Estou a acabar de ler o livro de José Rodrigues dos Santos, “A Filha do Capitão”.
Os pormenores do ambiente incrível em que o CEP (Corpo Expedicionário Português) teve que actuar na frente da Flandres e a viva descrição da Batalha de La Lys, transportam-nos de tal maneira no tempo e no espaço, que se fica com a sensação de se estar no próprio local naquela época, a viver as peripécias das trincheiras e do campo de batalha da I Guerra Mundial.
Chocou-me sobremaneira o ter confirmado “ao vivo” que os portugueses se bateram bravamente naquela batalha, apesar de terem sido muito mal apoiados pelos ingleses, que era suposto estarem a render os nossos combatentes (desgastados por um período inumanamente longo e exaustivo nas trincheiras, aos rigores do tempo e com equipamento precário) precisamente no momento em que os Alemães (com 3 Divisões bem armadas e frescas) atacaram com violência extrema as linhas desfalcadas do CEP (1 Divisão).
Só quem passou as vicissitudes do serviço militar obrigatório, sujeito ao ritmo da preparação física, militar e psicológica para as guerras que mantivemos nas Colónias, e, particularmente, os que a tiveram que suportar, é que poderá avaliar os horrores que os Combatentes Portugueses da Primeira Guerra Mundial, passaram nas trincheiras e nos raides, ofensivos e defensivos, até ao massacre final em Abril de 1918, em La Lys.
Em 1969, antes de ser mobilizado para Moçambique, cumpri alguns meses de serviço militar no Regimento de Infantaria 7, na freguesia da Barreira – Leiria. Esta razão justifica a minha particular atenção à referência que se faz no livro à actuação dos homens de Infantaria 7 quando se narram as circunstâncias em que se estava, em determinada altura, a proceder à rendição de efectivos.
Os pormenores do ambiente incrível em que o CEP (Corpo Expedicionário Português) teve que actuar na frente da Flandres e a viva descrição da Batalha de La Lys, transportam-nos de tal maneira no tempo e no espaço, que se fica com a sensação de se estar no próprio local naquela época, a viver as peripécias das trincheiras e do campo de batalha da I Guerra Mundial.
Chocou-me sobremaneira o ter confirmado “ao vivo” que os portugueses se bateram bravamente naquela batalha, apesar de terem sido muito mal apoiados pelos ingleses, que era suposto estarem a render os nossos combatentes (desgastados por um período inumanamente longo e exaustivo nas trincheiras, aos rigores do tempo e com equipamento precário) precisamente no momento em que os Alemães (com 3 Divisões bem armadas e frescas) atacaram com violência extrema as linhas desfalcadas do CEP (1 Divisão).
Só quem passou as vicissitudes do serviço militar obrigatório, sujeito ao ritmo da preparação física, militar e psicológica para as guerras que mantivemos nas Colónias, e, particularmente, os que a tiveram que suportar, é que poderá avaliar os horrores que os Combatentes Portugueses da Primeira Guerra Mundial, passaram nas trincheiras e nos raides, ofensivos e defensivos, até ao massacre final em Abril de 1918, em La Lys.
Em 1969, antes de ser mobilizado para Moçambique, cumpri alguns meses de serviço militar no Regimento de Infantaria 7, na freguesia da Barreira – Leiria. Esta razão justifica a minha particular atenção à referência que se faz no livro à actuação dos homens de Infantaria 7 quando se narram as circunstâncias em que se estava, em determinada altura, a proceder à rendição de efectivos.
Depois de ler aquelas descrições e narrativas da vida dos soldados do CEP, lembrei-me de, antes de completar este post, passar pelo Santuário dos Milagres, aqui ao lado de Leiria na direcção Norte/Noroeste, e tirar esta foto duma placa de homenagem aos soldados, pelo menos 3 mortos, oriundos desta zona (RI7). Tenho pena de não ter oportunidade de homenagear da mesma forma,também, nesta oportunidade, os Minhotos e os Transmontanos, tantas vezes referidos no livro de J R dos Santos. Rudes mas combativos até à exaustão e ao sacrifício extremo da própria vida. Como tantos milhares de soldados portugueses que ficaram para sempre nos campos da Flandres, regando com o seu sangue, as palavras de ordem da França: Liberté, Egalité, Fraternité. Que, felizmente, se propagandearam, com o decorrer dos tempos, pelo resto da Europa...
Não nos iludamos, porém. Ainda muito tempo histórico há-de passar até que estes princípios fundamentais da convivência humana sejam plenamente praticados!...
10 comentários:
Estou aqui para agradecer a visita ao meu blog e deixar registrado que gostei muito do seu. Ainda não tive a oportunidade de ler o livro "A Filha do Capitão",mas através de comentários de quem leu,sei que é espetácular. Em breve o lerei com certeza. Mas fico esperando por seus comentários sobre o mesmo.
Até...
Dos 3 livros de José Rodrigues dos Santos que já li (A filha do capitão, o Codex 632 e a Fórmula de Deus) o que gostei mais foi a Filha do Capitão. É impressionante a descrição da vida dos soldados portugueses nos campos da batalha de La Lys entrecortada pelo romance do nosso capitão.
A seguir siga para o Codex e acabará "convencido" que o Colombo era português (há historiadores que defendem essa hipótese). Já a Fórmula de Deus é um livro curioso por causa das discussões que suscita sobre a existência de Deus.
Temos escritor.
Um abraço.
Caro Antonio
A guerra de 14-18 deixou marcas em muitas famílias portuguesas.
Da minha terra foram recrutados 2 soldados, um deles faleceu nas trincheiras e esta sepultado precisamente em La Lys. O outro foi meu avô materno e tenho guardada religiosamente a sua caderneta militar.
Um abraço e bom ano 2007
Bom resto de semana
Já me esquecia!
Gostei de o ver com a sua "gorra espanhola".
Era a indumentária que caracterizava os contrabandistas da zona raiana áli por finais dos anos 50 até principios de 70.
Mais uma vez um abraço.
Caro Chanesco
É sempre com muita alegria que leio as suas notas, quer nesta área de "comentários" quer nos seus excelentes posts.
Gostei desta do "gorra espanhola". É verdade que quem me ofereceu a boina foi o meu genro, o "Moura" que o meu amigo penso que conhece dos blogues. Há uns meses atrás foi dar uma volta pelo Norte de Espanha e andou pelo País Vasco.
Eu gosto muito de usar a boina nesta altura do ano. Mas tenho-me coibido de o fazer por saber que a minha mulher não aprecia esta peça indumentária.
Parece que já está mais conformada.
Um abraço
António
Olá!
Sim, quem sabe? Eu já nem me importava com o pleno. Bastava-me alguma prática de convivência sã. Pode ser, quem sabe?
Parabéns. ASN, abraços.
Até sempre.
De vez em quando os comentários encrencam mesmo.Já várias vezes passei por aqui e não deixa os comentários.
Essa guerra de 14/18 apesar de longinqua ainda tem familiares que choram os seus.Quanto ao livro deve ser interessante até porque deve estar relatada a bravura dos nossos embora como quase sempre é relatada quando os portugueses entram. boas leitura. Um abraço António
oi...gostei do que escreve e da forma como pensa a sua região..
continue..
luciano leal
Passei para dizer apenas um oi! E ler teus escritos também...
Até breve!
Vivam, caros amigos:
Muto obrigado pelos v/ comentários, que muito me sensibilizam.
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Aproveito para informar que o Semanário português "TAL&QUAL" desta semana publica um artigo sobre este Blogue a páginas 27 da edição desta semana (12 a 18 de Janeiro de 2007).
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Imaginem como fiquem surpreendido, agradavelmente está claro!
Uma grande abraço.
António
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