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2008/05/28

Quem seriam eles?





Hoje, no muro de protecção do Rio Lis, na zona do Marachão. Quem seriam as pessoas que esculpiram os nomes e datas (de nascimento? de escrita? Por coincidência a que tem inscrito o ano de 1947 corresponde ao meu ano de nascimento; naquela altura tinha eu 11 meses de idade!...) nas pedras daquele muro centenário? Como se chamam as flores que todos os anos se renovam no mesmo muro e nos mesmos locais?
Esta zona da cidade de Leiria, nesta altura do ano, é muito bonita, um perfeito picadeiro rodeado de alas de árvores e arbustos e envolto no manto diáfano do próprio rio Lis, agora mais visível e esplendoroso no seu magnífico espelho de água.(1ª foto tirada de cima da Ponte da Fonte Quente).

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2008/05/04

Feira de Leiria

Não, não estamos em Havana. Começou a Feira de Leiria, que se realiza, todos os anos em Maio (já foi noutros meses. Passou para este por causa das chuvas de Março e de Abril...). Curiosamente, nos últimos anos, a maioria dos feirantes de bijouterias e utensílios diversos, é de origem Africana ou Indiana, assim me pareceu).

Esta Associação foi fundada em 1999 e procura, dentro das suas possibilidades, melhorar as condições de vida de animais desprotegidos que são na sua grande maioria cães que foram abandonados pelos próprios donos quando se fartam deles. (mais info)

O dia estava convidativo. Sol e muito calor, a Primavera a convidar ao lazer. A Feira na outra margem do rio...

Se se ampliar a foto pode melhor observar o barco à vela telecomandado por uma pessoa sentada do lado de lá do Açude do Arrabalde, no rio Lis, uma centena de metros antes de se o deixar correr livremente em direcção ao mar (Praia da Vieira de Leiria).

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2008/03/01

Flores do meu jardim

Fotos de hoje. Uma manhã solarenga, luz clara, ar puro e fresco. Encosta virada a Nascente, vale do rio Lis ao fundo, Cortes sob a protecção de N. Sra. da Gaiola, Sra. do Monte lá em cima, na encosta virada a poente.

Como ficar indiferente ao impressionante espectáculo que as flores dum simples jardim duma casa rural-urbana nos proporcionam nesta época do ano? Todos os anos, ininterruptamente. Que energia superior promove todo este desabrochar da Natureza nas suas múltiplas formas e matizes, ciclicamente?
Até quando?...
Esta composição foi realizada com o uso do programa "Picasa" da Google. Duma forma simples, incrivelmente fácil!...
As fotos desta composição foram tiradas hoje com uma máquina digital "Nikon" D50 na forma automática de fotografia.

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2008/01/09

Olhares de Leiria rumo ao Brasil

....................................................................Choupos em reflexão sobre o Rio Lis...
................Acácias-de-folha-longa(*) com a flor acabada de nascer. Mal se vê se não for com fotografia macro. Boa Vista - Leiria.

...........................Tojos em princípio de floração. Na zona da Boa Vista - Leiria. Ainda é cedo para as giestas...

Digamos que estas fotos são dedicadas a todos os meus amigos leitores, particularmente à minha prima Nevitas (Brasil), mais ou menos da minha idade. Lembro-me de ti, Nevitas, quando tínhamos quê, eu uns 7 anos e tu, um pouco mais nova, não é? Falaste-me da saudade das giestas em flor e das mimosas, tão abundantes na nossa terra, Casal de Ribafeita, concelho de Viseu. São uns 12 Km de distância da cidade. Nesse tempo era quase do outro lado do Planeta!...
E nós com a nossa avó Neves, velhota (quantos anos teria nessa altura? Estou a vê-la a cumprir escrupulosamente a sua ida à missa, a pé, aí uns 2 km ou mais, na Igreja paroquial, o cemitério ali mesmo ao lado, muitos dos nossos familiares ali sepultados), a nossa tia Céu a olhar por nós, coisa bastante complicada, se bem me lembro das nossas diabruras próprias da idade. Lembras-te das minhas incursões ao muro da entrada, eu a subir pela videira, disfarçar-me no meio da parreira que ela formava, a cantar a pedido de algum enamorado da Conceição (bem bonita que ela era!...de cântaro da água da fonte no "fundo do povo" ao ombro ou de ancas):

.......................................................................Na noite de Maio
......................................................................Toca o violão
......................................................................Ai que lindas pernas
......................................................................Tem a Conceição.

Como ela se danava com estas cantorias e com o cantor! Mas ela bem sabia que eu só emprestava a voz, ao sotaque do Porto, mais nada. Já não pertence ao mundo dos vivos, há bastantes anos, naturalmente...
Lembras-te, Nevitas? Já disseste das saudades desse tempo! Como é que não se pode recordar essa época, com imensa ternura, a imaginar a aldeia e a vida pacata e alegre que então se levava! Tão jovens que nós
éramos! Tantos anos se passaram! Da próxima vez que cá vieres temos que nos encontrar!...

(*) No texto original lia-se "mimosas". Mas há diferenças substanciais entre Mimosas (também conhecidas por acácias mimosas) e Acácias propriamente ditas. No post a seguir voltarei a falar das mimosas/acácias.

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2007/12/18

Apreciar a Vida


No Sábado passado, pleno Dezembro, um dia radioso, temperatura amena (demais...).
Um piricanta(1) de pomes vermelhos, encima; a flor das bergénias(2), com um colorido e harmonia que são autênticos hinos à Mãe Natureza, logo a seguir, em baixo.

Hoje, à tarde, um frio de rachar, o vento e a chuva a darem sinais de concordância com os meteorologistas, que prevêm mau tempo para o Centro e Litoral de Portugal. O Rio Lis, bordejado por plátanos outonais algo tardios, o espelho de água a cumprir a sua missão.
Estamos a entrar no Inverno, mas se formos capazes de acompanhar a Natureza, no nosso espírito pode haver serenidade, harmonia.
Nem que seja só por estes momentos, vale a pena apreciar a Vida!

(1) Tenho dois arbustos/sebe piricanta (vulgo "espinheiro") , no meu jardim/quintal, com pomes de duas cores, vermelha e laranja. À minha observação deste particular tenho reparado que os melros comem regaladamente estes pomes: primeiro despem o piricanta de fruto alaranjado; neste momento estão a comer os vermelhos, começando pelas pontas dos ramos. É vê-los a banquetearem-se...

(2) As bergenias cordifolias têm a sua origem na Sibéria.

Características:

É uma planta perene com folhas grandes de cor verde escuro em forma de coração, lustrosas e que ao tacto dão uma sensação como de couro. No inverno dá as suas flores que duram muito tempo, de cores rocho branco, rosado pálido. São delicadas, dispostas em ramos irregulares encima de uns talos grossos. A cor da folhagem é um verde muito atractivo. Pode alcançar uma altura e um gancho de 30 cms.

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2007/11/13

Hoje, em Leiria

De manhãzinha. As folhas dos choupos, que o Outono desorientado espalha pelo chão dum caminho pedonal (? e aquele carro lá em cima?), que nos leva ao longo do rio Lis, os patos a multiplicarem-se nas suas águas. Esperemos que saibam o que estão a fazer. Entre patos, cisnes e grous já se começa a notar uma população algo anormal para as características deste rio. Não vá acontecer o mesmo que se passa com os pombos que, aos bandos compactos, invadem muitos dos recantos mais típicos da cidade. Chegam a incomodar e não sei se não poderão vir a tornar-se um perigo para a saúde pública e do património da cidade.
Hoje, em Leiria...

Benavente-15112007 (Lusa) - Análises a patos importados do Reino Unido deram resultado negativo ao vírus H5N1 (Lusa)
As análises feitas aos patos importados do Reino Unido por uma exploração de Benavente deram resultado negativo ao vírus H5N1, informou hoje o Ministério da Agricultura, adiantando que a vigilância sanitária deverá ser levantada nas próximas horas.

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2007/11/02

Ao Finar do Dia de todos os Santos

Leiria, ao findar o dia, depois de duas horas de passeio de bicicleta ao longo de alguns dos percursos Polis na cidade do Lis.
Resumindo a crónica deste passeio, um tanto a contra-relógio, que os dias ficaram mais pequenos, desde que nos obrigaram a atrasar os ponteiros do relógio...
O grupo está formado e é constituído por 3 gerações. Três elementos, um da 1ª geração e dois da 3ª, vão de bicicleta. O 2º grupo vai dar apoio de carro, depois de ir fazer mais umas compras de última hora. Estamos a meio da tarde. Iniciamos o passeio desde o Largo da Sé. Atravessamos todo o Largo do Papa Paulo VI, subimos para o Marachão, viramos à esquerda e, logo a seguir, cortamos à direita pela ponte em ondas. Seguimos pelo Parque e retomamos o percurso ciclo/pedonal Polis ao longo do Lis, no jardim de Sto Agostinho. Esta zona é muito bonita. Atravessamos a 1ª ponte, junto ao antigo Convento, passamos entre o quartel dos Bombeiros Municipais e as quedas de água por trás do antigo Moinho do Papel ( a sua requalificação está a ficar com bom aspecto) e de milho também. Lá seguimos pela margem direita do Lis, atravessámos na passadeira junto à Ponte dos Caniços, atravessámos novamente o rio para a outra margem e lá seguimos reentrando junto à Quinta da Fábrica (ali perto está a Rua Miguel Torga, de quem vos vou voltar a falar em próximo post). Lá vamos nós, em direcção a Sul, pela margem esquerda do rio, começamos a trocar impressões sobre a necessidade de se lanchar, só mais um bocadinho, vamos lá a dar uma volta pelo skate parque. Lá chegados, constatou-se que a actividade era muita, que a rapaziada que lá andava, de bicicleta e skate, parecia ser pessoal já experimentado naquelas andanças. A minha sugestão, um bocado a contragosto do G. lá prosseguimos e aproveitámos para ir ao lanche. Com estas andanças todas, esqueci-me de levar o telemóvel, de modo que comecei a ficar preocupado que o grupo de apoio não nos encontrasse, o que acabou por acontecer.
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De regresso, fizémos o percurso inverso, só que, desta vez, parámos no "Parque dos Índios" para a M. e o G. brincarem um bocadinho. Que não podia ser muito tempo, o máximo 5 minutos, dizia eu. Lá me convenceram a ficar por lá mais de 10 minutos. É que o passeio começava a ser mais demorado do que o previsto e já estava a ficar preocupado como o grupo de apoio, que, por sua vez, não conseguiam dar connosco.
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Chegados à zona do Moinho de Papel(1) e das quedas de água dos Caniços, a M. e o G. lá me convenceram, mais uma vez, a parar para melhor observarmos aquela zona do rio. É realmente acolhedora, e a lembrar-nos, os vários poetas bucólicos e românticos que nos séculos XIX e XX incansavelmente cantavam as belezas do Lis, o sussurro das suas correntes, o ranger melancólico das suas noras, os fartos salgueirais, amieiros, choupos e outras espécies botânicas e até a rica fauna de bogas, barbos e enguias. E vêm logo à memória: Afonso Lopes Vieira(*), Acácio de Paiva(*) (que muito me toca em particular), José Marques da Cruz, António da Costa Pereira e outros... (*)
Tirámos fotografias (não há que admirar, que eu, como bem sabeis, ando sempre de máquina à mão, para o que der e vier).
Muito a custo lá convenci os meus jovens companheiros a prosseguir viagem. Atravessámos novamente o Lis para o lado do Jardim de Sto. Agostinho. Aqui démos uns giros e a M. e o G. aproveitaram para fazer o cavalinho com as bicicletas. Claro que o G. é que é o campeão nestas actividades desportivas, para que é um, digamos, super-dotado.
Acabámos o passeio no Parque da cidade, ali junto ao Bairro dos Anjos, onde aproveitaram ao máximo, em brincadeiras próprias para a idade, cujos equipamentos lá estão instalados e a funcionar em pleno. A luz do dia estava a ficar cada vez mais crepuscular e tive que me impor para nos irmos embora. Só nessa altura, o Grupo de Apoio conseguir dar connosco.
Bom, como é fácil de antever, lá levei um responso de todo o tamanho.
Então não se leva o telemóvel?!...
Acabámos cansados (falo por mim, claro, que a M. e o G. não mostravam sinais de fadiga). No entanto, parece que dormiram essa noite que nem uns passarinhos, depois de um dia a porfiar...

(*) Poetas já referidos neste blogue

(1) No séc. XV a moagem de cereais era uma das tradições de trabalho e de riqueza na região. Dos Caniços ao Arrabalde podiam contar-se sete moinhos, para além do pisão do papel, pertencendo uns aos Mosteiros de Alcobaça e de Santa Cruz de Coimbra e outros, ainda, a abastados proprietários que os podiam, ou não, alugar a rendeiros. Em 1411, D. João I permitiu, por Carta Régia, a Gonçalo Lourenço de Gomilde, homem da Corte, que"...em dois assentamentos velhos que em outro tempo foram moinhos que estão no termo e na ribeira da nossa vila de Leiria...junto à ponte dos caniços..."instalasse"...engenhos de fazer ferro, serrar madeira, pisar burel e fazer papel ou outras coisas que se façam com o artifício da água...contando que não sejam moinhos de pão...". (in "Roteiro Cultural de Leiria "Do Moinho do Papel à Tipografia Judaica" - ed. "Região de Turismo Leiria/Fátima").

Até há bem pouco tempo o edifício principal do moinho mantinha a traça arquitectónica original e teimava em laborar, precisamente, na arte de fazer farinha. Ainda é vivo e activo noutra profissão o último moleiro daquele moinho.

2007/10/30

Escrever para comunicar

Já atingi a idade que me outorga a qualidade de sexagenário. Parece-me impossível, mas deve ser verdade, a avaliar pela data de nascimento que consta do meu Bilhete de Identidade.
Talvez por me ter tornado radioamador em 1980 e porque sou um observador impenitente, desde que me conheço que me esforço, com entusiasmo, por acompanhar a evolução das novas tecnologias, sempre que possível, fazendo as minhas próprias experiências. É certo que começo a sentir que cada dia que passa vou perdendo o ritmo necessário para acompanhar a velocidade estonteante com que estas ditas TI´s evoluem, em acrobacias quase esotéricas.
Vem tudo isto a propósito dum artigo de opinião, ou talvez não só por isso, em que o “micro-empresário” Paulo Marques escreve no “Jornal de Leiria” de 2 de Agosto de 2007: “Se escrever é um acto íntimo de cada um, então por que é que as pessoas mostram aos outros?”. Li este artigo de fio a pavio e engracei com o estilo.
É que me sinto nitidamente enquadrado nesse papel, a escrever “só porque sim”… e pronto! Claro que se conseguir prestar o meu contributo para a sensibilização dos problemas sociais que nos poderão afligir, tanto melhor. Reconheço, no entanto, que para se poder chegar às pessoas pela escrita, é preciso imprimir o estilo literário mais apropriado, no meu caso talvez mais sofisticado, mais “trabalhado”. Paciência. É assim e pronto!
Já ando a escrever umas coisitas na Internet e na imprensa há muitos anos. Na Internet, pelo menos desde 1998. Duma forma intermitente, algumas publicadas, outras não, outras nem por isso. Nem por isso? Pois, aquelas coisas que vamos “postando” nos “blogs”. Postar? Bloggar? Cá por mim, já comecei a aportuguesar estas expressões: postando, blogue. Como devem estar a perceber ando por aí, pelos blogues. Mas não sou dos que pensam que a informação/notícia escrita em papel vai passar rapidamente à História. Haverá lá forma de substituir os jornais e livros em papel sem que isso não nos venha a afectar psicologicamente? Afinal, o Homem não é nenhuma máquina sem sentidos. Dos quais não poderemos nunca prescindir: gostar, olhar, cheirar, tocar, ouvir…Já alguém nos demonstrou que aquilo que vemos no computador se pode cheirar e tocar?
Isto mesmo antes de referir um aspecto que é do desconhecimento da maior parte das pessoas. Os radioamadores terão sido os primeiros utilizadores/experimentadores da troca de mensagens digitais duma forma mais ou menos organizada a nível mundial. Os sinais binários eram emitidos e recebidos via rádio, modelados/demodelados através de computadores (desde os tempos dos micro 48k com cassetes de bobine magnética, passando pelos 8088 e por aí fora), nas bandas de amador. A questão é que se começar aqui a falar de RTTY, SSTV, “Packet-radio”, SSB, Nodes, etc. muito poucas pessoas entenderão do que se estará a falar. Tudo isto aconteceu antes do advento da Internet de utilização popular.
E pronto, era só esta gatafunhada que vos queria aqui mostrar. Claro, aproveitei o ensejo para falar do hobby da minha vida e de mais alguns milhares a nível nacional, o radioamadorismo, de cujas performances me servi, durante mais de 25 anos a esta parte, para contactar em fonia e por escrito (em papel e por via digital) milhares de correspondentes em todo o Mundo. É que nós, os sexagenários – particularizando os que ainda por cima são radioamadores, internautas e com ganas de escritores - já não iremos durar muito mais tempo, como é natural!…E mais. Podemos gabar-nos de sermos a geração do pontapé de saída das novas Tecnologias. Para o bem e para o mal. Espero bem que os nossos continuadores acabem por conseguir que essa ferramenta e/ou arma vital possa vir a ser utilizada em defesa da qualidade de vida da Humanidade.

(António Nunes - Publicado no "Jornal de Leiria" em Agosto de 2007) - A foto não consta do texto publicado, mas como podia eu falar em formas de comunicar sem fazer referência à fotografia, uma das minhas formas preferidas? Estávamos em meados de Setembro de 2007, o rio Lis aí seguia, espelhando as margens enamoradas pelo seu correr de mansinho em direcção ao mar, a pouco mais de 20 km, a Oeste...

2007/10/23

Balada do encantamento...Leiria

..Junto à ponte do Arrabalde, o Outono 2007 a espreitar-se ao espelho, através do rio Lis.

Recantos encantados de Leiria. Ou não fosse a cidade do fado/canção:
Balada do encantamento...
Dentro de ti, ó Leiria
Vive uma moira encantada,
Não sabe ser minha amada,
E tem por nome Maria.

Leiria foste um ladrão
Leiria do rio Lis.
Roubaste-me o coração
E, vê lá tu, sou feliz.
(Letra e música de D. José Pais de Almeida e Silva)
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2007/10/17

Cortes, ali mesmo em frente.

Vista panorâmica sobre a localidade de Cortes - Leiria. Desde os Lourais. Ao fundo, a recortar a linha do céu azul, a Sra. do Monte. Esta foto é deste mês de Outubro de 2007. O Snr. Rui (por sinal meu ex-aluno na Escola Domingos Sequeira nos anos 60), proprietário da Livraria Martins, deu-me a dica que havia um livro(1) sobre as Cortes (andava eu à procura de informação sobre a Qta. de S. Venâncio), edição em 1997 do Jornal das Cortes. Da sua leitura consegui perceber o quão interessante é o seu conteúdo, tendo em conta os inúmeros artigos e ensaios que têm sido publicados naquele jornal desde a sua fundação. Os autores desses artigos e ensaios são pessoas muito qualificadas e conhecedoras das realidades e da história da freguesia das Cortes, donde resultou inevitavelmente uma mais valia para a compreensão da vida das suas gentes e da história desta terra. Dada a ligação íntima desta freguesia das Cortes com a da Barreira, na qual tenho residência e de cuja Junta já fiz parte, penso que é pertinente, quanto mais não seja para meu próprio conhecimento e de quem comigo estiver interessado em partilhar, reflectir sobre os temas desta freguesia vizinha e amiga. De notar, que, parcialmente, a Quinta de S. Venâncio faz parte desta freguesia. E, muito francamente, não compreendo (ignorância minha certamente) porque é que não há mais referências, quer no jornal das Cortes, quer noutros suportes de informação, acerca de Quinta tão simbólica desta zona! Entretanto, obtive a informação abaixo, que talvez possa ter interesse para os estudiosos das questões relativas a Cortes - Leiria:
Departamento de Inventário, Estudos e Divulgação
IGESPAR, I.P.
De acordo com a informação existente na base de dados de património arqueológico do nosso Instituto, o único registo com a designação Leiria - Quinta de São Venâncio (CNS – 6906) refere-se a uma estação de ar livre de época paleolítica, descoberta em 1947/8, sob a orientação de Manuel Heleno e na qual se identificaram indústrias líticas (conforme pode pesquisar em
www.ipa.min-cultura.pt). Esta informação foi retirada do processo 85/1(096) - Levantamento arqueológico das Estações Paleolíticas da Bacia do Liz. (2)

(1) "ReCortes do jornal daí" - As Cortes da Pré-História à Actualidade - estudos de história, património, cultura, religião, toponímia e etnografia. Ed. Jornal das Cortes - 1997. Sem grande espanto confimei que à frente da equipa do "Jornal das Cortes" "estavam José Bento da Silva e Carlos Fernandes que, fazendo apelo a energias insuspeitas, deram corpo a um projecto que não mais parou."
(2) O livro que estou a seguir contém um artigo(3) muito rigoroso acerca da forma de se escrever o nome do Rio que atravessa Leiria. Esse artigo já tem uns bons 10 anos e parece-me ser bastante elucidativo. Apesar de a tendência que se está a revelar na escrita desta palavra se orientar no sentido de se usar a palavra LIS, ainda existem muitas placas de sinalização com a toponímia LIZ. Quanto a mim, que não me considero um versado em linguística, nem pouco mais ou menos, depois do que tenho lido e estudado, inclino-me para a utilização da palavra LIS em detrimento de LIZ.
(3) "O Lis...os analfabetos... e os filhos bastardos", ensaio de Manuel Marques da Cruz, pág. 296.

Nota: (Nem precisaria de acrescentar que este tema é para continuar a ser tratado em próximos posts)

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2007/09/14

Segurança?!...


O açude das Cortes. Logo a seguir o rio Lis vira à esquerda e entra na zona da Nora. Um sítio de excelência, muito aproveitado pela rapaziada para umas boas banhocas e para a prática de desportos náuticos, nomeadamente canoagem.
Há uns meses atrás, uma árvore (penso que um choupo) partiu-se e caiu sobre o Rio Lis no açude das Cortes. Era, de facto, de grande porte e a sua queda podia ter provocado maiores estragos. De qualquer modo não comungo da mesma opinião que o "Jornal das Cortes" na sua edição de 8 do corrente. Na minha opinião, dado que se trata duma zona ribeirinha, clássica e de grande interesse ambiental, em vez de se ter procedido ao abate a eito de "faias"(*) (segundo o jornal, aliás um dos de maior renome e já com 20 anos de vida influente na comunidade local), conforme se pode ver nas 1ª e 3ª fotos, bem se podia ter apelado ao bom senso e conciliado a segurança com a necessidade premente de se preservar o ambiente e o ecossistema da área, com podas bem orientadas. Além do mais, depois de podadas com critério, as raízes daquelas árvores poderiam ajudar à fixação de terras, protegendo assim, a margem do rio.Mais umas quantas árvores de referência e de nítido interesse ambiental e paisagístico que se abatem, quanto a mim desnecessariamente!...
Justificação do abate, segundo o jornal em referência: "Devido ao seu porte de respeito, mas sobretudo à erosão da margem direita do rio naquele local, há ali mais faias cuja queda se adivinha, com os perigos inerentes em tal circunstância."... Agora aí estão, transformadas em belíssimos troncos de madeira de bom valor comercial. Assim seja!
(*) A caracterização de grupos de árvores como sendo faias nem sempre significa que elas sejam efectivamente faias, na sua classificação científica. Aliás, nesta zona, é frequente denominar-se faias a pequenos bosques de choupos, de freixos e até pinhais. O caso mais típico é o da Cova das Faias. Neste local, no IC2 entre Boa vista e Marrazes, existem/iam somente pinhais e eucaliptos. Perto, observável a partir da variante entre o IC2 e a A1 (entrada nos Pousos), ao longo e no resto do vale da Ribeira do Sirol, existem vários bosques, mas de choupos e de alguns freixos, que não de faias, como é comum ouvir referir.
Para quem tiver algum empenho em informações mais completas sobre as faias (fagus) aconselho uma consulta aqui.
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2007/08/27

A Beleza acontece quando tu SORRIS...


Estamos, eu e a Zaida, de férias. Daquelas em que temos conseguido não nos submeter a horários nem a programas previamente empacotados, cheios de papelinhos com cores e cheiros tropicais e outros que tais.
Temo-nos deixado levar pelas ondas do Tempo, horário, meteorológico, humorístico ou mais casmurrento.

Vivemos, de há uns bons anos a esta parte, num local de que gostamos. A decisão de virmos viver para estes lados foi inicialmente motivada pela minha paixão pelo Radioamadorismo. A propagação das ondas hertzianas tem campo aberto para se espraiar por esse Mundo fora…


A Nascente, o vale do Rio Lis - nascido naqueles lugares encantados das Cortes, terra de muito labor compensado embora com boas produções, terra de muitos e bons poetas, de muita cultura e de muita História – a Sra. do Monte a retribuir os nossos olhares, por vezes duma forma enigmática, como que a lembrar-nos a sua presença majestosa mas cúmplice.

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A Poente, a continuação da encosta do lado de cá do Rio, terrenos em forte declive, mas de bom cultivo e pastoreio, uns restos de pomar, de vinha e de pinhal. Lá ao cimo pressente-se a estrada de S.S. Salvador que leva, depois de se passar pela Carvalhinha e pelo Pinhal Verde, à sede da freguesia, a Barreira; com a sua Igreja Matriz dedicada ao SS Salvador, o Solar do Visconde e respectivo jardim exótico e secular, o seu casario à volta das antigas casas Senhoriais dos Guerras e dos Oliveira Simões, vinhas e pomares a perder de vista…
O dia amanhece lindo, a confirmar o quão volúvel o Tempo se nos está a apresentar, como que a enviar-nos avisos, alertas! Para nos animar, talvez, o Sol brilha e encanta. Faz-nos Sorrir…e que nos faça pensar, também.
Fiz umas experiências com a tele-objectiva, coisa simples, da minha inseparável máquina fotográfica.
É uma pequena amostra desta sessão fotográfica matinal que vos quero mostrar, agora, aqui…
Bom dia!
Façam favor de ser Felizes!
Sorriam!...
- 19h00 -

Ao fim da tarde não resisti a voltar a fotografar a vista panorâmica que se abarca desde a varanda virada a nascente. Só que desta vez as Cortes e toda a Sra. do Monte (o monte sobranceiro que detém esse nome por lá ter sido fundada a capelinha da Sra. do Monte, a que só poderá ser reconhecida na foto - lá no alto - por quem conhecer este sítio) apresentam-se com a luminosidade espantosa da luz do Sol poente.

E pensar, por associação de ideias com os momentos dramáticos que os Gregos estão a viver neste preciso momento, que todo aquele Monte, encostas e outras áreas desta zona, arderam completamente num fogo terrível, em 2005. Posso garantir-vos que, nessa altura, eu e outros populares, ouvimos e vimos o diabo à solta. Lufadas de ar negro de fumo, ruído cavo, medonho, abafado que sufocava, atravessou o vale e, como que nos queria atemorizar, a nós que estávamos do lado de cá. As populações das Cortes e arredores juntaram-se aos bombeiros e lutaram que nem uns bravos, na defesa dos seus bens e do seu próprio habitat.

A vida neste Planeta Terra, alvo de tantas e tão vis cobiças de toda a ordem, bem precisada está que sejamos capazes de reflectir no melhor caminho a seguir, sem rancores, sem guerras, sem ganâncias desmedidas.

Precisamos urgentemente de reencontrar a alegria de Viver e SORRIR!
Posted by Picasa (clicar nas fotos para ampliar)

2007/08/16

Recantos de Leiria

O Rio Lis à nossa direita. À esquerda o Jardim Luís de Camões "requalificado". Quedemo-nos na contemplação deste recanto do Marachão, uma longa alameda lateral ao Lis. O olhar alonga-se na direcção Norte/NW. São 3 horas da tarde, meados de Agosto deste ano sem estações do ano: primavera/outono/primavera/inverno/outono/primavera/verãozito...
As árvores. Estou a aprender a conhecê-las. Quero passar a chamá-las pelos seus próprios nomes. Não é tarefa fácil. Aliás, os serviços de espaços verdes da Câmara também em nada ajudam quem passa...e olha à sua volta...quando olha.
Vejamos: sem me socorrer das minhas notas: da esquerda para a direira: plátano bastardo (padreiro); liquidambar (em primeiro plano a começar a assumir a bela cor vermelha das suas folhas de fins de Verão); faia (pouco se vê da sua copa); uma melia azedarach com os seus ramos cheios de frutos característicos a espreitarem a objectiva.
Ultimamente dou comigo a observar o desenvolvimento destas e doutras árvores de Leiria, ao longo do ano.
Um espectáculo esplendoroso, visto assim na sequência das imagens do ano inteiro!

2007/07/20

Obrigado, ÁRVORES

...
ÁRVORES~~~~~Igual a:................ Sombra......Oxigénio.......Comida......Beleza..........Habitats para muitas outras formas de vida............................................ V I D A...
.....................................(clic nas fotos para ampliar)

Ó pinheiro, ó pinheiro
Deixas cair a caruma,
Quando o vento sopra forte
Vê-se cair uma a uma.
...
(in Anais do Município de Leiria - João Cabral - 1993)
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Pinheiro manso, muito antigo, centenário não sei quantas vezes. Fotografia cedida por um empregado da Tipografia Carlos Silva - Leiria, Paulo Moreno. Está localizado junto a uma capela existente na localidade de Alpedriz - Alcobaça).
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Quando fui à sua procura baralhei-me no caminho e acabei a fotografar a Olaia, também monumental, que mostro a seguir, aqui ao lado.
No Adro da Igreja de Santa Luzia em A-do-Barbas, Maceira - Batalha. Em Maio de 2007.
Em primeiro plano, um pormenor dum choupo de grande porte.
(- este rio, o Lis, neste momento, é um rio cheio de vida: peixes de várias espécies e tamanhos (bogas, barbos, carpas, pimpões, enguias), patos, grous (que já os vi na zona da represa para produção de energia junto à ponte Hintze Ribeiro); tílias, em primeiro plano; plátanos do outro lado do rio...)
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Colabore com http://www.tree-nation.com/

2007/06/22

Mobilidade?!


Coincidências e contradições...
Parei, hoje de manhã, para tirar uma fotografia ao Rio Lis, de cima da ponte Dr. Francisco Sá Carneiro, no limite das freguesias de Leiria e dos Marrazes.
Deparei com estas duas situações!...
Valerá a pena acrescentar algo mais, mesmo não tendo a certeza de que o deficiente motor da foto poderia ultrapassar o obstáculo, bem visível? Não lhe ofereci ajuda porque me apercebi que um moço que por ali passava em fato de treino já o tinha abordado e, pelo que depreendi, a situação estava sob controlo. Talvez a força do hábito de aguentar as adversidades da vida!?...
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