
2007/01/30
IVG ou IVV ?

2007/01/27
Presidenciais, 1 ano depois
O Zé Paiva, por mera coincidência, trouxe-me, hoje, alguns dos seus papéis, desenhos, caricaturas, escritos para eu ver, simplesmente. Reformou-se há coisa de um ano e está a pensar retomar o hobby da pintura, do desenho e da caricatura. Tem já umas coisas publicadas no "Ribatejo" e até no "Público" mas não faz alarde disso. Também já participou em exposições e ganhou alguns prémios. Sempre por carolice!...
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2007/01/24
Os tempos heróico/românticos da Tipografia

Pretenderam as gentes de Leiria, em tempos, a honra de nesta cidade ter sido instalada a primeira tipografia, o que não corresponde à realidade como já está documentado . Essa glória cabe a Faro.




Atente-se na forma e no estilo da publicidade da época, com a figura do ardina em grande evidência. Não nos podemos esquecer que os jornais e revistas da região de Leiria eram impressos nestas tipografias e, em muitos casos, a distribuição era feita por seu intermédio.
Espero que tenham apreciado esta pequena resenha.
2007/01/21
RENOVAÇÃO CULTURAL


..(Clicar nestes links para ver o "programa" completo da inauguração deste Teatro em 1966)
Segundo as informações que nos chegam através da imprensa regional, "O Cine-teatro José Lúcio da Silva, remodelado ao mais alto nível, com destaque para as correcções na acústica, é uma das melhores salas de espectáculo do País. Na segunda-feira, o Presidente da República assiste a um concerto naquele espaço. O vereador da Cultura, Vitor Lourenço, promete programação diversificada e de qualidade." (Jornal de Leiria).
Este Teatro foi brilhantemente gerido até 1994, data da sua morte, por José Teles de Almeida Paiva(1), por acaso meu sogro, sobrinho do Ilustre poeta Leiriense Acácio de Paiva(2), de quem já se falou neste blogue e a quem se prestou recentemente, também, uma justa homenagem no blogue "meninamarota.blogspot.com".
* O busto que se vê na zona ajardinada no lado esquerdo da fotografia representa o comendador José Lúcio da Silva.
(1) Pode-se ler "José Teles de Almeida Paiva - 1917-1994 - Uma Vida, Uma Obra, Uma Cidade", ed. Folheto-2004, autores Zaida Paiva Nunes e António Santos Nunes.(autor do presente blogue)
(2) Acácio de Paiva foi, antes de mais, um brilhante poeta lírico e humorista. A verdade, porém, é que se dedicou com igual mérito a outras áreas da escrita, em prosa e teatro. Colaborou com vários periódicos, Revistas, Almanaques, atingindo a modalidade teatral...Escreveu e publicou diversas peças de teatro, e outros trabalhos como por exemplo, "Programa, com bailados e coros na revista «Pronto! Assim é que é!», em colaboração com D. José de Sequeira S. Martinho (folheto c/ capa aguarelada 16x24, 4 páginas - Junho de 1937). Porque não estabelecer, desde já, um lugar na programação do agora restaurado Cine-Teatro José Lúcio da Silva, dedicado ao trabalho literário deste consagrado Leiriense?
2007/01/17
REFERENDO: SIM ou NÃO
.(algumas correcções de texto em 21/1/2007) .
. " É já no próximo dia 11 de Fevereiro!
. " 1,5 milhões de Euros a gastar pelos
. partidos!
...
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Dois aspectos quero aqui deixar à consideração dos leitores deste "dispersamente":
1- A foto acima evidencia que o Sim defendido pelo BE tem um espaço de privilégio para a sua propaganda. Em Leiria, na Praça do Município. Nem compreendo como é que se permite colocar outdoors numa praça pública com as tipicidades desta. Se todos os partidos e movimentos utilizassem este ou outros locais públicos similares e de passagem dentro da cidade, perdia-se toda a estética urbanística cuja defesa tanto se proclama. A Praça é para fruir calmamente pela população, sem contrastes estético/visuais e placards desproporcionados àquele local.
Demais, aquele "placard" já ali está a destoar há muito tempo. Não é só de agora.
2- Ao mesmo tempo, política partidária e de defesa duma das opções do próximo Referendo à Despenalização da IVG, vulgo "Aborto", não devem nem podem ser confundidas, sob pena de estarmos a partidarizar uma questão de interesse fulcral para toda a sociedade. É indecente, para não dizer, imoral, ética e politicamente falando, utilizar-se esta oportunidade para se levantarem questões de promoção partidária. Aliás os partidos políticos com assento na Assembleia até deviam, enquanto estruturas de grupo representativas duma determinada corrente política, a viverem com dinheiro do erário público, abster-se de campanhas político/partidárias.
O que está em referendo poderia ter sido resolvido no Parlamento. A partir do momento em que aqueles partidos endossaram a solução do problema social que está em questão, directamente para o Povo, deveria ser este, através de movimentos Independentes exclusivamente, a organizar-se e a movimentar-se no sentido de possíveis e desejáveis campanhas de esclarecimento.
Assim sendo há que dar a Voz ao Povo duma forma directa e independente dos partidos parlamentares.
NB.: AVISO à NAVEGAÇÃO: (actualização em 19/1/2007)
Nada me move contra o Bloco de Esquerda, nem contra nenhum dos outros partidos com assento na Assembleia da República. Posso dizer que até simpatizo com algumas das ideias bloquistas e que fui militante político no Partido Socialista durante mais de 20 anos. Actualmente considero-me na situação de ex-militante, tendencialmente independente dos vários partidos organizados. Sinto-me ligado a uma corrente idiológica que se pode definir na área da social-democracia: PS ou PSD? Daí a minha assunção como "independente". É assim que me sinto bem. A dizer de minha justiça sem ter de prestar contas às estruturas partidárias, quantas vezes comandadas por déspotas e autoritários ou a aspirantes a esses estatutos.
2007/01/16
MIGUEL TORGA - CENTENÁRIO do NASCIMENTO
A RTP1, no seu Telejornal da hora do almoço, lembrou-mo, assim como a muitos mais de nós, decerto. Aliás, Miguel Torga nasceu em 12.8.1907.
Pelo que apurei, a Escola Secundária Miguel Torga, de Bragança, decidiu homenagear o seu patrono com um ciclo de conferências, exposições e espectáculos que começam dia 17 (é já amanhã tendo em conta a data da edição deste post) e se prolongam por todo o ano. (mais)
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Em Junho de 2006 escrevi um post neste blogue, inspirado na fotografia abaixo duma porta envidraçada na Rua da Vitória, em Leiria. Aquela que vai do Largo da Sé para o Largo Paio Guterres (vulgo "largo do gato preto" porque alguém, no decorrer das primeiras décadas do século passado, se lembrou de ornamentar a parede dum prédio que lá serve de pensão, a pensão "gato preto", com um painel de azulejos com a respectiva figura alusiva a este animal). De tal modo ficou arreigada esta referência, que, ainda recentemente, aquando da requalificação daquela área, lá se utilizou aquela figura característica em destaque no chão do largo em calçada portuguesa.
Se se observar a foto com alguma atenção detecta-se o reflexo do autor deste blogue, em pose de fotógrafo. Podia-lhe dar para pior, não acham?...
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Mais pormenores deste post podem ser consultados em:
http://dispersamente.blogspot.com/2006/06/miguel-torga-na-minha-rua.html
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(*)De seu nome completo Adolfo Correia da Rocha, adoptou o pseudónimo de Miguel Torga porque "eu sou quem sou. Torga é uma planta transmontana, urze campestre, cor de vinho, com as raízes muito agarradas e duras, metidas entre as rochas. Assim como eu sou duro e tenho raizes em rochas duras, rígidas, Miguel Torga é um nome ibérico, característico da nossa península"...
2007/01/14
País Lilás

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Ontem, Sábado, Praça Rodrigues Lobo, Leiria, Feira das Velharias.
Fui lá com a intenção de tentar comprar algum livro ("País Lilás", se possível) de Afonso Lopes Vieira, cuja obra editada está esgotadíssima, há anos, e somente alguns exemplares existem na Biblioteca Municipal de Leiria com o seu próprio nome.
Havia alguns!...
Optei por um, encadernado a rigor clássico, edição de 1922, da Sociedade Editora Portugal Brasil, La - Lisboa. "País Lilás, Desterro Azul" é o seu título.
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Não tenho culpa, meu Deus,
de fazer versos assim;
pensando bem, não são meus,
são de alguém que canta em mim.
...
E o País Lilás se aloira
no além da saudade plena...
- País Lilás, pátria loira
desta saudade morena.
...
canções do mais longe, além...
- País Lilás, que és também
...............Desterro Azul.
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E em FINAL:
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Exílio! Exílio! A ansiedade
no além de mim me exilou...
- País Lilás da saudade,
Desterro Azul onde eu estou!
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Canções, calai esses ais,
saudade, adormece em mim.
O fim de um poema é: «Não mais!»
soluço eterno do fim...
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* (Consulte-se o semanário "TAL e QUAL" de 12 de Janeiro de 2007, Sexta-feira passada)
2007/01/12
TAL & QUAL - "CIDADÃO JORNALISTA"

A páginas 27 do último número, o 1386, semana de 12 a 18 de Janeiro de 2007, sob o honroso título "Blogue Bem Informado" lá vem um artigo "VEJA NA NET", uma referência muito elogiosa acerca do papel de participação que os blogues podem desempenhar na vida em sociedade. Neste artigo faz-se uma alusão concreta ao post "Afonso Lopes Vieira e os Jacarandás" conforme o que está publicado no endereço
http://dispersamente.blogspot.com/2006/12/afonso-lopes-vieira-e-o-jacarand.htmlAqui está uma matéria a debater com mais profundidade: a complementaridade do Jornalismo profissional com o papel desempenhado pelos blogues.
Muito interessante.
2007/01/08
A Filha do Capitão...e outras Histórias.

Os pormenores do ambiente incrível em que o CEP (Corpo Expedicionário Português) teve que actuar na frente da Flandres e a viva descrição da Batalha de La Lys, transportam-nos de tal maneira no tempo e no espaço, que se fica com a sensação de se estar no próprio local naquela época, a viver as peripécias das trincheiras e do campo de batalha da I Guerra Mundial.
Chocou-me sobremaneira o ter confirmado “ao vivo” que os portugueses se bateram bravamente naquela batalha, apesar de terem sido muito mal apoiados pelos ingleses, que era suposto estarem a render os nossos combatentes (desgastados por um período inumanamente longo e exaustivo nas trincheiras, aos rigores do tempo e com equipamento precário) precisamente no momento em que os Alemães (com 3 Divisões bem armadas e frescas) atacaram com violência extrema as linhas desfalcadas do CEP (1 Divisão).
Só quem passou as vicissitudes do serviço militar obrigatório, sujeito ao ritmo da preparação física, militar e psicológica para as guerras que mantivemos nas Colónias, e, particularmente, os que a tiveram que suportar, é que poderá avaliar os horrores que os Combatentes Portugueses da Primeira Guerra Mundial, passaram nas trincheiras e nos raides, ofensivos e defensivos, até ao massacre final em Abril de 1918, em La Lys.
Em 1969, antes de ser mobilizado para Moçambique, cumpri alguns meses de serviço militar no Regimento de Infantaria 7, na freguesia da Barreira – Leiria. Esta razão justifica a minha particular atenção à referência que se faz no livro à actuação dos homens de Infantaria 7 quando se narram as circunstâncias em que se estava, em determinada altura, a proceder à rendição de efectivos.

2007/01/05
Um bilião de novas árvores em 2007. Pelo menos!

As florestas proporcionam não somente protecção ambiental, mas também significativas fontes de rendimento e meio de subsistência a mais de um bilião de pessoas, que delas dependem em todo o mundo.
As árvores são a fonte de uma enorme variedade de produtos (madeira, fruta, medicinais, bebidas, alimentos) e são fundamentais para o controlo do anidrido carbónico na atmosfera, dão-nos sombra tão útil e agradável em dias de canícula, embelezam a paisagem, controlam a erosão dos solos, fertilizam a terra.
Sem as árvores a vida humana seria insustentável.
As florestas também desempenham um papel importante na cultura e nas actividades espirituais e recreativas de muitas sociedades. Em alguns casos elas são o sustentáculo e determinam a sobrevivência de culturas tradicionais indígenas.
As florestas e árvores são simbolicamente importantes para a maior parte das principais religiões do mundo. As árvores simbolizam a continuidade histórica, elas fazem a ligação entre a terra e os céus e, para muitas tradições, elas são a casa quer dos espíritos bons quer dos maus e ainda das almas dos nossos ancestrais.
As florestas também desempenham um papel importantíssimo nas sociedades modernas. Elas são incontestáveis e poderosíssimos símbolos universais, a expressão física da vida, crescimento e vigor para os seres vivos, particularmente os nossos semelhantes habitantes das zonas urbanas, rurais e das próprias florestas. Produtos medicinais retirados das árvores ajudam na cura de doenças e no incremento da fertilidade.
As árvores são plantadas quer como o berço duma criança quer em locais representativos do fim da vida física; os cemitérios.
(Tradução livre do artigo "Trees and Humanity" do site da UNEP-United Nations Environment Programme.)
No âmbito da maior campanha mundial de fomento da plantação de árvores, que tem em vista a plantação de, pelo menos, um bilião de árvores, durante o ano de 2007.
É feito o convite expresso às pessoas individuais, comunidades, comércio e indústria, organizações não governamentais e às próprias instituições governamentais para colocarem nos seus sites na Internet o logotipo desta campanha como forma de divulgar e ampliar este apelo.