2007/01/17

REFERENDO: SIM ou NÃO

.(algumas correcções de texto em 21/1/2007) .

. " É já no próximo dia 11 de Fevereiro!
. " 1,5 milhões de Euros a gastar pelos
. partidos!

...

.

Dois aspectos quero aqui deixar à consideração dos leitores deste "dispersamente":
1- A foto acima evidencia que o Sim defendido pelo BE tem um espaço de privilégio para a sua propaganda. Em Leiria, na Praça do Município. Nem compreendo como é que se permite colocar outdoors numa praça pública com as tipicidades desta. Se todos os partidos e movimentos utilizassem este ou outros locais públicos similares e de passagem dentro da cidade, perdia-se toda a estética urbanística cuja defesa tanto se proclama. A Praça é para fruir calmamente pela população, sem contrastes estético/visuais e placards desproporcionados àquele local.

Demais, aquele "placard" já ali está a destoar há muito tempo. Não é só de agora.

2- Ao mesmo tempo, política partidária e de defesa duma das opções do próximo Referendo à Despenalização da IVG, vulgo "Aborto", não devem nem podem ser confundidas, sob pena de estarmos a partidarizar uma questão de interesse fulcral para toda a sociedade. É indecente, para não dizer, imoral, ética e politicamente falando, utilizar-se esta oportunidade para se levantarem questões de promoção partidária. Aliás os partidos políticos com assento na Assembleia até deviam, enquanto estruturas de grupo representativas duma determinada corrente política, a viverem com dinheiro do erário público, abster-se de campanhas político/partidárias.

O que está em referendo poderia ter sido resolvido no Parlamento. A partir do momento em que aqueles partidos endossaram a solução do problema social que está em questão, directamente para o Povo, deveria ser este, através de movimentos Independentes exclusivamente, a organizar-se e a movimentar-se no sentido de possíveis e desejáveis campanhas de esclarecimento.

Assim sendo há que dar a Voz ao Povo duma forma directa e independente dos partidos parlamentares.

NB.: AVISO à NAVEGAÇÃO: (actualização em 19/1/2007)

Nada me move contra o Bloco de Esquerda, nem contra nenhum dos outros partidos com assento na Assembleia da República. Posso dizer que até simpatizo com algumas das ideias bloquistas e que fui militante político no Partido Socialista durante mais de 20 anos. Actualmente considero-me na situação de ex-militante, tendencialmente independente dos vários partidos organizados. Sinto-me ligado a uma corrente idiológica que se pode definir na área da social-democracia: PS ou PSD? Daí a minha assunção como "independente". É assim que me sinto bem. A dizer de minha justiça sem ter de prestar contas às estruturas partidárias, quantas vezes comandadas por déspotas e autoritários ou a aspirantes a esses estatutos.

11 comentários:

Chanesco disse...

Caro António

Concordo plenamente consigo!

Relativamente ao ponto 1 - Ficamos com a impressão de que a colocação indiscriminada e abusiva de estruturas para suporte de placards é feita já com o pensamento instituído de que os custos de remoção dos mesmos cabem às autarquias.

Relativamente ao ponto 2 – Penso que apenas o PC alvitrou referendar o aborto na Assembleia, justificando esta opção legitima exactamente com a contenção de custos. Perante a recusa dos restantes partidos, ficamos na dúvida se as máquinas partidárias que operam sem descanso nos períodos eleitorais, não incorporam já uma certa indústria do voto.

Será que o assunto que vai a referendo não mereceria maior respeito.

Um abraço e boa semana.

maria disse...

Não podia estar mais de acordo!
Aliás, este assunto é demasiado sério para a política portuguesa, tal como é feita pela maioria dos seus profissionais em Portugal!

Pensar a questão da IVG e não pensar a importância indispensável da maternidade e da paternidade responsáveis parece-me uma idiotice. Mas lá vem mais um momento de intervenção de cidadania e, ainda que esta pergunta e esta questão esteja toda torcida em mais este referendo, lá vou eu votar! E vou fazê-lo em convicção. Se fosse pelas campanhas... caramba, então votava nim :(

a d´almeida nunes disse...

Acabei de postar a nota abaixo no blogue http://www.blogger.com/publish-comment.do?blogID=29650579&postID=116852056830906254&r=ok
-
Ao se lerem, quer este post extraordinário, quer os comentários, pelo SIM e pelo NÃO, continuo numa grande indecisão. Em princípio, já não terei necessidade de participar de uma decisão pessoal a este respeito.
Muito gostaria, no entanto, de poder dar o meu contributo com a minha opinião convicta.
Não sou capaz, não consigo tomar uma decisão em termos tão radicais como desenhar uma cruz num de dois quadradinhos: SIM NÃO.
Vou-me ABSTER.
O Parlamento é que deveria decidir e assumir a responsabilidade da sua deliberação! Mas não, meteram-se nesta indefinição, com os remendos legislativos que têm sido feitos e agora endossam a resolução do problema para o Povo anónimo. Pois, a decisão, seja ela qual for, acabará por ser anónima, como convém!?...
-
António

Kalinka disse...

Dei por mim a pensar que já ri com vontade, já nadei até perder o fôlego, já chorei até adormecer e acordei com o rosto cheio de marcas que tentei disfarçar; já falei sozinha com o espelho, que já quis ser médica, escritora, actriz ou pintora.
Dei por mim a pensar que já fui criança que joguei às escondidas, inventei amigos, já andei à chuva e senti-me livre. Já estive até altas horas da noite a fazer confissões aos meus amigos ou a ouvir as deles.
Dei por mim a pensar que já rimos e chorámos juntas… dei por mim a pensar que já confundi sentimentos e segui talvez pelo atalho mais complicado e nele caminhei pelo desconhecido…já chorei a ouvir músicas, já tentei esquecer pessoas mas conclui que essas são as mais difíceis de esquecer...

Bom fim de semana.
Beijo.

Eu também ando a pensar que vou me abster...é o que dá!!!

Tozé Franco disse...

Dá-me a sensação que andamos a brincar à política. Há alguns partidos que se estão a aproveitar disto para tirar dividendos políticos. Aliás, acho que é a falta de seriedade da generalidade dos partidos que contribui para o descrédito da democracia, que eu acho, como Churchill afirmava, ser o melhor regime político do mundo.

Anónimo disse...

Percorrer esta merecida página não é uma imposição, mas, tão-somente, um prazer lúdico, para ver a elegância, qualidade, de braço dado com a noção de estética e bem-fazer. Afinal, tenho a sorte de puder apreciar e visitar este agradável blogue. Óptimo fim-de-semana. Penso que a campanha é folclore deste governo para desviar as atenções do real estado da Nação e dar um osso à esquerda, dizendo que está a “resolver” a questão. Um abraço e óptimo fim-de-semana.

ManuelNeves disse...

Viva!

Pois! Sou também só pelos movimentos civicos, com os partidos de fora desta "guerra", não aprovaram no Parlamento porque assim o entenderam (ou lhes convinha?!...). O referendo e a sua discussão deveria ser entregue em exclusivo à Sociedade Civil, seria muito mais transparente.

Não me vou Abster. Penso no entanto, que é uma questão de consciência, que só cada um per si poderá decidir. Daí também não indicar o sentido do meu voto.

Um Abraço

david santos disse...

Olá asn. Andas no referendo?
O Zé Lérias vai apresentar um trabalho sobre o referendo, que vai abanar toda a blogosfera, vais ver. Daqui por uns dias.
Bom fim-de-semana.

david santos disse...

Olá asn. Andas no referendo?
O Zé Lérias vai apresentar um trabalho sobre o referendo, que vai abanar toda a blogosfera, vais ver. Daqui por uns dias.
Bom fim-de-semana.

david santos disse...

Olá asn. Andas no referendo?
O Zé Lérias vai apresentar um trabalho sobre o referendo, que vai abanar toda a blogosfera, vais ver. Daqui por uns dias.
Bom fim-de-semana.

Menina Marota disse...

Acho que está na consciência de cada um e não é um acto isolado, que se faça de ânimo leve.
Tenho 2 filhos maravilhosos, ânseio ser um dia Avó, se Deus me permitir... e respondo pela minha consciência.

Um abraço ;)