Afinal, Nevitas, como podes ver, as mimosas já estão em flor. Veio o Sol e o calor de Inverno e ei-las, na borda da Av. Sá Carneiro, no antigo caminho para os Marinheiros, em pleno esplendor de cor. Apesar de tudo concordo com o
Pedro, no seu blogue
http://sombra-verde.blogspot.com/, quando se insurge contra a propagação desta árvore em Portugal. A verdade é que ela se transformou num grande pesadelo para o controlo da floresta autóctone portuguesa. Quer estas mimosas quer as outras acácias, nomeadamente as
acácias-de-folha-longa, também amarelas e muito bonitas, propagam-se com muita facilidade, são praticamente indestrutíveis que nem o fogo consegue destruir as suas sementes e sobrepõem-se às outras espécies, nomeadamente o pinheiro e os carvalhos, sobreiros e azinheiras. De ano para ano notam-se cada vez mais manchas de acácias em zonas da floresta própria desta área geográfica. É que a rapidez e facilidade do seu desenvolvimento é extremamente superior ao daquelas nossas espécies.
A meio da subida da Av. Sá Carneiro, do lado direito. Um carvalho, penso que um cerquinho, ali está a mostrar-nos os seus ramos nus à espera da Primavera do calendário.
Hoje, por volta das 13 horas, ao descer a Av. Sá Carneiro, em Leiria. Para quem já teve oportunidade de observar estas árvores (grevillea robusta) plantadas no separador central, aqui estão elas, a crescerem a um ritmo impressionante. Sempre gostaria de cá andar para ver, dentro de mais 4 ou 5 anos, o tamanho do hábito e a espessura do tronco destas árvores. Repare-se na largura do separador central e imagine-se o que vai acontecer daqui a uns anos, não muitos, a ver o trânsito automóvel a circular a centímetros das árvores. E mais. Esta avenida vai transformar-se numa via de intenso tráfego automóvel e até de peões. Aliás, no que respeita aos peões, veja-se que até à data ninguém se preocupou com a abertura dum passeio, devidamente resguardado da faixa de rodagem, para que estes o utilizem em segurança. Esta avenida liga o centro da cidade à zona do "planalto" numa distância de mais de 1 kilómetro e já é muito usada por quem não tem automóvel (há mais pessoas nessas condições do que imaginar se possa), que autocarros de ligação são poucos, pelo que me é dado observar nas minhas viagens diárias naquele percurso. Vê-se muita gente a fazer aquele percurso a pé, à chuva, ao calor abrasador e ao frio intenso que às vezes ali se faz sentir. O trilho é constituído por terra batida, cascalho e, para quem for mais aventureiro, o próprio alcatrão da estrada, a fazer gincana com os automóveis.
Impõem-se medidas urgentes antes que aconteça o pior. Convém não esquecer o drama do acidente mortal com uma criança(*), há uns anos atrás (lá continuam os ramos de flores da família a assinalar aquele momento fatídico) um pouco mais abaixo...
- (*)Jornal de Leiria,hoje, 24 de Janeiro de 2008: "Tribunal de Leiria condenou condutor a 18 meses. Atropelamento mortal na passadeira resulta em pena suspensa. ...Margarida Varela, advogada de Luís Henriques, vai recorrer da decisão, assim como Sandra Silva, representante da família da vítima. A seguradora do arguido foi condenada a pagar 90 mil euros à família da vítima numa fase anterior do processo."