à variante rotunda do hospital/variante para a A1...)
antes que o tempo se esvaia
queria mostrar-vos esta flor
tantas cores em sintonia
olhar, olhar uma esteva
toda colorida de lhaneza
qual esbelta camponesa
sorrindo sem estranheza
tentar dizer da vida
não pode ser esta
cheia de contas
cheia de números
vazia de nada
cheia de incertezas
quero viver
quero sonhar
não quero contar...
nunca é tarde
dir-me-ão
está-se a fazer tarde
digo eu!...
@as-nunes
2013/02/22
Do lado de lá (enésima primeira vez...)
Há um tipo
do lado de lá
que não se cansa de me mirar
está sempre a fotografar
chega mesmo a cansar
só de o ver a fotografar
sempre de nariz no ar
a olhar
Será repórter
fotógrafo de algum jornal
talvez de uma revista ?
Ou será só uma mania?
Deve ser isso
Manias ...
Está farto de saber
quem eu sou
que estou aqui
para sempre
a toda a hora e instante
Cada instante que ele escolhe!
Como é que ele faz a escolha
desse preciso instante?
Cortes, vale do Lis, Sra. do Monte, Alto da Maúnça
22 de Fevereiro de 2012
@as-nunes
2013/02/16
A fotografia como convite à dedução, especulação e fantasia.
Tirei estas fotografias
nestes últimos dias.
Quantas explicações se podem tirar
se elas por si só nada podem explicar,
qualquer perspetiva que seja
Seja quem for que a veja?
Aqui as deixo, quais frações,
tanto do espaço como do tempo
a transmitirem-nos sensações
que não simples passatempo.
"As fotografias, que por si só nada podem explicar, são inesgotáveis convites à dedução, especulação e fantasia."
@as-nunes
2013/02/05
Ao plátano do Telheiro
Na estrada Telheiro (Barreira) - Leiria, ao chegar ao RAL 4
Os braços do plátano à entrada do Telheiro
dobrados por vezes pelo vento
árvore na estrada que a humaniza
qual mão em alto relevo rendilhada
@as-nunes
2013/01/29
Lua cheia de promessas
Ontem à noite
A lua mostrou-se-me assim.
A sua luz a suplantar a do Homem.
Mesmo com os obstáculos
dos fios elétricos
e dos espinhos invernosos
duma roseira adormecida.
Talvez a competir
com as rosas brancas
que hão-de vir ...
num próximo e ansiado
porvir! ...
@as-nunes
2013/01/25
Através dos pingos da chuva
Oportunista
vi e ouvi a chuva
impressionista
a pintar
esta vista
Se calhar não tens razão
ó chuva
tu é que assentas
que nem luva
... e pintas assim ...
@as-nunes
2012/12/29
Portugal, que futuro?!
.
Fechados para balanço:
balancear o 2012
balancear o 2012
perspetivar
o 2013
Talvez
ocorra um milagre
uma
ideia luminosa
que
ajude a aclarar
o
caminho
que
os passos
do
Coelho
e
o camalear
do
Gaspar
têm
andado a trilhar
Virtualmente...
O
poeta bem proclama
que
o sonho comanda a vida
o
governo sonha em delírio
e
quem aquece o fogo?
O
Zé Povinho,
sempre
o Povo!...
Que o ano de 2013 não nos traga mais desilusões do que as desgraças de que já estamos à espera!...
@as-nunes
Subscrever:
Mensagens (Atom)