2011/11/10

Valha-nos este bucolismo em terras do Lis e do Lena



Hoje, em dia de discussão na Assembleia da República do Orçamento do Estado Português para 2012.


Os mais desfavorecidos que paguem a crise!...
@as-nunes
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2011/11/09

Até a Lua anda aluada



O horizonte crepuscular,
 hoje, lá para as bandas do Oriente, 
a Lua, expectante, 
já nem ela pode estar descansada?
O que se passa aí em baixo, na Terra?
Andam todos aluados?!...

@as-nunes



2011/11/08

Chove no Telheiro!



É verdade. Estava no Telheiro, mas não debaixo de telha, estava dentro do carro, mal estacionado, à espera que a Zaida acabasse de fazer um depósito de euros no supermercado.


O Telheiro é uma povoação da freguesia da Barreira - Leiria, a mais povoada, com novas urbanizações, uma das quais, a de Vale de Lobos, está a constituir-se num dos mais atraentes e sofisticados conjuntos habitacionais da zona de Leiria, de cujas janelas viradas para Nascente e para o Vale do rio Lis, se usufrui um panorama majestoso, por enquanto, ainda de alguma floresta, do vale do rio Lis, dos montes da outra margem, onde se empoleiram o Vidigal, mais ao lado direito, as Cortes, subindo depois, por uma estrada ondeante, para a Sra. do Monte e lá vai seguindo aos ziguezagues até Fátima.


:: Segue-se uma resmunguice das minhas, às vezes lá calha!


A quebrar esta sinfonia de cores, está a espreitar, com olhos de lobo mau, o IC36, logo ali ao lado esquerdo de quem continua a olhar para Nascente, um viaduto monstruoso a rasgar implacavelmente a zona florestal de Vale de Lobos, o próprio Vale do Lis, mesmo na sua área de cheias históricas e incontornáveis, é tudo uma questão de meteorologia, e mais além, toda a zona florestal e de encosta que vai até aos Pousos, do outro lado do monte. 
Mais uma via rodoviária, tipo auto-estrada, que vai ter a função de ligar a A1 (Lisboa-Porto) à A8 (Lisboa-Leiria) e à A17 (continuação da A8, até Aveiro). E também à A19 ou ex-IC2.


Ou seja, há que encarreirar os automobilistas para uma de duas Auto-estradas que correm paralelamente ao longo do litoral. Concessionários para sacar o dinheiro das portagens não faltam, assim sobrevivam financeiramente os automobilistas.


Já agora, que estamos em maré de reflectir sobre a melhor maneira de gastarmos os trocados que ainda nos deixam trazer nos bolsos, como é que vai ser com a A19? (aquele lanço de autoestrada, que hoje é o IC2 e que vai servir de trampolim para uma infinidade de manobras). Vai pagar-se portagem, não vai? Ai que já estou a ouvir a resposta!
Passando a enumerá-las:
1- ligação directa para o Shopping do Engº Belmiro;
2- Idem para o Instituto Politécnico de Leiria;
(Vá lá que também vai dar para seguir por Estradas Nacionais para a Marinha Grande e para os Parceiros, sem esquecer a Barosa, claro, até porque lá, às vezes, também é necessário confirmar se chove, eheh)
3- Idem para a A8/A17;
4- Idem para o IC36;
5- Idem para a obra faraónica que é o IC9 (Nazaré - Tomar, passando aqui ao lado do IC36 e das autoestradas já enumeradas);
6- Idem para a Variante Pousos - Rotunda aérea sobre o IC2 (ou A19?), que também leva os automóveis ao colo para a A1;
7- Áreas comerciais e industriais a dar com um pau, aqui à volta de Leiria, mas onde é que está essa indústria, meu Deus?


Como se diz em latim (não somos nós, latinos?! lá se me vem à cabeça o "novo acordo ortográfico!...):
hoc opus hic, labor est
Ou nos mexemos a sério ou todo este investimento em infraestruturas rodoviárias vai servir para quê?


@as-nunes
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2011/11/06

Leiria horizontal


Leiria, fim de tarde
olhar para ocidente
alto da quinta do rei
tentação de pintar
efeitos digitais
pena não ser em tela
só sei fotografar
ao meu modo
este modo desactualizado
não sou de modas
é este o meu olhar.


ave perdida no ar
à procura de pousar
dispersamente...

@as-nunes

2011/11/04

Um desenho da minha neta Carolina

4 anitos. Jardim infantil. Adora lá andar. O desenho é uma forma natural de se expressar. É vê-la a gastar-me as folhas A4 que uso para imprimir trabalhos na impressora digital. Já desisti de lhe recomendar que não me gaste tanto papel. Com o seu ar matreiro e bonito convence-me sempre e não precisa de se aplicar muito.


Este desenho representa a avó Zaida, está tudo dito.
Também desenha o avô Tó, sem esquecer que tem de realçar o pormenor da careca.


Parece-me que tem mãos para o desenho, a cachopa. Às tantas sai à mãe, que é Designer e até já fez umas incursões pela pintura.
Porque não pintas mais telas, Ana?!...
@as-nunes

2011/11/02

Largo da Sé de Leiria: um estaleiro que se eterniza!


Por quanto tempo mais?!...
(mesmo assim, se se ampliar a fotografia, pode-se apreciar flores lilás (nesta altura do ano?!) dum jacarandá.)
-
Ao mesmo tempo (hoje). 
Os pormenores do Largo, que se mostram a seguir, talvez contrabalancem aquele desconsolo do inestético estaleiro ali especado há que tempos! 


Fotos tiradas do 2º andar do prédio da antiga "Pharmácia Paiva", o da fachada de azulejos azuis - viúva lamego - com figurações alusivas a Hipócrates, Galeno e, eventualmente, a Sócrates (uma história para contar noutra oportunidade). 
Esta fachada, que remonta aos fins do século XIX, é, talvez, conjuntamente com o Castelo de Leiria, das preciosidades de Leiria mais fotografadas pelos turistas de todo o mundo que demandam estas paragens. Como é possível ficar-se impassível face a tanta insensibilidade demonstrada pela colocação e manutenção durante tanto tempo do estaleiro de obras que lá está a deslustrar uma das principais salas de visita da cidade? 
@as-nunes

2011/10/31

Álamo Oliveira: embaixador cultural da Terceira e não só, em Alcanena


O Director da Biblioteca Municipal de Alcanena, a fazer a apresentação prévia do escritor Álamo Oliveira, que veio da Ilha Terceira para participar, a convite, na sessão de Outubro do Grupo de Poesia e Cultura em geral de Alcanena. Como se pode verificar na foto acima, a idade não conta.
Álamo Oliveira, no uso da palavra. Um estilo despretensioso mas muito objectivo e pedagógico, não só pela sua larga experiência como escritor, mas também pelo seu invejável curriculum como conferencista em vários pontos do mundo, particularmente Universidades Brasileiras e dos Estados Unidos.
Claro, falou-se principalmente de poesia. E disse-se muita poesia da sua autoria. Nesta foto, para além do autor convidado, vê-se a Vice-Presidente da Câmara Municipal de Alcanena e Joaquim Soares Duarte a dizer um poema, no seu modo peculiar e com a qualidade que se lhe reconhece.


Na recepção do hotel de Alcanena onde ficou alojado Álamo Oliveira. Luísa Soares Duarte, para praticar um pouco a área de fotografia que frequenta na Universidade Sénior da Nazaré, tirou-nos este instantâneo. Esta foto  tem uma dupla justificação: em primeiro lugar pelo gosto mútuo em ficarmos com uma recordação destes momentos e de eu também poder ficar na fotografia; em segundo lugar, porque vai permitir que a mãe da Zaida, que também é do Raminho, na ilha Terceira, dos Açores, a possa ver, nestas circunstâncias especiais.
(Esta, Álamo, já não a vou incluir no e-mail que lhe vou enviar.)
Que terço mal rezado: "Avé-Maria, cheia de graça...Quem sabe o que irão fazer agora?... Bendita sois vós entre as mulheres..."/ "E se fosses à polícia contar o que se passou? Santa Maria, Mãe de Deus..."/ "Isso nem vale a pena. A polícia quer lá saber do que se passou..." / "Rogai por nós, pecadores, agora e na hora..." / "E depois é tudo doutores que até um homem... Cobrem-se todos com a mesma manta..." / "Na hora da nossa morte..." / "Pobre Burra Preta!...Amén, Jesus." O casal Maúrça estava decidido. Mandaria matar a "burra". Ia fazê-lo com o coração amarrotado, a ternura amortalhada no frio daquela noite de novembro - mês das almas e crisântemos, dos sinos dobrados pelo choro e pelo vento. E se o Divino Espírito Santo cobrisse, com o mantão do seu silêncio, a morte de Burra Preta, tirariam uma dominga de coroação, dariam esmolas de carne aos pobres e parentes , "função" aos convidados e "brindeiras" aos inocentes.


Aqui fica um excerto do livro acima apresentado. Só para aguçar o apetite pela sua leitura. Vale a pena ampliar para ler a nota de João de Melo, pela qual se fica com a ideia precisa do conteúdo deste romance publicado em 1995. Aquele último parágrafo há-de estar sempre actualizado. 
Crise antropológica permanente em que o homem se enredou. Ou foi enredado. Por quem, podemos questionar-nos? 
Seremos capazes de, algum dia, a superarmos? Em teoria seria tão simples!...


Mais pormenores sobre esta vinda de Álamo Oliveira a Alcanena podem ser vistos no site da Biblioteca Municipal desta vila Ribatejana.


Foram momentos (a tarde de Sábado passado) muito enriquecedores dos pontos de vista cultural e humanístico.
A repetir.
@as-nunes

2011/10/29

Borboleta Papilio Machaon: em vias de extinção



Este vídeo pretende mostrar a sequência de metamorfoses por que passa a borboleta Papilio Machaon.
As fotos e o vídeo da larva foram obtidas há dias num jardim.

As da borboleta já têm 5 anos, ainda que a tenhamos visto recentemente a cirandar aqui pelo jardim.

Fizemos uma montagem em filme, este que agora se apresenta publicamente, para deixar aqui um registo que possa proporcionar a visionalização  da beleza e tamanho da lagarta (larva) que, provavelmente, dentro de poucos dias, começará a fase de se encasular em fios de seda. Após uma gestação de 45 dias surgirá a borboleta Papilio Machon
(julgamos que estamos certos na classificação desta borboleta, pelas consultas feitas, particularmente através do material disponível no blogue do amigo Augusto Mota; fonte segura pelo que conheço do meu amigo e autor deste e doutros trabalhos rigorosos de observação da Natureza).

Pelo menos já se conseguiu proporcionar uma excelente demonstração prática do quão interessante é acompanhar a vida na Natureza, nas suas mais diversas formas. O público alvo foram as crianças do Jardim-Escola dos Capuchos em Leiria. Claro, quem se incumbiu desta missão, em colaboração interessada com as professoras, foi a avó Zaida. As crianças adoraram.

A larva foi reencaminhada para a planta do jardim onde andava atarefadíssima a comer as folhas verdes e fresquinhas, com a chuva que tinha caído.
Já a voltámos a observar hoje. Lá continua a comer folhas, umas a seguir às outras. E continua a crescer. Esperemos que não demore muito tempo a encasular.
Este espécime - dizem os entendidos - está em vias de extinção.

Esperamos que apreciem este trabalho, feito com todo o entusiasmo, a pensar em como é gratificante poder partilhar conhecimentos com todos, particularmente com crianças de tão tenra idade.
Tudo o que se possa fazer para os ajudar a aprender a amar a Natureza, nunca é de mais.

2011/10/25

ÁLAMO OLIVEIRA: presente no encontro de Outubro do grupo cultural e de poetas de Alcanena

Álamo Oliveira em Alcanena no próximo Sábado. Consulte também BMA (aqui)
Monte Brasil-TERCEIRA - Posto de vigia das baleias
Vitorino Nemésio, outro ilustre Terceirense, escreveu um imortal poema(*) sobre este tema da caça das baleias.
Fotografia de 2006, no decorrer de uma inesquecível viagem de turismo e de romagem ao local de nascimento da mãe  da Zaida (Eva de Sousa Esteves Paiva - nascida, há 93 anos, no Raminho)

Álamo Oliveira vai estar presente na tertúlia mensal do Grupo Cultural e de Poetas de Alcanena, nas instalações da Biblioteca Municipal daquela vila, no próximo Sábado. Este grupo/tertúlia tem sido brilhantemente coordenado pelo Dr. Óscar Martins, desde há já bastantes anos, quantos não consigo precisar, que só há cerca de dois tenho o privilégio de o integrar, em sub-grupo de Leiria (eu próprio, Joaquim Soares Duarte, Luísa Soares Duarte e Zaida Paiva Nunes). 

Estas sessões orientam-se com base numa brochura-guia de trabalho organizada pela Biblioteca, sempre de muita utilidade e de óptima qualidade. O autor é escolhido por consenso dos participantes. Desta vez optou-se por Álamo Oliveira, que nasceu em Maio de 1945 no lugar e freguesia de Raminho, concelho de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira (Açores), emérito escritor e poeta de reconhecidos dotes literários, com obra publicada e estudada nas áreas da Poesia, Teatro, Ficção, Ensaio e Contos.
A 10 de Junho de 2010, nas comemorações do Dia de Portugal e das Comunidades, Álamo Oliveira recebeu o grau de Comendador da Ordem do Mérito.

Muito mais se vai acrescentar, com toda a certeza, na reportagem que conto proporcionar aos leitores deste blogue. 

Na certeza do maior sucesso desta oportuna e prestigiada sessão de promoção da cultura e da língua Lusíada, aqui deixo, muito simplesmente, o seguinte poema de Álamo Oliveira:
-

antónio


nome redondo     pássaro solto
pelos búzios da ilha
que deixou sonhada.


arrumava a bruma nos bolsos dos calções
a ternura nas mãos     como
punhado de araçás.


da banqueta da memória     fez
emergir a ilha e a distância dos navios
- seu destino de marujo à descoberta
de tesouros de feno e bagas de faia.


antónio tinha o mapa secreto das cores
e navegava no oceano macio da saudade.

in
antónio
porta-te como uma flor
ed. salamandra - 1998
-
Poesia dedicada por Álamo Oliveira a António Dacosta
...
Antes, bem a tempo, já o poeta havia perguntado:«e que desígnios se ocultam para lá da tela»?
Assim remata, Fernando Azevedo, o seu Prefácio.

@as-nunes


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As Farpas de Eça: 139 anos depois

Uma pequena mostra do que vai circulando pela Net. 
Muitos de nós já recebemos na caixa de correio electrónico mails deste teor e de outros do mesmo quilate.
Poder-se-á dizer, lá estamos nós a lavar roupa suja, só a dizer mal da situação, sem avançar com soluções para os problemas que temos em mãos. 
A verdade, porém, é que a situação económica e financeira em Portugal era muito grave no tempo em que Eça e o seu amigo Ramalho Ortigão escreviam a criticar a atitude dos que se arvoravam em mentores políticos da Nação sem que para isso tivessem a ombridade necessária.
O tempo passa e continuamos na mesma...


Será que não se consegue sair deste circuito vicioso?
-
PS.: Ó Zé, mas que grande bombardeamento que me estás a fazer à minha caixa de correio! E cada .pdf mais verrinista  mas assertivo que o anterior.
Isto é que vai uma crise!...
Financeira e de valores, temos que admitir!
@as-nunes
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2011/10/24

Chuva em arco-íris




E a chuva aí está


vinda de Sul para Norte


e no intervalo


o arco-íris...
-


talvez a preparar a síntese do negrume dos dias que aí vêm...
@as-nunes
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2011/10/22

Amanhã chove





Diz que sim, amanhã vai chover em Portugal. Segundo os meteorologistas, vai chover água e granizo, talvez mesmo alguma neve, e vai-se sentir muito vento.
Há quem augure que uma corrente gélida vinda de Nordeste possa trazer uma chuva de notas de «sem» euros, valha-nos Deus!


Quem diria?!
Hoje, o tempo tão bonançoso, não buliu uma palhinha...
Muita luz, o céu no limbo do nebuloso/solarengo, temperatura amena...


Sardinha assada, batatas cozidas, salada de agriões, alface, cebola, tomate, algum azeite e pouco vinagre...


O Bruno, a Ana e a Carolina, a sua vozita cheia de vida, a vida a desabrochar neste Outono raro, ainda quente, vistoso, flores, a minha camélia «Winter snowDown». 


Não sei como esteve no resto do país, mas aqui entre o vale do Lis e as Serras à volta da Barreira - Leiria, o dia esteve sublime...


Cá te esperamos, chuva, abençoada sejas tu, que vens por bem, com certeza.
E já sentimos muito a tua falta!...
@as-nunes
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Sinais dos tempos?




Clicar para ampliar, pode ser que encontre algo que interesse. Os preços parecem ser em conta!
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IVO!!!???...

2011/10/20

Leiria: O Fim da Melia

Perguntei à alameda por onde passo
se sabia da razão deste fim
ela já muda de cansaço
só me disse: a vida é assim



E assim acabou esta bela, sinuosa,
velhinha, Melia Azedarach...
que tantas vezes,
ao longo de muitos anos,
com ela troquei olhares
e murmúrios
e recortes de encantar.
.
.

Há árvores que só deviam morrer de pé!...
.

nb:
a árvore em causa é a do lado direito da 2ª foto de baixo, na montagem. (clicar para melhor admirar);
era companheira do liquidâmbar (na 1ª foto de cima com as folhas vermelhas, do Outono), duma faia púrpura, de dois padreiros e de uma tília e namorada de sempre, do Rio Lis e dos seus barbos e bogas e ...
minha paixão arrebatada, como se pode ver aqui e aqui
@as-nunes
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2011/10/17

O passarinhar do Ministro

E eu a ouvir o snr. Ministro das Finanças de Portugal a apresentar o Orçamento de Estado para 2012. E lá vão os subsídios de férias e de natal. E não são só para os funcionários públicos! São também para todos os pensionistas, sejam do regime da Caixa Geral de Aposentações sejam do Regime Geral. O que até nem é justo, já que as regras de cálculo para estes dois sistemas ainda são substancialmente diferentes. E foram muito diferentes, desfavorecendo o Regime Geral, pelo menos nos últimos vinte anos.

Esta questão dos cortes aos pensionistas tem muito que se lhe diga. Acaba por ser um defraudar infame das expectativas do aforro duma vida inteira. Uma sociedade que não preserve uma qualidade de vida digna para os últimos dias dos seus cidadãos, depois de terem atingido uma idade que já não lhes permite competir no mercado para angariação de rendimentos que lhes proporcione a subsistência, não pode ser um modelo a seguir.

Esta sanha brutal de caça à receita e de corte brutal nas despesas para tapar buracos que resultam de gestões danosas (para não usar um termo mais incisivo) da coisa pública é um sinal muito depressivo para os tempos que correm.

Quer dizer, estamos na presença dum Orçamento do Estado ao nível de há 35 anos atrás!
Como foi possível chegarmos a este estado de coisas?
@as-nunes


22hoo 
Assisti em directo a um excelente debate com Jerónimo de Sousa, no Clube dos Pensadores
Nem uma ameaça de bomba impediu este debate. 
Seguir o vídeo  a partir do 21º minuto


Fica-se com a sensação: porque não dar mais força ao PCP ?

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2011/10/16

LEIRIA: Fé e Arte, um diálogo de séculos

Do interior da Igreja da Pena, Castelo de Leiria, infelizmente já a céu aberto, que não se tem conseguido dinheiro para fazer face às mais que justificadas obras de requalificação daquele espaço histórico e religioso, com reminiscências medievais, românicas e góticas, para além da sua íntima ligação à Rainha Santa Isabel e D. Dinis, cujos aposentos ainda estão bem conservados, mesmo ali ao lado).

O Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto e o Prof. Dr. Saul Gomes, no decorrer duma brilhante exposição sobre a Igreja da Pena. Um momento muito interessante para mim foi ter tomado conhecimento, no sítio, da colocação no interior desta Igreja, já nos princípios do séc. XX, dum arco (manuelino?) que tinha sido retirado da antiga e, entretanto, já demolida "Capela de Sto. António do Carrascal"(*).
Tanta insensatez! Porque é que aqueles nossos antepassados não se preocuparam minimamente em nos deixar aquela capela de legado?
Tenho a reprodução duma foto da época (1930?) com aquela capela em ruínas. Mesmo assim ainda se teria ido a tempo de preservar aquele marco da vida desta comunidade Leiriense. Foi pena!
(Talvez por isso alguém se ter lembrado de colocar um arco dessa capela na Igreja da Pena)!

No Adro da Sé de Leiria. Em segundo plano, a célebre casa de fachada de azulejos azuis (viúva Lamego), a antiga "Pharmácia de Leonardo da Guarda e Paiva", a botica do Carlos, personagem de relevo na trama do célebre romance de Eça de Queirós, "O Crime do Padre Amaro".

Nos claustros da Sé. Ao fundo vê-se uma porta para lá da qual existiu uma capela dedicada a S. Teotónio, cujas ligações a Viseu (de cuja diocese é patrono) e a Leiria são de realçar.

Uma "carranca" nos claustros da Sé de Leiria.


No interior da Sacristia da Sé de Leiria. Todo este conjunto arquitectónico, incluindo mobiliário, quadros e outros adereços, são de muita beleza e dum primor requintado.
No passado Sábado, entre as 14h45 e as 18h00, participámos, numa visita guiada ao património religioso de Leiria. A parte desse património. Talvez o mais simbólico. Muito mais há a ter na devida conta, quiçá com o mesmo significado histórico, cultural e religioso para Leiria, cidade e diocese.
Os nossos guias foram o pároco da Sé de Leiria, o Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto (por acaso também de Viseu) e o Prof. Dr. Saul Gomes, meu particular amigo 
(até me fez o especial favor de escrever o Posfácio do meu livro/ensaio monográfico sobre a freguesia da Barreira, "Caminhos Entrelaçados", ed. 2004, o que muito o valorizou, tenho a certeza)
e profundo investigador e conhecedor da história de Leiria, cidade, concelho, diocese e outros e variados aspectos da História. Um ilustre professor catedrático da Universidade de Coimbra a quem Leiria muito deve, pelos seus excelentes trabalhos, palestras e conferências.
No decorrer das suas explanações fez questão em relembrar a íntima ligação que Leiria, tem, nas suas origens de organização diocesana, a Coimbra e, mais recentemente, a Fátima.
-
a) Referências à Capela de Sto. António do Carrascal podem ser encontradas seguindo o link deste próprio blogue;
e também neste "Leiria";
b) Para melhores e mais completas informações podem consultar-se, entre outros, os seguintes livros:
- Introdução à História do Castelo de Leiria
Saul António Gomes - ed. Câmara Municipal de Leiria, 2004
- Catedral de Leiria: História e Arte
Virgolino F Jorge, Luciano C Cristino, Saul A Gomes e Vitor Serrão - ed. da Diocese de Leiria-Fátima, 2005
@as-nunes
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