2008/09/09

Diário duma manhã em Leiria

Perto das 9 horas. Margem direita do Rio Lis. Zona do antigo Parque da Fonte Quente. Os plátanos, majestosos, em preparativos para o Outono que se avizinha.

A Sra. D. Felismina, já duma certa idade (mais ainda que a minha, talvez pudesse ser minha mãe, portanto já podem ver), acabou de trazer, aqui ao meu escritório, no Largo da Sé, em mão própria, esta dose de marmelada. Esta senhora vive e tem estabelecimento de cestos e outros utensílios em vime, aqui perto, na Rua Direita, mesmo ao lado do "Pina".
Tem esta fotografia a finalidade de informar os frequentadores ou simples passantes deste blogue, todos bons amigos que muito prezo, que esta marmelada é a melhor do Mundo (e talvez até consiga provar, daqui a uns tempos -quanto ainda não sou capaz de prever, por isso é que coloquei a designação "Pina" entre aspas - e dos arredores). E mais. É feita à antiga, com marmelos e tudo!
Vou já comer só um bocadinho, que acabei de almoçar há pouco. Coisas de vizinhos doutros tempos, daqueles tempos das visitas e conversas porta a porta. Tenho saudades desse tempo, mas o Mundo não pára, está sempre a pular e a querer avançar!
Será que o está a conseguir?

Posted by Picasa

13 comentários:

bettips disse...

Olá, vizinho da mente (não podendo ser da frente!). Saudade de panelas a borbulhar de marmelos cor de ovo. Dê lá um abraço a essa amiga!
Não é que voltei à pintura impressionista e fiquei fascinada de novo, ao aumentá-la?
Abçs

a d´almeida nunes disse...

Ai vou falar à D. Felismina desta nossa conversa amigável e a louvar o seu labor só pelo prazer de sentir as pessoas felizes.
Quanto à pintura impressionista, tudo bem. Quanto mais tentamos ver com os olhos mais a mente afina a sua capacidadade de análise e síntese.
Ou não estivéssemos a falar de impressionismo!
Um abraço

Justine disse...

Olá vizinho (estou aqui prós lados de Ourém)! E moro numa aldeia, onde a palavra vizinho ainda é sinónimo de solidariedade, de partilha,de confiança. Até quando? Mas enquanto for, é eterno...

Obrigada pela visita, e toca a ler o Eugénio, que é poesia límpida e fresca e inesgotável.

Tozé Franco disse...

Ai que bem que combina com um queijo do Rabaçal....
Um abraço.

Unknown disse...

Olá, tem toda a razão, o tempo não para, mas as saudades dos outros tempos de que fala também não param de crescer.
A vida era diferente, os vizinhos diferentes, parece que mais amigos e convivia-se mais.
Hoje é tudo muito distante,cada um vive por si e para si... A vida é um corre corre desenfreado, e as 24 horas do dia às vezes tornam-se poucas para fazer tudo o que desejávamos.
Mas enfim, temos que no conformar e viver assim o melhor que sabemos.

Beijinhos

Isamar disse...

Também tenho uma vizinha, aqui mesmo em frente, que me traz umas travessinhas de marmelada, doce de tomate, doce de ameixa... enfim, uma querida, como já há pouco. Ah, também me oferece os tradicionais doces de Natal.

Beijinhos

Anónimo disse...

Mas que boa deve estar, já não passo na rua direita a algum tempo, mas se a D. Filismina me deixa-se provar atí ia passar ai. Um e depois ainda por cima num comentario aqui deixado fala no queijo de Rabaçal, ai ai que eu gosto tanto e com a marmelada.... e se fosse umas nozes partidinhas hehe. Bem fico só com o pensamento e vou passar agora ai bem pertinho ao banco de Portugal e sou capaz de ir á Sé e visitar a meninas da Tinturaria, já velhinha mas trabalha, cuitado do Sr. Nelson está a ficar por baixo e a D. Ivone hehe bj

Anónimo disse...

Mas que boa deve estar, já não passo na rua direita a algum tempo, mas se a D. Filismina me deixa-se provar atí ia passar ai. Um e depois ainda por cima num comentario aqui deixado fala no queijo de Rabaçal, ai ai que eu gosto tanto e com a marmelada.... e se fosse umas nozes partidinhas hehe. Bem fico só com o pensamento e vou passar agora ai bem pertinho ao banco de Portugal e sou capaz de ir á Sé e visitar a meninas da Tinturaria, já velhinha mas trabalha, cuitado do Sr. Nelson está a ficar por baixo e a D. Ivone hehe bj

Anónimo disse...

De guloso tenho eu..é pena ficar um pouco longe. Gr. abraço

eddy disse...

uma delicia...mas que belo aspecto!!!

um abraço e bom apetite para tamanha oferta...

Adriana Roos disse...

Também eu tenho saudades destes tempos.
Aqui tambem os vizinhos iam as portas e ofereciam seus quitutes. Lembro me de nunca poder devolver o prato em que vinham vazios...
Costume que alguns ainda conservam, e pela falta de tempo a preparar um quitute pra vizinha tambem nao devolvem mais o prato!

ANTONIO DELGADO disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ANTONIO DELGADO disse...

A marmelada é um dos doces da minha infancia. E como se fala do tempo que bom é recordar a minha avó que me me fazia muita, precisamente por este tempo, quando o sol e as cores se tornavam mais amarelas e as plantas ofereciam em abundancia os seus frutos.

Um abraço
António Delgado