2013/01/05

Instantâneos de vida



Fui ao dentista, já há uns tempos que andava com um dente a precisar de arranjo. Eram umas 5 menos um quarto da tarde. Se tiver alguma coisa a fazer ainda tem tempo, só para as 5 e meia é que haverá vaga.
Tinha saído de casa precisamente com este objetivo. Fazer uma revisão a um dente.
De modo que, para não perder o estacionamento que tinha conseguido, mesmo ali ao pé da clínica, peguei na minha Nikon D3200 com objetiva 18-105 mm e fui dar uma volta pelas redondezas. Zona da Cruz da Areia, Prisão Escola, por ali. O dia estava a declinar e, claro, a luz crepuscular iniciava uma dança melancólica com a sombra. 
O horizonte dava mostras de pressa para se recolher ao negro da noite. Viam-se nitidamente os rastos de condensação deixados pelos aviões a circularem na rota costeira, a esta hora mais na direção Sul Norte. 
Tirei uma data de fotografias.

Eis mais algumas:


Momentos antes de entrar na clínica.
Estamos em Leiria.
@as-nunes

2013/01/03

Em maré de balanço dos nossos animais de estimação

 O Ivo
 A Mia
 A Tina
 A Mia, em cima da chaminé, e o gato dum vizinho
 O Rapazito (o gato branco, já entradote) e a cadela "Teckel mini", de nome Tina
 A Ema
A Riscas

Os animais de estimação que convivem cá em casa. Quer dizer são nossos convivas, com direito a cama, comida e roupa lavada. E, com exceção da cadelita “Tina”, têm liberdade plena para entrar e sair de casa. Com uma norma: há hora de recolher. Se não entrarem dentro de casa enquanto estivermos a pé, ficam no alpendre. Pelo sim pelo não têm forma de se acomodarem confortavelmente, mesmo quando ficam fora da habitação.

A “riscas”, só por si, já tem um curriculum que proporciona motivos para uma narrativa mais ou menos longa.
Vamos, então, contar uma sinopse do que tem sido o seu relacionamento connosco cá em casa.

Dealbar do ano de 2011. Esta gata vinda sabe-se lá donde, escolheu a nossa casa como ponto de apoio. Ao fim de pouco tempo percebemos porquê. Estava prenha e em fim de prazo.
Era (e continua a ser) muito desconfiada e comporta-se com a máxima independência.
Nasceram vários filhotes, cujos nomes e imagens aqui se divulgaram em devido tempo.
Uma das várias peripécias ocorridas com esta gata teve a ver com o fato de ela, durante um temporal medonho, ter levado os filhotes para local desconhecido, o que nos causou alguma apreensão.  Dias depois descobrimos que se tinha escondido num recanto abrigado mas escondido do jardim.
Lá a conseguimos convencer a que o melhor local para criar a sua prole era a que tínhamos preparado para o efeito.
Tempos passados, já bem criados e anafados, um a um, levaram o seu próprio rumo, por adopção, tendo ficado só uma gatita, a mais doentita, quase sem voz, que ainda hoje está connosco: a “Mia”.

A própria “Riscas”, há coisa de seis meses, desapareceu e já estávamos mentalizados, que definitivamente.

Para nossa surpresa, regressou à base há duas semanas atrás. Só a Zaida é que a consegue convencer a aproximar-se para comer. Já conseguiu dar-lhe a “pílula”. Vamos a ver se não vem por aí mais nenhuma ninhada.

A fotografia que se mostra neste registo foi a possível. Mesmo assim só o consegui fazer através dos vidros da janela da cozinha.

Pode-se acompanhar a história da "riscas" e da sua ninhada, aqui.

E ainda aqui falta o nosso cão "pequinês", um bom cão de guarda, o Tico. Também vai ter direito a foto, claro. Fica para amanhã, que já são quase 4 horas da manhã e, coitado, também tem direito a dormir uma noite descansada, a não ser que se aperceba de algum movimento suspeito. É pequeno mas feroz e valente para estranhos.
-
nb.: podia disfarçar e deixar a imagem de quem tem uma memória prodigiosa e não troca as datas e os factos quando menos se dá por ela. É certo que já eram 4 horas da manhã quando acabei de escrever a narrativa acima.
Só que, pelos vistos, confundi a história da "riscas" com a história da "cinzenta" (outra bela e dramática história com gatos).
A Zaida veio em meu socorro e esclarece tudo, para bem da verdade dos factos, no comentário 3.

@as-nunes

2013/01/02

Hoje ... do lado de lá.


                                              
Do lado de lá
Hoje 
De manhã
E hoje
Não me apetece
Falar do que disse
Ou não disse
O presidente
Porque os tabus
Continuam a ser
O que de melhor
Ele sabe fazer...


@as-nunes

2013/01/01

Precisamos duma política ao serviço do Povo


Somos livres?!...


« Marques Júnior, um dos "capitães" de Abril, morreu, com 66 anos.
» No mesmo dia o Presidente da República promulga o Orçamento do Estado da nossa desventura. (*)

.

Foi graças aos capitães de Abril que o Povo português se libertou duma feroz ditadura e pôde participar entusiasticamente na Revolução de 25 de Abril de 1974!
Mas não foi para assistirmos ao desmoronar persistente de todos os nossos sonhos como cidadãos de Portugal que, durante décadas, muitos de nós participámos na construção duma Democracia, que imaginávamos verdadeiramente representativa e ativamente participada pelo Povo. Através dos partidos, sim, mas também ouvindo os movimentos cívicos independentes que, entretanto, foram aparecendo e, como iam surgindo, assim eram varridos do mapa, tantas têm sido as pressões para que a sua ação não prejudique os objetivos dos grandes grupos económicos e de defesa dos interesses particulares e corporativos de umas quantas classes de privilegiados...

Triste a notícia da morte abrupta de Marques Júnior. 
Confrangedora a forma como se impõe um Orçamento do Estado como este que nos vai reger (ou não, veremos) durante todo o ano de 2013 (ou parte, quem sabe!?).

É preciso que nos ouçam!
Precisamos duma Política ao serviço do Povo!...
-
em tempo:
(*) Soube-se hoje ao princípio da tarde que o Presidente da República promulgou na sexta-feira, dia 28, o OE 2013. A notícia nada tem de extraordinário, excepto que: a) no site da Presidência da República o facto é omisso; b) ainda ontem à noite, a RTP dizia estar em aberto a decisão do Presidente. Não sabemos se a RTP agiu por incompetência ou má-fé. Ninguém acredita que a estação tenha dado a “notícia” de motu proprio. A omissão no site da Presidência revela dissimulação. Infelizmente, não há outra forma de dizer isto: o OE 2013 foi promulgado às escondidas.
in http://daliteratura.blogspot.pt/2012/12/ao-que-isto-chegou.html

@as-nunes

2012/12/31

A Lua Cheia a despedir-se do Ano Velho

(enquanto se está a tratar do balanço de 2012...)

Há momentos (3h UTC), as Cortes, a Sra. do Monte e a Serra da Maúnça mostravam esta imagem de serenidade e nostalgia... (foto com exposição 3 seg. , sem tripé - Nokia 3200 - objetiva 18-105 mm)
.

Entretanto, em Leiria, na noite de Sexta-feira passada, a Lua Cheia apresentava-se assim:

Fotografia
Na zona da "Zara" - pode ver-se, para além da lua cheia um ponto minúsculo brilhante, o planeta Marte, logo acima da lua, à direita.
Fotografia
Na zona histórica de Leiria
Fotografia

A Lua Cheiíssima ...vista do Largo das Forças Armadas, Leiria, junto à "Zara"

(Fotos com uma Canon SX30IS - 35x zoom, sem tripé)

2012/12/29

Portugal, que futuro?!


.
Fechados para balanço:
balancear o 2012
perspetivar o 2013

Talvez ocorra um milagre
uma ideia luminosa
que ajude a aclarar 
o caminho
que os passos 
do Coelho
e o camalear 
do Gaspar
têm andado a trilhar

Virtualmente...

O poeta bem proclama
que o sonho comanda a vida
o governo sonha em delírio
e quem aquece o fogo?
O Zé Povinho, 
sempre o Povo!...


Que o ano de 2013 não nos traga mais desilusões do que as desgraças de que já estamos à espera!...

@as-nunes

2013, o ano da nova era dos impostos desenfreados




Versos desarrumados

Talvez não seja mais
Que um mero aprendiz
Arrumador, pouco mais
destes versos sem matriz

Como que um íman
Na cauda dum  cometa
Há versos que brilham
E saúdam o poeta

Cinzento no branco
O verso soletra
O momento franco
A harmonia de cetra

Poesia é a própria vida
Ora ritmada ora sem rumo
Esta luz coada e sumida
Deste dezembro em fumo

Que motivos azerados
Escreveram estes versos
Soltos, desarrumados
Deste jeito, tão inversos?!

(Um poeta desenganado)

-
Agora, que estamos em Dezembro de 2012,
Precisamente no limiar dum ano
Que nos espreita na esquina do tempo
Com um ar carrancudo,
Caquético mesmo,
Já carcomido pelo tempo futuro…

De muito mau augúrio!...

Isto não é pessimismo
É realismo…
Mesmo que sob os ouvidos adocicados pelas loas do primeiro ministro...

@as-nunes

2012/12/27

(7) Divulga Blogs – Google+ (E a vida continua...)


(7) Divulga Blogs – Google+

TANTAS REDES SOCIAIS...
Tão pouco Tempo!...

Credo!
Que confusão!
O Mundo anda louco, à nora, talvez!...

E como a vida pode ser singela...é só fruir o nosso habitat



Snrs. da GOOGLE!
Não me tirem o meu blogue!
O Dispersamente.
Prometo 
que me porto bem
que não digo mal de vcs
que também participo
na GIGANTESCA teia
que estão a criar
o GOOGLE+

Mas, por favor,
Não acabem com o Blogger!...

@as.nunes

2012/12/26

Foi Deus! ...


Fado cantado por Agnaldo Timóteo
 
OS SINAIS
Saibam quantos vivem
neste mundo imenso:
Deus não cheira a incenso.
É no estrume fresco
e na alga viscosa
que devemos ver
os sinais divinos
com os olhos de quando
éramos meninos.
 
LÊDO IVO
* morreu subitamente (em plena festa natalícia) em 23 de Dezembro pp
Antologia Poética
De “A Noite Misteriosa (1973-1982)
Ed. Afrontamento - 2012

@as-nunes
 

Aqui é PORTUGAL. É bom ser Português. Os verdadeiros portugueses lutam pela sua terra! ...


O alvorecer dum dia a olhar os montes da Sra. do Monte e do Alto da Maúnça.
Do lado de cá estamos na freguesia da Barreira, concelho de Leiria - PORTUGAL
@as-nunes

2012/12/24

"Uma morte súbita na festa" - Lêdo Ivo




MORTE SÚBITA

Mas quem morre, que vida deixa à morte?
E quem vive, que vida deixa à vida?
Aberta a porta, a sombra se dissipa.

Para quem ama, além de horror e cólera,
Existe o amor, raio de sol na relva
E relâmpago acima da floresta.

Para quem vive, o dia sempre hesita
Entre ser claro e escuro, longe e perto
E miragem mirada no deserto.

Entre o que vem e vai e parte e resta,
Quem ama, morre e vive se prepara
Para uma morte súbita na festa.

LÊDO IVO
Antologia Poética (*)
pp. 138
Ed. Afrontamento – Maio 2012
-
Em tempo:
Descobri Lêdo Ivo tarde, talvez tarde em demasia.
Em vida era considerado o maior poeta do Brasil. E agora, que morreu, inesperadamente?
Era  membro da prestigiada Academia Brasileira de Letras, onde ocupava a cadeira nº 10.
Nasceu em Maceió, capital do Estado de Alagoas, em 1924.
Morreu ontem, dia 23 de Dezembro, de ataque cardíaco,  em Sevilha, , onde passava esta quadra natalícia.

Para se ficar com uma ideia da sua personalidade e da sua luta contra o modernismo de 1922, pode ler-se, por exemplo:

Verdade e Mentira

O mar às avessas:
As constelações
São navios.

A poesia é uma mentira.
As estrelas não são navios.
O céu é uma ilusão.

A verdade está na terra,
Nos navios ancorados
Ao longo do cais.
-

2012/12/23

E hoje amanheceu assim...


Esta imagem fantástica
do dia a começar
bem merece um poema
que a possa cantar

Tantos e tão bons poemas ... escolher qual?!...
-
Os meus pais, Daniel e Encarnação, quase 90 anos, ele a conduzir, estão a chegar de Viseu...
há pouco já estavam em Pombal...
Ah, valente pai Daniel... e querias tu, Vitor, vires de propósito, de Viseu a Leiria, para os trazeres?!
E queria eu, António, ir buscá-los a Viseu?!...
Não senhores, ainda estou em condições de guiar por aí... 
Há dias teve que renovar a carta e o médico a sugerir-lhe que ficasse com uma limitação na velocidade, aí os 90 km/hora. Qual quê? Acha que é preciso, Doutor?! 
Ou seja, o médico concordou que está no pleno uso das suas faculdades para conduzir normalmente...
Boa malha, pai!...
...

2012/12/21

Isto está complicado! ...


E não se antevêem melhoras nenhumas!...

Alguém está a perceber o que é que se passa nesta fita da TAP, 
por exemplo?

2012/12/19

É Natal?!...


(...)


Doze signos do céu o Sol percorre,
E, renovando o curso, nasce e morre
Nos horizontes do que contemplamos.
Tudo em nós é o ponto de onde estamos.

Ficções da nossa mesma consciência,
Jazemos o instinto e a ciência.
E o sol parado nunca percorreu
Os doze signos que não há no céu.

Fernando Pessoa
Glosas, in “Cancioneiro”, 14-8-1925
@as-nunes

2012/12/18

O Fado... mas também NATAL



...
Sem mais palavras...
Pode-se ver parte de Leiria,
da sua história,
dos seus símbolos
e marcos...
-

E já estamos noutro Natal


2012/12/16

Sim, sim, snr primeiro ministro!...

Comentários do site do Sapo.pt:
1• Manuel Marques • Vila Real, Vila Real, Portugal 
Mentiroso! Eventualmente recebem mais aqueles que têm uma vida mais longa e os políticos. E aqueles que batem as botas ao fim de meia dúzia de anos após a reforma? Isto é como os seguros, eu que nunca tive acidentes pago para aqueles que andam constantemente a bater e as seguradoras têm grandes lucros na mesma Na caixa de pensões é o mesmo: o dinheiro das pensões não chega porque o andam a desviar para investimentos ruinosos e tapar muitos buracos feitos por quem nos governa. 2 • Fernando Silva • 
O homem estava a falar verdade. Referia-se às pensões vitalícias dos políticos !!!!!! - 
-
Com que então, o próprio Primeiro Ministro deste governo de gestão da Troyka, a fomentar a desunião entre os portugueses? 
Só quem for completamente parvo (no sentido de quem finge que não percebe, que não é nada consigo) é que faz declarações destas, duma forma genérica. 
Admito que haja algumas reformas que são exageradas, de qualquer modo, correspondem (nalguns casos) a grandes contribuições para a Segurança Social. 
Não sei se o atual governo está ao corrente das últimas e penalizadoras fórmulas de cálculo das pensões, já em vigor antes mesmo deste entrar em funções. 
Para essas pensões exorbitantes (em 90% dos casos, de políticos ou funcionários públicos de topo) poderia ser feita uma correção extraordinária, que mesmo assim, esses "pensionistas" ficariam bem servidos. Não se pode é fazer declarações deste teor, no tom "fingido" deste pm! 

Veja lá se ganha juízo e se começa a arrumar a própria casa, ou seja, reveja as pensões dos políticos que se aposentaram novos e com menos de 10 anos de serviço! 
Isso é que é uma vergonha!...

Mas é mais fácil e cómodo penalizar à bruta as pensões a partir dos 600 euros mensais, não é, snr. pm?
@as-nunes

É preciso um país



É PRECISO UM PAÍS...

Não mais Alcácer Quibir.
É preciso voltar a ter uma raiz
um chão para lavrar
um chão para florir.
É preciso um país.

Não mais navios a partir
para o país da ausência.
É preciso voltar ao ponto de partida
é preciso ficar e descobrir
a pátria onde foi traída
não só a independência
mas a vida.

Manuel Alegre
(Águeda, 1936)

Manuel Alegre: "Cada bom poema que se faz é uma derrota da indigência"
É preciso um país                           
É preciso um país                             
É preciso um país                                
É preciso um país                      
É preciso um país                 

2012/12/15

Chuva através do vidro do carro vs Falta de qualidade da emissão em FM da Antena UM


Leiria. Chovia a potes.
Centro, na zona do Largo 5 de Outubro de 1910.
Um dos largos de maior dimensão que eu conheço, para além da Praça do Comércio, em Lisboa.
Estava dentro do carro, estacionado, de atalaia, não fosse aparecer a polícia para me multar.
É que não se pode estacionar no centro de Leiria. 
Só a pagar, que parques de estacionamentos subterrâneos pagos (e bem pagos) há-os como cogumelos.
Era só por um bocadinho.
Claro que só é possível ter êxito nesta operação se forem duas pessoas no carro.
Uma para ficar a "fingir" que "vai já arrancar", que foi só para espirrar sem provocar um desastre.
Outra para ir à farmácia, ou buscar o jornal, ou fazer qualquer coisa rápida.
Os comerciantes bem se queixam que a cidade está às moscas, que as pessoas emigram para o Shopping e de lá não saem.
Há dias tive uma "discussão" com um polícia, que à viva força queria multar-me, num caso destes.
E eu barafustei. Dentro dos limites que não lhe proporcionassem dar-me ordem de detenção por desrespeito à autoridade.
É que são 30 Euros que vão para o maneta... que há um código nas multas aplicável à situação de "que estava a impedir a formação de fila de trânsito". É a que dá mais valor, dentro destas multas de estacionamento.

Aproveitei para ouvir a minha rádio, a Antena Um. Como chovia forte, a emissão nos 98.7 mhz (que é a que serve Leiria, Batalha, Porto de Mós) estava entre-cortada. 
Como já é habitual. Há anos que assim sucede. Sempre que chove com um bocadinho de intensidade não se consegue ouvir a Antena Um, em FM, em condições minimamente aceitáveis, nesta zona.
Não me digam que estão a pensar poupar uns cobres e porem-nos a ouvir rádio em onda média!...
Vou mandar este apontamento para a Administração da RTP e queixar-me ao Provedor.(*)

Uma vergonha, uma falha imperdoável
É caso para perguntar para que é que serve a taxa de comunicações audio-visuais que temos de pagar, todos os meses, na conta da luz/EDP?

Bem, vou ficar por aqui hoje. 
Parece que o tempo meteorológico vai melhorar, dizem.
-
(*) Acabei por remeter e-mail para o António Macedo e para a Filomena Crespo, que são os que mais acompanho.
E ao provedor.
@as-nunes

2012/12/13

Memórias de Leiria, de Viseu e outras...



No seu livro “As Minhas Memórias – Leiria . 1909-1939”, Raul Faustino de Sousa, em dado passo, escrevia:
(…)
Em Junho de 1935, o Órfeão de Viseu visitou Leiria, conforme já foi referido.
No mesmo ano, em 26 de Junho, Leiria e o seu Orfeão foram a Viseu em agradecimento da visita a Leiria. Demos passeios maravilhosos, houve almoço no Parque do Fontelo, visita às Caves de Viriato, e outros pela cidade, e, à noite, o espectáculo num teatro enorme, deixando óptimas impressões a todos, O Orfeão de Viseu acompanhou-nos em cortejo até à Estação do C. Ferro, e fez despedidas com um hino, que foi retribuído com outro hino, dos de Leiria.
(…)
Pág. 114

Deixo agora esta referência particular por aqui se falar duma ida a Viseu (a minha terra natal), em anos tão longínquos, e se evocar a existência de um “teatro enorme”.
Provavelmente seria o Teatro Avenida, na Av Emídio Navarro, no centro da cidade de Viseu. Não me dei ao trabalho de indagar das hipóteses de se poder tratar também de outro Teatro de Viseu, o Teatro Viriato, uns 200 metros mais acima na mesma avenida.

Pode ser que algum dos meus leitores de Viseu me possam dar alguma dica. Quem sabe não estará ainda alguém vivo, dessa época, e que se lembre deste facto?

Sem dúvida, Raul de Sousa, Viseu já nessa altura era uma cidade de valor e mérito cultural de relevo!
Para além de ter esses dois pontos de extraordinário interesse turístico e ambiental:
Um, o Parque do Fontelo (onde cheguei a participar num acampamento da Mocidade Portuguesa; não dormi quase nada com os gritos estridentes e caraterísticos dos pavões durante toda a noite). Talvez aí pelos anos 1958/9.
Cheguei a ser chefe de quina (não me envergonho desse facto, nem sequer imaginava do significado perverso que, mais tarde, veio a ser dado à existência dessa instituição!) e a tropa é que nos forneceu a alimentação no acampamento, com cozinha montada no local e tudo. Lembro-me que foi uma experiência muito emocionante para a ganapada da altura.
 Outro, a Cava de Viriato (*)nessa altura, não deveria ser muito diferente do que era quando eu, muitos anos mais tarde, brinquei aos espadachins com espadas improvisadas com os ramos das mimosas que abundavam por ali.
Quantas horas não passei naquela zona a estudar em voz alta, horas a fio, que assim é que me sabia bem!

E a estação do Caminho de Ferro? Estaria, hoje, em pleno centro da cidade, ali muito perto do recinto da feira franca de Viseu, que se realiza todos os anos em Setembro, e que constitui um dos grandes certames do género em Portugal. Grandes jogatinas de matraquilhos com moedas de 2 tostões ou com algumas chapas à medida para endrominar o comando de descarga das bolas! E aquelas enguias em barril? E os carrinhos de choque, em pista em Ó alongado? E as projeções de filmes de corrida de fórmula um, do tempo do Fângio? E o fogo de artfício preso com o ciclista e outras figuras?

Obrigado à editora Textiverso, que, em conjunto com o Arquivo Distrital de Leiria e o apoio da Caixa Agrícola de Leiria, editou este livro a que me tenho vindo a referir há já uns registos atrás e que tão gratas recordações me trouxe, com este bocadinho do texto manuscrito e guardado nessa forma durante tanto tempo! 
Agora dado à estampa através desta edição!

Obrigado Leiria, por me teres acolhido, duma forma tão íntima e duradoura! Desde o já longínquo ano de 1966, chegava eu para exercer o cargo de professor do 6º grupo na Escola Industrial e Comercial!  Um miúdo, a enfrentar a sua primeira experiência profissional, à espera de ser chamado para a "guerra"! 
Que anos aqueles! 
Que juventude de luta pela vida! ...

Dentro de ti, ó Leiria, tenho-me sentido perfeitamente, em casa!

-
Ver capa do livro e mais anotações aqui

2012/12/12

Concentrado...

composição da minha neta Mafalda 

A Ema e o Ivo aproveitaram a ocasião e ocuparam a minha cadeira da secretária onde tenho o computador...

2012/12/10

O lançamento sui generis dum livro, ...


O livro e o manuscrito que lhe serviu de suporte, dentro duma vitrina. Em exposição no m|i|mo, em Leiria.

A ver se amanhã consigo encontrar o livro que foi lançado no sábado passado no m|i|mo.
Um lançamento sui generis
Sem que o livro fosse colocado à disposição dos presentes na respetiva sessão de apresentação…

Como já narrei no registo anterior. 
(11.12.2012- ver notas complementares nos comentário e aqui)



 A noite, ao serão, passou-se melhor assim...
Vale, também, que consigo usar alguma lenha proveniente das podas das árvores...
-
m|i|mo - museu da imagem em movimento
Largo de São Pedro (cerca do castelo)
Leiria
@as-nunes