2013/09/21

ACÁCIO de PAIVA - Diversos apontamentos

Vai este verbete servir de suporte para aqui deixar o registo de diversas notas e apontamentos que me ocorrerem, entretanto, já depois do lançamento do livro "Falando de Acácio de Paiva", 6 de Setembro de 2013:

1 - José Marques da Cruz publicou em 1995, ed. A 10ª Musa EDITORES, o livro "A Alta Estremadura - Romance Gastronómico", prefaciado por José Hermano Saraiva (registo 1299 na az-biblioteca particular) em que a pág. 51 se refere a Acácio de Paiva e à sua esposa num momento em que a personagem central do seu romance, José Saraiva, pai de José Hermano Saraiva (poder-se-á dizer, ficção baseada em factos reais) entra, para jantar, em 1916, numa pensão em Leiria, "A Pensão do Manuel dos Santos", onde hoje existe a Pensão Leiriense, ali ao pé do Arco da Misericórdia. É apresentado, nesta fase do seu romance, como "distinto funcionário das alfândegas e plumitivo de créditos já firmados". 
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Ler, no mesmo livro, pp 61a 63, onde se conclui da ligação de Acácio de Paiva à Vieira, em cuja Alfândega era funcionário.
Aqui se fala do célebre ensopado de peixe da Vieira.
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  ...
(Há-de continuar...)

2013/09/15

Acácio de Paiva nos Serões Literários de Cortes - Leiria

No decorrer da sessão, vários livros, entre os quais, se deu realce ao "Falando de Acácio de Paiva", que o seu autor se incumbiu de apresentar.


Antes, 20 horas, no recinto das Tasquinhas das Cortes, instalações modelares, depois de um repasto à base de bacalhau à lis e ensopado de borrego dei uma vista de olhos à Lua em quarto-crescente, com um telescópio ali montado e à disposição dos populares. Muito interessante...

 Os enfeites luminosos com a Lua, no alto, em missão de observação sobre a Terra...
 No decorrer do serão...
Luís Vieira da Mota, depois de nos ter mostrado todo o seu entusiasmo pelo cariz sarcástico de um soneto a Sotto Mayor banqueiro (na época dos anos 10 do séc. XX) escrito por Acácio de Paiva na coluna ""Em Foco" do suplemento "O Século Cómico". 

O próximo serão terá lugar no dia 12 de Outubro.


2013/09/12

Acácio de Paiva: Vim agora mesmo de Leiria

Ontem à noite, umas 10 horas, a Lua em quarto crescente... lembrei-me de Acácio de Paiva.

VIM AGORA MESMO DE LEIRIA

(...)
Fui também à capela da Senhora
Da Encarnação, e vi pertinho os montes
Que o sol ao levantar-se logo doura
Para no sítio a que lá chamam Fontes
Abençoar o rio em sua origem:
E, entretanto, vi milagres às centenas
Em promessa à Virgem.
A demonstrar o fim de muitas penas,
Menos das minhas, porque então, por mais
Que prometesse e me apegasse às santas,
Confiado em seus dons celestiais,
Outra menina (foram tantas, tantas!)
Me desprezou, cruel e desdenhosa,
Insensível às velas e aos painéis,
Porque aos meus versos preferia a prosa
De cem contos de reis…
E mais vi… Mas não devo adiantar-me,
Pois esta referência em baixo estilo
É uma espécie de sinal de alarme
A dizer que se avanço descarrilo.
Desta vez, como devem ter notado,
Deu-me para o lirismo. Bem, se tento,
Porém, ser engraçado,
O efeito que tirei do sentimento,
Das belezas, enfim, que descrevi,
Desfaz-se como fumo pela altura.
Nada!… É melhor parar aqui,
Nada! nada! É melhor parar aqui,
Não se borre o diabo da pintura…

Acácio de Paiva
(Tinha voltado para Lisboa)


@as-nunes

2013/09/07

Acácio de Paiva: lançamento do livro "Falando de Acácio de Paiva"

Para já é a reportagem possível. Graças ao meu amigo Rui Pascoal.

Na mesa, da esquerda para a direita:
Adélio Amaro (Ed. Folheto), Orlando Cardoso (apresentação do livro), Laura Esperança (responsável pela edição enquanto Presidente da Junta de Freguesia de Leiria), António Nunes (autor) e Arménio Vasconcelos (escreveu o Prefácio e contou-nos um conto que se estava a passar na realidade... cena surreal de momentos inolvidáveis da vida).
(foto de Rui Pascoal)
Arménio Vasconcelos no uso da palavra
foto de Rui Pascoal
Parte da assistência. Vê-se Joaquim Vieira, Alda Sales, Zaida Paiva Nunes...  
(Foto cedida gentilmente por Carlos Fernandes)

Zaida Paiva Nunes a dizer um poema de Acácio de Paiva
foto de Rui Pascoal


O autor a escrever uma dedicatória a Isabel Soares. 
Esta foto, penso que foi tirada pela Odília Cardoso...
(esta foto também é de Rui Pascoal)

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 Isabel Soares a declamar
foto de Rui Pascoal
 José Vaz a declamar
foto de Rui Pascoal

Paulo Costa, à direita, e o seus amigos num momento musical muito apreciado...

(Fotos de Rui Pascoal e retiradas do Facebook de Isabel Soares)
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Ler poema dito em jeito de saudação à neta de Acácio de Paiva, Constança, presente na sessão de lançamento do livro:
http://dentrodetioleiria.blogspot.pt/2013/09/falando-de-acacio-de-paiva-lancamento.html
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Palavras proferidas pelo autor, no decorrer da sessão de apresentação do livro 
https://docs.google.com/file/d/0BxQSPO7qWKkbclNDRHZZR0l1alk/edit?usp=sharing

2013/09/03

Um momento a olhar o mar!



o mar à minha frente
às vezes revolto
a bater nas pedras 
vaga após vaga

eu a olhá-lo
com saudade
com ternura
zangado...também

Pedrógão, 1º de Setembro, 2013

@as-nunes 

2013/08/30

interlúdio musical ...



Cavalo à solta
Mafalda Arnaulth
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Aproveitando este cavalo à solta vou, temporariamente (espero...), voltar aos primeiros lustros do século XX...
Daqui a oito dias talvez esteja de volta...
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2013/08/25

Elogios a S. Pedro de Moel por Acácio de Paiva

Farol e Penedo da Saudade em S. Pedro de Moel.

Sábado próximo passado 
(ou simplesmente, ontem), 
desde o terraço do hotel SoleMar, 
em S. Pedro de Moel
a partilhar 
as emoções 
de um casamento muito particular...
-
Acácio de Paiva não se cansou de cantar, nos seus poemas, esta bela zona do litoral leiriense...
Lá ia todos os anos visitar o seu grande amigo Afonso Lopes Vieira;

(...)
E mais vereis ainda;
Por sobre o mar, numa vivenda linda,
      Mora o Lopes Vieira,
o poeta mais poeta do país,
(...)

Quem passar por Leiria,

A amada de Dinis e de Isabel,
Não deixe de fazer a romaria
À praia de S. Pedro de Moel
       E ali, de visitar
(Por isso romaria a denomino)
Lopes Vieira, o poeta peregrino
       Do pinhal e do mar.
(...)
Um poeta? Que digo?! Toda a gente,
Todos os noivos, todo o Portugal
Pois tudo em Portugal palpita e sente
Como os pobres poetas afinal.
(...)
Ora em fúria e rugidos de ameaça,
Esmagando quem nele confiar,
Pela inveja, de raça contra raça,
Que sempre dividiu a terra e o mar,
E então S. Pedro de Moel abraça
O mar e a terra, ajunta, concilia
Põe lágrimas das ondas na caruma
Do pinhal de Leiria
E este as ondas, benéfico, perfuma,
De modo que das Águas de Madeiros
Até junto do Penedo da Saudade
Antes, como excelentes companheiros,
Assinaram contrato de amizade.
(...)

Acácio de Paiva
1863-1944
- pp 83-86, Acácio de Paiva, Insigne Poeta Leiriense, CML 1988

@as-nunes 

2013/08/23

Falando de ACÁCIO de PAIVA: uma pedrada na memória silenciosa?


Acácio de Paiva, nasceu em Leiria, no dia 14 de Abril de 1863. Foi um brilhante poeta (Altíssimo Lírico e o maior Humorista da Poesia Portuguesa), jornalista (chegou a ser Diretor de «O Século Ilustrado» e de «O Século Cómico» no decorrer das duas primeiras décadas do séc. XX) e, como Dramaturgo, escreveu várias peças para o Teatro de Revista dessa época áurea das letras e das artes portuguesas.

O livro, cuja capa se mostra acima, vai ser apresentado no dia 6 de Setembro pelas 21:00h, na sala "Celeiro" da Fundação da Caixa Agrícola de Leiria, pelo Dr. Orlando Cardoso, brilhante escritor, Diretor que foi do Jornal de Leiria, jornalista conceituado, emérito investigador da história Leiriense (particularmente a ligada às letras), poeta inspirado e de méritos reconhecidos, professor, etc. 
Entretanto, o meu ilustre e muito estimado amigo, Dr. Arménio de Vasconcelos (*), autor do Prefácio, fará também uma dissertação sobre Acácio de Paiva e o historial da aventura (da qual ele próprio é uma das personagens de relevo) do autor, ao se ter abalançado a esta temeridade, que é «falar de Acácio de Paiva», das suas múltiplas facetas literárias e das muitas personalidades do mundo das artes, das letras e da política que foram seus companheiros de tertúlia...
O Dr. Paulo Costa, psicólogo do hospital de Leiria, brilhante poeta, amigo e companheiro de Tertúlia dos Serões Literários das Cortes, também se prontificou a colaborar com um arranjo musical sob temas poéticos ao estilo de Acácio de Paiva.



Numa das badanas deste livro o autor considerou ser muito relevante e útil transcrever a apologia de Acácio de Paiva que outro conceituado representante das letras e da cultura nacionais, a quem Leiria muito deve, lhe escreveu, nos idos anos de 1968. Trata-se do Dr. Américo Cortez Pinto.

É, também, da maior justiça, relevar que esta publicação só foi possível, graças ao apoio editorial da Junta de Freguesia de Leiria, cujo estímulo foi determinante para o autor se impor a si próprio como que um dever e uma obrigação moral de coligir toda a informação esparsa sobre a vida e obra de Acácio de Paiva, de modo a que este trabalho pudesse ser tornado público ainda no decorrer deste ano de 2013, precisamente o ano em que se comemoram os 150 anos do seu nascimento. Pode dizer-se, muito sinceramente, que os inevitáveis caprichos do Tempo e «de espaço», também poderão ter aqui o seu quinhão de responsabilidade por algumas lacunas que possam vir a ser encontradas. De qualquer modo, o autor, assume-se, desde já, em qualquer circunstância, o principal responsável pela escolha  do método de abordagem da estrutura do presente livro e do seu conteúdo, por muito incompleto que ele se possa apresentar. 

Pelos aludidos caprichos do Tempo, este é um ano de eleições autárquicas em que, administrativamente, a Freguesia de Leiria vai passar a integrar (em pé de igualdade com Pousos, Barreira e Cortes, assim terá de ser) uma «União de freguesias». Mas esse facto jamais poderá ser evocado para justificar qualquer alegada hierarquização de valores nem sequer de preferência pessoal.
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(*) Pode ler-se do seu vastíssimo currículo consultando este endereço: http://armenio-vasconcelos.blogspot.pt/

@as-nunes 

Onde está a capela das Chãs?!

 Em 23 de Maio de 2013 tirei estas fotografias...  para memória futura. 
Imediatamente a seguir ao alcatrão, à frente desta capela/salão paroquial, existia uma igreja centenária que foi demolida, pura e simplesmente, não importando a preservação do património religioso e cultural. 
Além do mais, aprecie-se o ambiente místico e sereno que rodeava a antiga Igreja das Chãs - Regueira de Pontes - Leiria. (ver os registos aqui publicados a este propósito).