2012/02/22
2012/02/21
Sol poente a nascer
Poeta, eu sou
mesmo sem saber
usar as palavras
mais apropriadas
dando a ideia
daquilo que não quero ser
nem sequer parecer
Por isso
quero declarar
que não estou a dizer
aquilo que na fotografia
deixei transparecer
Quero continuar
a lutar
a viver
sem desfalecer
Quero...
Veremos se consigo!
@as-nunes
2012/02/19
DECLARAÇÃO de hoje; e amanhã?
Este meu olhar embasbacado...na direção das Cortes e Serra da Maúnça, logo a seguir à Sra. do Monte...
Assim:
DECLARAÇÃO
Eu, abaixo
assinado, não sei o que
hei-de
declarar.
Mas posso
declarar que foi ontem que eu,
abaixo-assinado,
declarei que era hoje que
iria declarar
o que tinha de declarar.
E declaro
hoje que não sei o que declarar no dia
de hoje
enquanto amanhã não chega.
Eu
abaixo-assinado declaro que
amanhã terei
de declarar tudo o que tenho
de declarar.
Ontem teria
declarado e subscrito
o que tinha
de declarar.
E amanhã
também iria declarar
todas as
declarações do mundo se, quando
amanhã chegar,
não descobrisse que amanhã
é hoje.
Por isso é
que eu, abaixo-assinado,
declaro que
não sei declarar hoje, que é o amanhã
de ontem,
tudo o que tenho de declarar.
E eu,
abaixo-assinado, declaro solenemente
por minha
honra que só não declaro nada hoje porque
hoje é o
amanhã de ontem,
e também não
vou declarar nada amanhã porque
amanhã é o
hoje em que irei deixar para depois
de amanhã o
que tenho de declarar.
E cumpra-se
esta declaração que vou datar
de amanhã,
sabendo que só a poderei escrever
depois de
amanhã, quando ontem for o amanhã
em que a vou
adiar para ontem.
Nuno Júdice
Pp 50 “A
matéria do poema”, Ed. Dom quixote - 2008
-
Ou seja, estou a repetir-me, parece-me a mim, talvez seja altura de pensar melhor naquilo em que se está a transformar este meu "DISPERSAMENTE...", se calhar só isso, um amontoado de apontamentos dispersos mas também dispersivos, em demasia!...
Para já é esta declaração que aqui me apetece deixar hoje, logo a seguir à DECLARAÇÃO de Nuno Júdice, de forma a que me possa servir de muleta, tentando o balanceamento do passado e presente com o futuro.
Quinta do Cónego - Cortes - Leiria: vista panorâmica 1
Esta vista panorâmica é-me muito familiar, mostra-se-me todos os dias, às
mais variadas horas do dia.
Objecto principal: os terrenos e Quinta do Cónego, do lado de lá, das Cortes.
A perspectiva alcança um ângulo relativamente grande, não porque tenha
usado uma grande angular, mas porque do lado de cá, da Barreira, uso uma
objectiva 70-300 mm da marca Sigma ou uma máquina(2) Canon Power Shot Sx30 IS.
Vou passar a mostrar aqui a evolução da Natureza observada desta varanda.
Este vai ser o primeiro quadro desta série de 2012:
17 de Fevereiro de 2012
16h38m
Máquina (2)
Abertura: 6.17
f/5.6
2012/02/17
Leiria - Fátima pela EN 356; o IC9, mimosas, Reguengo do Fetal, cruzeiro
Ao entrar na povoação de Reguengo do Fetal, abrandei e captei esta perspectiva estonteante, uma acácia mimosa em todo o seu esplendor, ao fundo uma das muitas torres eólicas plantadas no cimo do montes sobranceiros à povoação, integrantes do conjunto da Serra d´Aire e Candeeiros.
O viaduto do IC9 a sobrevoar o Vale do Freixo, pouco antes de se chegar a Reguengo do Fetal. Perspectiva desde a subida íngreme, encosta acima, até se chegar à Cruz Quebrada. Olha-se para poente, a vista é de uma amplidão de 180 graus, simplesmente celestial.
Do mesmo local da foto anterior pode admirar-se o casario entrelaçado no verde dos campos e da floresta, do Reguengo do Fetal.
Este cruzeiro, ao cimo da EN 356 sobranceira à freguesia do Reguengo, lá ao fundo do vale, foi mandado construir pelos habitantes desta autarquia, há muito tempo atrás, há-de ter sido depois das primeiras aparições de Fátima.
Ao longo da maior parte das estradas secundárias de acesso ao Santuário de Fátima vêem-se muitos cruzeiros evocativos a N. Sra. de Fátima, mais recentes e com menos arrebiques artísticos, assinalando que se vai pelo caminho certo para o sítio onde se venera com muito fervor a aparição da Virgem Maria, um dos pilares míticos da religião católica.
Este é um dos percursos que faço com alguma frequência, o da ligação de Leiria a Fátima, pela Estrada Nacional 356, mais precisamente, passando pelo Alqueidão das Cortes, Amoreiras,Vale do Freixo (Aqui um viaduto do IC9 atravessa a estrada), Reguengo do Fetal, Vale da Seta, Vale de Ourém, S. Mamede (rotunda de Vale de Ourém), Fátima.
Este percurso, como a maior parte dos que decorrem nas antigas estradas nacionais, é duma beleza sem par, povoações antigas com muita história, paisagens rurais lindíssimas, vistas panorâmicas fabulosas.
Toda esta zona é dotada de uma beleza muito intensa, diria mesmo, mística até, daí não ser de espantar que tenha sido escolhida para que vários factores esotéricos se tenham conjugado de forma a que Nª. Senhora. tenha aparecido aos "pastorinhos" e, através deles, se tenha revelado às multidões que, a partir de então, começaram a afluir à zona onde ainda hoje se pode observar a azinheira sagrada no Santuário de Fátima.
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2012/02/15
Leiria em fragmentos e momentos
Estava eu estacionado, dentro do carro, eis que aqui mesmo à frente do pára-brisas, este melro apareceu, em ligeiras corridas descontraídas...em plena cidade, com as pessoas por perto.
2012/02/14
2012/02/13
Viva o 13 de Fevereiro!
Durante o dia, esta camélia, belíssima, retratei-a eu no meu jardim, talvez um pouco desfavorecida pelos frios intensos que se têm feito sentir...
Esta vista panorâmica é uma das minhas companhias diárias...
E não me podia esquecer de fazer referência ao 1º "Dia Mundial da Rádio" instituído pela UNESCO, ou não fosse eu radioamador desde 1980 (CT1CIR).
65 anos da colheita de 1947, concentração à média luz, um filme a correr, suspense!...
(foto da Maria Inês Nunes)
(foto da Maria Inês Nunes)
Tínhamos reservado uma festarola de arromba no Hotel Cinco Estrelas, mas acabámos por ficar em casa, em família...
(foto da Maria Inês Nunes)
Mas valeu a pena, ora digam lá que não.
A diferença de idades correspondente a três gerações, sendo que a mais idosa tem 93 anos e a mais novinha 4.
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2012/02/12
Porque amanhã é 13 de Fevereiro!...
Se eu morasse aqui nesta povoação, ali mesmo ao lado do santuário de Fátima, se calhar nem comprava relógio de pulso. Claro, teria que passar o meu tempo por ali perto, aliás bancos públicos para repousar e local etéreo para dormitar sobre o que o pensamento discorre continuamente, qual marioneta comandada por um fio impercetível, é o que mais há naquelas redondezas.
Ora então vamos ao que me trouxe aqui, agora, muito prosaicamente, que já tenho o cérebro cansado de tanto pensar, vejam lá que até já faço parte de um clube dos pensadores, cujo blogue frequento com assiduidade, mas matamo-nos a apregoar as maleitas deste mundo e do nosso país, e a vida, traiçoeira, sádica, demoníaca, dinheiro como objetivo máximo, continua na mesma.
O Homem não tem emenda. Será que algum dia conseguirá mudar de rumo, tornar a vida mais fácil para todos, promovendo uma vida efetivamente comunitária?
Então:
O Sol, que até abunda neste país extremo Oeste da Europa, proporciona um dos melhores e mais eficazes relógios do planeta. Esta fotografia foi tirada eram para aí umas x horas - y minutos, seguia eu de carro, parei e virei-me para Nascente.
Dado que estamos em meados de Fevereiro, mais minuto menos minuto, que horas seriam?
Eu cá tenho uma referência importante e, portanto, até nem tinha grande dificuldade em precisar a hora local exata, mas deixo-vos aqui este desafio.
Que horas seriam quando eu, sempre aluado a ver imagens encaixilhadas, me decidi a tirar mais uma das milhares de fotografias que já tenho no meu currículo de eterno amador, fotografia de ocasião do que me vai ocorrendo?...
E esta hem?
Olha como o Fernando Peça também veio à baila!...
-
Daqui a umas horas farei xx anos, diz que nasci em 1947, portanto...
Sexagenário oficialmente assumido, que remédio!
O Tempo bem pergunta ao tempo quanto tempo o Tempo tem, mas o tempo não tem resposta, limita-se a prosseguir a sua marcha, indiferente, qual sombra a acompanhar as evoluções do Sol, sem apelo nem agravo!...
-
nota:
Continuo a arriscar-me a escrever segundo o Novo Acordo Ortográfico
(penso eu que sei algumas regras básicas, que as de mais pormenor ainda não as assimilei, nem sei mesmo se as mais elementares já as consigo usar com rigor; é que estou mesmo sem pachorra nenhuma para ler com olhos atentos os livros que comprei sobre a matéria. E os filólogos, Deus meu, quem os atura, com carradas de razão para se insurgirem contra este "atentado à Língua Portuguesa"?...)
Afinal alguém me sabe dizer se o tão propalado (des)Acordo Ortográfico sempre vai avante ou não?!...
2012/02/11
Mimosas à vista!
O tempo está esquisito. Parece que as estatísticas garantem que há mais de 80 anos que não havia um mês de Janeiro tão seco como o que decorre no presente ano de 2012.
Já se aventa a necessidade de recorrer a Bruxelas para pedir ajuda para socorrer os agricultores portugueses dependentes da parca produção que ainda se processa em Portugal. Aliás, em Espanha o problema também é o mesmo. Como se já não bastasse estarmos no mesmo barco da pré-falência financeira, eis que mais um problema sério atinge a Península Ibérica.
Apesar de tudo as acácias mimosas aí estão, no tempo certo, como que a querer demonstrar que os ciclos vitais da Natureza se renovam, independentemente da vontade do Homem.
Esta perspectiva fotográfica, de hoje, foi captada da Rua Ramalho Ortigão(*)
(novo traçado, ainda em terra batida, ao lado da rotunda de Vale de Lobos/N 356-2 Leiria-Cortes-Fátima e do acesso ao IC36, sentido Pousos-Alto Vieiro).
-
(*)
Nem de propósito: chegou-me às mãos o livro (1724-AZ-Biblioteca) "Portugal - a terra e o homem", antologia de textos de escritores dos séculos xix - xx , por Vitorino Nemésio, ed. da Fundação Calouste Gulbenkian, 1978, impresso na tip. Guerra - Viseu, em que a propósito de Ramalho Ortigão se escreve, a dado trecho:
"Ramalho prega a necessidade de o Português aceitar os seus limites, aprendendo «lá fora» o indispensável para uma técnica do «cá dentro». Não o preocupa, como a Oliveira Martins, definir o génio nacional incarnado na história, mas recensear as coisas pátrias e diagnosticar os pequenos e grandes males do homem que vive delas." (p. 63) foto da Net
-
(*)
Nem de propósito: chegou-me às mãos o livro (1724-AZ-Biblioteca) "Portugal - a terra e o homem", antologia de textos de escritores dos séculos xix - xx , por Vitorino Nemésio, ed. da Fundação Calouste Gulbenkian, 1978, impresso na tip. Guerra - Viseu, em que a propósito de Ramalho Ortigão se escreve, a dado trecho:
"Ramalho prega a necessidade de o Português aceitar os seus limites, aprendendo «lá fora» o indispensável para uma técnica do «cá dentro». Não o preocupa, como a Oliveira Martins, definir o génio nacional incarnado na história, mas recensear as coisas pátrias e diagnosticar os pequenos e grandes males do homem que vive delas." (p. 63) foto da Net
Talvez nos possamos especializar a lavar e secar a roupa dos Alemães
(v. comentários)
@as-nunes
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Vitorino Nemésio
2012/02/09
2012/02/07
O Tempo às avessas
O PÃO DO TEMPO
Diziam-me
que amanhã seria o primeiro dia
depois
de amanhã em que não seria preciso
pensar
no que há para fazer, nem em fazer
o
que há para pensar. Deixei correr o tempo; e
as
coisas avançaram sem que amanhã chegasse,
e
sem que depois de amanhã me pudesse
lembrar
que tinha de pensar no que havia
para
fazer. Juntei todas as coisas no alguidar
do
poema, onde a massa dos instantes
fermentava.
O que eu tinha de fazer
era
metê-la no forno da eternidade,
depois
de bem amassada; mas esqueci-me,
e
quando voltei ao poema
a
eternidade estava cheia de um musgo feito
das
horas e minutos que eu perdera a pensar
noutras
coisas. Ainda espreitei o forno:
mas
a lenha ardera até se transformar em
cinza,
e em fumo efémero dissipava-se
no
céu estranho desta memória de amanhã.
Nuno Júdice
p. 76 – A matéria do poema
Ed. Dom Quixote - 2008
Tratamento digital sobre fotografia
à Lua em quarto crescente, madrugada gélida
de Fevereiro de 2012, Chainça - Fátima,
através do tronco e ramos dum Lódão.
A ansiedade do momento na Grécia,
em Portugal e...
é muita.
Como calar esta nossa expectativa?
Deixem-nos, ao menos,
desabafar!
2012/02/06
Quinta Vale de Lobos - Leiria
Em 12 de Maio de 2009 - Quinta Vale de Lobos, Leiria, andava o autor deste blogue envolvido numa missão a que se propôs a si próprio, que era indagar das quintas à volta da urbe Leiriense que, durante séculos, serviram de residência a algumas famílias ilustres e eram utilizadas como unidades de produção agrícola para abastecimento da cidade. Foi à volta destas quintas que nasceram muitas das povoações rurais que hoje existem dado que nelas trabalharam e viviam muitas famílias.
Uma dessas quintas é a Quinta Vale de Lobos. Estas fotos são agora aqui publicadas como forma de perpetuar a sua memória e do quanto era valioso preservar toda a mancha florestal daquela zona.
1- Toda esta área (dotada de excepcionais qualidades agrícolas no vale do Lis) está integrada numa dita zona florestal dentro do PDM de Leiria (3);
2- Precisamente nesta área, com uma mancha inalienável de carvalhos e sobreiros, acabou por ser construído o IC36, com um viaduto monstruoso sobre o vale do Lis e uma rotunda de acesso (que acabou por condicionar quer esta quinta quer a de S. Venâncio).
De acrescentar que a Rua Ramalho Ortigão (**), de que já vos deixei aqui nota (pesquisar neste blogue em "ramalho ortigão"), inicialmente com um traçado rústico, bordejada por belos exemplares de Quercus Robur, foi desviada e deslocalizada para uma área paralela ao acesso da rotunda para o IC36 para proporcionar o encaminhamento para as A1, A8, A17, A19, IC2, Zona Comercial dos Parceiros (Leiria Shopping) e do Alto Vieiro até à Azoia e Vale Gracioso.
Para quem esteja menos informado, o IC36 é uma estrutura de Autoestrada, que vai do Alto Vieiro até aos Pousos e que teve como finalidade essencial servir os interesses das concessionárias das autoestradas A1 e A8/A17 e a própria A19 (como tal sujeitas a pagamento de portagens).
Esta obra monumental deve ter custado uma fortuna colossal e tem a extensão de cerca de 4 quilómetros. Posso garantir-vos que as várias interligações com rotundas e mais rotundas, têm provocado imensas confusões aos automobolistas, já que, ao mínimo descuido, são encaminhados sem possibilidade de correção, para uma dessas autoestradas, quando, muitas vezes, se pretende unicamente utilizar este itinerário para encurtar caminho à volta da cidade de Leiria.
------------
(**) Em próximo registo espero poder contar-vos a rocambolesca história da Rua Ramalho Ortigão, em Leiria, na zona de Vale de Lobos. (entre Leiria e Cortes)
(3) Convém frisar que, no momento em que se publica esta nota, o autor não garante que o PDM, no que a esta questão respeita, tenha ficado inalterado.
-
(Estou a tentar seguir o Novo Acordo Ortográfico)
@as-nunes
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2012/02/04
Não se andará a cortar árvores de mais, para vender como lenha?
Comprei 1.000 kg de lenha a O,13€ kg. A carrada vinha com sobreiro, azinho e oliveira. Diz que o azinho faz uma boa chama e dura mais tempo a arder. Assim parece, de facto.
Estive um pouco à conversa com o snr. A..., que me deu uma lição sobre os vários tipos de lenha que se usa nas lareiras de Portugal e a sua origem (indeterminada, que os fornecedores dizem que vem dos sítios mais diversos, muita do Alentejo, e que são provenientes de árvores velhas e carcomidas pelo tempo). Entretanto, vai adiantando que no que respeita às oliveiras, as centenárias - autênticos monumentos vivos, alguns que vamos admirando em rotundas de Leiria e outras cidades - estão a ser arrancadas a esmo e a serem substituídas por espécies próprias para produção intensiva de azeitona para curtir e para azeite (passou a ser todo "extra"?!).
E com isto tudo o ecossistema desta orla atlântica e mediterrânica vai-se modificando (destruindo, talvez seja o termo mais adequado) inapelavelmente.
E com isto tudo o ecossistema desta orla atlântica e mediterrânica vai-se modificando (destruindo, talvez seja o termo mais adequado) inapelavelmente.
Quanto ao azinho (azinheira), o seu abate está proibido. E o sobreiro (sobro ou chaparro) também é uma árvore protegida.
De modo que se fica com a sensação de que se estão a cortar árvores protegidas, aparentemente em bom estado vegetativo, para vender como lenha...
Que controlo é que se faz, de facto, sobre a forma como se está a gerir a floresta e a boa ordenação das espécies arbóreas existentes em Portugal?
Bem sabemos a resposta: salve-se quem puder!...
Até quando?!...
-
nota:
azinho: azinheira (Quercus ilex)
2012/02/03
O raiar poético de uma sexta feira gélida
Olá, Bom Dia… Boa Tarde… ou Boa
Noite…
Salve, quem quer que seja, onde quer que esteja!
Paz e Solidariedade.
Hoje levantei-me ao nascer do Sol... a vida é bela, não demos cabo dela!
AMANHECER BRANCO
Adivinho esta construção:
uma cúpula
que abriga o mundo. E o
mundo roda sobre
si próprio, fechando o
círculo dos instantes
no centro da eternidade.
Ponho esta cúpula no cume
de um monte. O dia nasce,
derramando na esfera
de vidro o líquido luminoso
da madrugada,
com o brilho puro de um
seio.
E bebo esta luz, num
desejo ébrio
de nascente, ouvindo os
primeiros pássaros
soltarem-se da noite com
o canto côncavo
com que acordam o dia.
Nuno Júdice
In “A matéria do poema”
2012/02/01
Gravetos contra o frio em Portugal
Em plena cidade de Leiria...
Segundo
as últimas notícias, o frio a valer, frio polar, temperaturas que vão descer
abaixo de zero – e bastante – mesmo em Portugal, este belo país de brandos
costumes e brando clima, está aí à porta. De todos nós.
Só
que mais de uns do que de outros!...
2012/01/31
Voando sobre o vale do Lis
De vez em quando dá-me para isto.
Talvez tenha passado ao lado duma carreira que eu havia de ter
adorado: repórter profissional, fotojornalista, talvez!
Afinal acabei por ser professor, profissional de contabilidade e
gestão de empresas, toc, autarca, para além de militante político,
dirigente associativo, pescador desportivo (de rio e de mar), caçador
desportivo, futebolista, radioamador, amante da informática, internet,
webmaster (desde os anos 90), bloguista (desde 2005), escritor de ocasião
(jornais, revistas, dois livros, muitas experiências e ideias na gaveta e nos
papéis espalhados por tudo quanto é sítio, garagem incluída), dezenas de
milhares de fotografias e muitos filmes desde o 8 mm, instalador e manutenção
de antenas de rádio comunicação (chegaram mesmo a confundir-me com o zé do
telhado), jardineiro, hortelão, etc. etc.
Sempre superiormente enquadrado por uma família do melhor que há
no mundo...pais, mulher (comunhão geral), filhos, netos, irmãos, sobrinhos...
É assim a vida!...
É assim a vida!...
@as-nunes
2012/01/30
2012/01/29
A poesia é a vida e meio de intervenção cívica
"Tentei, porém nada fiz...
Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais..."
Cecília Meireles
Zabeleta, poeta e fadista e Óscar Martins (Dr.), Diretor da Biblioteca no decorrer do 1º encontro de Poetas de 2012.
A Biblioteca tem vindo a disponibilizar aos participantes uma brochura alusiva a cada autor estudado, de grande utilidade pedagógica.
-
Ao regressarmos a casa a poesia continuava à nossa espera...
A ema e o ivo
nota:
- Também pode ter interesse em apreciar as entradas (3) anteriores
- Pode-se ver um vídeo com um poema de intervenção cívica de Rafael de Castro, um dos poetas do Grupo de Alcanena, (gravação feita pelo autor do blogue fora das instalações da Biblioteca)
2012/01/28
À espera de transporte...para a outra margem?!
Quem serás tu, amigo?
Na quinta da rampa, canas de milho por cortar, ao fundo renques de árvores a bordejar o rio Lis, quase sem água...
Na Rotunda Rotária (a do McDonalds) e à volta - Leiria
Estacionei o pópó, ia meter gasoil (gasóleo), puxei da máquina fotográfica...
Esperemos o embarque, irmão.
Chegamos sem esperança,
só com relíquias de séculos
na palma da mão.
Pela terra endurecida,
não há campo que aproveite.
Mesmo os rios vão morrendo
pela solidão.
Não sofras por ter vindo.
Alguém nos mandou de longe
para ver como ficava
um rosto humano banhado
de desilusão.
Olhemos esses desertos
onde é impossível deixar-se
mesmo o coração.
Ah, guardemos nossos olhos
duráveis como as estrelas
e seguramente secos
como as pedras do chão.
Iremos a outros lugares,
onde talvez haja tempo,
misericórdia, viventes,
amor, ocasião.
Cecília Meireles
(Tenho andado a ler poesia de Cecília Meireles... até logo, companheiros de Alcanena!)
@as-nunes
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