2011/11/23

Greve Geral



Será que é a hora da revolta? 
Revolta contra quê?  
Contra quem?


Quem é o inimigo? 
O medo de sermos pobres? Mais pobres ainda? 


Estaremos nós à procura da luz antes que ela se extinga ou será que estamos muito simplesmente a viver a ilusão de que seremos capazes de contrariar o movimento de rotação da Terra?

Sem dúvida que a crise económica e social que se vive em
Portugal tem na sua génese três factores inquestionáveis:
Má gestão dos governos pós 25 de Abril de 1974;
- Corrupção incontrolável;
- Descontrolo na forma como nos integrámos na zona Euro.

A organização política e administrativa da Nação que passou a vigorar depois da "revolução dos cravos" tem sido muito mal articulada.

Será que estamos em face do drama das crises cíclicas que têm afectado a Europa ao longo de todos os tempos, particularmente ao longo dos últimos dois séculos?

Será que os Europeus não têm estadistas à altura das circunstâncias da actualidade, face à inevitável globalização da sociedade?

A verdade incontornável é que nós, portugueses, deixámos que as nossas contas chegassem a um limite tal, que nos impede absolutamente de cumprir as regras base de qualquer sistema económico:
Quem recebe deve
Quem dá tem a haver

Se temos recebido (gasto) mais do que damos (vendemos/exportamos/emprestamos), é inevitável que tenhamos um saldo devedor nas nossas contas. 
Como inverter esta situação?
Os ricos, os que enriqueceram à custa da agiotagem, de manobras na área do poder e da corrupção é que deviam pagar a crise. 
Isto significaria que a riqueza produzida por todos deveria ser repartida com muito mais equidade (perfeitamente de acordo snr. Presidente da República, não são só os sacrifícios que devem ser repartidos com equidade, esta tem de partir logo da fase da distribuição da riqueza, aí é que está o busílis).

Que fazer, então, interrogam-se os sábios economistas, em permanentes mesas redondas em busca do enigma da quadratura do círculo?  
Entretanto, vamos para a rua?! Se for para pressionar os chefões da União Europeia, contem comigo. Doutro modo, o que é que esperamos duma greve geral, na actual conjuntura?


2011/11/22

Leria: numa manhã outonal





Agora passamos mais tempo na freguesia da Barreira, com vistas para o Vale do Lis, as Cortes, a Sra. do Monte e a Serra da Maúnça.


Ora, acontece que, estando nós a cerca de 5 km do centro da cidade de Leiria, por um lado, e à mesma distância da zona comercial, ali para os lados dos Parceiros, o Instituto Politécnico logo ao pé, acessos incríveis, até parece que foram encomendados de propósito, o novo "Santuário" cá do burgo - como já há quem lhe chame - um autêntico carreiro que se abre à nossa frente, qual passadeira rolante de alcatrão novo, lá temos que nos deslocar assim às manhãs ou tardes inteiras, para tratar de assuntos vários.


Hoje de manhã fiquei de serviço ao volante do carro. Como não tinha assim nada de especial a tratar - tinha mas são daquelas coisas que podem ficar para amanhã - vai daí, dei uma volta, mais de passeio do que por necessidade. Claro que, nesses momentos, vem à baila a questão do preço do combustível que se gasta nestas voltinhas e do desgaste do carro...


O resultado está à vista nestas fotografias, tiradas com a minha Canon PC1560 35X zoom digital, vídeo HD. Saíram assim, de imprevisto, à medida que os alvos me iam surgindo. Como se estivesse à caça em terreno conhecido.


Antigamente não era nada disto. Na actualidade, todos nós podemos tirar boas fotografias. Basta ser insistente/persistente, gostar da fotografia e, uma coisa determinante: estar atento ao que se passa à nossa volta. Isto para a fotografia de reportagem, digamos que é mesmo assim, qualquer um de nós se pode transformar num repórter fotográfico. A questão é que, apesar de todas as facilidades de que se dispõe, hoje em dia, mesmo assim nem sempre se conseguem tirar boas fotografias.


O que vos posso dizer, da minha experiência de muitos anos, a sensação que tenho é que serei um eterno amador. Mesmo nos conhecimentos técnicos. 
Tenho comprado diversos livros técnicos sobre fotografia, revistas, cursos. Com isso só me confundo ainda mais.
As minhas fotos têm de ser assim, tal como eu as consigo tirar. A minha mestra, boa ou má, é esta mania que se pode dizer que nasceu comigo: fotografar.


Os temas são os mais variados. Olho e vejo uma moldura a envolver uma imagem. Aí está uma fotografia...

@as-nunes

Duma varanda do lado de cá



São tantas as desgraças sobre que se pode escrever, hoje em dia, na nossa região, no nosso país, na Europa, no mundo inteiro, que, para não me afastar da minha musa inspiradora, nela me amparando, como se de um pronto-socorro se tratasse, eis que aqui vos deixo esta sequência de fotografias do que me prendeu a atenção durante o dia de hoje, a olhar só aqui à minha volta, sem mais divagações.

(Para quem aqui passe, distraidamente, não conheça o ambiente:
- Amanhecer sobre as Cortes, Sra. do Monte, Leiria;
- A quinta aqui ao lado, terras à espera de ordens do "borda d´água"; o folheado em amarelo é duma cerejeira;
- Ao anoitecer do lado de lá, das Cortes, em dia de chuva e algum frio.) 
@as-nunes

2011/11/20

João Negreiros: um artista a conhecer

No próximo dia 26 de novembro às 15 Horas, terá lugar na Biblioteca Municipal de Alcanena mais um encontro de poetas que desta vez abordará a obra de João Negreiros.
Lá estarei. A participar, a tentar aprender mais sobre poesia, sobre os poetas e demais escritores de língua portuguesa, primordialmente.


Claro, como não podia deixar de ser, também na minha função/missão de fotógrafo de reportagem, a que mais me tem seduzido ao longo da minha vida, digamos que desde os meus 18 anos, altura em que tive oportunidade de comprar a minha primeira máquina fotográfica.


Para mim, a fotografia é a musa inspiradora para a maior parte dos meus ensaios e estudos sobre as mais variadas áreas de investigação, da reportagem, da opinião, da crítica, do conhecimento, enfim.
Que melhor prova do que estou a afirmar que este meu blogue, sempre na linha de vista das ocorrências que me vão impressionando, ainda que, por vezes (demasiadas, talvez) possam correr o risco de não se sintonizarem o suficiente com os gostos de quem por aqui passa.
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João Negreiros nasceu em Matosinhos a 23 de Novembro de 1976. O escritor português foi o primeiro classificado no Prémio Internacional OFF FLIP de Literatura (Brasil,2009). Em Portugal, entre outros prémios, João Negreiros venceu o Prémio Nuno Júdice. Na área do teatro, a sua obra foi crescendo, tendo hoje quatro peças editadas, “Silêncio” e “Os Vendilhões do Templo” (2007), “O segundo do fim” e “Os de sempre” (2008). No âmbito da poesia, publicou três livros: “o cheiro da sombra das flores” (2007, Papiro Editora), seleccionado de entre as melhores obras de poesia ibérica publicadas entre 2007 e 2008 pelo Prémio Correntes d' Escritas de 2009, “luto lento” (2008, Papiro Editora) e “a verdade dói e pode estar errada” (2010, Camões & Companhia). Em 2010, é editado também o primeiro livro de prosa do autor “O mar que a gente faz”. Para além de escritor, João Negreiros é actor e tem divulgado a poesia nacional através de espectáculos e vídeos de spoken word
Em 2011, o artista foi o representante da Literatura Portuguesa na 7ª edição do conceituado Festival Internacional das Artes de Castela e Leão.
...


A tristeza

A tristeza é uma irmã mais velha
que vive no quarto dos fundos           dos bolsos
sempre que não tenho trocos para lhe comprar uma cama de hotel
para poder vê-la feliz

as calças estão para lavar
as moedas tocam tambor
ou o leito de um rio que fica entre as almofadas do sofá

mana
vai-te embora que tenho saudades do meu quarto
quero dormir na minha cama

sabes
o sofá da sala tem um vale que me afunda as costas

mana
vá lá
pinta-te            sai à rua e arranja namorado

e tristeza partiu mesmo antes da morte chegar
o meu quarto está vazio              para sempre´

Um dos poemas de João Negreiros,  mais divulgados, consta do seu livro "o  cheiro da sombra das flores". 

Comprei, recentemente, e estou a ler, o seu primeiro livro de prosa: 
Livros editados - Prosa

Estou a gostar imenso. Aliás, lê-se bem. E tem uma particularidade. É extremamente original e sincero na sua concepção e no estilo da narrativa.



Pode acompanhar-se João Negreiros, inclusive na audição de alguns dos seus poemas, no seu blogue http://joaonegreiros.blogspot.com
@as-nunes

IC36: ai Leiria do Lis e do Lena

As silhuetas do Castelo de Leiria e do Santuário de Nª Sra. da Encarnação, observadas do viaduto do IC36, com os automóveis a sobrevoar o Vale do Lis.
Provavelmente já não poderei captar esta imagem na via Nascente/Poente em direcção à A19, ou à A8 ou à A17 ou mesmo em direcção à A1, se quiser virar à rotunda do IC36/S.Somão, seguir à rotunda do "McDonald" e seguir a via rápida para os Pousos e auto-estrada. 
É que, depois de aberto oficialmente ao tráfego, não se pode parar lá em cima.
 A estrada que vem de S. Romão em direcção a Fátima, o Vidigal à vista, de cá de cima do IC36
 O vale do Lis, terrenos da Quinta de S. Venâncio, lá em baixo...uma amostra do que era a quantidade de sobreiros que havia nesta zona. (clique para ver melhor, pode ser que eu não tenha visto bem).
No horizonte, a silhueta da Sra. do Monte e da Serra da Maúnça.
Ora cá estão as famigeradas portagens. Fica-se sem se perceber se estas são as taxas por se estar a percorrer o IC36 ou se serão as taxas para quem queira ir para a A8 ou se será a portagem para se seguir pela A19 até à A8. 
Confusões... deve ser por causa da minha dificuldade em me adaptar a estas alterações bruscas, coisas da idade, se calhar, os neurónios a funcionarem com memórias e recordações do que era o tempo do Lis e do Lena cantado por poetas e aproveitado para a agricultura, pastorícia e florestas a perder de vista.
@as-nunes

2011/11/18

IC36 prestes a entrar em serviço, após uma razia de floresta, nivelamento de montes e vales, poluição visual

Vale de Lobos e Telheiro; floresta e monte esventrados, habitações em equilíbrio instável
O IC36, obras imponentes, em pleno predomínio sobre a paisagem, ali era uma floresta de carvalhos, sobreiros e pinhal. Paciência? Alcatrão e betão antes de tudo? A qualquer preço? Em nome do desenvolvimento, do futuro? Futuro sem floresta?  Ali podia ter-se feito um túnel, evitava-se a destruição do meio ambiente à superfície,  respirava-se outro ar.
Não é só casmurrice da minha parte, ou será? Já nem sei que dizer, os jovens é que deviam ser chamados a dar a sua opinião acerca do que querem para o futuro do planeta.
Vale do Lis visto do Vidigal, via externa, as folhas outonais dos plátanos da quinta de S. Venâncio a acenarem-nos, de longe, como que a dizerem-nos adeus.
Inicio a subida da rua dos Lourais. Olá, anima-te, mostram-se-me estas rosas de todos os anos, dum meu vizinho.
O IC36 aqui mesmo ao pé, vai passar a ser um instante para se ir para a A1, A8, A17, A19. Viva, viva, tantas vias para andarmos de automóvel por aí fora, que importam as árvores, o Vale do Lis, o vale do Lena, os Pousos cortado ao meio?
-
18nov - 10h30 - últimas notícias do IC36:
Já se circula no IC36. Uma obra monumental, esperemos que não venha a ser mais uma obra faraónica. O impacte ambiental é tremendo. Ver-se o vale do Lis e as encostas dos dois lados - Nascente com o Vidigal, S. Romão , Pousos e Poente, Vale de Lobos e Telheiro -, de cima daquele viaduto de quase um quilómetro, como que a sobrevoar  com os pés assentes nas suas sapatas gigantescas, toda aquela zona mítica, parece que muitas e românticas referências de Leiria, se esfumaram em menos de um fósforo.
O Castelo de Leiria e o Santuário de N. Sra. da Encarnação a recortarem-se no horizonte, uma nova silhueta que ficou ao nosso alcance...

Que venha a ser para o bem das novas gerações... 

2011/11/16

Uma geração traída?!...


Recebi este emocionante texto por e-mail e lembrei-me de o passar aqui...
A pensar, também, nos adolescentes de agora... e nos seus avós 
(os que já morreram e os que ainda estão vivos e lúcidos e activos, a lutar ombro a ombro com os seus filhos e netos por uma vida digna de ser vivida).


in Público de 20 de Outubro de 2011 (acabei por constatar)
@as-nunes

2011/11/15

Os tempos que aí vêm

 Hoje fotografei o Tempo com este aspecto. 
Do alto da Barreira (Lourais), em Leiria. Do lado de lá do vale do rio Lis, pode ver-se a localidade de Cortes, Sra. do Monte...
Que tempos aí vêm?


2011/11/14

O rapazito, um gato bravo




Quem diria, o «rapazito», com este seu ar de carneiro mal mortoé um gato duma bravura, que atinge, por vezes, as raias da loucura!

Sim, senhoras e senhores!

Estava-se a preparar uma chuvada das antigas, como se pode adivinhar pela foto superior, tirada aqui de cima do alto dos Lourais, na freguesia da Barreira. O que vale é que a água segue direitinha, a alta velocidade, rua abaixo, para o rio Lis.

Que não chova neste ritmo e com esta violência, como aconteceu hoje, durante muito tempo, quando não ainda o viaduto sobre o vale do Lis (IC36) acaba por ir água abaixo!

É que o rio Lis corre mansamente, romanticamente, por entre ulmeiros, salgueiros, freixos e choupos enquanto não é provocado. Quando a chuva é muita e cai forte tembém o Lis se pode tornar bruto que nem 7 carradas de mato!
@as-nunes

2011/11/12

Leiria: acessos ao IC36 em Vale de Lobos e Quinta de S. Venâncio


Rotunda Vale de Lobos/IC36-N 356-2
(clique para ampliar - lá estão: A1, A8, A17, A19; viva a fartura!)

Com a presente entrada neste meu blogue, pretendo muito prosaicamente, deixar uma nota informativa para os meus leitores poderem tentar perceber como é que, dentro em breve, vai funcionar o circuito rodoviário aqui na zona de Leiria.

É que as coisas vão ficar muito diferentes, não vai ser fácil encaixar este esquema para as pessoas se movimentarem com à vontade, aqui em Leiria, e nas suas deambulações na zona. 

Parece que se está a tornar evidente que alternativas para circular em zonas portajadas não vão faltar.

Aliás, já dou comigo a falar no Entroncamento de Leiria


Mas não quero ser demasiado repetitivo. Fiquem só a saber, desde já, olhando as placas de sinalização na via de entrada no IC36, quem sai da rotunda que fica ao pé da Quinta de S. Venâncio e na de Vale de Lobos (do outro lado do viaduto), que, seguindo aquelas indicações se pode sair do centro de Leiria (na estrada das Cortes) e ir logo direitinho para 4 auto-estradas:


A19A8A17 e a A1; aliás a intenção primeira do IC36 é ligar a A1 à A8 (por sinal vizinhas muito chegadas, sempre uma ao lado da outra).


Entretanto, reparem na desenvolvtura daquela alameda de plátanos, por dentro da Quinta de S. Venâncio, que agora vai ficar à sombrinha daquele viaduto.
E que dizer da zona florestal e agrícola da Quinta de Vale de Lobos? 


Tanto que eu ouvi falar na defesa daquela zona florestal e do Vale do Lis entre as Cortes e S. Romão, pelo menos!... 



2011/11/10

Valha-nos este bucolismo em terras do Lis e do Lena



Hoje, em dia de discussão na Assembleia da República do Orçamento do Estado Português para 2012.


Os mais desfavorecidos que paguem a crise!...
@as-nunes
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2011/11/09

Até a Lua anda aluada



O horizonte crepuscular,
 hoje, lá para as bandas do Oriente, 
a Lua, expectante, 
já nem ela pode estar descansada?
O que se passa aí em baixo, na Terra?
Andam todos aluados?!...

@as-nunes



2011/11/08

Chove no Telheiro!



É verdade. Estava no Telheiro, mas não debaixo de telha, estava dentro do carro, mal estacionado, à espera que a Zaida acabasse de fazer um depósito de euros no supermercado.


O Telheiro é uma povoação da freguesia da Barreira - Leiria, a mais povoada, com novas urbanizações, uma das quais, a de Vale de Lobos, está a constituir-se num dos mais atraentes e sofisticados conjuntos habitacionais da zona de Leiria, de cujas janelas viradas para Nascente e para o Vale do rio Lis, se usufrui um panorama majestoso, por enquanto, ainda de alguma floresta, do vale do rio Lis, dos montes da outra margem, onde se empoleiram o Vidigal, mais ao lado direito, as Cortes, subindo depois, por uma estrada ondeante, para a Sra. do Monte e lá vai seguindo aos ziguezagues até Fátima.


:: Segue-se uma resmunguice das minhas, às vezes lá calha!


A quebrar esta sinfonia de cores, está a espreitar, com olhos de lobo mau, o IC36, logo ali ao lado esquerdo de quem continua a olhar para Nascente, um viaduto monstruoso a rasgar implacavelmente a zona florestal de Vale de Lobos, o próprio Vale do Lis, mesmo na sua área de cheias históricas e incontornáveis, é tudo uma questão de meteorologia, e mais além, toda a zona florestal e de encosta que vai até aos Pousos, do outro lado do monte. 
Mais uma via rodoviária, tipo auto-estrada, que vai ter a função de ligar a A1 (Lisboa-Porto) à A8 (Lisboa-Leiria) e à A17 (continuação da A8, até Aveiro). E também à A19 ou ex-IC2.


Ou seja, há que encarreirar os automobilistas para uma de duas Auto-estradas que correm paralelamente ao longo do litoral. Concessionários para sacar o dinheiro das portagens não faltam, assim sobrevivam financeiramente os automobilistas.


Já agora, que estamos em maré de reflectir sobre a melhor maneira de gastarmos os trocados que ainda nos deixam trazer nos bolsos, como é que vai ser com a A19? (aquele lanço de autoestrada, que hoje é o IC2 e que vai servir de trampolim para uma infinidade de manobras). Vai pagar-se portagem, não vai? Ai que já estou a ouvir a resposta!
Passando a enumerá-las:
1- ligação directa para o Shopping do Engº Belmiro;
2- Idem para o Instituto Politécnico de Leiria;
(Vá lá que também vai dar para seguir por Estradas Nacionais para a Marinha Grande e para os Parceiros, sem esquecer a Barosa, claro, até porque lá, às vezes, também é necessário confirmar se chove, eheh)
3- Idem para a A8/A17;
4- Idem para o IC36;
5- Idem para a obra faraónica que é o IC9 (Nazaré - Tomar, passando aqui ao lado do IC36 e das autoestradas já enumeradas);
6- Idem para a Variante Pousos - Rotunda aérea sobre o IC2 (ou A19?), que também leva os automóveis ao colo para a A1;
7- Áreas comerciais e industriais a dar com um pau, aqui à volta de Leiria, mas onde é que está essa indústria, meu Deus?


Como se diz em latim (não somos nós, latinos?! lá se me vem à cabeça o "novo acordo ortográfico!...):
hoc opus hic, labor est
Ou nos mexemos a sério ou todo este investimento em infraestruturas rodoviárias vai servir para quê?


@as-nunes
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2011/11/06

Leiria horizontal


Leiria, fim de tarde
olhar para ocidente
alto da quinta do rei
tentação de pintar
efeitos digitais
pena não ser em tela
só sei fotografar
ao meu modo
este modo desactualizado
não sou de modas
é este o meu olhar.


ave perdida no ar
à procura de pousar
dispersamente...

@as-nunes

2011/11/04

Um desenho da minha neta Carolina

4 anitos. Jardim infantil. Adora lá andar. O desenho é uma forma natural de se expressar. É vê-la a gastar-me as folhas A4 que uso para imprimir trabalhos na impressora digital. Já desisti de lhe recomendar que não me gaste tanto papel. Com o seu ar matreiro e bonito convence-me sempre e não precisa de se aplicar muito.


Este desenho representa a avó Zaida, está tudo dito.
Também desenha o avô Tó, sem esquecer que tem de realçar o pormenor da careca.


Parece-me que tem mãos para o desenho, a cachopa. Às tantas sai à mãe, que é Designer e até já fez umas incursões pela pintura.
Porque não pintas mais telas, Ana?!...
@as-nunes

2011/11/02

Largo da Sé de Leiria: um estaleiro que se eterniza!


Por quanto tempo mais?!...
(mesmo assim, se se ampliar a fotografia, pode-se apreciar flores lilás (nesta altura do ano?!) dum jacarandá.)
-
Ao mesmo tempo (hoje). 
Os pormenores do Largo, que se mostram a seguir, talvez contrabalancem aquele desconsolo do inestético estaleiro ali especado há que tempos! 


Fotos tiradas do 2º andar do prédio da antiga "Pharmácia Paiva", o da fachada de azulejos azuis - viúva lamego - com figurações alusivas a Hipócrates, Galeno e, eventualmente, a Sócrates (uma história para contar noutra oportunidade). 
Esta fachada, que remonta aos fins do século XIX, é, talvez, conjuntamente com o Castelo de Leiria, das preciosidades de Leiria mais fotografadas pelos turistas de todo o mundo que demandam estas paragens. Como é possível ficar-se impassível face a tanta insensibilidade demonstrada pela colocação e manutenção durante tanto tempo do estaleiro de obras que lá está a deslustrar uma das principais salas de visita da cidade? 
@as-nunes

2011/10/31

Álamo Oliveira: embaixador cultural da Terceira e não só, em Alcanena


O Director da Biblioteca Municipal de Alcanena, a fazer a apresentação prévia do escritor Álamo Oliveira, que veio da Ilha Terceira para participar, a convite, na sessão de Outubro do Grupo de Poesia e Cultura em geral de Alcanena. Como se pode verificar na foto acima, a idade não conta.
Álamo Oliveira, no uso da palavra. Um estilo despretensioso mas muito objectivo e pedagógico, não só pela sua larga experiência como escritor, mas também pelo seu invejável curriculum como conferencista em vários pontos do mundo, particularmente Universidades Brasileiras e dos Estados Unidos.
Claro, falou-se principalmente de poesia. E disse-se muita poesia da sua autoria. Nesta foto, para além do autor convidado, vê-se a Vice-Presidente da Câmara Municipal de Alcanena e Joaquim Soares Duarte a dizer um poema, no seu modo peculiar e com a qualidade que se lhe reconhece.


Na recepção do hotel de Alcanena onde ficou alojado Álamo Oliveira. Luísa Soares Duarte, para praticar um pouco a área de fotografia que frequenta na Universidade Sénior da Nazaré, tirou-nos este instantâneo. Esta foto  tem uma dupla justificação: em primeiro lugar pelo gosto mútuo em ficarmos com uma recordação destes momentos e de eu também poder ficar na fotografia; em segundo lugar, porque vai permitir que a mãe da Zaida, que também é do Raminho, na ilha Terceira, dos Açores, a possa ver, nestas circunstâncias especiais.
(Esta, Álamo, já não a vou incluir no e-mail que lhe vou enviar.)
Que terço mal rezado: "Avé-Maria, cheia de graça...Quem sabe o que irão fazer agora?... Bendita sois vós entre as mulheres..."/ "E se fosses à polícia contar o que se passou? Santa Maria, Mãe de Deus..."/ "Isso nem vale a pena. A polícia quer lá saber do que se passou..." / "Rogai por nós, pecadores, agora e na hora..." / "E depois é tudo doutores que até um homem... Cobrem-se todos com a mesma manta..." / "Na hora da nossa morte..." / "Pobre Burra Preta!...Amén, Jesus." O casal Maúrça estava decidido. Mandaria matar a "burra". Ia fazê-lo com o coração amarrotado, a ternura amortalhada no frio daquela noite de novembro - mês das almas e crisântemos, dos sinos dobrados pelo choro e pelo vento. E se o Divino Espírito Santo cobrisse, com o mantão do seu silêncio, a morte de Burra Preta, tirariam uma dominga de coroação, dariam esmolas de carne aos pobres e parentes , "função" aos convidados e "brindeiras" aos inocentes.


Aqui fica um excerto do livro acima apresentado. Só para aguçar o apetite pela sua leitura. Vale a pena ampliar para ler a nota de João de Melo, pela qual se fica com a ideia precisa do conteúdo deste romance publicado em 1995. Aquele último parágrafo há-de estar sempre actualizado. 
Crise antropológica permanente em que o homem se enredou. Ou foi enredado. Por quem, podemos questionar-nos? 
Seremos capazes de, algum dia, a superarmos? Em teoria seria tão simples!...


Mais pormenores sobre esta vinda de Álamo Oliveira a Alcanena podem ser vistos no site da Biblioteca Municipal desta vila Ribatejana.


Foram momentos (a tarde de Sábado passado) muito enriquecedores dos pontos de vista cultural e humanístico.
A repetir.
@as-nunes

2011/10/29

Borboleta Papilio Machaon: em vias de extinção



Este vídeo pretende mostrar a sequência de metamorfoses por que passa a borboleta Papilio Machaon.
As fotos e o vídeo da larva foram obtidas há dias num jardim.

As da borboleta já têm 5 anos, ainda que a tenhamos visto recentemente a cirandar aqui pelo jardim.

Fizemos uma montagem em filme, este que agora se apresenta publicamente, para deixar aqui um registo que possa proporcionar a visionalização  da beleza e tamanho da lagarta (larva) que, provavelmente, dentro de poucos dias, começará a fase de se encasular em fios de seda. Após uma gestação de 45 dias surgirá a borboleta Papilio Machon
(julgamos que estamos certos na classificação desta borboleta, pelas consultas feitas, particularmente através do material disponível no blogue do amigo Augusto Mota; fonte segura pelo que conheço do meu amigo e autor deste e doutros trabalhos rigorosos de observação da Natureza).

Pelo menos já se conseguiu proporcionar uma excelente demonstração prática do quão interessante é acompanhar a vida na Natureza, nas suas mais diversas formas. O público alvo foram as crianças do Jardim-Escola dos Capuchos em Leiria. Claro, quem se incumbiu desta missão, em colaboração interessada com as professoras, foi a avó Zaida. As crianças adoraram.

A larva foi reencaminhada para a planta do jardim onde andava atarefadíssima a comer as folhas verdes e fresquinhas, com a chuva que tinha caído.
Já a voltámos a observar hoje. Lá continua a comer folhas, umas a seguir às outras. E continua a crescer. Esperemos que não demore muito tempo a encasular.
Este espécime - dizem os entendidos - está em vias de extinção.

Esperamos que apreciem este trabalho, feito com todo o entusiasmo, a pensar em como é gratificante poder partilhar conhecimentos com todos, particularmente com crianças de tão tenra idade.
Tudo o que se possa fazer para os ajudar a aprender a amar a Natureza, nunca é de mais.