Aproveitei para lhe falar dos meus tempos em que tinha mais ou menos a idade dele e em que nós, os putos da época (anos 50), também fazíamos estas e outras colecções, colando aquelas imagens em estampas do mesmo tamanho. E vieram-me à recordação:
- O nº da bola;
- História de Portugal;
- Figuras Humanas;
- Batata cozida a fazer de cola, às vezes misturada com resina de ameixoeira;
- Aqueles frascos enormes com os caramelos envoltos nos cromos;
- Os prémios que, muito esporadicamente, nos eram atribuídos;
- A alegria esfuziante que tínhamos quando nos calhava o jogador do número da bola, que só nessa altura é que conseguíamos completar a colecção. Também nos dava direito a uma bola de futebol, como devia ser, os gomos cosidos à maneira. A qualidade do material era rasca mas nós ficávamos todos contentes. Estou a ver-me ali na Rua Direita em Viseu, a passar em frente das lojas onde vendiam os cromos, sempre na expectativa de poder ver o frasco já quase no fim. A probabilidade de nos calhar o nº da Bola era muito grande. De modo que era ver a rapaziada a estoirar os tostõezitos a comprar mais cromos que o habitual.
Que tempos! Que saudades! Que é feito da maior parte dos meus amigos da altura?
Esqueci-me de perguntar ao Guilherme se ainda há o número da Bola. Seria só para confirmar a minha suspeita. Acho que já não existe essa técnica de vendas.
Muitos anos mais tarde acabei por ser professor da disciplina “Técnica de Vendas e sua Publicidade”. Anos 60 e tal. Quem se lembra? Aliás, hoje já não é técnica de vendas que se diz. É Marketing, não é?
3 comentários:
"Como ele � adepto do FCP..." - Valente Guilherme! Dois beijos repenicados para ele ou um aperto de m�o, vigoroso, bem � maneira do Porto.
Alda
Bem me lembro quando comprava cromos e mais cromos, e depois ia para o Rossio (Lisboa)trocar os repetidos em busca de acabar as colecções.
Ainda hoje guardo as cadernetas, umas acabadas outras não, com muito carinho.
já agora eu sou SLB.
Beijos.
Ao ler este post, recordei os momentos de euforia quando o meu pai chegava do trabalho e retirava do bolso algumas carteiras de cromos e dizia "vamos lá ver se não saem muitos repetidos".
Saudações
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