2011/12/19

Sentido obrigatório


Estamos quase a entrar no Inverno de calendário. Margem esquerda do rio Lis, em Leiria, na zona do Arrabalde, junto à Piscina Municipal.
Não resisti a tirar esta foto, por um lado, para mostrar o aprazível circuito de manutenção dos cidadãos, construído ao abrigo do programa Polis (há 6 anos, mais ou menos), por outro, pela curiosidade de ter apanhado em flagrante delito um ciclista.
É que os sinais indicam que devia virar à esquerda, mas o senhor seguiu em frente, pela mesma via dos peões. Diga-se, em abono da verdade, que nem sei mesmo se algum dos ciclistas que por ali passeiam, reparará sequer naquele sinal de advertência/trânsito.

O que é que acham? Se um polícia, daqueles que andam de caderninho na mão, todos pressurosos, a fiscalizar veículo a veículo, os automóveis com tickets fora de tempo ou mesmo sem eles nos variadíssimos locais de estacionamento, pagos ao cronómetro, na cidade, observassem esta manobra, multavam o ciclista?

Não me parece, o alvo está bem definido. O automobilista é uma das principais fontes de receita para o Orçamento da Câmara e do Estado em geral. 
@asnunes

2011/12/16

Um diálogo permanente com o Universo



...
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação


António Ramos Rosa - em 1961
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Ele quer levar essa descida ao extremo limite da integração cósmica (embora, como dissemos, acabe por integrar o cósmico na sua atmosfera pessoal), ao máximo de comunhão entre Corpo e Terra, para se sentir despojado, longe da cadeia do mundo convencional, livre, enfim (até onde essa liberdade lhe é possível...).
(in Ensaio de João Rui de Sousa sobre António Ramos Rosa no nº 1 da Revista bandarra - Primavera 1961)
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                   em dia de 7º aniversário deste blogue.            
@asnunes

2011/12/11

DISPERSAMENTE: Índice analítico (Anotações) - Demolição da Capela das Chãs

http://dispersamente.blogspot.com/2010/06/capela-das-chas-regueira-de-pontes.html (c)
http://dentrodetioleiria.blogspot.com/2010/07/chas-capela-propriamente-dita-e-um.html

Estou a consultar a edição desta data do livro "Couseiro"(b)
Numa vista rápida encontrei, inesperadamente, referências à capela das Chãs. E veio-me à lembrança a actualidade deste tema, que, aliás, já aqui tenho abordado noutras oportunidades (*). De modo que achei por bem aqui deixar este memorando (a).
Seguindo o link (c) acima e outros relacionados pode ficar-se com alguma informação sobre esta questão tão candente como é o da demolição da capela das Chãs - Regueira de Pontes - Leiria.

foto incluída na entrada com link (*)

Entretanto, acrescentei na entrada correspondente, neste blogue, uma nota (a), em jeito de comentário, agora que temos mais à mão as memórias do Bispado de Leiria, ou seja, as memórias dos principais acontecimentos e da situação vigente à altura do manuscrito "O Couzeiro", que terá sido escrito no séc. XVII(b) :
-

(b) Foi editado, recentemente (A sessão de lançamento no passado Sábado, no Arquivo Distrital de Leiria, constituiu uma autêntica lição de sapiência proferida pelo Padre Dr. Luciano Cristino) o livro, cuja capa se reproduz ao lado, que publica o conteúdo do manuscrito mais notável da bibliografia de Leiria, COUSEIRO, e que é, na sua essência, a transcrição da 2ª edição, de 1898. Temporalmente, o Couseiro original, cobre principalmente os finais do século XVI até à primeira parte do século XVII.

Tenho a honra de ser um dos 200 subscritores desta edição.

Será natural que volte a referir pormenores deste evento e do conteúdo desta bem vinda edição.

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(a) e (c)
as-nunes disse...


Caro amigo TV
Por acaso vim aqui recapitular este tema e deparei com esta sua nota.


É sempre mais uma achega.

De qualquer modo, pode ler-se no "COUSEIRO", ed. da textiverso - 2011, a pp 174 a nota (26) em que se pode inferir que já em 1712 existia ali uma capela, ultimamente conhecida por a Capela de N. Senhora das Necessidades...

Enfim, um caso de lesa-património, mas que, pelos vistos, em tempo, não houve vontade nem engenho de resolver com um projecto em que não fosse necessário destruir o legado dos nossos avós, no que à preservação da nossa história diz respeito.

António Nunes

2011/12/10

A EMA


Em pose
olhar indeterminado
mas atento
estás à espera de quê?
interroga-me ela?


flap...
eis a Ema
toda catita,
com pinta...

(entretanto, as cimeiras da UE continuam a dar em águas de bacalhau)
@asnunes


2011/12/09

De crepúsculo em crepúsculo até ao eclipse total da UE?

 Na direcção Ocidente, o snr. Obama a clamar, que o Euro até faz falta...para servir de almofada!...
Ao mesmo tempo, na direcção Leste, a Europa, nas nuvens, declarações e mais declarações, as peças do xadrez a posicionarem-se, os jogadores a fazerem bluff...
Assim vai a União Europeia...em vésperas de Natal de 2011

Mas qual é, afinal, a questão? Dinheiro? Então, mas o BCE não pode imprimir €uros em quantidade suficiente para emprestar a juros decentes aos membros da zona €uro em dificuldades? 
Além do mais, os sócios da UE mais aflitos, já provámos à saciedade que até somos bem comportados, que agora que há regras rígidas (à custa do Zé, do Zé Povinho, nada de confusões) para melhor controlar o Défice Orçamental até seremos capazes de equilibrar as contas públicas.

Tudo o que se passa nestas cimeiras é só folclore, quem é que acredita que se vai deixar cair uma moeda tão bem cotada como o €uro? 
Deixem-se de fitas! Se o BCE não pode servir de Banco para financiar a UE então para que é que queremos o BCE? Para controlar a inflação na zona Euro?! 

Resumindo estas "doutas" reflexões deste blogue (02h00AM):

1- Não se vai decidir nada de concreto;
2- Fica na calha permitir que o FEEF possa substituir o BCE como Banco financiador;
3- Os países pobres da UE passarão a comprometer-se a ser cada vez mais pobres;
4- Mesmo assim, as suas Dívidas Públicas serão pagas a prazos infinitos, mas os juros estarão sempre a contar;
5- Daqui a umas gerações logo se fará o balanço final.

Amanhã, Sexta-Feira, cá estaremos para conferir!...



2011/12/07

Barreira - Leiria: 4º Aniversário do Coral AdesbaChorus



Esta montagem-vídeo pretende transmitir uma ideia da admiração que nutro pelo trabalho desenvolvido pela valência cultural da ADESBA - Associação para o Desenvolvimento e Bem-Estar Social da Barreira.
No passado Domingo, este grupo coral, comemorou o seu 4º aniversário, promovendo um encontro de coros na Barreira, local da sua sede. 
Esses grupos corais foram, para além do aniversariante:
- Coral de S. Pedro, Gouveia
- Coro Municipal Carlos Seixas, Coimbra


As minhas ligações à Adesba já vêem de longe, dos tempos em que tomei um contacto mais íntimo com as questões desta freguesia, através da minha participação na sua gestão autárquica entre 2001 e 2009, quer na sua Junta quer na Assembleia de Freguesia. Foram momentos inolvidáveis.
De tal maneira passei a viver esta freguesia, que também é a minha  desde 1992, que acabei por escrever e publicar um ensaio monográfico sobre esta terra e as suas gentes, edição de 2005, sob o título "Caminhos Entrelaçados - na freguesia da Barreira". 


A participação nestes eventos é sempre uma boa oportunidade para rever amigos, dos quais, devido às contingências da vida - não tão poucas vezes como isso - andamos afastados, cada um a tratar de orientar a sua vida, o melhor que pode e sabe.


Que cada um de nós faça a sua parte, e a sociedade funciona melhor, de certeza absoluta.
Não podemos é cruzar os braços...


Muitos parabéns, coralistas, maestro Jorge Narciso e direcção da Adesba e AdesbaChorus, por este 4º Aniversário. 


A vossa dedicação está a dar os seus frutos. 
@asnunes

2011/12/04

Alves Redol: Uma Fenda na Muralha; reedição apresentada na Nazaré

Miniaturas dos barcos de pesca Nazarenos. O do lado direiro, "Mar Santo ", foi o barco onde Alves Redol viveu uma extraordinária aventura de Medo e de Coragem, na companhia de pescadores da Nazaré.
Talvez que dessa quase-tragédia, tenha resultado o nome do livro "Uma Fenda na Muralha". Segundo algumas interpretações, a do próprio filho que esteve presente na sessão da Biblioteca (ver vídeo abaixo), o título do livro significa precisamente o milagre que foi, o barco em que seguiam, ter conseguido, in extremis,   furar a muralha que eram os enormes vagalhões que assaltavam, nos mares da Nazaré, aquele barco, o "Mar Santo".
O filho do mestre desse barco, o Snr. Diamantino Peixe, contou-nos essa história, que foi o que inspirou a escrita daquele livro durante pouco tempo após o sucedido em alto-mar, quando já toda a Nazaré, se preparava para enfrentar a grande desgraça, que teria sido mais um naufrágio, para cúmulo, com um barco em que Alves Redol se tinha prontificado a viajar para viver na companhia dos próprios pescadores, as suas ansiedades e expectativas da pesca.

Alves Redol, ao seu lado direito, o filho António Mota Redol, que apresentou a reedição do livro, "Uma Fenda na Muralha", na Biblioteca Municipal da Nazaré.


No vídeo que a seguir será aqui colocado poderão ouvir-se outros pormenores da vida de Alves Redol, da ambiência política e social em Portugal, nos anos 60 e dos escritores famosos e de referência da época, particularmente do neorealismo literário, Manuel da Fonseca, Piteira Santos; Cardoso PiresFernando Namora e outros.
 
nota: 
O snr. Diamantino Peixe acima referido, vê-se, neste vídeo, na mesa, ao lado direito de António Mota Redol, enquanto este falava sobre o seu pai, Alves Redol.
@asnunes

2011/12/03

Nazaré e o Centenário do Nascimento de Alves Redol



Estivemos, no passado último feriado do 1 de Dezembro, na Nazaré. Um grupo de amigos, de boa idade, mas sempre alerta. Depois de almoçarmos uma boa caldeirada no "Sete Saias" lá seguimos a pé até à casa do casal Soares Duarte. Pelo caminho, ali na marginal, de braço dado com o mar, as suas inseparáveis gaivotas e o belo areal daquela que é, por muitos, considerada a mais bonita praia de Portugal. 

Claro, dispersei-me do grupo e lá andei, uns momentos, nas asas duma daquelas gaivotas que por ali espreitavam pela sua oportunidade de ver o peixe a saltar...
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Reedição do Livro “Uma Fenda na Muralha” de Alves Redol apresentada na Nazaré


    A Biblioteca Municipal da Nazaré realiza, no próximo sábado, 3 de Dezembro, às 16h00, uma sessão de apresentação do Livro “Uma Fenda na Muralha”, de Alves Redol, reeditado, que contará com a presença de vários convidados. 
    António Mota Redol, filho do escritor,  pescadores que privaram com Alves Redol e a Comunidade de Leitores da Biblioteca Municipal da Nazaré (que arrancou as suas actividades com a leitura e discussão desta obra), entre outros convidados, são as presenças confirmadas nesta sessão, marcada para o próximo sábado.

    Esta iniciativa surge na sequência do Programa Nacional de Comemoração do Centenário do Nascimento de Alves Redol (1911 – 2011), que tem desenvolvido, ao longo deste ano, inúmeras actividades pelo país, e que já trouxe à Nazaré, ao Centro Cultural, em Setembro, a  Mostra Bibliográfica sobre o escritor, organizada pelo Museu do Neo-Realismo de Vila Franca de Xira.

    A Nazaré acolhe agora mais uma iniciativa dedicada ao escritor com a realização da sessão de apresentação de “Uma Fenda na Muralha”, livro (original lançado em 1959) que retrata o quotidiano nazareno dessa época. 
    in
    http://www.cm-nazare.pt

    Lá estaremos!...
    @as-nunes