Tenho que o admitir. As tílias e as faias púrpuras, pelo menos as que eu conheço mais intimamente, aqui em Leiria, são, incontestavelmente, as Rainhas das Árvores da cidade. As fotos acima são destes dias mais próximos. Curvo-me à magnificência destas árvores e à alegria que me transmitem, todos os anos, neste reviver cíclico da Primavera. Poesia da mais pura e diáfana. Pressente-se que somos acompanhados por multidões de silfos volúveis que se comunicam através da História desta terra e da Natureza bucólica e estonteante dos tempos de Rodrigues Lobo, Afonso Vieira, Marques da Cruz, Acácio de Paiva e tantos outros poetas, prosadores e artistas. Ou não estivéssemos no Jardim Luís de Camões e no Marachão (Alameda José Lopes Vieira) tangente, ao próprio jardim e ao Rio Lis!... Diz o Povo e com razão Não há Bela sem senão Porquê não plantar mais faias? Ou ainda não se sensibilizaram com a sua beleza ímpar? Ainda só reparei em mais uma faia ao início da Rua Lino António, na Cruz da Areia! Considerando que a companheira da que se vê na segunda e terceira fotos, morreu há mais de um ano, não seria de plantar urgentemente uma nova no mesmo local? Ou já reservaram aquele bocadinho de terreno para outra coisa, que não para uma árvore?... - ACTUALIZAÇÂO: Acácio de Paiva in "dentro de ti ó Leiria"
. Como já se devem ter apercebido, sou um fã incondicional de Acácio de Paiva, lídimo representante das letras portuguesas, humorista de refinado quilate, prosador e poeta de reconhecido mérito, que muito honra a cidade que o viu nascer em 14 de Abril de 1863, no Largo da Sé, 7 , em Leiria, na célebre casa "Pharmácia de Leonardo da Guarda e Paiva", a "botica do Carlos", a que se refere Eça de Queirós, no seu imortal "O Crime do Padre Amaro". Hoje à tarde, ia eu a sair do meu escritório, sito precisamente no 1º andar dessa casa, que pertence à família Paiva (por parte de José Teles de Almeida Paiva) e à qual estou ligado por casamento, quando o meu amigo e vizinho da Rua da Vitória, o Fragoso, me chamou e questionou-me sobre se tinha lido o Diário de Leiria de hoje, dia 14 de Abril de 2009. Que vinha lá um artigo sobre uma pessoa da família, Acácio de Paiva! Que não, respondi eu, mas que não podia deixar de lhe dar uma vista de olhos (melhor dizendo, ia lê-lo e guardá-lo, claro está). Ainda ontem à noite tínhamos estado a falar sobre Acácio de Paiva numa reunião/tertúlia no "Caffé Gato Preto", a que, por sinal, dei bastante relevo na entrada anterior deste meu blogue. Sem mais delongas, façam favor de ler esse artigo, que o reproduzo ao lado, mesmo sem pedir licença ao autor e ao Jornal. Não ma negavam, que bem me apercebi nas conversas entretanto havidas a este propósito.
. (clic em cima da imagem para melhor ler) - Um amigo, mesmo agora, recordou-me uma quadra, que ficou na sua mente, tantas vezes eu falo, publicamente, de Acácio de Paiva e em particular da sua poesia: ... Anda o moinho de vento a moer, sempre a moer mais mói o meu pensamento Saudades por não te ver. - Nota: Outras entradas anteriores sobre Acácio de Paiva.(clic) ------- Veja também apontamento "Região de Leiria" de 17-04-2009 em "dentro de ti ó Leiria"
A fachada da pensão/actual Café Restaurante "Gato Preto"
Largo do Gato Preto: Uma Lenda ?!
Este é o nome popular por que é conhecido o Largo Paio Guterres, em Leiria.
A primeira designação que se lhe conhece é Rua dos Banhos, que já vem na planta da cidade do séc, XV, a mais antiga que se conhece. No séc. XIX passou sucessivamente a ser conhecido por Largo Paio Guterres (18-12-1877) e Largo de S.João (30-04-1885), a pedido dos moradores daquele local. Ainda hoje existe uma imagem de S. João num nicho colocado e preservado religiosamente na parede da casa comercial que faz esquina com o Largo das Forças Armadas.
A Câmara Municipal, em 29-12-1921 alterou-lhe novamente o topónimo para Largo Paio Guterres, que foi o primeiro Alcaide de Leiria, ainda no reinado de D. Afonso Henriques. E assim se tem mantido este topónimo até aos dias de hoje. Oficialmente. Continuamos, instintivamente, a denominá-lo, no nosso dia a dia, como o “Largo do Gato Preto”.
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Qual, então o motivo porque este Largo continua a ser conhecido por “Largo do Gato Preto”?
Neste Largo existe uma referência incontornável e extremamente usada como símbolo identificativo do local, que é um painel de azulejos com um gato preto na parede do prédio onde está instalado desde há muitas décadas, um estabelecimento ligado à restauração, tendo sido pensão e residencial afamada durante muito tempo. Há cerca de seis anos, aquando das obras de renovação das infra-estruturas de saneamento e do pavimento, ficaram representados no pavimento, em pedra de cantaria, vários gatos, ao longo da casa do “gato preto”, o que vem reforçar a tese da preservação do simbolismo do gato naquele Largo.
É caso para perguntar:
Porque razão é que a Câmara Municipal de Leiria não repõe a toponímia daquele Largo para “Largo do Gato Preto” já que essa é que é a verdadeira tradição da cidade? Fale-se do Largo Paio Guterres e ninguém conhece; refira-se o “Largo do Gato Preto” e toda a gente sabe onde se localiza.
Recentemente, um casal de jovens, com ligações familiares íntimas aos primitivos utilizadores daquela pensão, empreendeu uma bela e romântica aventura empresarial, instalando neste estabelecimento o “Caffé Gato Preto” que, paulatinamente, se está a impor no tecido empresarial do Centro Histórico. Estes jovens estão decididos a lançarem-se numa iniciativa, que se antevê bastante laboriosa mas profícua, usando a história e a tradição poética da cidade. Àquela zona específica estão fisicamente ligados poetas célebres, como Francisco Rodrigues Lobo, Afonso Lopes Vieira, Acácio de Paiva, José Marques da Cruz. O próprio Eça de Queirós inspirou-se na vida da cidade de Leiria de fins do séc. XIX para escrever o seu mais conhecido trabalho literário e um dos mais divulgados pelo Mundo fora: “O Crime do Padre Amaro”. Todo o enredo deste celebérrimo romance ronda as imediações daquele Largo ou não tenhamos nós que referir, nessa circunstância, a Rua da Tipografia, a pensão da Isabel Jordão, a Igreja da Misericórdia, a Rua Direita, o Largo da Sé, a “Pharmácia Paiva”, a Praça Rodrigues Lobo, a Rua Almeida Garret, etc.
Aqui chegados, talvez tenhamos alcançado a possível, diria mesmo, mais que provável, razão para que este Largo se tenha mantido vulgarmente a ser conhecido por “Largo do Gato Preto”.
José Marques da Cruz, Nasceu em Famalicão – Cortes - Leiria em 1888 e formou-se em Direito, em Coimbra, onde ainda escreveu três obras. Em 1912 emigrou para o Brasil e por lá ficou definitivamente, continuando a escrever, sobretudo poesia, mas dedicando-se essencialmente ao ensino em vários colégios e na Universidade de São Paulo. Ele próprio fundador de alguns colégios, foi também director da revista "Castália" e colaborador na revista "Filologia Portuguesa". O soneto "Lenda do Lis e Lena" é o seu trabalho mais famoso. Morreu em 1958.
Marques da Cruz, escreveu o livro “Eça de Queirós -a sua Psique”, ed. Melhoramentos, esgotada, mas que se pode consultar no Arquivo Distrital de Leiria. Neste trabalho, Marques da Cruz entrega-se a uma refinada análise da personalidade do grande Eça, acompanhando-o no seu percurso pelas várias localidades que percorreu, em viagem ou estadias nas suas lides profissionais e/ou trabalhos literários. Dedica um capítulo à conhecida permanência de Eça na cidade de Leiria, em 1870. De facto, como Eça de Queirós queria ser cônsul e, como nesse tempo, essas funções só podiam ser exercidas por quem já tivesse sido funcionário público há, pelo menos, seis meses, este conseguiu ser nomeado, em 21 de Julho de 1870, administrador do Concelho de Leiria.
Eça nunca morreu de amores por Leiria, bem pelo contrário, aproveitava todas as oportunidades para se referir a esta cidade, de cinco mil almas, com sarcasmo e ironia.
Valia-lhe, na oportunidade, ter vários amigos em Lisboa, cultos, alguns escritores que fizeram Escola, nomeadamente Ramalho Ortigão, com quem se escrevia regularmente e se encontrava com bastante frequência, muito particularmente porque os dois fizeram uma parceria para escrever “O Mistério da Estrada de Sintra” e as “Farpas”. Numa dessas cartas a Ramalho Ortigão falava “do seu exílio administrativo” e dizia: “ Eu morava numa rua estreita. De um lado, tinha as velhas paredes da Misericórdia, onde as corujas piavam; do outro, as torres da Sé, onde os sinos faziam rolar pelo ar os seus prantos sonoros”.
“Eça foi sempre supersticioso. Diziam sempre os velhos leirienses, que, se Eça visse na rua um gato preto, voltava logo para trás, procurando ir por outra rua” – escreve Marques da Cruz.
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Pelas referências deixadas pelo próprio Eça, essas ruas por onde, ao passar, estava sempre a olhar pelo canto do olho à busca de algum gato preto eram as que iam desembocar ao actual Largo do Gato Preto, nomeadamente a Rua Almeida Garrett, a Rua Direita, que seria a mais directa para percorrer o caminho da casa onde estava hospedado na Rua da Tipografia e o seu escritório de Administrador do Concelho, no Largo da Sé, no primeiro andar da esquina com a Rua da Vitória e outras que tais. Todas, ruas estreitas e de temer, principalmente à noite, para quem, como ele, era extremamente supersticioso.
Não me foi possível comprovar em absoluto que a fachada que contém o painel de azulejos com o “gato preto” estará na origem do nome do Largo onde se encontra. Ou será que o Largo já era conhecido com a actual designação antes da construção do painel? Pode afiançar-se serem estes episódios em que intervém Eça o efectivo motivo desta designação do Largo do Gato Preto?
Por mim acharia muito interessante que esta teoria pudesse ter vencimento!...
nota: vivo desde 1966 em Leiria. Tenho intentado em variadíssimas oportunidades certificar-me da origem concreta do nome por que o Povo se habituou a designar este Largo independentemente das deliberações e contra-deliberações da Câmara; Largo do Gato Preto.
Foi assim que decidi publicar este ensaio acerca da justificação do nome do Largo do Gato Preto, em Leiria.
Quem terá informações para me contraditar? Contacto: nunes.geral@gmail.com
Capelas Imperfeitas no Mosteiro da Batalha. Há que acrescentar que as podas dos Platanus também não são nenhuma perfeição. Pelo contrário, são ambiental e tecnicamente imperfeitas. Incorrectas, inadmissíveis. Só se pode tolerar parcialmente um argumento de peso. O facto destes Platanus terem sido plantados num local e de forma a que, em poucos anos, ficariam, irremediavelmente, a tapar a vista sobre um dos mais espectaculares monumentos do Mundo. Mas, assim como não se estropia um ser humano só porque é demasiado alto e gordo e está a tapar a vista das pessoas que estão à sua frente para ver um espectáculo raro e Belo, também se devia ter tido a devida atenção quando os Platanus foram plantados naquele local. O Mosteiro da Batalha já lá estava há muito tempo, de certeza absoluta!...
De qualquer modo:
HÁ ALGUM MONUMENTO MAIS IMPORTANTE QUE A NATUREZA?
Já alguém se encarregou de a retirar do meu jardim, junto ao muro que dá para a via pública! Mas de tão bela que ela ficou na foto, certamente que esta rosa encarnada Pascal agradará a todos os meus amigos que por aqui vão passando, mesmo que à bolina!... Com um grande abraço!
Que me desculpem todos os poetas que participaram da II Antologia de poetas lusófonos, edição da Folheto - Edições & Design, 2009, oriundos de variadíssimos países, alguns que nem são propriamente os históricos países de língua oficial portuguesa. Sabendo que o Editor e o autor me concedem tacitamente este privilégio. Transcrevo o poema de Isaías Gomes dos Santos. E permito-me subscrever o sentimento por Moçambique, que dele emana com tanta nostalgia! A fazer-me recordar Nampula, Ilha de Moçambique, Tacanha, Maputo (nos anos 60!)...o nascimento da minha filha Inês (Nampula, 1969), hoje mãe de dois outros amores da minha vida: a Mafalda e o Guilherme.
NO BAZARUTO, MOÇAMBIQUE
No Bazaruto sopra forte o vento e o que escuto não é um lamento mas uma saudação. . Ribomba forte o trovão em toada frenética e repetida grinalda rica e bem tecida imposta no peito de nossas gentes; manifestações claras e eloquentes do que ficou na alma e no coração. . Lugar único de cumpleaños assim entendeu a manuela o Carlos Dias e também ela; deste paraíso terreal ficámos todos, afinal, cativos para sempre e todos os anos. . No Bazaruto sopra forte o vento e o que escuto não é um lamento mas uma saudação. - nota: A pequena ilha de Bazaruto fica na parte Sul da Costa de Moçambique, perto do Maputo.
A Orquestra Filarmónica das Beiras em plena actuação nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha, a anteceder a sessão de apresentação da II Antologia de Poetas Lusófonos
Já no Auditório do Mosteiro da Batalha. A Mesa que presidiu à sessão, podendo destacar-se o Director Editorial e autor do Preâmbulo, Adélio Amaro (2º da esquerda para a direita), o Engº Carlos Henriques, Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Batalha, o Director do Mosteiro, Dr.Júlio Órfão e o Dr.Arménio de Vasconcelos, autor do Proémio e que dissertou sobre a História da Poesia e a sua influência na Cultura dos Povos em geral e da Lusofonia em paticular. O último da direita é Nuno Brito, Açoreano de S. Miguel, que participou na sessão cantando e tocando à viola várias canções conhecidas, nomeadamente "Amar-te perdidamente" duma telenovela recente da TVI.
Graça Magalhães, natural de Moçambique, residente actualmente em Viseu. A declamar o poema "Mãe".
Carmindo Carvalho de Moimenta da Beira dizendo "Sorriso sarcástico".
Podem crer que só pretendia reclamar contra a colocação de tantos cartazes de propaganda nas rotundas. E se algumas até são bem bonitas, bem ajardinadas e airosas, como é este o caso! A rotunda do Hospital de Sto. André, em Leiria. Mas...será que a seta significa tão só que aquele é o sentido obrigatório para quem vai entrar na rotunda ou poderá sugerir algo mais?... Já agora: - Tem a certeza de que tem andado a circular correctamente nas rotundas com o seu automóvel? - Sabe que os Euro-Deputados passaram a auferir uma remuneração base mensal de 7.500 €uros? Nada mau!...fora as ajudas de...isto e aquilo, etc.
Hoje, lembrei-me de escrever algo relacionado com o dia do livro infantil. A rádio matinal chamou-me a atenção para esse facto. Tenho três netos, 13, 10 e 2 anos. Tudo temos feito, eu e a Zaida, para os motivar - nalgumas ocasiões, com a sensação frustrante de se remar contra a maré da actualidade - o mais do que somos capazes, para a leitura de livros. Tendo feito uma passagem por um blogue que me habituei a considerar como uma referência importante no mundo do Ensino em Portugal, aqui me atrevo a sugerir que se leia o post lá transcrito alusivo ao tema.
Entretanto, no livrinho de poesia, "Talvez", ed. de 2008, Folheto Ed.- Leiria, a Zaida deixou escrito este poema, que acho muito sugestivo e apropriado para o momento:
Magia . Quando eu nasci, nada sabia. Quando eu nasci, nada podia. . Tu, Mãe, Ensinaste-me a a sorrir A falar, a amar. . Tu, Mãe, Ensinaste-me a andar A correr, a saltar. . Tu, Mãe, Ensinaste-me a ler A escrever, a cantar. . Então, um dia, eu li um livro E descobri que também podia voar...
Há que tempos que andava para fotografar este par enamorado de freixos em plena várzea ao longo do rio Lis! Este, bucólico, a deixar a cidade ao encontro do seu próprio par, o Lena, que, mais ao lado, depois de passar pela Mourã - Barreira, também segue o seu caminho, convergente. Conforme o já combinado previamente, lá seguem nos seus próprios leitos, até se enlaçarem mais abaixo, na Barosa, abraçando-se de mansinho, casando-se a um Domingo de manhã - como manda a lenda - para seguirem juntos até ao Atlântico. Estes belos e solitários freixos só se conseguem fotografar deste ângulo, se se parar em pleno IC2, aqui em Leiria, imediatamente à saída da zona do bairro das Almoinhas. Operação perigosa, sem dúvida, mas compensadora... Amor a quanto obrigas!... - Lenda do Lis e do Lena
Choupo negro ou Populus nigra, na margem direita do Rio Lis em Leiria, junto à ponte do Arrabalde. Passeio pedonal muito utilizado pela população. Uma das áreas da cidade preferidas para se fazer marcha, corrida e ciclismo (nalguns troços com as devidas cautelas dada que a via é a mesma). Óptima também para passear com a família. A mancha verde da cidade de Leiria está instalada fundamentalmente ao longo do Rio Lis, na encosta do Castelo, no Jardim Luís de Camões, na Praça da República (pinheiros mansos), nas instalações ajardinadas do Seminário Diocesano de Leiria (dotado de um autêntico jardim botânico e com bastantes árvores, particularmente choupos e tílias), em terrenos pertencentes à Prisão Escola de Leiria(pinheiro), quintas particulares e antigas (em vias de extinção?) designadamente a Quinta de S. Venâncio com a sua frondosa e antiga alameda de plátanos e ao longo das avenidas principais (Av. Marquês de Pombal, Av. 25 de Abril,Av. Dr. Sá Carneiro(*) - grevillea robusta e ameixoeiras de jardim, Av. Dr. Adelino Amaro da Costa(*) - Grevillea robusta e Jacarandá, Av. 22 de Maio(**) - Grevillea robusta e Jacarandá). - (*) Respectivamente Primeiro Ministro e Ministro da Defesa Nacional de Portugal, mortos na explosão e queda dum avião civil (avioneta) ao levantar voo do aeroporto da Portela em 1980 (ainda hoje não se conhecem os contornos deste acidente, aventando-se várias hipóteses, incluindo a de atentado). (**) Evocativa do dia do Município de Leiria. Esta avenida segue da rotunda do Arrabalde d´Aquem até à rotunda das Almoinhas e é a continuação da Av. Adelino Amaro da Costa, que vem desde a Rodunda das Indústrias, ao início da Av. Sá Carneiro.
Escrever é algo mais do que espalhar letras, entornar palavras ou construir frases. Escrever é transmitir ideias, é concretizar desejos, é realizar sonhos, é prolongar a firme voz de comunicar. Escrever é cunhar identidade pela diversidade cultural que une países, regiões, cidades e aldeias.
A Lusofonia não é apenas um conjunto de países onde se fala a Língua Portuguesa. A Lusofonia está espalhada por todos os países do Mundo. Em todos eles existe alguém que fala ou escreve esta tão amada Língua.
Neste Planeta, em que parte da sociedade o considera global, não existem fronteiras para a Lusofonia nem para a Poesia, como defendia António Gedeão: “Minha aldeia é todo o mundo”.
...
A II Antologia de Poetas Lusófonos apresenta, nestas quase 500 páginas, 134 poetas de 11 países: Angola, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, França, Índia, Inglaterra, Moçambique, Portugal, Suíça e Timor.
As poesias que tatuam as páginas deste livro não são todas de índole académica(*). Queremos, também, dar voz à poesia mais popular. Mas, uma coisa é certa: neste livro todas as poesias têm mensagem. Todas elas transmitem sentimentos. Todas elas cantam a mesma Língua. E mais, todas elas nasceram tão distantes umas das outras e conseguiram um elo de verdadeira união através da II Antologia de Poetas Lusófonos.
...
Um especial agradecimento para as Associações, Academias e Instituições que ajudaram a divulgar o regulamento da II Antologia e, um grande abraço a todos os Poetas.
Como escreveu o poeta açoriano, Armando Côrtes-Rodrigues, “O mar da minha vida não tem longes”.
Até à III Antologia de Poetas Lusófonos.
Adélio Amaro
Coordenador Editorial
«« CONVITE »»
A Folheto Edições & Design, o Director do Mosteiro da Batalha e o Município da Batalha têm a honra de convidar V. Exa. e Família para o lançamento do livro II Antologia de Poetas Lusófonos a realizar no próximo dia 5 de Abril de 2009, no Mosteiro Santa Maria da Vitória, na Vila da Batalha, Portugal. A cerimónia terá início às 15h30, nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro, com a actuação da Orquestra Filarmonia das Beiras, seguindo-se, pelas 16h30, a apresentação da II Antologia de Poetas Lusófonos, no Auditório do Mosteiro da Batalha. Haverá um momento de poesia com a participação de vários poetas. ENTRADA LIVRE
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(*) Como a deste popular, que vos escreve num simples, despretencioso, mas entusiasta blogue, como eu quero que seja este "DISPERSAMENTE". E repararão que nem sequer para poeta popular eu tenho veia. Mas sinto-me poeta, melhor, sinto a Poesia, simplesmente...
Está na ordem do dia. A crise geral que a sociedade dos homens atravessa, motivou-me a compra deste livro. O próprio autor também contribuiu e muito para essa decisão. Claro, depois de dar uma vista de olhos pelas suas páginas. O tema é actual e, temos que convir, nem todos nós nos preocupamos o suficiente para podermos perceber o que se passa à nossa volta e a melhor forma de cada um fazer a sua parte no sentido de se resolver esta grave crise global que vivemos.
A propósito. Sabe que António Almeida Santosnasceu em 1925? E que já foi Presidente da Assembleia da República durante 6 anos?
Neste livro, o autor declara-se optimista ao prever e desejar uma Nova Ordem Planetária de que o Mundo carece urgentemente.
E justifica essa necessidade enumerando uma série de perigosas tendências da sociedade actual:
1) Contínua explosão demográfica, a reforçar irresponsavelmente o número de desempregados e de pobres;
2) A insustentabilidade das agressões à Natureza, aos seus equilíbrios, e aos seus limites, pondo em risco a própria garantia da continuidade da vida sobre a Terra;
3) A explosão e globalização do número de pobres, tendo em contraponto a concentração do número de ricos;
4) A até agora incontrolada multiplicação do número de desempregados, alimentada pelo não controlado aumento da procura e pela cada vez mais incontrolável redução da oferta de postos de trabalho;
5) A globalização e crescente sofisticação da violência e dos tráficos ilícitos que a financiam e dela se servem, perante a ineficácia das velhas ordem militar, policial e judiciária;
6) A apavorante nihilização ética que alastra como uma praga sem vacina;
7) O incomportável encarecimento das fontes energéticas tradicionais;
8) A imperativa necessidade de um novo modelo económico que dê mais atenção a uma nova partilha da riqueza, mais equitativa e mais justa, ou seja à necessidade de uma nova síntese entre a liberdade e a igualdade.
RESUMINDO: "Há que mudar de sociedade e não só a sociedade". Essa tem de ser a opção inadiável e urgente. Esse tem de ser o nosso caminho…
Bom dia, Primavera!... Estou contigo. Vou largar já de seguida o computador. Vou lá para fora pôr o jardim em ordem a receber-te condignamente!... Pois...não fora a Zaida a orientar!...
Estamos a entrar no jardim Luís de Camões, Leiria.
Eterno principiante, reparei agora, na placa identificativa de árvores de jardim, em Leiria, recentemente colocada, que o nome científico destas tílias é "Tilia tomentosa" e não "tormentosa" como já aqui deixei escrito algumas vezes. Sempre vale a pena colocar bem à vista de todos os passantes estas placas.
A ver se somos cada vez mais os que se vão interessando pela boa conservação das árvores e dos jardins da cidade.
De todos os lugares, particularmente os públicos. Por um ambiente saudável. Para que todos nós passemos a apreciar as plantas, árvores, flores e arbustos, nas várias fases dos seus contínuos ciclos de vida. - Ver mais sobre árvores de Leiria
Está-se mesmo a ver quem era o aniversariante. O meu pai, 85 Primaveras. E se o dia estava bonito! Já estava toda a família a acomodar-se, onde está o António, eu a tirar umas fotos ao ECOmuseu de Vila Chã de Sá, tinha-o descoberto naquele momento... Claro, quando cheguei à mesa, tive que me sujeitar a um dos lugares vagos. Mas se não houvesse tipos como eu, sempre à coca de novidades, como é que os registos destas passagens eram feitos? Sem vida? Só porque alguém nos mostra uma foto ou nos dá uma dica? Mesmo assim não ia ficar mal acompanhado. Por sinal até fiquei mesmo ao lado do meu irmão Vitor (Prof. em Tondela), ainda que a Zaida tenha acabado por ficar num lugar distante. O convívio foi excelente, daqueles que só se conseguem com pretextos como o dum aniversário dos mais idosos da família. Três irmãs, o irmão, os respectivos cônjuges, filhos, netos, sobrinhos, cunhados, uma festa. Como os laços de família são fortes!... - Também tenho que deixar aqui os meus parabéns às gentes da freguesia de Vila Chã de Sá. Têm ali uma obra de grande gabarito. As alfaias agrícolas e outras da nossa zona de Viseu, ali estão, bem à vista: O engenho ou a picota ou a cegonha, os carros de bois, as pipas de vinho, as grades (quantos hectares de terra elas não terão arado?), os jarros de bronze e de zinco. Mas a lareira!...aquele tipo de lareira!... Quantas recordações, já muito antigas é certo, eu pequenito, a minha avó Neves, as minhas tias, a Nevitas, o calor reconfortante ali mesmo aos nossos pés, a comida a fumegar, o fumo a passar pela telha vã, as vimes das podas, bem secas, as pinhas...o cheiro a cavacas de pinheiro... A nossa casa, no fundo do Povo, do Casalde Ribafeita, assim se chama, uma das fontes comunitárias ali mesmo à mão! E os bailaricos, ao som da gaita de beiços e dum tocador de viola? E as sessões de violino do meu tio Alberto, ali mesmo ao pé da venda de tudo e mais alguma coisa? E as cantigas por altura da Páscoa? A voz da minha mãe a sobressair-se, pelo timbre forte, vibrante, notas certinhas e compassadas? - Não me podia também esquecer do Agostinho, de Parada de Gonta. Aqui fica a camisola do clube da tua terra. O dono do restaurante lá me informou que "Pinheirão" tem a ver com pinheiro e carvão. Ou seja, tudo o que se come é feito no lume do pinho e do carvão. Um serviço de qualidade. - Mais um brinde ao meu pai Daniel. Ergo-lhe a taça, meu pai! Obrigado por toda uma vida que tem vindo a dedicar aos seus 5 filhos...e netos...e bisnetos. - NB: os links a azul, no texto, são PIRATAS.