2008/08/27

Museu Maria da Fontinha - Castro Daire



Como já havia sido prometido na entrada precedente, apresenta-se, muito sumariamente, o Museu Maria da Fontinha, localizado mais precisamente no lugar de Além do Rio, concelho de Castro Daire.
A primeira fotografia mostra-nos uma imagem do seu Fundador e Director, Dr. Arménio de Vasconcelos(*), licenciado em Direito, por Coimbra. É membro do Conseil International des Musées, da UNESCO e da Associação Portuguesa de Escritores. Mestrando em Museologia na Universidade de Évora. Pelo que me é dado observar, nos contactos pessoais, de companheiro Governador Elista dos Distritos do centro de Portugal e de amigo de longa data, os estudos, investigações e organização do próximo futuro "Museu do Território do Vale da Paiva e Serras" estão a ser encarados com tal entusiasmo e empenhamento, que mais deveriam vir a constituir-se numa Tese de verdadeiro Doutoramento, tal o rigor que Arménio de Vasconcelos tem vindo a demonstrar na sua preparação.
As fotos seguintes pretendem dar uma amostra ainda que mínima em quantidade, das peças que constituem o acervo do Museu Maria da Fontinha, futuro Núcleo Museológico de referência daquele que virá a ser o Museu do Território da terra que ele tanto ama. Com toda a razão, deve-se acrescentar.
Repare-se na peça única e valiosíssima de Soares dos Reis, o molde original em gesso, que, em 1881, permitiu a execução em mármore da estátua da filha dos Condes de Almedina. A criança faleceu poucos dias depois. Também foi feita uma segunda estátua em bronze, que se encontra num Museu no Brasil, mas acerca da qual se está a levantar uma acesa polémica porque a Directora desse Museu não admite que será efectivamente um trabalho de Soares dos Reis. Acrescente-se que o molde original, depois de devidamente analisado, provou-se que tem 50 impressões digitais do grande artista portuense e do Mundo. O conjunto colocado na foto 3 representa vários instrumentos musicais e um xaile que pertenceram a Amália Rodrigues, para sempre recordada pela sua vida longa e preciosa em prol do Fado, cantado com a sua incomparável voz e a que também legou alguns poemas escritos pelo seu próprio punho.

...
(*) A biografia de Arménio de Vasconcelos daria para escrever um livro, tenho a certeza disso. (mais).
... (continua. Seria imperdoável não o fazer.)

2008/08/23

para além do rio - Vale do Rio Paiva e Serras



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Nas nossas deambulações de férias de alguns dias deste mês de Agosto, acabámos por chegar a este lugar de encanto e de poesia: Além Rio, Castro Daire.

A dois passos deste Penedo, permanentemente a olhar a solidão dos penhascos e penedias que têm por tapete o vale das bordas da Paiva que, serpenteante e musical segue, cristalina e límpida, em direcção ao Douro, deixando maravilhado o visitante, existe o Museu Maria da Fontinha.

Aqui se podem ver e assim extasiar a vista e o coração, o Monte de São Macário, as Serras da Gralheira, da Arada, da Freita, do Montejunto e os Vales da Paiva e do Sul.

Não admira pois, que o Fundador e Director deste Museu, Arménio de Vasconcelos, se nos mostre e à sua poesia, com todo o deslumbramento que uma paisagem desta dimensão (diria mesmo, quase do outro Mundo), no seu livro "para além do rio", editado em 2004.

No acervo deste museu, existem milhares de peças oriundas do Brasil, obras de autores portugueses e de duas centenas de outros países.

Na sua inauguração, em 1984, estiveram presentes os então Presidente da República Portuguesa e Ministro da Cultura, o Embaixador do Brasil, bem como centenas de Artistas Plásticos e Escritores.

A propósito escreveu a eterna "Sophia de Mello Breyner":

"Museu

Aqui - como convém aos mortais -

Tudo é divino

E a pintura embriaga mais

Que o próprio vinho."

...

- livro "para além do rio" - Arménio de Vasconcelos - Ed. 2004 - Fundação Maria da Fontinha

- Consultar os blogues de Arménio de Vasconcelos e da "Casa-Museu Maria da Fontinha"

(continua) - Tivémos o privilégio de fazer uma visita pessoalmente guiada pelo próprio Dr. Arménio de Vasconcelos, do qual obtive autorização expressa para publicar a reportagem que na altura tive ocasião de desenvolver.Posted by Picasa

Guimarães - Largo da Oliveira



Guimarães tem um centro histórico digno de ser admirado. Com vagar.
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2008/08/19

Braga - Praça da República e Largo do Castelo



De férias por uns dias. Braga. Do lado esquerdo, dois aspectos da Praça da República. Do lado direito, um Carvalho monumental no Largo do Castelo.
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2008/08/17

Por favor, tratem bem das árvores


Que futuro vai o destino reservar a estas duas árvores, nascidas precisamente na Primavera deste ano de 2008?
Da esquerda para a direita:
1) Carvalho, Quercus Robur, fotografado um dia destes numa manhã de orvalho. recolhida numa valeta da Rua Ramalho Ortigão(*);acabadinha de nascer, ainda vinha com a bolota mãe.
2) Acer Negundo(*), colhido num recanto da Praça 5 de Outubro de 1910, nascido ao acaso, sob a protecção do lancil dum dos canteiros públicos. Ainda se conseguem aproveitar outros espécimes, se se observar com alguma atenção aquela área pedonal. Pelos vistos, as sementes germinam com facilidade. Só não consegui observar o nascimento de nenhuma Melia Azedarach, a árvore que lá foi plantada com abundância. Diria mesmo, com exagero e que preferia que lá tivessem sido plantadas árvores autóctones. Árvores mais frondosas no Verão, que aquela área é grande e muito desprotegida da força do Sol. Porque não Carvalhos e Pinheiros mansos? Não crescem com a rapidez suficiente para apresentar serviço imediato? Pois.Se os nossos antepassados tivessem pensado da mesma forma, o que seria de nós, dos nossos monumentos, árvores e infra-estruturas antigas mas operacionais, de que nós nos servimos ainda hoje? Por exemplo, o Mosteiro dos Jerónimos e toda a imensa variedade de árvores de grande porte e de crescimento lento, de que hoje usufruímos. Nalguns casos, abatidas só na ganância do lucro fácil, como é o caso de certos cortes de árvores, por exemplo.
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Estas árvores estão sob a minha protecção pessoal numa maternidade botânica caseira, na Barreira - Leiria. Tenho 61 anos e gostaria de ainda as ver, pelo menos da minha altura, eu que meço 1,78m. (Peso, 87 Kg, só para completar os meus dados físicos básicos. Já agora que aqui cheguei!...).
Se me acontecer alguma coisa, entretanto, por favor, tratem bem delas!
(*)nota: Estamos em Leiria.
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2008/08/14

Natália Correia lembrada por Leiria






Na sequência da entrada anterior repare-se nos pormenores de placas e paineis colocados na Rua Poetisa Natália Correia, em Leiria.
A apresentação do painel alusivo à Quinta do Africano tem a ver com o facto de na mesma parede da quinta estarem colocadas duas placas toponímicas: uma da Junta de Freguesia de Leiria, a outra em painel de azulejos, dos proprietários da Quinta.
Parece que a estou a ver, com a sua cigarrilha ou em acesos debates no Parlamento ou a recitar com garra um poema. (leia-se o comentário de Jofre de Lima Monteiro Alves nesta entrada/post).
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Auto-retrato
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Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea.
Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.
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Natália Correia
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2008/08/12

Casa das Rosas? ou das Camélias? ou do Eucalipto?

Estamos em Leiria, na zona da Cruz da Areia, entre o Quartel RAL4 e a Rotunda conhecida pela do McDonalds. Com a fotografia ampliada pode verificar-se ques esta casa é denominada das rosas. Será que houve engano quando fizeram os azulejos? Que tal "Casa das Camélias"?
Várias particularidades tem esta rua: 1) O Eucalipto (digo eu, que gostava bem que as coisas se tivessem passado assim, dada a monumentalidade desta árvore da qual me lembro praticamente desde os anos 60, já então de grande envergadura) obrigou a que a rua fizesse um ângulo de 90º para a esquerda de quem segue na direcção da fotografia; 2) Até se chegar à "Casa das Rosas" esta rua tem mais dois metros de largura. Não teria havido possibilidades de negociar, a bem da causa pública, evitando-se o afunilamento e os enormes transtornos no trânsito que se estão a causar naquele local, já com muito movimento nas horas de ponta?
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Imediatamente a seguir acede-se a uma rua com o nome de Rua Poetisa Natália Correia. Em próxima entrada vou mostrar-vos pormenores desta rua e deixar aqui um poema da grande Natália Correia (a lembrar-me também dum painel de azulejos com a sua silhueta e versos seus, na Praia da Vitória, Ilha Terceira, quando, no ano passado por lá andei uns dias. Bonita cidade. Ilha fabulosa! E andamos nós, Portugueses, a voar para as Caraíbas para passar 5 ou 6 dias de férias!).

2008/08/09

Pela Terra! Contra a Guerra!

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E anda a besta humana aos tiros na Geórgia só por questões de orgulho nacionalista insolúvel!...
Estes pinheiros estão plantados dentro dum quartel em Portugal, Leiria. Por sinal prestei serviço militar neste quartel, de Abril a Junho de 1969. Já são uns anitos. E de lá fui para Moçambique, para aquela malfadada Guerra Colonial, a fingir que a íamos ganhar! Usaram desse sofisma para nos convencer. A nós, Povo carne para canhão, que éramos um Ignorantes, claro está. A defender a Pátria, dizia o de Sta. Comba Dão e outros que tais. Bem nos lixaram.
E agora, os governantes do nosso País pouco ou nada se ralam com os cada vez menos sobreviventes dessa guerra cruel, injusta e desgastante. Quantos de nós não regressámos psíquica e fisicamente alterados. E agora, nem sequer a remuneração do tempo de serviço militar conta para efeitos de cálculo da reforma! Imagine-se só: um indivíduo desse tempo, dos anos 60 e parte dos 70, tem 3,5 anos de serviço militar. Este tempo conta para efeitos da determinação do nº de anos de cálculo da pensão; e depois? Divide-se 0 (zero de remuneração) por esses 3,5 anos e o resultado acrescenta-se à média dos restantes anos de desconto para a Segurança Social. Ou seja: a reforma é calculada pela média de duas médias: 1) a média das 10 melhores remunerações dos últimos 15 anos; 2) mais a média das remunerações dos melhores 40 anos de descontos. Resultado: a média destas duas médias desce brutalmente sempre que se têm de considerar os anos do serviço militar para contar esses 40 anos (os que conseguem atingir este número). Não é justo nem aceitável, tanto mais que nós sabemos o que se passa em relação às pensões calculadas para os políticos.
Valha-nos, entretanto, que os quartéis em Portugal até se podem dar ao luxo de plantarem árvores nos seus terrenos, como é este o caso. Assim se passasse no resto do Mundo!
Podemos ver na primeira foto: um enorme pinheiro bravo em 2º plano; junto ao muro vários pinheiros mansos (que não existiam em 1969). Na 2ª foto podem observar-se os camiões do exército junto com pinheiros e choupos, bem bonitos e encorpados.
Pela Paz! Pela Terra! Contra a Guerra e as Injustiças, marchar, marchar!

2008/08/06

Sem dó nem piedade


(clic para ampliar)

Já devem ter ouvido falar da entrada em funcionamento para breve de mais uns 6 ou 7 novos hipermercados por esse país fora.
Aqui em Leiria, não faltam projectos, sendo que o do "Continente" (ampliação) já está em obras.
Como se pode reparar, as árvores que havia em todo o espaço de estacionamento e na zona junto à fachada principal do edifício foram abatidas sem excepção: choupos como o da foto (alguns já de grande porte), acers vários e pseudo-acácias. Como estas instalações já têm para cima de 15 anos, imagine-se o quão insensível se mostrou a Câmara de Leiria porquanto podia ter imposto, na aprovação do projecto, que todas essas árvores, em vez de cortadas cerce, fossem transplantadas. Claro que essa operação custava algum dinheiro que iria encarecer as obras...

No futuro vamos viver dentro dos Centros Comerciais? Não iremos precisar das árvores? Parece que esta está a transformar-se numa moderna corrente filosófica de vida.

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2008/08/04

Livros e Ignorância

Acabei de dar entrada destes livros na minha biblioteca . Do livro "Ignorância Geral": Afinal, nem tudo o que julgava saber é verdade.

Fui a um ponto mais alto da Zona Industrial da Cova das Faias - Leiria (será que alguma vez aquela zona teve faias?!) para observar um foco de incêndio para o lado de lá do IC2, junto às bombas de gasolina, eis senão quando dou pela passagem dum camião com três toros colossais de madeira. E fiquei a pensar. Podem vir da desflorestação da Amazónia. O que andamos nós a fazer a este Planeta? Egoístas que nós somos, o que será do Ambiente que vamos deixar para os nossos filhos?

Abram-me esses olhos, juventude, não se deixem levar pela ganância destes velhos forretas da geração que vos está a governar! Ponham-nos à prova: ou fazem algo de útil para o futuro da humanidade ou então cedam os vossos lugares ou tachos ou dinheiro parado no banco, não lhes vá fazer falta!...

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2008/08/02

Arquivo Distrital de Leiria e "O Século"


Fui ao Arquivo Distrital de Leiria à procura dos jornais "O Século" do princípio do século passado. Estava um dia de Verão.
Terei que ir à Biblioteca Nacional para tentar descobrir umas quantas informações necessárias para um trabalho em que ando envolvido?
Dava um jeitão haver uma base de dados digital disponível via Internet do conteúdo destes jornais antigos...

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2008/08/01

Verão cá dentro

Praia fluvial da Roca em Castanheira de Pera. Serra, árvores, água doce de rio, ambiente da nossa terra, as palmeiras a darem-se bem.
Boas férias.
É caso para perguntar: vale a pena empenharmo-nos para ir passar 5 dias numa das ilhas da América Central, 13 ou 14 horas encafuado num avião, a maior parte do tempo enfiado num hotel a beberricar whisky, beber sumos e comer frutas tropicais, dar meia dúzia de mergulhos em águas mornas?

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2008/07/29

JPP e os Blogues dos outros

Tenho a vaga impressão de que já publiquei um texto parecido algures. Terá sido mesmo neste meu simples blogue? Às tantas! Mas, depois de ter ouvido José Pacheco Pereira, no Sábado passado de manhã na Antena Um, arvorado em mentor de 1ª do movimento bloguístico português, a dizer da sua opinião, de variadíssimos laivos de crítica a raiar o sarcástico, pelos vistos a maioria dos blogues não têm qualidade nenhuma…não me apeteceu ficar sem reacção.

Snr. Dr. Pacheco Pereira! O Snr. tem um bloque, nas áreas que abarca, de boa qualidade, sim snr. Mas não troce tanto dos outros, que não nasceram num berço de ouro, mas que até vão dando o seu melhor e despendendo o seu tempo precioso (porque têm de dar o litro a trabalhar para ganhar o dinheiro para o seu sustento, depois de deduzido o balúrdio de impostos e taxas a que são obrigados a pagar para alimentar o comboio e os passageiros do Estado; ainda temos o desplante de dizer que o Estado somos todos nós!). E sabe o snr. que a única satisfação e proveito que colhem desse labor é só o gosto de comunicar e de partilhar com os outros (pedreiros, calceteiros, professores, estudantes, jornalistas, escritores, políticos, pescadores e por aí fora…). Portanto, como dizia Cavaco Silva quando era Primeiro Ministro e lhe andavam a atazanar os neurónios, deixe-nos escrever ao nosso jeito, dar umas musiquinhas, passar uns vídeos, apresentar uns power-point, ralhar, às vezes, com as instâncias do poder, até pode ser que não estejamos com toda a razão, mas olhe que, muitas vezes, se não somos mais precisos, é porque também nos escondem muita informação de interesse público.
Finalmente: Ainda que sem traulitadas mal medidas nem mentiras, não nos devemos calar.

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Aqui estamos!…

Quanto talento!
Quanta simplicidade!
Quanta inspiração!
Quanta informação!
Quantas estórias!
Quanto fanatismo!
Quanta música!
Quantos poemas!
Quanta beleza!
Quanta fotografia!
Quantos vídeos!
Quanto desabafo!
Quanta melancolia!
Quanto entusiasmo!
Quanto escritor!
Quanto jornalista!
Quanta vaidade!
Quanto/a…!

Nós e o Mundo! Nós e as nossas tertúlias bloguísticas!…Que mal tem isso? Já não fica bem trocarmos comentários nos “posts” (quem é capaz de sugerir uma palavra com origem etimológica mais ortodoxa para ser usada em português?) dos amigos, a maior parte deles que conhecemos só virtualmente? Quantas vezes acertamos em cheio quando os acabamos por conhecer pessoalmente! E isso acontece com muita frequência.
Cada dia que passa me sinto mais pequenino nesta aldeia global dos blogues e da Internet em geral!…
Mas tal como o deserto não o seria se as suas areias, uma a uma, não existissem, também eu não quero ceder à tentação de me cingir à qualidade de mero observador!
E passar os restantes dias da minha vida a assobiar para o lado?!
E seguir, rumo a nada, indiferente às alterações de toda a ordem que, insaciavelmente, a velocidades estonteantes, o Homem vai inventando, ele próprio, induzido pela sedução insensata de prosperidade fácil e rápida que a tecnologia lhe há-de proporcionar!…

Aqui estamos! Contem connosco! Desculpem lá algumas imprecisões que cá vão ficando na Net e até podem induzir em erro alguns navegantes. Por isso é que convém olhar para os faróis de orientação mas estar sempre atento aos baixios que, por força das correntes, se podem ter formado e não estão ainda cartografados…
A blogosfera não é uma quinta vedada, muito menos com arame farpado! É de todos!
Assim não nos esqueçamos que a Liberdade de cada um acaba onde começa a Liberdade dos outros.

2008/07/28

O Polícia Sinaleiro em Leiria

"Quem não se lembra do Polícia Sinaleiro?" - Pergunta a autora da brochura, cuja capa (clic para ampliar) se vê acima. Claro que a pergunta é dirigida às pessoas mais idosas, as que ainda têm presente na própria memória, aspectos, em muitos casos nem sequer do conhecimento das novas gerações.
A EN1, que atravessava a cidade de Leiria, e aqui tinha um cruzamento de difícil circulação, passava precisamente neste local. Vindo de Coimbra, atravessava-se a ponte sobre o Rio Lis(*) e seguia pela Rua Machado dos Santos para quem pretendesse seguir em direcção a Lisboa.
Os polícias sinaleiros foram criados em 1927, tendo-se iniciado este serviço na cidade de Leiria em 1930. Com o desenvolvimento das vias rodoviárias, deixou de haver polícia sinaleiro em Leiria no mês de Dezembro de 1980.
A brochura a que se está a fazer referência é uma edição da Junta de freguesia de Leiria, da autora/investigação de Susana Carvalho e Colaboração Especial da PSP de Leiria.
Esta edição tem como intuito marcar a atribuição do topónimo "Rotunda do Sinaleiro" à nova Rotunda que confina com a Ponte Afonso Zúquete(*), Praça Goa, Damão e Diu, Rua Machado dos Santos, Largo Alexandre Herculano (o nome antigo da rotunda, onde, na foto, está o polícia sinaleiro em cima da peanha) e Largo da Comissão Municipal de Turismo, , conforme acta da Câmara Municipal de Leiria nº 26 de 18 de Julho de 2005.

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2008/07/26

Festa anual do Telheiro - Barreira


Neste fim-de-semana, realiza-se a Festa Anual do Telheiro, em Honra de Nª Sra. da Imaculada Conceição.
A foto superior retrata uma situação completamente fora do contexto em que a Festa é levada a cabo com o máximo empenho dos mordomos. A Rua principal está toda engalanada com motivos apropriados à festa. Porque não demoveram o proprietário da casa que tem a Bandeira Nacional Portuguesa hasteada, penso que terá sido aquando do último Euro de Futebol, a retirar aquela bandeira, e guardá-la a bom recato? Inclusivé a chamar-lhe a atenção para que a Bandeira Nacional não pode ser usada daquela maneira e que existe uma Lei da República que tem em vista uma maior dignificação do símbolo da nossa pátria.
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2008/07/23

Ulmeiro - Ulmus minor

O meu interesse mais intenso (mais científico) pela botânica foi despoletado pela minha ignorância em distinguir as árvores mais comuns.
No início deste blogue, comecei a olhar com mais atenção e interesse as plantas em geral e as árvores em particular.
Digamos que a minha primeira aventura foi começar a chamar faias aos choupos. Tive a sorte de haver na Net em plena actividade, um blogue dias-com-arvores.blogspot.com e de a sua autora me ter ajudado a dar esses primeiros passos ao chamar-me a atenção para essa anomalia.
Quase três anos são passados e aqui estou novamente com o dilema: a árvore que vos apresento (clic para observação mais pormenorizada) é uma Faia? De que tipo?
Pelo que estudei sobre o tema comecei por me inclinar (desiquilíbrio próprio de principiante mas amador quase fanático) que seria uma Faia Fagus sylvatica L. (Fagaceae). Ainda bem que me lembrei de pedir a opinião do amigo Pedro do blogue sombra-verde.blogspot.com (talvez o mais dinâmico e conhecedor destas matérias, actualmente em actividade na Net). Segundo o Pedro me informou, via e-mail, esta árvore nunca poderá ser uma Faia, sendo com toda a certeza um Ulmeiro. Fica, no entanto, ainda a dúvida: que tipo de ulmeiro?
Esta árvore pode ser observada no Parque de estacionamento nº 1 do Santuário de Fátima - Portugal.

- Actualização em 24/7/2008

Voltando ao tema deste Ulmeiro. Depois da informação preciosa (e básica pelos vistos) retomei as minhas investigações por conta própria e creio poder afirmar que se trata de:

Ulmus minor Miller , família dos Ulmacea, cuja caracterização pode ser descrita do seguinte modo: Nome vernáculo: negrilho, mosqueiro, ulmeiro, olmo: Hábito: árvore grande caducifólia, até 30 m; Estrutura reprodutiva: flores agrupadas em cimeiras densas, formando glomérulos rosa-purpúreos.

Os Ulmeiros de há muito que têm sido afectados por uma doença, a grafiose (Ophiostoma novo-ulmi), pelo que a sua população está em franco declíneo.

Bibliografia: Árvores e florestas de Portugal - vol 10 - Ed. Público,Fundação luso-Americana e LPN (pág. 302); Guia FAPAS "Árvores de Portugal e da Europa" ed. 2005;

- Agradeçe-se qualquer precisão sobre esta árvore. As fotos foram tiradas em 6 de Julho de 2008. Na mesma área havia, pelo menos, uma outra igual. Junto a este Parque existe o o Grande Auditório do Centro Paulo VI, local onde decorria uma acção de formação para TOC e no qual também participei.

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2008/07/18

Estou a ler...

Estou de "férias" desde segunda-feira passada... A espaços entremeadas com trabalho...
Mas tenho tido os meus netos comigo...Passear e praia é que não há nada para...nós...

ps: outros livros de Rita Ferro que fazem parte da minha biblioteca: Uma Mulher não chora; Os filhos da mãe; O vento e a lua.

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2008/07/14

Vamos constituir um grupo concorrente com o YouTube?
PS.:Devido aos muitos e-mail e tel. recebidos na redacção, devemos alertar que o título deste post é pura ficção.
Acabado de chegar ao Largo da Sé, em Leiria, pela manhã. Pombos por todos os lados. Superalimentados por uma senhora, figura típica, de saquinho de milho comprado ali perto na "Promor", seguramente mais de 5 Kg. Todos os dias esta santa alma lá anda a dar milho aos pombos, duas vezes por dia. Também não se esquece da água. Num cantinho junto às escadas que ligam à ladeira para os lados do Governo Civil, da Polícia, do Castelo, da Escola, etc.
Parece que esta prática é proibida, por postura camarária, mas ninguém liga ao assunto. Os prejudicados são as pessoas que frequentam a zona, que levam com os excrementos dos bicharocos em cima, que veem os telhados das suas casas, já por si, de construção muito antiga, a deteriorarem-se de dia para dia.

2008/07/13

Jardinagem em tempo de férias

Clicando em cima da foto, visualiza-se um vídeo-amador (classe C, talvez melhore nos próximos tempos, quando souber trabalhar melhor com a máquina, uma "Samsung i8", coisa barata, que o tempo é de vacas magras...) em que se pretende apresentar uma pequena panorâmica do jardim caseiro que temos vindo a construir, eu e a Zaida, ao longo destes últimos 15 anos. Tanta canseira! Talvez por isso mesmo, quando temos ocasião de o apreciar com mais vagar, achamo-lo mais bonito...

Fazia tenção de aqui apresentar a 2ª parte deste vídeo, talvez a mais deslumbrante. Desisti de tal intento. Eram mais 85 MB de vídeo e a minha ligação à internet, a única possível neste local, parte da Rua dos Lourais, é através de comunicações via éter, que me proporciona, na melhor das hipóteses, 80k de velocidade de comunicação digital. O jardim foi implantado em terreno em declive e da parte Nascente, olhando a linha do horizonte, vê-se a Sra. do Monte e Cortes, este lugar sede de freguesia, local idílico e mítico. Há que ter em conta que nas Cortes nasce o Rio Lis, fonte inspiradora de muitos e ilustres poetas e prosadores que aqui viveram e vivem. Citando somente a título de referência, refiram-se os nomes de Rodrigues Cordeiro, José Marques da Cruz, Afonso Lopes Vieira. E tantos outros que, pelo seu engenho e pela sua arte, da lei da morte se vão libertando. Recentemente foram editados dois livros com compilações dos artigos impressos no "Jornal das Cortes" nos últimos 20 anos. Uma forma iniludível de sintetizar praticamente toda a história duma terra com tantos pergaminhos como é, sem dúvida, Cortes, aqui em frente, vistas airosas, a cinco km de Leiria - cidade.

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