2007/07/18
2007/07/17
Contributos para a monografia do jardim do Solar do Visconde da Barreira-Leiria
Sou membro da Assembleia de Freguesia da Barreira - Leiria. No mandato anterior fui membro do executivo da Junta.
Plano de ordenamento do bosque do Jardim do Solar do Visconde da Barreira
Como é do domínio público, os princípios orientadores da política florestal, estão definidos na Lei de Bases da Política Florestal, aprovada pela Lei nº 33/96, de 17 de Agosto.
O ordenamento e gestão florestal fazem-se através de planos regionais de ordenamento florestal (PROF) que, envolvendo os agentes económicos e as populações directamente interessadas, têm em vista o estabelecimento de estratégias consensuais de gestão e utilização dos espaços florestais.
O exemplo mais recente dum PROF é o da Área Metropolitana de Lisboa (PROF AML).
Para além da “Função de produção” dos espaços florestais tendo em vista a sua contribuição para o bem estar material das sociedades rurais e urbanas, é determinante ter em consideração um outro, talvez o mais importante sob o ponto de vista ambiental e de qualidade de vida do Homem, a “função de recreio, enquadramento e estética da paisagem” ou seja, o contributo dos espaços florestais para o bem estar físico, psíquico, espiritual e social dos cidadãos.
É aqui que poderemos e deveremos, na nossa freguesia, olhar com a maior atenção possível para o nosso principal ex-libris, o Jardim do Solar do Visconde da Barreira.
Convém, nesta oportunidade, chamar a atenção para o facto de, no recente Decreto regulamentar nº 15/2006 do MADRP, se dar especial ênfase à obrigação de elaboração de PGF de perímetros florestais específicos, tais como, por exemplo:
- Parque Florestal de Monsanto;
- Quintas e Parques de Lisboa;
- Outros e variados como Tapadas, Jardins, Parques, Matas e Reservas.
É certo que este PROF não tem aplicação a Leiria, mas com certeza que irá servir de modelo para outros PROF que irão ser implementados pelo país fora.
Nesta perspectiva, e independentemente de outras iniciativas que devam ser tomadas no âmbito do enquadramento legal já em vigor, proponho que se promova tão rápido quanto possível, um levantamento rigoroso e pormenorizado das espécies arbóreas existentes e dos equipamentos já instalados e a instalar no Jardim do Solar do Visconde da Barreira, em particular, de toda a freguesia em geral, tendo em vista a publicação e divulgação dum Atlas das Árvores e plantas e, em consequência, uma resenha histórica e de promoção turística deste espaço privilegiado da nossa freguesia, ela própria, no seu conjunto, um dos melhores miradouros da nossa zona, dada a sua localização em termos de ambiente, floresta e paisagens deslumbrantes.
Barreira e Assembleia de Freguesia, em 20 de Outubro de 2006
António Almeida Santos Nunes
http://dispersamente.blogspot.com/2006/10/jardim-do-solar-do-visconde-da.html
Arte por um Canudo 2 disse...
Lugar de encanto. Belíssimo. Só de pensar que em pleno Verão se pode usufruir dum espaço desses. A Junta de freguesia tem muita sorte por poder usufruir de um espaço desses para momentos culturais e de lazer. Quem dera que a da minha terra tivesse um espaço assim. Bom Domingo. Abraço
Domingo, 15 Outubro, 2006
asn disse...
Olá Agostinho, ilustre Secretário da Junta de Freguesia de Parada de Gonta.Pois é assim. Este jardim tem uma longa e muito histórico/romântica história para ser contada. Tem árvores centenárias, algumas já a ficar velhinhas, caquéticas e até carcomidas pelo tempo.Só espero que não se lembrem de as transformar em lenha para queimar à lareira ou para fabricar móveis.Há que ter fé na seriedade e sensibilidade dos homens, não é, caro amigo? Recebe um grande abraço
António
Domingo, 15 Outubro, 2006
2007/07/14
Eucaliptos em Leiria
Estava a dar uma vista de olhos nas fotos armazenadas (por ordem cronológica) no meu computador quando dei com o eucalipto (1). Ao ampliar a foto reparei nos pormenores daquela árvore e fiquei na dúvida se será também um Corymbia ficifolia(*), como penso que não haverá dúvidas quanto à classificação do eucalipto-de-flor-vermelha (2). É que o (1) também tem flores vermelhas e os frutos são muito semelhantes, só que já estava em flor em Janeiro de 2007 enquanto que o (2) só entrou em inflorescência em Junho de 2007 e apresenta-se, à minha observação de leigo, com hábito e raminhos de flores diferentes.
A minha interrogação: Como classificar as árvores (1) e (2a)?
Quem me pode ajudar?
Nunca é tarde demais
2007/07/13
Largo da Sé em Leiria
2007/07/11
Ainda as 7 maravilhas
Não, não vou falar das 7 velhas maravilhas do Mundo. Nem tão-pouco das novas 7 maravilhas do Mundo. Nem das 7 maravilhas de Portugal. Talvez até nem vá falar de maravilha nenhuma…
Vou apenas contar uma estória em dois actos.
Primeiro Acto:
A estória começa em Julho do ano passado: mês 7. Aconteceu haver necessidade de substituir canos de escoamento das caleiras do prédio do Largo da Sé, nº 7. Depois de várias diligências junto dos serviços camarários (terão sido 7???) foi autorizada tão importante obra, a cujo processo, veja-se, foi atribuído o nº 707. E, coincidência, o número de referência do ofício em que se comunicava o deferimento da obra, começava por 7 e acabava em 7: 7297 (engraçado: 7+2 são 9… cá está sempre o 7 – à vista ou disfarçado…).
No tal ofício eram mencionadas as condições a cumprir rigorosamente. Dizia o ponto 7: “Colocar tapumes e resguardos (até 2 m) à volta da zona ocupada, os quais deverão ser enquadrados esteticamente com a zona envolvente.”
Segundo Acto:
Em Julho – mês 7 – de 2007, notei que procediam a uma “perfuração” no Largo da Sé. Até pensei que talvez houvesse petróleo por aqueles lados, o que seria uma maravilha! Talvez a 7ª elevada à 7ª potência!...
Mas não! O buraco foi cheio de cimento e nele colocado, veja-se, um painel publicitário! Moderno, apelativo, um autêntico candidato a 7ª maravilha!
Enquadrado esteticamente com a zona envolvente?
Que as 9 (7+2) Musas valham a quem teve tal ideia!
Zaida Paiva Nunes
Leiria - Portugal
(clic para ampliar)
2007/07/10
Ainda a propósito de TORGA e de Leiria
2007/07/07
TORGA
Vamos lá a falar, mais uma vez, de Miguel Torga. Até para não esquecermos que se está a comemorar, durante o corrente ano, o Centenário do seu Nascimento.
Há dias estávamos nós, os membros do ELOS Clube de Leiria, em jantar/reunião, eis que, inevitavelmente, veio à conversa este tema. Andamos em preparativos para se efectivar uma sessão de homenagem a este nosso grande escritor, que também foi médico, o Dr. Adolfo Rocha. Mais pormenores sobre esta sessão, que irá ter lugar em Leiria, muito proximamente, serão brevemente divulgados, quer neste sítio quer no sítio do próprio Elos Clube.
A propósito, ocorreu-me que em 2004, integrado na colecção "25 Poemas" da Ed. Folheto, foi dado à estampa o livro "De Leiria partidos - Em mim presentes" de Arménio Vasconcelos.(*)
Escreve o autor na sua introdução ao livro: ..."Os que chamamos a este livro são alguns dentre os que tiveram a ver com Leiria; e que nós vemos como a Leiria ligados, de um modo mais ou menos estreito."...
Um dos poemas insertos neste livro evoca "Miguel Torga". Permito-me, com a devida vénia, transcrevê-lo:
.
Meu Gigante
Fui parido na Montanha
Num casulo entre horizontes
De altas cumeeiras
Nevadas.
Pinchei sobre fragas e penedos.
Tomei o gosto da carqueja
Do tojo, da urze, da giesta.
Bebi a água cantante
Dos córregos e das
Levadas.
Vagueei por outros mundos.
Por longínquos horizontes.
Mas certo é ser nestes montes,
De granito,
De xisto,
Que existo.
E quando medito,
Homem,
Português
E vagabundo:
Vejo-te, Torga,
Do tamanho do Mundo.
2007/07/06
Eucalipto-de-flor-vermelha
Eucalipto-de-flor-vermelha, Corymbia ficifolia
Espécime existente no jardim da Escola Secundária Domingos Sequeira, em Leiria, é o mais espectacular de todos os eucaliptos floridos.
Produz grandes feixes de flores escarlates a alaranjadas, no fim da Primavera e no Verão. Os frutos que se seguem são de tamanho assinalável e assumem a forma de um barril incompleto. Pode-se observar este pormenor por ampliação da foto da esquerda ou a do post anterior e já referido.
Cresce até 9 metros.
Há uns meses atrás fotografei-a, ainda não estava em flor.
Fui professor nesta escola de 1966 a 1968 e não me lembro de, nesse tempo, ter dado por esta árvore. É provável que não me tivesse apercebido da sua beleza, dado que, nesse tempo, íamos de férias em princípios de Julho e só retomávamos o serviço em Outubro. Entretanto, não posso precisar qual a sua idade. É que já passaram 40 anos!
2007/07/04
Pela estrada plana toc, toc, toc...(*)
Como TOC dirigi-me, hoje, logo pela manhãzinha, estrada fora, Leiria, Curvachia, Chainça, Santa Catarina da Serra - não, não me apeteceu ir pela A1 - até que estacionei num enorme parque junto ao Centro Apostólico Paulo VI - Fátima, em cujo Auditório, teve lugar mais uma acção de formação eventual promovida pela nossa Câmara, a CTOC. Íamos tratar de assuntos técnicos e de estudo de legislação recente abordando temas como:
. Segurança Social:
- Lei de Bases da Segurança Social;
- Protecção Social no Desemprego;
- Reforma por Invalidez e Velhice;
. Alterações ao Código do Iva:
- Regras especiais de tributação de desperdícios, resíduos e sucatas recicláveis;
- Regimes de renúncia à isenção do IVA nas operações relativas a bens imóveis;
- Serviços de construção civil, incluindo a remodelação, reparação, manutenção, conservação e demolição de bens imóveis, em regime de empreitada e subempreitada.
Estivémos por lá, de volta destes assuntos, todo o santo dia!...
Entretanto, poder-se-á perguntar, mas o que é que as flores da berma daquela estrada têm a ver com um assunto tão sério?
Nem eu sei. Tudo e nada...
2007/07/03
IC2 - da ponte Marinheiros-Marrazes
Não seria mais coerente usar simplesmente a palavra "reunião"? Ou será que temos que fingir a sério que estamos ao leme da União Europeia?
Associações de ideias ao sabor da corrente contínua do pensamento...
2007/07/02
IC2 - caos em Leiria
2007/07/01
Por terras d´Algodres
Na sequência do casamento duma minha sobrinha, na Igreja de S. Tiago de Belmonte, mesmo ao lado do panteão dos Cabrais, no qual estão depositados restos mortuários de Pedro Álvares Cabral(*), acabámos por, hoje (dia seguinte), na companhia do amigo-guia e bloguista Al Cardoso, participar do III Encontro de Gastronomia de Muxagata, ali perto, para os lados de Fornos de Algodres.
O local do encontro, lugar ermo, serrano, como não podia deixar de o ser, tem uma ermida dedicada a Nª Senhora dos Milagres. Estava organizado em moldes muito típicos, comeu-se e bebeu-se segundo os sabores e cozinhados tradicionais, ao ar livre, em contacto directo com a Natureza e as crenças religiosas da região.
Aproveitei para visitar a capela, de cujo interior, através dos vidros da janela da zona do coro, tirei uma das fotos, aqui apresentadas. Por curiosidade, também fotografei uma perspectiva da dita capela, em primeiro plano uma árvore igual às que, há uma década, foram arrancadas do Largo da Sé, em Leiria (ainda hoje não me conformo com essa decisão arbitrária tomada pela Câmara Municipal da altura).
Não me alongo em mais pormenores sobre este festival porque sei que, quer o alcardoso, quer o arqueologomoura, se lhe vão referir e ao seu contexto histórico, com muito mais propriedade da que eu seria capaz de lhe transmitir.
2007/06/29
asn - hoje
DECÁLOGO de BOAS MANEIRAS
2007/06/28
Magnólia grandiflora - Cortes - Leiria
A localidade das Cortes tem uma história muito rica e entrelaçada com factos e personalidades de alto relevo, não só na vida de Leiria, mas também de repercussão nacional (Afonso Lopes Vieira, João Soares (pai de Mário Soares), Casa-Museu do mesmo nome e outros).Nesta oportunidade estou a cingir-me às árvores típicas desta localidade, monumentais, bem se pode dizer. Aquela que agora se mostra é uma magnólia grandiflora com as suas belas e alvas flores tão características. Esta árvore encontra-se no mesmo pátio da pimenteira bastarda do post anterior.
-
"O gosto pela floricultura tem-se desenvolvido muito; mas para progredir, é necessário saber o verdadeiro nome das plantas. A colocação das etiquetas nas plantas dos jardins públicos são lições práticas de botânica e o melhor método para vulgarizar os seus nomes.» (Jornal de Horticultura Prática, Vol. XIII, Abril 1882, p. 79)". Refª recolhida do dias-com-arvores
Estas lições práticas são sempre actuais. Não nos podemos esquecer que muitos de nós não temos os conhecimentos básicos de botânica para poder identificar sem ajuda, uma planta vulgar, muito menos plantas e árvores exóticas colocadas em jardins e outras zonas públicas. O problema é que, por mais que se insista, parece que é uma operação complicadíssima colocar estas placas. Porque será? Não há botânicos disponíveis? Não há dinheiro?
Claro que esta observação é extensiva a variadíssimos jardins da zona de Leiria. Por exemplo: Jardim Luís de Camões (cidade); Jardim do Solar do Visconde da Barreira (uma preciosidade parece que escondida); as variadíssimas árvores plantadas nos passeios e separadores das ruas e avenidas de Leiria e tantos outros casos.
2007/06/26
Árvores monumentais - Pimenteira
Esta pimenteira bastarda encontra-se na localidade de Cortes, em Leiria.
É muito idosa e dizem os antigos que, àcerca e à volta desta árvore, muitas histórias se podem contar. Vamos lá a ver se consigo que alguém se disponha a puxar o fio à meada!...Apresentei-a há um ano, aqui neste blogue. Nessa altura nem sequer sabia o seu nome.
Existem vários exemplares deste tipo de árvore nos jardins, rotundas, largos e ruas de Leiria.
Há dias fotografei uma outra, também já com bastantes anos, no Jardim Luís de Camões. Esta, para além da floração já tem frutos, vermelhos, como se fossem bagas de pimenta.
2007/06/25
Hoje, ao começo da tarde, no Largo da Sé, Leiria. Uma viatura da Câmara, em serviço. A pessoa que está sentada num banco público era suposto estar à sombra duma jacarandá. O lugar dessa árvore é bem visível no chão. Ninguém da responsabilidade das áreas verdes da cidade se incomodou que ela tivesse vingado ou não.
Só mais um reparozito: será que é verdade que vão colocar, no meio do Largo da Sé, um painel fixo de publicidade? Mesmo que seja para efeitos de informação turística não se consegue perceber como é que alguém se terá lembrado de tal diatribe. No meio do Largo da Sé? Mesmo ao pé dos pinos de separação da zona pedonal e da zona de circulação automóvel condicionada(?!).
Ele há coisas que não lembra ao diabo.