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2011/06/07

Sem stress

Olá irmãos, aí no Brasil, agora só nos falta voltar a amanhar esta terra de onde partimos, há quinhentos anos, Atlântico Sul adiante, dentro dumas cascas de nozes, rumo às Américas, no sonho de encontrarmos mundo mais rico.
Tantas andanças! Tanta aventura! Tanta história! Tanta trafulha!
Tão desenrascados que nós somos!
Não é agora que nos vamos deixar abater pelo stress!
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2011/05/29

Simplesmente... Ámen?!

Este entardecer, deste Domingo, está muito sossegado. É certo que não tenho visto televisão nem ouvido rádio. De qualquer modo - contradições do momento -  tenho a sensação de que algo de grave paira no ar.


Que diabo de altura para andarmos a ver quem vai para o poleiro da Governação de Portugal! 
O que é que fará correr tantos galos, mesmo em tempo de vacas magras? Será o sentido do dever de cidadania para dar o seu contributo de modo a sermos capazes de ultrapassar esta malfadada crise em que o país está envolvido? 
Como todos nós, portugueses, gostaríamos de acreditar!...


À minha frente, em linha de vista, através duma janela da minha casa - computador à mão, livros (muitos para pouco tempo disponível), muitos papeis, muitas contas - uma vista encaixilhada na paisagem deslumbrante do vale do Lis e da Sra. do Monte, Leiria (Barreira/Cortes-Leiria): caixilhos da janela a recortarem a paisagem, uma roseira com algumas rosas brancas, os telhados das casas de alguns vizinhos, por cima, aquela bonita grevílea robusta, matizada com as suas flores douradas, a copa dum sobreiro, de vários castanheiros, para lá do rio, floresta de pinheiros e eucaliptos, tempo em bonança, não bole uma palhinha, céu em limbos, tarde a cair, silêncio entrecortado pelo cantar das aves.


Que silêncio!
Até fico desconfiado...


Bom Domingo a todos, queria desejar-vos muita Paz, harmonia na vida dos homens, em consonância com este momento de impressionante (contrastante?!) calma na Natureza!
Momentos, a vida é feita de momentos, como seria fabuloso se a vida só fosse feita de momentos como este!...
Bem sei que este é um momento raro, excepcional, que outros mais sérios estão a ser vividos, um pouco por todo o lado, com toda a certeza, cheios de ansiedade, de incertezas, de tramóias, de violência.
Porque é que o homem não consegue conciliar a sua existência com mais harmonia, mais solidariedade, menos ganância, menos vaidade?Porquê?
Dá vontade de dizer 
- que me interessa a política, que me interessam as intrigas mesquinhas que se tecem a toda a hora e instante, por esse país fora, por esse mundo devassado?


A História diz-nos que não somos capazes de ser diferentes. Que somos assim, tal como nos mostramos. Egoístas e em constante luta pela supremacia sobre os nossos semelhantes!...


É pena que tenhamos que dizer, conformados,
Ámen
@as-nunes


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2011/05/27

Portugal, minha terra

Flor da feijoa, uma arvoreta oriunda do Brasil, fruto delicioso...
Um melro, na rua, nas suas calmas...

Os portugueses preocupados
A vida a andar pra trás
Os políticos endoidados
Anda à solta Satanás?


Portugal, minha terra
Momentos de encantamento
Porquê tanta guerra
Tanta lamúria e tormento?


Só queremos viver!...
Com paz e dignidade
Olhar a Natureza e ver
Toda esta tranquilidade.

Será pedir muito?...


@as-nunes
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2011/04/19

Oitenta e nove mil metros quadrados. E um país por achar neste país.



O LONGO SONO

Depois da tempestade
o longo sono.
Os tributos. A fome.
E o estrangeiro por dono
deste país que já não tem no nome
a independência da palavra liberdade.

in 
o CANTO 
e as ARMAS

Manuel Alegre,1970

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2011/03/17

Por PORTUGAL: entendam-se, Passos Coelho e José Sócrates!...

Minhas botas velhas, cardadas...
Palmilharam léguas sem fim
Acabarão penduradas
A ver Portugal assim?
Um choupal tão bonito
Verdes prados floridos
A continuar assim
Já estamos todos...perdidos!


Na Natureza o Sol põe-se
É bonito de se ver
Mas no nosso Portugal
Queremos «Sol» a nascer...

Poemas:
Zaida Paiva Nunes
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2011/01/10

Haverá Santos que nos acudam?!...


O artigo escrito por Pedro Sousa Carvalho e colocado on line aqui reporta-se a um tema que assusta.

Basta ler o seu título:

O FMI, o assalto ao poder e a Nossa Senhora de Fátima

Fica-se com uma sensação terrível do estado a que estarão a chegar as contas do Estado Português!

O que se passa afinal?
Andam a brincar com os Portugueses?


Como foi possível deixar que as contas resvalassem a tal ponto?!...



                      ADITAMENTO (11-dez-2011)                                 

 Eu (o autor do artigo em refª) sugiro que comecemos a rezar por:

Santa Edwiges, padroeira dos endividados;
São Lourenço, protector dos pobres;
Santo Expedito, o santo das causas urgentes e das questões financeiras;
Santo Onofre que nos ajude a arranjar dinheiro;
São Judas Tadeu, o tal das causas perdidas;
Santa Rita de Cássia, a padroeira da causas impossíveis. 
E já agora, e por que não, pela Santa Dinfna, a padroeira dos loucos. 

Esta vida de informação em tempo real, nós a sermos massacrados ao centésimo de segundo, emocionalmente e nos bolsos, incógnitas atrás de incógnitas acerca do Futuro!...

Será que o Inferno mudou de sítio?!...

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2011/01/07

Ó Portugal, Portugal!...


Nós, Portugueses
Heróis do Mar
Nobre Povo
Nação valente
Imortal

Camões, bem se esforçou, em imortais cantos Lusíadas, por lançar aos sete ventos da poesia e da fama, a alma de ser Português!

E hoje, 500 anos passados, quem somos nós?!...
Jorge Palma cantou este tema, premonitoriamente, em 2002...

Bem me esforço por ser moderado nas minhas apreciações da situação actual que se vive no País,estou disposto a enfrentar os Adamastores com que nos querem assustar...

mas!...

(...)
Faças o que faças
Nunca chegará.
A situação é má.
Faz-se ainda pior.
Assim não pode continuar.
Mas que saída há?

(...)

Quem me manda a mim andar a ler a poesia de Bertolt Brecht?...


Imagem: Fragmento da pintura "Caravelas nos mares" de Fréderic Duhamel
II Antologia de poetas lusófonos - ed. folheto - 2009
_______________NOTAS COMPLEMENTARES:
(ver zona de comentários a este post).
Eu também quero acreditar que seremos capazes de ultrapassar esta crise em que estamos mergulhados.
Segundo os rumores que circulam nos bastidores, a situação é mesmo muito complicada.
A questão é que estamos a viver não uma mas uma sucessão de crises:
económica, financeira, orçamental, social, política.
O problema é que os vários governos que tivemos nas últimas décadas não conseguiram criar em Portugal uma cultura de desenvolvimento sustentado. Por incompetência? Imobilismo? Corrupção?

A verdade é que as coisas chegaram a tal ponto que a vida dos portugueses se está a degradar a olhos vistos!
Será que esta herança desoladora que nós, os mais velhos, estamos a deixar em testamento (A dívida pública crescente e monumental) à geração dos nossos filhos e netos, vai, por estes, ser aceite sem azedume?
E na previsível negativa como vamos enfrentar o consequente choque?

Estou preocupado mas disposto a manter acesa a chama da Esperança.

Assim sejamos capazes de impulsionar a renovação urgente do Estado!?...(Como?!)



António Nunes 4jan2011


_________ACONSELHO VIVAMENTE  A CONSULTAREM O BLOGUE DO "CLUBE DOS PENSADORES"
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2010/11/18

Almada Negreiros e a actualidade

Sempre desejou que a produção artística se orientasse pela linha de renovação dos países já animados do espírito europeu - o que pode explicar a tendência provocatória de alguns dos seus manifestos (com destaque para o conhecido Manifesto Anti-Dantas) e o ter participado e fomentado muitas das manifestações culturais realizadas no seu tempo em Portugal.(*)
(Ouvir aqui na voz do grande Mário Viegas)

Sou um ouvinte compulsivo da Antena Um. Vinha eu de regresso de Monte Redondo para Leiria, via A17, claro, a ouvir aquela estação de Rádio.
Eis senão quando começo a ouvir uma gravação do célebre "Manifesto Anti-Dantas". Ampliado pela voz excelente do diseur, relembrei aquele extraordinário texto, a veemência dum Manifesto autêntico, escrito por uma das figuras mais importantes da cultura portuguesa do século XX. Tinha, Almada, 23 anos. 
No Verão passado comprei em Monte Gordo, numa feira das Velharias, um livro antigo em que se faz a apologia da vida e da obra de Júlio Dantas. Ou seja, sem dúvida, que Júlio Dantas foi um escritor controverso e alvo de muitas críticas dos seus contemporâneos.

Precisamente hoje comprei o livro nº 11 da colecção "Pintores Portugueses", edição da Quidnovi em colaboração com o HH - Instituto de História da Arte e o jornal "Público" que está a promover a sua distribuição semanal, à Terça-Feira. Decidido a rever e actualizar informação sobre a Pintura Portuguesa ao longo dos tempos, assinei em tempo toda esta colecção. Esta semana deu à estampa o livro, cuja capa se reproduz acima. O seu autor é André Silveira, doutorando em teoria da Arte pela faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Almada Negreiros viveu entre 1893 e 1970.

O percurso da sua carreira multi-facetada multiplicou-se entre a caricatura, o desenho, a poesia, a prosa, a dança, a cenografia, a coreografia e a pintura.

Muito se devia saber sobre a vida e obra de Almada Negreiros, até pela necessidade que todos nós, portugueses, temos de tentar perceber como nos posicionarmos, nos tempos que correm, quer em termos nacionais quer até em relação à própria Europa, como um caminho para o nosso Futuro. Simplesmente, Almada Negreiros como Fernando Pessoa (os dois participaram em conjunto no muito estudado fenómeno da pubicação das revistas Orpheu e Portugal Futurista) como tantos outros vultos da nossa história literária, artística, criativa enfim, requerem que os estudemos na devida profundidade para que daí possamos retirar as sínteses necessárias.
Como dizia Fernando Pessoa: "Creio na Síntese, sempre"

Almada Negreiros escreveu, em dada altura da sua vida:

"A História da Humanidade

começa exactamente por um fracasso,
o fracasso da primeira colaboração
entre pessoas"


Fica-se a cismar!...
-
(*) Texto retirado daqui
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2010/04/25

LIBERDADE


A LIBERDADE é VERDE
A LIBERDADE é VERDE e VERMELHA


---
... ... ....
Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Esses ricos sem vergonha,
esses pobres sem futuro,
essa emigração medonha,
e a tristeza uma peçonha
envenenando ar puro.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Essas guerras de além-mar
gastando as armas e a gente,
esse morrer e matar
sem sinal de se acabar
por política demente.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Quase, quase cinquenta anos
durou esta eternidade,
numa sombra de gusanos
e em negócios ciganos,
entre mentira e maldade.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Saem tanques para a rua,
sai o povo logo atrás:
estala enfim altiva e nua,
com força que não recua,
a verdade mais veraz.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

jorge de sena
[Lisboa, 1919-1978]

in CANTIGA DE ABRIL, livro "Os poemas da minha vida" - Jerónimo de Sousa, ed. Público -  2005
-
E hoje, 25 de Abril de 2010, 36 anos decorridos desde esse mítico 25 de Abril de 1974?

  • Que Democracia?
  • Os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
  • O Estado a dar esmolas, hipocritamente, como que a penitenciar-se dos desmandos dos seus dirigentes.
  • A Economia desorganizada, quase desmantelada, pela falta de estratégia nacional e de defesa do interesse público.
  • O egoísmo das corporações profissionais e económicas a sobrepor-se cegamente aos superiores interesses da comunidade.
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2010/02/07

Leiria e as crises cíclicas

Os tempos que correm são de grande perturbação social como consequência da persistente crise económica e financeira em que o Mundo mergulhou desde 2008, particularmente.
No que ao nosso país diz respeito, vivem-se momentos de grande incerteza no Futuro de Portugal. O Partido Socialista, após 4 anos de Governo apoiado numa maioria absoluta, não conseguiu, nas Eleições de 2009, mais que uma maioria relativa no Parlamento.
A Dívida pública e o Deficit Orçamental estão a obrigar a que se tomem medidas cada vez mais drásticas e anti-populares.
Quando se imporia que os políticos unissem esforços no sentido da desejada e imprescindível recuperação da Economia e das Finanças Portuguesas, eis que, diariamente, somos confrontados com informações contraditórias que geram mais e mais confusão e uma grande balbúrdia.
E nós, “O Zé”, repetindo-se a história de todas as épocas, cá vamos continuando a ser o bombo da festa.
___

Dá-se, entretanto, o caso de que, em Leiria, teve lugar no passado dia 30, sob os auspícios da ODA, Associação defensora do Centro Histórico de Leiria e da Junta de Freguesia desta cidade, um debate seguido da abertura duma exposição sob o tema “comércio tradicional no centro histórico de Leiria – início do séc. XX ao início do séc. XXI”. Esta exposição foi apresentada por Fernando Rodrigues, coleccionador Leiriense essencialmente dedicado às questões relacionadas com as actividades económicas de Leiria.
Foi assim que tive acesso à carta abaixo reproduzida (1) .

Nesta sequência, procedi a uma investigação tendo em vista relacionar o tom melodramático deste texto de 1924 com a situação política, económica e social que se viveria nessa época em Portugal. Estávamos em plena agonia da I República e o debate que a desgastou até ao extremo, foi - pasme-se – entre os defensores do regime de monopólio (2) ou de livre iniciativa no que respeita ao exercício da indústria tabaqueira. Já nessa altura, as forças políticas propagandeavam como bandeiras de actuação: reforma fiscal, programa de fomento, autonomia administrativa e financeira das Ilhas Atlânticas, equilíbrio de classes, desenvolvimento da província (3).

Consultando o livro “100 Anos – 1902-2002” editado pela “ACILIS – Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós” pode ler-se uma justificação para o conteúdo e estilo da carta a que se está a referir:
Em Novembro de 1923, encontrámos um veemente protesto dos comerciantes. A Voz do Povo refere que já há algum tempo se notava que companhias industriais, sobretudo de 
Lisboa, adoptavam oprocesso irritante e vexatório de exigirem o pagamento dos produtos das suas fábricas no momento que o comércio da província” fazia as suas requisições. Como tal, a mercadoria era entregue um ou dois meses depois de paga.
A notícia dizia que “aqueles senhores nababos para quem o comércio da província é apenas um farrapo” tinham por isso, sempre milhares de contos e podiam ter lucros fantásticos, empregando-os.”

.(clic na imagem para ampliar)
(1) Com autorização do dono do documento original
(2) Tema insistentemente abordado no decorrer do IV Congresso Nacionalista de Março de 1926.
(3) Província entendida como as regiões geograficamente afastadas de Lisboa.

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