2007/09/23
Desassossegadamente...
ali mesmo, (dentro de mim?!)
Sobressalto
Não vejo sangue
Nem ossos partidos
A luz do amanhecer
Entra, insidiosa
Pelas frinchas da persiana
Olho os ponteiros do relógio
É Sábado, hipotético dia de modorra
Levanto-me dum pulo
Sentidos tensos
Alerta
O quartel está a ser assaltado?!
Tento controlar-me
Na ronda do Sol
Chegou a hora do reconhecimento
Senha, Contra-senha?
Por momentos esqueci a contra-senha
Afinal era muito simplesmente
"É a Vida!"
(deverá ter de ser assim?!...)
(foto sobre a encosta de lá, Vale do rio Lis, Cortes, Sra. do Monte - amanhecer sobressaltado)
2007/09/20
Olhar a Vida. Ela aí está perante nós.
As bagas dum pilriteiro. Na encosta Nascente do morro do Castelo de Leiria. E eu que andei, há um ano atrás todo baralhado para identificar esta planta. O amigo Augusto Mota deu-me as dicas necessárias e agora não falho. Quando vejo um Pilriteiro, mesmo que não esteja em flor ou com fruto identifico-o com a maior das facilidades.
O Outono aí está ele, mesmo aqui ao nosso lado. Pela temperatura do ar nem parece. Imagem captada quem desce a Rua Cónego Sebastião da Costa Brites (1885-1948). Do lado esquerdo, a tília de que vos tenho falado nos últimos posts (Largo da Sé), com as folhas ali mesmo à mão. Já matizada, a preparar-se para o rodopio outonal que julgamos adivinhar.
Isto de previsões do tempo e das estações do ano já não é como antigamente...
Ainda não consegui tomar conhecimento do nome destas flores. Crescem nas paredes dos muros à antiga, na cidade. Continuamos na rua atrás referida. Vinha eu das Finanças, 2º Serviço, na Rua de S. Francisco e seguia para o Largo da Sé, para o edifício da "Pharmácia Paiva" onde ia almoçar em família. O dia estava lindo...ainda que os meteorogistas nos andassem a ameaçar com borrascas para a tarde.
Quem diria?!...
(A pensar na Inês (mãe, minha filha), na Mafalda e no Guilherme...e na Zaida, mãe e avó. Beijinhos e coragem. A vida é bela mesmo quando alguém põe pauzinhos na engrenagem).
2007/09/18
Recuperar o património particular da zona histórica de Leiria?
Como é que se vai resolver este problema?
Os proprietários actuais estão descapitalizados, na maioria dos casos e ainda por cima estão obrigados a pagar indeminizações aos inquilinos (quantos, simplesmente à espera do dia em que as venham a receber; pudera, com a miséria de rendas que pagam aos senhorios!), em caso de pretenderem fazer obras ou vender a quem as queira fazer. E mais, o chamado IPPAR, que tem que se pronunciar sobre as obras a levar a cabo é muito cioso de, mais centímetro menos centímetro, nas alterações que se propõem, particularmente em casas que não têm qualquier valor arquitectónico nem sequer ligações a nenhuma personalidade ou facto histórico.
Claro que se tem que preservar as linhas mestras que caracterizam os Centros Históricos. Mas também não há necessidade de sermos mais papistas que o Papa.
Foto tirada do Jardim do antigo Paço Episcopal, no preciso local onde funciona actualmente o comando da PSP de Leiria. Naquele dia em que lá andei por via do Abacateiro, lembram-se? Em primeiro plano, pode-se observar parte da zona do Largo da Sé. A árvore visível à esquerda é uma magestosa tília. Logo a seguir há um belíssimo e imponente Jacarandá.
(convém clicar para ampliar)
2007/09/16
A Família - o principal pilar da Vida
A perda de influência da religião e a desintegração dos núcleos familiares foram apontados como desagregadores de uma «educação» que levava as pessoas a estarem mais próximas da vida interior e como causadores da erosão que sofreu o «sentido da compaixão» - a palavra mais escutada da tarde.
Para o líder espiritual, a «compaixão», no seu sentido de «preocupação genuína pelos outros» é a resposta para uma vida que tem a felicidade como meta. «Mas isto é algo que exige treino» e uma educação para uma «ética secular», não no sentido de excluir as religiões, mas de incluir também os que não acreditam, defendeu.
2007/09/14
Segurança?!...
2007/09/12
Discursos aos peixinhos do rio Lis
O Largo da Sé de Leiria no seu melhor. E tanta coisa mais para rebocar!...
O carro que se vê a ser rebocado pela Polícia, só o foi porque: 1) estava estacionado junto aos pinos; 2) não estava travado nem com a mudança engrenada (a 1ª, neste caso); 3) estava abandonado pelo condutor e de portas trancadas; 4) começou a mover-se sozinho e foi embater na porta da tipografia Carlos Silva, a antiga Imprensa Comercial, dez metros abaixo, na esquina com a Rua da Vitória; 5) ficou a atravancar o trânsito; 6) o condutor não apareceu, mesmo com todo o estardalhaço provocado; 7) ironia das ironias: no interior do carro havia um livro em que se lia na capa, mesmo por fora dos vidros, "siga pelo caminho mais curto".
Enfim, assim vai o Largo da Sé de Leiria...
2007/09/11
Castanheiro da Índia de Leiria
Já sei que vão dizer: é morto por ter cão e morto por não ter.
De facto, tanto esforço para preservar uma árvore, que incomoda que se farta, e estes tipos dos blogues mesmo assim vêm para aqui publicar fotos só para chatear?...
Temos que convir que este Castanheiro da índia, que nós sabemos que é árvore antiga, não foi abatida, pura e simplesmente, para que esta obra, em pleno centro histórico da cidade do Lis, geograficamente falando, uma cidade do Centro Oeste de Portugal, muito ligada a El Rei D. Dinis e à sua Santa Isabel, não viesse a ser embargada. É que das condições para a aprovação do projecto de aproveitamento/requalificação dum Palácio dos Viscondes da Barreira, na Rua João de Deus (Ou Largo Marechal Gomes da Costa, como já vi escrito?) com brasão na fachada (também não nos disseram que técnica é que vão utilizar para o preservar, que é uma referência inquestionánel da cidade) consta, preto no branco, que a árvore é para não deitar abaixo!
Só digo mais o seguinte: esta foto já foi tirada há uns meses atrás. Se forem a este local hão-de reparar no estado em que ela já se encontra. Ligeiramente mais mutilada!?
Valerá o esforço?!... (*)
2007/09/09
Jardim Luís de Camões (ante-polis)
Aproxima-se o Outono... Estas fotografias já são uma imensa saudade do que era o Jardim Luís de Camões em Leiria, há poucos anos atrás (Novembro 2001/2) Saudosismo? Conservadorismo? Talvez! Manteve-se, e muito bem, o nome!
Porquê mudar os bancos, por exemplo? Já viram o inestético e nada harmonioso design dos que vieram substituir estes?
Que é das tílias esplendorosas, monumentais, cheias de vida, que se vêm nesta fotografia (Maio 2005)? Foi a chuva? Foi o vento? Não, não foi a chuva nem foi o vento. Foi a incompetência e imprevidência à rédea solta! Que me desculpem, mas sempre que vejo estas fotos e comparo o Jardim de então com a aridez actual, sinto uma grande comoção dentro de mim! Que querem? Sou um Viseense tão Leiriense como os que o são (ou mais).
2007/09/08
Recordar...

2007/09/07
Desfiando a miada histórica de Leiria
Começando por uma árvore, um simples Abacateiro de Leiria (v. post anterior), plantado na encosta SW do morro do Castelo de Leiria e subsequentes fortificações, eis que acabei por fazer uma cobertura fotográfica da cronologia da história das instalações públicas, edifícios e terrenos anexos, onde actualmente se encontra o comando da PSP desta cidade.
Como se pode aquilatar pela observação dos brasões acima (convém ampliar clicando), estas instalações começaram por ser o Paço Episcopal, passando por servir de aquartelamento do RAL4 (actualmente na freguesia da Barreira) e acabando, nos tempos que correm por proporcionar a instalação do Comando da PSP de Leiria.
A última fotografia permite visualizar parte do jardim sobranceiro à Sé, que há-de ter sido extremamente agradável, com um lago, algumas árvores, incluindo de fruto, relva e um excepcional miradouro sobre a cidade. A vista panorâmica e a calma do lugar é fora do comum.
Uma jornada que não vou esquecer e que aqui ficará resumida, que a maior parte das pessoas não conhece este local paradisíaco e a sua história.
2007/09/06
Na senda de um Abacateiro em Leiria

Este fragmento das paredes de azulejos ao longo de corredores e claustros do antigo Paço Episcopal de Leiria, no Largo de S. Pedro, são muito antigos e têm uma particularidade interessante: os azulejos têm alusões variadíssimas e foram colocados, aparentemente, duma forma aleatória.
Após uma pequena espera um chefe da PSP, pessoa muito simpática e sabedora dos segredos daquelas instalações (que bem sabia estavam carregadas de história), acompanhou-me numa visita, começando pela zona dos claustros do antigo Paço, com as paredes recheadas de painéis de azulejos e de brasões e placas comemorativas, cujas fotografias terei que apresentar em próximo post, pois que já não se conseguem alinhar neste.
Posso dizer que esta visita foi muito interessada e extremamente elucidativa. Assim eu tenha engenho para - resumidamente embora - vos transmitir o entusiasmo que senti em relação àquilo que tive ocasião de observar e às explicações que me foram apresentadas.
Muito interessante. Tão perto e tão longe das nossas coisas, bonitas e históricas, que nós andamos!
...(continua)
2007/09/05
O Verão...Finalmente?!...
Tanto que andávamos a gritar aqui- d´el-rei, que o Verão este ano não vinha, era só ameaços, queríamos ir a banhos e o tempo a fazer-nos (a nós portugueses) caretas. Em pleno Verão? Então, mas o que é isto?! - Fartámo-nos de barafustar!
Ei-lo, o calor do Verão. Só que tudo indica, muito mais seco, com brisas - às vezes mesmo vento relativamente forte - e a avaliar pelo que se tem passado na Europa Central e Meridional, a arder por todo o lado. Fogos postos? A temperatura média do Planeta a subir?
Vinha eu de Leiria em direcção à Boa Vista (10 km) pelo IC2, vejo, relativamente perto, novelos de fumo no horizonte.
Mal cheguei à Boa Vista, começaram a passar carros dos bombeiros Municipais de Leiria. Um avião-cisterna levantava voo, provavelmente da base de Monte Real.
Será que começou a saga dos fogos a sério deste Verão? Com tantos interesses em jogo (e com tanto desmazelo da maior parte de nós) já não digo nada!...
Não podemos ficar à espera que os outros apaguem os fogos!
Saia em Ordem de Serviço para todos: CADA UM QUE FAÇA A SUA PARTE!
2007/09/03
Igreja e Convento de Santo Agostinho - Leiria
Esta águia, símbolo dos missionários agostinianos, faz parte da haráldica da freguesia de Leiria, sobre cujo brasão continuo a recolher elementos o mais precisos possível, dado que a justificação da simbologia dos elementos que a compõem, que me foi facultada pela própria Junta, não me parece estar devidamente clara.
2007/08/30
Igreja Sto. Agostinho de Leiria - Quercus robur vs Quercus rubra
A Igreja de Santo Agostinho, de Leiria, é um dos ícons sagrados desta cidade. A sua história é muitíssimo rica. Pena é que a parte conventual a que este monumento de culto está intimamente associado esteja tão maltratado. Só vendo as fotografias que tenho de minha posse tiradas nos claustros! É uma pena! Tanto esforço psíquico e financeiro das gerações passadas e nós a desbaratarmos os sinais que nos deixam, autênticas pistas de reflexão para trilhar um futuro de comunidade.(1).
Este aspecto de pormenor seria suposto reportar-se ao Quercus robur, a que se refere a placa abaixo e pertenceria à árvore que se vê junto a essa mesma placa colocada no jardim requalificado no Largo de Infantaria 7 (ou do jardim de Sto. Agostinho), o rio Lis, aqui mesmo ao lado, a primeira fábrica de papel de Portugal, a 50 metros ao lado esquerdo, tudo devidamente requalificado (ou quase, que as obras ainda estão em curso), no âmbito do programa Polis, ontem solenemente inauguradas pelo Primeiro Ministro e pela Dra. Isabel Damasceno, Presidente da Câmara).
Outros nomes por que o Quercus robur L. é conhecido: Carvalho-roble, Carvalho-alvarinho, Carvalho-comum.
Não são visíveis Frutos. De qualquer modo não será de espantar que este carvalho esteja sem frutos, dada a sua tenra idade e o seu longo período de maturação (explicação adaptada duma nota/comentário deste post. Aliás aconselha-se a leitura destes comentários, pela pertinência das suas achegas ao esclarecimento do conteúdo desta entrada). Talvez que se estivesse mais bem tratado ou localizado de modo a que a própria Natureza melhor o desenvolvesse, o seu vigor fosse outro. Ao fim e ao cabo esta árvore há-de ter mais de 10 anos de idade.
- Não gostaria que me dissessem: "quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão?"
Mas, este Quercus será mesmo um Quercus robur? Não terá havido uma segunda plantação e, na sequência, uma troca de árvores? Veja-se a foto das folhas da árvore que aqui (mais ou menos no mesmo sítio) estava plantada em 2000 (data do "atlas das árvores de Leiria"). Se se ampliar a fotografia acima, tirada hoje, penso que há diferenças nítidas no tipo de Folhas.
Aliás, se repararmos nas folhas dum dos Carvalhos (o 1º da sequência), plantados no passeio nascente da Rotunda Melvin Jones, esse sim, será um Quercus robur. Fica aqui a minha dúvida. Terá razão de ser?
Nota complementar: Pelas informações posteriores que consegui, não só na sequência das minhas próprias observações, mas, muito particularmente, pelas colaborações disponibilizadas através dos comentários de amigos deste blogue e da Botânica, o carvalho actualmente plantado junto à placa em questão é um Quercus rubra. Nestas circunstâncias penso que seria de todo desejável, diria mesmo que deveria constituir-se numa imposição, que, no mais curto espaço de tempo possível, fosse colocado neste local o carvalho da espécie referida na placa comemorativa, em substituição do que lá está, actualmente. (1/9/2007).
Enviei um e-mail à Câmara Municipal de Leiria a chamar a atenção para esta questão. Espero bem que não tenha caído em "caixa rota".
* (1) Ver pág. 20 do III vol. de "Anais do Município de Leiria" - 2ª ed. 1993, de João Cabral.Árvores de Leiria - Quercus
Ontem, na Rotunda Melvin Jones, em Leiria. Beleza singular de carvalhos de várias espécies plantados, há poucos anos, creio que por alturas dos preparativos para a construção do Estádio Dr. Magalhães Pessoa para o Euro2004. Não terão mais de 10 anos no local. Claro que já para lá foram com alguns anos de vida. Será impressão minha ou estes Carvalhos não estão lá de muito boa saúde? Ou será que o Outono está a antecipar-se?
Só uma simples pergunta, em jeito de satisfação da minha curiosidade: qual a razão explicativa da plantação desta belíssima colecção de carvalhos neste local, precisamente?
Hoje, decidi que, dado o entusiasmo com que tenho andado a observar e a estudar as árvores de Leiria, era tempo de abrir mais um blogue, como complemento deste "dispersamente..." nesta especialidade.
Chama-se precisamente "Árvores de Leiria". Se me puder dar umas dicas sempre que notar alguma imprecisão nas minhas observações de amador e leigo na matéria, ficava-lhe muito grato.
A classificação destas árvores irá sendo aqui registada tão logo tenha elementos o mais fidedignos possíveis. Pode ser que o Departamento de Espaços Verdes da Câmara Municipal de Leiria nos possa esclarecer...). Não seria má ideia!