2006/04/20

TRABALHO, NOITE, MOÇAMBIQUE, EÇA

Uns a trabalhar, outros a descansar...nem sempre a ordem dos factores é arbitrária!

São quase três horas da manhã. Não queria ir para casa sem colocar mais este Post. No entanto, decididamente, quanto mais pressa mais vagar, diz o povo e tem razão. Com frequência, todos nós temos ocasião de confirmar este ditado popular. Tinha um texto já teclado, demorou-me uma meia hora a escrever e, às páginas tantas, evaporou-se, melhor dizendo, volatilizou-se. Deficiências da informação digital. Não se guardem convenientemente os bits e vão ver o que lhes acontece! Quando vamos pela informação nem rasto dela. Ora bolas!
Estou a tentar remediar o mal. Claro que já não consigo escrever da mesma forma que já o tinha feito, agora está a brotar ao sabor das tecladas, já com menos paciência, como é óbvio, e não como eu gostaria que fosse. Paciência - paciência o r... - que já se está a esvair...com o cansaço, o sono, o desânimo. Não há dúvida que o melhor é ir dormir, que o meu mal é mesmo a necessidade de uma boa soneca!

Estou no Largo da Sé, em Leiria, no primeiro andar da casa que se vê na foto. Tirei-a quando vinha a descer a calçada do Castelo/governo Civil (eu sei que tem nome de cónego...) a caminho deste local, para mais um serão de trabalho. Esta é a chamada "Pharmácia Paiva"*, na parte mais iluminada, com fachada em azulejos, dizem alguns entendidos que "Vúva Lamego".

O meu escritório é no 1º andar, por baixo funciona um bar, o barulho da música tipo batuque, que não consigo apreciar, por isso é que tenho estado a ouvir no meu computador outro tipo de música, mais a meu gosto, mais melodia, mais suave, talvez mais ao jeito do estilo da música dos anos 60.
O barulho que vinha de lá de baixo já acabou (parece que os clientes do bar já se calaram, já terão regressado às suas residências; o prédio é antigo, o soalho de madeira, o isolamento também deixa muito a desejar). Fazia-me recordar os meus tempos de África, Moçambique, batuques dos indígenas à volta de Nampula, até altas horas da madrugada, aos fins de semana, só que nessa altura eu tinha 21, 22 anos de idade e até achava graça. Estava a cumprir o serviço militar obrigatório e, por mais um acaso da vida, até consegui ter a viver comigo a minha mulher (tínhamos casado há uns meses atrás) e logo a seguir nasceu a Inês, o que me ajudou a fazer a tropa, naquele longínquo mas bonito, diria mesmo mágico, lugar, abraçado com fervor ao Índico, praias lindas, com águas tropicais e serenas, apesar de termos de viajar 400 e tal km para as apreciarmos, grande parte em picada. E os 8 dias que passámos na Ilha de Moçambique de então? Aquela combinação de religiões, uma mesquita – lavar os pés à entrada - o Forte na ponta Norte, as Igrejas, uma capela ortodoxa, os riquexós (uma volta completa à Ilha, 2 km por 500/600 metros, quanto é? - Dez escudos - fiquei chocado, paguei 200 escudos...). O cheiro intenso da terra, vermelha, após uma brutal chuvada de 5 minutos, as plantas a desenvolverem-se aos nossos olhos, parecia até que as víamos a crescer, milímetro a milímetro. Fantástica terra! Simples miragem da minha memória? Os relatos actuais que vemos e ouvimos começam a atestar que aquela área se está a desenvolver, social, política e até economicamente. Ainda bem!
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Já agora. Esta é a casa de que lhes tenho falado nos Posts sobre Eça de Queiroz em Leiria. É da família mas só uso o 1º andar para escritório. Era aqui a "botica do Carlos" em cujo estabelecimento, no local do bar atrás referido, se passam muitas cenas do célebre romance "O Crime do Padre Amaro".
Gostava de lhes falar mais sobre este assunto mas, por ora, já não há tempo e amanhã, logo pela manhã, recomeça o "batente".
Contas e relatórios, que estamos em época de fechar os Balanços e apresentar as contas do ano que findou e já lá vão 3 meses e tal. Agora é a época de enviar os ficheiros necessários ao Fisco, declarações e mais declarações, que chatice! Ainda que já se processem digitalmente, mesmo assim continuam a ser um exgero. Fala-se em desburocratização, mas não vejo maneira de se passar à prática essas boas intenções. Há que despachar, deixemo-nos de conversas fiadas. Está-se a perder tempo em demasia com informação em duplicado, triplicado, sei lá que mais.
Vamos à desburocratização, JÁ!...
Boa noite.

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* Leia-se uma reportagem do “Jornal de Leiria”, suplemento “Viver” da semana passada.
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asn
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2006/04/19

Ao Costa Santos, com Saudade!



A Rua Dr. António da Costa Santos, um ilustre poeta Leiriense, liga a Fonte das 3 Bicas, ou das Carrancas ao Largo Rainha Santa Isabel. Já subo e desço regularmente esta rua há quase 6 anos consecutivos, mais a avó Zaida que eu, a acompanhar-mos os nossos netos que frequenta(m)ram (a Mafalda já passou para o 5º ano e mudou para Fátima) a Escola Branca, EB1.
Percorrer aquela rua é uma autêntica aventura. Os carros estacionam em cima dos passeios, uns, outros fazem rasas aos peões, de arrepiar, a maioria das casas, dum lado e do outro, estão em ruínas, vidros, janelas e portas estilhaçados pelo tempo, pelo abandono dos proprietários e pelo desleixo das autoridades. O mais curioso, até algo incompreensível, é que uma dessas casas com ar de abandono, irrompe com uma das suas esquinas, pelo passeio adentro, e não conheço que medidas é que estão a ser tomadas para resolver esse problema caricato.
Ao fundo da rua existe uma casa que tem, desde tempos imemoriais, uma espécie de "galinheiro" a sobrevoar a própria via, todo esventrado, a evidenciar uma instabilidade tal que só por milagre é que ainda não caiu em cima de algum passante, peão ou automóvel.
No meio de toda esta confusão e desprezo pode observar-se a árvore da fotografia, entalada entre dois prédios, a que achei motivo de reportagem.
Dado este ensejo lembrei-me de um pormenor, saudoso da minha infância, que gostaria de deixar aqui divulgado, e que poderá constituir ao mesmo tempo, um apelo. Tive um colega na Escola Primária Emídio Navarro, em Viseu, anos 50, que se chamava Costa Santos, o irmão dele foi meu padrinho do "Crisma", éramos os melhores alunos da classe (talvez que me levasse a palma aos pontos...mas mesm assim por poucos!...). Se por um feliz acaso destas novas TI leres este Post muito gostaria que me contactasses, ó Costa Santos. Se fores, como espero, anda vivo, manda-me um email ou contacta-me por outra via. Creio qe poderás imaginar o que um possível reencontro, ao fim destes anos todos, poderia representar para nós! Como eu gostaria que se desse esse milagre. Já falei em ti várias vezes aos meus pais (estão com 83 anos) mas eles não mais te viram, talvez nem sequer se lembrem de ti! Mas eu lembro, não sei é se nos reconheceremos logo às primeiras!
Um grande abraço de muita saudade, estejas onde estiveres Costa Santos, nem que seja só com o meu pensamento actual.
Bem gostaria de te ver com os meus próprios olhos, ao vivo. Ele há milagres!...
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Sempre Leiria...DISPERSAMENTE

In http://leiria.no.sapo.pt/acacio.html


SONETO SOBRE LEIRIA
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Minha terra velhinha! Assim te quero,
Ente as olhalvas frescas, pequenina,
Teu Lis saudoso, teu castelo em ruína,
Teu ar de monja, tímido e severo.
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Assim te represento e te venero,
Te possuo em minh'alma e na retina.
Deixei-te muito cedo, porque é sina
Fugir de quem mais amo e mais espero.
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Ela me arrasta, força e descaminha,
Mas não me esqueces, terra doce e triste,
Vetusta jóia de precioso engaste.
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Em cada pedra tua, em cada ervinha,
Quantas vezes comigo tu sorriste
E, só porque eu chorava, tu choraste!
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Acácio de Paiva
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asn

Os blogs são autênticos...

"Os blogs são autênticos e é isso que faz a força deles"

Livro dum humorista mediático pela TV


Hoje, no Canal 2 da RTP...
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A Ribeira dos Milagres, lá ao fundo!...


Quem diria que, ainda hoje, houve mais uma descarga poluente, presumivelmente, de suiniculturas, na ribeira sobre a qual passa a ponte da foto? Mais uma vez. Os protestos do costume, a GNR a tomar conta da ocorrência, a comunicação social a fazer os registos habituais...
Para quando a entrada em funcionamento da Étar há tanto prometida e para cuja construção em moldes tecnicamente capazes já foi constituída uma sociedade de suinicultores que terá sido dotada do necessário capital?
Quando é que deixaremos de ouvir Leiria nas bocas do Mundo por causa dos maus cheiros e das cores negras das "águas" da Ribeira dos Milagres?
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Outro aspecto da feira semanal e Leiria

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Feira semanal em Leiria

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2006/04/18

IARU - Organização Internacional dos Radioamadores

Porque o espectro rádio constitui uma fonte natural de todo o mundo, os Amadores de Rádio organizaram-se, nacional e internacionalmente, tendo em vista um melhor e mútuo uso das ondas hertzianas entre os radioamadores em todo o todo o mundo, de forma a incrementar esta actividade e os melhores resultados no relacionamento com as insttuições responsáveis pela regulamentação e utilização das frequências de rádio. A ARRL American Radio Relay League, é um exemplo desta organização à escala nacional. A nível internacional, as Associações nacionais por todo o mundo, devem trabalhar todas com o objectivo de se promover um Radioamadorismo forte e sadio, sob os auspícios da democracia representativa*, representada pela "International Amateur Radio Union, (IARU).
Criada em Paris, França, a "International Amateur Radio Union" tem sido a melhor montra e o melhor porta-voz da comunidade dos Radioamadores em todo o mundo, desde 1925. A Constituição da IARU, na sua última emenda de 1989, organiza a União em três Organizações Regionais que correspondem às três regiões da International Telecommunication Union (ITU). A Constituição da IARU prevê a criação duma Sociedade de membros para funcionar como Secretariado Internacional da União.Os membros deste Secretariado são:
1 Presidente
1 Vice-Presidente
1 Secretário Geral
3 Secretário Regionais

Um crescente número de Membros da IARU esta acessível por email e na WEB. Muitos dos seus Membros operam QSL bureaus para a troca de cartões de QSL.
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* Só se lamenta que esta democracia representativa não funcione na prática. A questão é que os representantes de cada país na IARU são sempre os mesmos, têm sido os sócios fundadores. Assim sendo, como é que se pode falar em democracia representativa?
Por exemplo, relativamente a Portugal, a REP tem assento vitalício na IARU em representação dos radioamadores portugueses? É o que nos têm vindo a dizer. Porque não proceder-se a eleições periódicas entre as várias associações portuguesas de radioamadores?
Não é admissível que, falando-se em democracia representativa, se assente em definitivo que a REP é quem representa, para todo o sempre, o radioamadorismo português na IARU.
Penso eu! Porque sou Radioamador pensante, não só palrante e/ou ultra-conservador (paradinhos no tempo e nas ideias de organização da sociedade, desde 1925?????????????).
ct1cir - since 1982
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asn

18 de ABRIL - Dia Mundial do Radioamadorismo

Desde 1925





Uma foto dos primeiros Radioamadores, em actividade!

Consultar IARU

SATÉLITE CAMÕES


(Conforme informa a Associação de Amadores de Satélite - AMSAT)*

O estudo de desenvolvimento do mock-up para o satélite Camões, está inspirado na tecnologia alemã para satélites do tipo Phase 3 A e E. Continuam a evoluir os trabalhos ainda na fase de projecto, tendo em vista acriação do housing do satélite. A aposta estrutural, é obter estabilidade, minimizando o peso e custos de maquinação. A opção foi prosseguir mediante uma construção modular, em que, com apenas 5 peças diferentes, uma vez repetidas, se faz a construção integral da estrutura do satélite, utilizandoa mesma tecnologia que há longos anos é empregue na construção aeronáutica,empregando chapa de alumínio quinada ou moldada, e depois rebitada ou aparafusado. Ao invés de outras opções de maquinação, correntemente empregues, inclusive em Portugal, na construção modular de sistemas de radiocomunicações tácticas, de choque, aceleração, vibração aleatória e ressonância mecânica. Considerando que a proposta do projecto, está centrado no estudo e desenvolvimento de sucessivas tecnologias de aproximação, incluindo o método da «tentativa e erro», partilhado entre técnicos e alunos que irão participar ao longo de 8 a 10 anos, nas progressivas construções e ensaiosde diversos modelos de satélites empregando tecnologias e aplicaçõesdiversas, testadas em balões estratosféricos (SimSAT). Mais, a AMRAD espera poder concluir o desenvolvimento e construção de umtransponder linear que empregue a tecnologia SDX, o software defined radioou software defined transponder.
O SDT ou SDX é já uma perspectiva sustentada, ela surge da criação do Centro Espacial Português – CS5CEP, que resultou de uma parceria estabelecida entre a AMRAD (AMSAT-CT) e o Instituto Superior Técnico, IST – Tagus, instalado noParque de Ciência e Tecnologia de Oeiras, e que envolverá seguramente alguns peritos internacionais, dispostos a cooperar e a apoiar este programa de formação e transferência de tecnologias (sem fins lucrativos).
Gustavo Pais e Palma Brito são dois especialistas de projecto, que estão a dar forma aos conceitos, propostos pela AMRAD (AMSAT-CT), esperando-se para breve a conclusão de um protótipo, a ser construído com o apoio da empresa CMVB, especializada na construção de protótipos industriais. De referir o voluntariado e a gratuitidade de todo este trabalho. O maior problema é a limitada superfície do satélite, tendo em consideração a necessidade de produzir energia eléctrica, a partir de células ou painéis solares.
O Satélite Camões vai assim dando os primeiros passos e perde timidez.
http://www.amrad.pt/amsatct.php

* Informações de âmbito radioamadorístico e de telecomunicações
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asn
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2006/04/17

DISPERSA e insistentemente por Leiria

No regresso das minhas viagens diárias de Leiria a Boa Vista, numa paragem do semáforo, mesmo ao lado do Centro Comercial Maringá (à direita), tem-me despertado a atenção um bonito tufo de flores silvestres, mesmo junto à cruz da Igreja de S. Francisco, em Leiria. Nesta oportunidade, tirei uma fotografia, mesmo de dentro do carro. Logo a seguir o sinal passou a verde!
Estes tufos floridos nesta altura do ano são frequentes na cidade, nas fendas das paredes das suas casas e edifícios públicos mais antigos e em muitos dos muros que suportam as terras dos morros à volta do centro histórico de Leiria.
Por muito que sejam arrancados, todos os anos os temos à vista... que, por sinal até se pode dizer que actuam como autênticos alegretes
para esta cidade de Leiria, às vezes um tanto soturna e pouco animada, parece-me!...

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asn
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2006/04/16

O tronco duma roseira

É verdade...
O diâmetro médio andará à volta de 30 cm!
Lourais-Barreira-Leiria-Portugal
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DOMINGO de PÁSCOA - 2006

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O Gui e a Mafalda

Um aspecto parcial dos troncos entrelaçados de 3 loureiros, de 13 anos de idade. Têm vindo a acompanhar o tempo de vida dos meus netos... e eu a vê-los - a todos eles - crescer!
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"O Tempo perguntou ao Tempo quanto tempo o Tempo tem.
O Tempo respondeu ao Tempo que o Tempo tem tanto tempo

qanto tempo o Tempo tem."
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asn
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Sexta-Feira Santa, 14 de Março de 2006

Chovia a cântaros. Observação feita desde os Lourais-Barreira, em Portugal, na direcção da Sra. do Monte, cujos contornos mal se divisam na linha difusa do horizonte...
A Natureza a contraditar os que que têm andao a profetizar que estamos condenados a sofrer à míngua de água... Bendita chuva, que, até parece milagre, nos tem bafejado, desde o últmo Outono, com visitas frequentes, duma forma regular e sem sobressaltos de enxurradas e inundações.
Assim continue a ser!...
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asn
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Eça de Queiroz em Leiria - Post 7.n

No primeiro andar do prédio da fotografia, datada de hoje, dia 16 de Abril de 2006, foi onde Eça de Queiroz tinha o seu gabinete de trabalho, enquanto Administrador do Concelho de Leiria.
Esta foto foi tirada desde a porta de entrada do prédio "Pharmácia Paiva", em cujo rés-do-chão funcionava a "Botica do Carlos" referida por Eça n´"O Crime do Padre Amaro".
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2006/04/15

O Alentejo - Abril em Portugal


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Um dia destes, no Alentejo...

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(Fotos de Ana Catarina Dâmaso)
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Lá no alto,
em Monsaraz-->

2006/04/14

Eu, pecador me confesso...Ai a Internet, a Internet!



No Futebol há os "olheiros" que andam por aí a ver se encontram jogadores da bola para contratar.
Nos blogues também...só que a bola é outra!

In "Abrupto" de JPP:

A Internet e o país em que vivemos

UM:
"Vou passar a Páscoa numa aldeia da Beira-Baixa que tem uma centena de habitantes com uma média de idades superior a 70 anos e onde o único computador existente é o meu portátil - e só quando lá estou.Telefones, há dois ou três; Internet, só existe em dois lugares, a meia-dúzia de quilómetros de lá (na vila), e nem sempre está a funcionar - e muito menos aos fins-de-semana. (Havia um Net-post nos CTT, mas foi retirado). As outras possibilidades (eventuais, pois não sei sequer se existem) são a 25 km, em Castelo Branco.E é num país assim que uns citadinos lunáticos querem que se pague o selo do carro só através da Internet - e outras coisas igualmente sem pés nem cabeça. (C. Medina Ribeiro) "

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OUTRO:
"A possibilidade do «selo do carro» poder vir a ser pago exclusivamente pela Internet motivou um coro de protestos e um sobressalto que atravessou o país de lés a lés. Porque muita gente não tem condições para ter Internet em casa, porque é um acto de liberdade prescindir da ligação à Internet mesmo que se tenham condições, porque um grande número de portugueses não sabe navegar no ciberespaço… Esta é quiçá uma argumentação válida, mas pouco reflectida, pois considero a medida positiva, com exequibilidade e pode significar um avanço civilizacional. Passo a explicar.Para aqueles que estão habituados a lidar com as novas tecnologias, a possibilidade de realizar este serviço no conforto do lar, no local de trabalho, frente a um terminal ligado à Internet é uma bênção. Para todos os outros avessos à utilização das modernas tecnologias de comunicação aos poucos poderão aquilatar das suas vantagens. Se em todas as juntas de freguesia, municípios, em todas as aldeias, vilas e cidades houver pontos públicos de acesso à net e que funcionem devidamente, será incrivelmente fácil implementar a medida em benefício dos utentes e proprietários de veículos que terão toda a comodidade de aceder ao serviço, ultrapassando o desperdício de trabalho e incómodo de se deslocar à Repartição Pública.Os mais distraídos dirão que a medida acarretaria muito investimento dos municípios ou da Administração Central. Também errado. Na prática já existem esses locais públicos de acesso ao ciberespaço que são os denominados Gabinetes de Apoio ao Cidadão (GAC). Estes postos de atendimento nas Juntas de Freguesia foram criados porque não é credível que todas as pessoas tenham proximamente Internet nas aldeias, daí constituírem uma porta para a rede mundial. Infelizmente eles não funcionam e não têm cumprido o seu papel, pois não se demonstra às pessoas a sua utilidade, conforto e facilidade. Os GAC ou afins podem fazer a interface entre a pessoa e o serviço público que está na sede de concelho, de distrito, na capital, etc. para além de todas as outras possibilidades de comunicação. Os serviços públicos de acesso à Internet podem passar para além da iniciativa privada por outras redes de ciberpontos ou tão simplesmente pela itinerância do autocarro camarário pelos locais concelhios.Assim, julgo que será com a obrigatoriedade de aceder a determinados serviços pela rede digital que se implementará uma sociedade mais moderna, informatizada e em consequência se elevará o nível de alfabetização digital da população.(José Alegre Mesquita) "

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asn

Semana Santa - Procissão duma Confraria de Ayamonte


Procissão da HERMANDAD Y COFRADIA DEL SANTISIMO CRISTO DE LA VICTORIA Y MARIA SANTISIMA DE LA PAZ
(- 12 Abril de 2006)
(Fotos de Carlos Moura - Portugal)
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Irmandades e Confrarias de Ayamonte


Posted by Picasa HERMANDAD Y COFRADIA DEL SANTISIMO CRISTO DE LA VICTORIA Y MARIA SANTISIMA DE LA PAZ
PARROQUIA DE LAS ANGUSTIAS
PASOS: 2 FUNDACIÓN: Día 26 de marzo de 1.940.HERMANO MAYOR: Manuel Fernández López.TÚNICAS: La túnica, al igual que eol antifaz, la capa y los guantes son blancos y el cíngulo granate.Nº DE HERMANOS: 450.ICONOGRAFÍA: En el primero, Jesús con la cruz al hombro.En el segundo, Dolorosa bajo palio.AUTORES DE LAS IMÁGENES: Tanto la imagen de Jesús de la Pasión (1.942), como la de la Virgen de la Paz (1.944), son obras del escultor ayamontino Antonio León Ortega.PASOS: El primero, de estilo neobarroco, está tallado en madera por el artista local Francisco Domínguez Rodríguez (1.949) y ha sido recientemente ampliado, redorado y enriquecido por el también ayamontino José Garcés Orta.El segundo, luce respiraderos y varales (1.980), juego de jarras (1.981), peana (1.982) y candelería (1.988), todo de alpaca plateada, confeccionado por la orfebrería Triana. Palio de terciopelo granate (1.955-1.959), de los talleres de Juan Pérez Calvo. Manto realizado con el convento de las Hijas de la Caridad, de Cádiz, y toca de malla de oro fino (1.992), con aplicaciones de marfil, hecha en el taller de Borrerodel Toro, de Sevilla.COSTALEROS: 40 y 40. Hermanos.CAPATACES: Rafael Jacinto Díaz Macías y Rafael De Paúl García.FLORES: Claveles rojos, para Pasión, y claveles y gladiolos blancos para Ntra. Sra. de la Paz.INSIGNIAS DESTACADAS: Cruz de Guía, Simpecado, Estandarte y Senatus.REFERENCIA HISTÓRICA: En el mes de marzo de 1.940 un grupo de excombatientes le presentaron la idea de constituirse com Hermandad al entonces párroco de las Angustias, D. Juan Ainé Carbonell, y a su coadjutor D. Antonio Rasco Gamero, quienes le prestaron su aliento. Al año siguiente, el cardenal Segura aprobó los primeros Estatutos de esta Hermandad. Las imágenes del antiguo paso del Santísimo Cristo de la Victoria, para el vulgo "El beso de Judas", que ya hoy no procesionan,las adquirió la Hermandad en los talleres Bochaca (de la escuela catalana) en el año 1.941.

http://www.ayto-ayamonte.es/portal2/index.php?option=com_events&Itemid=74

EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 6.n

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Neste local ainda se encontram as ruínas da antiga Judiaria de Leiria, na actual Rua Barão de Viamonte, ancestral e sempre, a velha "Rua Direita". Como se pode observar, aqui vai nascer não sei que empreendimento (Edifício-Praça??!!). O incontornável nome de Eça de Queiroz como referência, talvez porque naquela área viveu Eça enquanto esteve em Leiria.
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asn

O ESTADO RAPA e TIRA!

2006/04/13

EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 5.n



Eça foi nomeado para Administrador do Concelho de Leiria por despacho publicado no «Diário do Governo» de 21 de Julho de 1870, tomando posse desse lugar em 30 de Julho seguinte.

Instalou-se na Travessa da Tipografia, nº 13, tendo o seu quarto no 1º andar, que lhe serviu de modelo para a casa da S. Joaneira:«Duas varandas de ferro, de aspecto antigo, faziam saliência com os seus arbustos de alecrim...».

Era onde hoje se vê uma lápide com a efígie de Eça pelo Mestre Narciso Costa, com os dizeres:

«EÇA DE QUEIROZ - Viveu nesta casa e nela escreveu parte da sua obra - 1870-1871». Homenagem do Rotary Clube de Leiria - 1970.

Na fotografia tirada hoje, a casa a que nos estamos a referir é aquela que tem as varandas de ferro, tal como Eça as descreveu no seu romance "O Crime do Padre Amaro". Ao fundo, ao pé do automóvel, vislumbra-se uma esquina da Igreja da Misericórdia.

A Administração do Concelho estava instalada no 1º andar do nº 5 do Largo da Sé* e o gabinete de Eça era o da sacada, na esquina, tendo uma segunda janela de guilhotina para a Rua da Vitória. Precisamente por baixo, ainda hoje funciona a Tipografia "Carlos Silva", antiga "Imprensa Comercial", a comemorar um centenário de existência.

* Renova-se a informação de que estes dados têm como fonte o "Cadernos Culturais" 4 da Câmara Municipal de Leiria já referenciado no post anterior 3.n ainda que reforçados por conversas havidas com pessoas de família e amigos que têm estes conhecimentos por transmissão oral desde os tempos dos seus avós.

Um livro - Um lutador anti-fascista



É preciso recordar!

Há homens cujo exemplo deve ser lembrado às gerações seguintes para que estas possam tirar as devidas ilações.

Para mais pormenores e dados biográficos consultar:

http://viveremleiria.blogspot.com

Escrever é fácil...



"ESCREVER É FÁCIL. BASTA COMEÇAR COM UMA LETRA GRANDE E ACABAR COM UM PONTO FINAL. NO MEIO COLOCA IDEIAS."

Pablo Neruda

2006/04/12

EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 4.n





















Este livrinho, de 56 páginas, constitui uma das páginas da vida do Município de Leiria, é um dos primeiros livros a serem registados na biblioteca dum jovem casal, à data, por sinal a Zaida é sobrinha-neta de Acácio de Paiva a seguir referido...
Américo Cortez Pinto, nasceu em Leiria a 14 de Março de 1896, foi médico, professor, conferencista e escritor de reconhecido mérito. De entre as várias dezenas de obras publicadas permito-me realçar - por motivos de maior intimidade com a sua memória - "Acácio de Paiva - Um Crésus Pedulário", evocação do Poeta Leiriense (que nasceu, nela tendo uma lápide em sua homenagem, na casa do "Boticário Carlos", ao Largo da Sé, propriedade actual dos herdeiros daquele que está romanceado no livro de Eça como o já dito Carlos).
A dado passo do livro/conferência de Américo Cortez Pinto pode ler-se:
..."E a descrição da casa da S. Joaneira, (a casa onde ele próprio habitou) com ligeiras mas evocativas pinceladas, da «rua estreita esmagada pelas altas paredes da Misericórdia, com um lampeão lúgubre ao fundo».
Dessa casa, reproduzida neste livro/conferência através duma aguarela de Lino António - 1928* e duma fotografia de 1970, provavelmente, apresentar-vos-ei proximamente uma fotografia da actualidade.
A este propósito, escrevia ainda Américo Cortez Pinto: "...a fisionomia da velha casa seiscentista é ainda a mesma, e pouco diverge a sua divisão interior em que, no primeiro andar, se mantém o apartamento que no romance teria sido habitado pelo Pe. Amaro, mas que na realidade foi habitado pelo próprio Eça que ali recebeu frequentes visitas de Ramalho Ortigão(1).
... (1) Há pelo menos três visitas historiadas por Júlio de Sousa e Costa no seu interessante livro«Eça de Queiroz (Memórias da sua estada em Leiria, 1870-1871)»."
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* Podem ser observadas várias aguarelas deste ilustre pintor Leiriense em http://leiria.no.sapo.pt
asn

D. SANCHO I e Leiria

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D. SANCHO I - O POVOADOR
(reinou de 1185 a 1211)
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D. Sancho I foi chamado de "Povoador" em virtude de ter colocado habitantes em lugares onde não havia ninguém para os trabalhar e defender, e os árabes (mouros, muçulmanos, sarracenos) podiam ocupar.
Convidou muitos colonos estrangeiros para aqui se fixarem. Utilizou, tal como seu pai, os serviços da gente ligada à Igreja, para convencer as pessoas a viver em Portugal. Guilherme, Deão de Silves ( O Deão é um dignitário eclesiástico que preside ao cabido. O cabido é o conjunto de cónegos de uma catedral) foi por essa Europa fora arregimentar gente da França e da Flandres (zona da Bélgica e da Holanda) para povoar o país.
Embora pequeno, Portugal não tinha gente suficiente, nem para o defender, nem para o desenvolver. Aqui se misturaram povos de todas as raças, de todos os credos e de todos os sangues.
Ele soube concretizar o pensamento do pai e dos avós ao consolidar um país onde os povos se sentissem livres e seguros. Entregou parte das terras a colonos franceses e flamengos e às Ordens Militares (as Ordens Religiosas Militares: Templários, Santiago, Hospitalários, Calatrava, nunca combatiam contra os reis cristãos) que se tinham formado por causa das Cruzadas. Alguns dos monges guerreiros acabaram por se fixar no território devido às benesses concedidas pelo rei.
Em 1195 dá ao Castelo de Leiria, e ao seu termo, a categoria de município (a cidade tinha leis próprias).No início do reinado, D. Sancho, tenta fixar as fronteiras até ao Algarve: conquista Alvor, Silves, Albufeira, mas os árabes contra atacaram, fazendo-lhe perder estas terras e ainda Alcácer, Palmela e Almada. A partir deste momento o rei compreendeu que valia mais um pássaro na mão do que dois a voar. Dedicou todo o cuidado a tornar estável o pequeno território e a deixá-lo crescer naturalmente.
D. Sancho I, apesar de utilizar os serviços da Igreja, teve contudo alguns conflitos com os bispos do Porto, de Coimbra e ainda com a Santa Sé devido ao pagamento do censo.
Em 1210, D. Sancho, isenta o clero do serviço militar, salvo em caso de invasão árabe.
D. Sancho I lutou com dificuldades de toda a espécie, desde a peste, tremores de terra, fome e guerras; mesmo assim deixou consolidado e rico o pedaço de terra que pouco ia além de Lisboa.
Foi no reinado de D. Sancho I que nasceu o taumaturgo Santo António de Lisboa (1195-1231).
A poesia dá os seus primeiros passos. D. Sancho I é um dos nossos primeiros trovadores.

D. Sancho I e Leiria


A Rua D. Sancho I, em Leiria, quem segue na direcção do Largo da Sé, cujo adro se vislumbra ao nível do muro do lado direito. Logo a seguir olhando para o alto do morro sobranceiro à Sé, divisa-se a silhueta do Castelo de Leiria.
Talvez que o Prof. Dr. Saul Gomes, catedrático da Universidade de Coimbra venha a ler esta referência, ligeira, acerca do rei português D. Sancho I, que muito tem a ver com Leiria. As primeiras cortes em Portugal realizaram-se precisamente na localidade de Cortes, deste Concelho. Recentemente teve lugar nesta cidade um seminário comemorativo deste evento no qual teve participação activa e preponderante o prof. catedrático referido, que faz o favor de ser meu amigo, tendo inclusivé escrito o Posfácio dum livro, Ensaio monográfico e histórico que eu escrevi sobre a freguesia da Barreira, também deste concelho, a que dei o título "Caminhos Entrelaçados - na freguesia da Barreira" - Ed. da Junta de freguesia - Editora Folheto2005.
De quaquer modo vou envidar esforços no sentido de sensibilizar o Professor a escrever precisamente para este blog sobre o tema em epígrafe. A ideia de me referir concretamente à questão das Cortes e das cortes de D. Sancho I tem muito a ver com o que, uns posts antecedentes a este, escrevi, em jeito de reportagem, sobre Leiria, no Domingo passado, sob o meu olhar espaventado pelo tempo atmosférico e pelo meu psico do momento.
Já que na altura me referi a D. Sancho I, hoje aproveitei para vos deixar aqui esta fotografia ilustrativa da ligação deste Rei a Leiria.

2006/04/11

GUERRA COM O IRÃO?


In "Liberal Journal" blog



WAR WITH IRAN?
The United States government has increased its undercover operations in plans for an aerial assault on Iran, according to an article in The New Yorker Magazine:"The Bush Administration, while publicly advocating diplomacy in order to stop Iran from pursuing a nuclear weapon, has increased clandestine activities inside Iran and intensified planning for a possible major air attack. Current and former American military and intelligence officials said that Air Force planning groups are drawing up lists of targets, and teams of American combat troops have been ordered into Iran, under cover, to collect targeting data and to establish contact with anti-government ethnic-minority groups."See the full article here:
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(Valerá a pena publicar a versão deste texto em português?... Demais até se tem a ajuda ilustrada do F´Santos. Imagino que, quando me enviou este cartoon, nem sabia da existência deste post num blog, ainda que os murmúrios da imprensa internacional não sejam nada animadores para o que poderá vir por aí... Cruzes Canhoto!...).
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asn

2006/04/10

Cartoon, cartune ou cartum?


Por minha parte, que tento acautelar o mais que me é possível a portugalidade da nossa língua, fiquei satisfeito quando apareceu, há dois ou três anos, um novo dicionário da Língua Portuguesa (em dois ou três volumes). Na falta de funcionamento de um mecanismo oficial de regulamentação da nossa língua, mecanismo que infelizmente não existe, saudam-se redobradamente as iniciativas privadas. Já que a língua portuguesa "caíu na rua" (creio mesmo que caíu na valeta...) pois que seja na rua que se "regulamente"!Espreitei o dicionário (é muito caro e um tanto equívoco, para que eu me tivesse decidido a comprá-lo) e reparei que ele aportuguesa a palavra cartoon, criando o neologismo cartune. Entusiasmei-me com a novidade e desatei a escrever "cartune" por tudo quanto é papel (vegetal ou virtual). Mas reparei que, se não estava sozinho, estava pouquíssimo acompanhado. E arrepiei caminho. Regressei ao anglicismo cartoon. Porque, se estamos em minoria, não temos o direito de impôr a grafia de um neologismo.
Vem isto a propósito de um comentário que recebi por e-mail, em que A Nunes (do blog DispersaMente) comenta que o cartoonista Ferreira dos Santos usa o termo cartum, à semelhança do que fazem os brasileiros. Por minha parte, estou mais disponível para regressar à utilização da palavra cartune do que para usar o brasileirismo. Porque o vocábulo aportuguesado está mais próximo do significado original; cartoon é o anglicismo do substantivo cartão.
Muito antes de existirem as fotocopiadoras ou outros meios de reprodução ao alcance fácil, nos ateliers (ateliês...) de tapeçaria faziam-se tapetes a reproduzir uma vez, duas, dez, cem vezes um desenho que o artista desenhava sobre cartão. Era um material muito mais resistente do que o papel, e só resistindo às bolandas da oficina ele poderia continuar a ser reproduzido pelas artesãs dos tapetes anos adiante. Hoje, a sua degradação não seria problema, pois rapidamente a fotocopiadora ou a impressora do computador criaria num instante nova cópia a partir do original bem guardado em arquivo. Ainda hoje se chama cartão ao original que o artista cria (por vezes no "vidro" do computador...) com vista à elaboração de uma tapeçaria....E o termo transferiu-se para a área do desenho satírico, provavelmente porque os primeiros caricaturistas terão sido gente com mão "feita" nas oficinas de tapeçaria...
O termo cartum desvia-se daquele conceito.
Zé Oliveira
(Transcrição dum post colocado hoje mesmo no "Buraco da Fechadura". Só tem a mais o desenho/cartoon, que se está mesmo a ver há-de ser de Zé Oliveira - ó António não se zangue comigo, que despoletei, parece-me, esta tramóia toda!)
Mas é assim, pela publicidade das nossas opiniões, variadas, algumas contraditórias, algumas até paradoxais, que vamos trilhando o caminho que julgamos mais correcto. O pior é quando chegamos aos cruzamentos sem sinalização!).
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asn

Um link num blog dos States




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( Esta referência tem uma justifcação particular. O autor do blog é flho de pais portugueses, reside nos USA e... também consegue escrever em português, ainda que lhe seja muito mais fácil exprimir-se, nas suas ideias liberais, em inglês.)
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asn

Onde PÁRA o DINHEIRO?


Uma nova semana de trabalho tem hoje o seu início e com ela a rotina de lidar com os problemas do dia a dia, da vida real, dos movimentos do dinheirinho, toma lá dá cá, mais para lá do que para cá, na maioria dos casos, dos que não conseguem ser "chico- espertos", daqueles que, ingenuamente até vão acreditando que os seus devedores lhes vão pagar conforme o combinado.
Quantas promessas! É hoje, é amanhã, não passa da semana que vem, pode ficar descansado.
E cá camos aguentando, quantas vezes até temos peninha dos que não nos pagam, atempadamente seria o desejável. O nosso dinheirinho, aquele a que temos direito, pois que a nossa parte do contrato já nós a cumprimos, o trabalho está feito, a factura com o incontornável Iva já está nas mãos do cliente, é que não há maneira de passar para as nossas mãos.
Malditos caloteiros "chico-espertos"!...
Que, infelizmente, também os há, que não podem pagar quando querem, cada vez mais, pessoas sérias, esforçadas, mas que, contrariamente ao que diz a divisa dos "comandos", "a sorte parece que só favorece os "audazes""!!!
(Texto da responsabilidade do editor)

(Cartoon - Colaboração de António F Santos, que agradeço/emos)
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asn