O casal Nunes, na mesquita da Ilha de Moçambique, em 1969. Em Moçambique, apesar de, nessa altura ser uma colónia portuguesa, as várias raças e religiões, conviviam dentro da maior normalidade, sem sobressaltos significativos. Aquele território era povoado por muitos Muçulmanos e Indus, particularmente pela proximidade com da zona Arábica e da Índia, para além de Cristãos, como era óbvio. Claro que teremos que excluir as situações de guerra de libertação, promovidas pelas forças guerrilheiras, naturalmente mais politizadas à medida que o andar dos tempos lhes ia dando cada vez mais força anímica e os Portugueses ficavam "orgulhosamente" sós. O nosso isolamento internacional e problemas internos atingiram tais proporções, que levaram ao sucesso do Movimento das Forças Armadas Portuguesas em 25 de Abril de 1974.
Fiquei a gostar de Moçambique.
Espero bem lá poder voltar, nem que seja só em turismo.
Nota: Este post dedico-o especialmente aos meus amigos de Moçambique que estão a visitar este blogue com alguma regularidade. Um grande abraço para todos os Moçambicanos!Fiquei a gostar de Moçambique.
Espero bem lá poder voltar, nem que seja só em turismo.
12 comentários:
Que pena tenho nunca ter ido à ilha de Moçambique. Mas na única oportunidade que tive de ir lá com uns vizinhos, estava internada no hospital de Nampula. Vivi um ano em Lourenço Marques, hoje Maputo, um mês na Beira, e 18 eses em Nampula. De Maio de 69 a Dezembro de 71
Casei pela igreja no dia 5 de Abril de 71, na igreja Nª Srª de Fátima em Nampula (era casada desde 67 pelo registo).
E sim também gostaria de voltar a Moçambique, e também a Angola onde também vivi.
Mas não passa de um sonho.
A esposa é uma mulher muito bonita.
Um abraço
Muito, mas muito oportuno este seu post. Pudesse Moçambique servir de exemplo!
Além de Bombaim, veja o que se está a passar de horrível também na Nigéria: a sólita matança!
Ódios não só incompreensíveis como aberrantes e monstruosos, não acha?
Por mais que se procure uma justificação, mesmo infinitesimal - ou até uma débil explicação - apenas se encontra um zero absoluto, isto é, o absoluto e puro desvario humano: nada, nada mais. Que sociedades modernas, as deste século XXI!!...
Um grande abraço ao ocasal Zaida e António e bom fim de semana.
Alda
Elvira Carvalho
Fiquei muito contente por me ter apercebido que também andou por terras de Moçambique entre 1969 e 1971.
Fui para a tropa, EPI - Mafra em Julho de 1968 e embarquei de avião, para Moçambique em 13 de Junho de 1969. Parei em Luanda, atravessei Africa, de Angola até à Beira. Prossegui num avião a hélices da Air Malawi até Lourenço Marques.Como era da Administração Militar, convenci-me que ficava em LM - Maputo. Nessa altura a minha mulher com quem havia casado na Igreja dos Franciscanos em Leiria, em Outubro de 1968, foi ter comigo.
Inesperadamente, porém, tive que ir para Nampula. E lá andámos em bolandas dum lado para o outro em viagens de avião, a longas distâncias. Fiquei a gostar imenso de Nampula, onde, aliás, nasceu a minha filha Inês, em Setembro de 1969, no Hospital de Nampula. Um dos melhores hospitais de Portugal, à época. Tive que pagar 119 escudos!...eheh
Lembro-me perfeitamente da Catedral de Nampula, assim a chamávamos. A Inês foi baptizada na capela Militar, ali perto do Quartel General. Era o General Kaúlza de Arriaga o Chefe do Estado Maior da Região Millitar de Moçambique. Falei com ele algumas vezes.
Aquelas avenidas bordadas a camélias vermelhas, duma beleza sem par, nunca mais me sairam da memória.
E aquela viagem, completamente impensável, hoje, de Nampula até Tacanha, a caminho de Moeda, eu, a Zaida e a Inês, de Wolksvagen, uma caçadeira no porta-bagagens e uma pistola no porta luvas. Aqueles dois leões a espreguiçarem-se na picada, os macacos a atravessarem a estrada em voos acrobáticos entre árvores dum lado ao outro! Fomos visitar uns primos que lá viviam ´havia já uns anos.
Juventude!!!!!!
Um beijinho, Elvira. Se calhar também por lá andou pelos mesmos motivos que eu.
António
Alda
Essas palavras de louvor à minha iniciativa de escrever sobre este tema têm, para mim, um especial sabor, sabendo eu quem vêm duma pessoa cuja capacidade de percepção do Mundo em que vivemos é perfeitamente perceptível pela leitura dos seus posts.
Infelizmente, a Humanidade nunca se encontrou. Não percebe o que anda a fazer no Mundo. Limitam-se ao seu quartinho escuro onde se deixam seduzir pelos mentecaptos religiosos que lhes lavam o cérebro de tudo quanto seja sentido do humano e do solidário.
Que dizer destes tresloucados que dedicam a vida ao holocausto de vidas de seus semelhantes que nada têm a ver com as suas loucuras e cobardias. Venham para a luta pelas suas ideias, mas pelo diálogo, pelo intercâmbio de convivências com os povos de todo o Mundo.
"O mais cego é o que não quer ver". Desgraçadamente o Mundo está cheio destes "cegos" de raiva pela diferença. Como é possível que após tantos anos de lutas fratricidas que nunca tiveram vencedores absolutos, nem terão, ainda haja homens que se deixam manipular da maneira como estamos constantemente a assistir?
E depois venham falar em Deus. Que Deus? O dos fanáticos? O do poder? O do dinheiro?
LOUCOS!
Um grande abraço de mim e da Zaida
António
António,
Dispersamente vou jogando o olhar pelo teu blog.
Vejo que a nostalgia te visita também, e quantos caminhos foram percorridos, hein!!!
De lá para cá, ajudaste a construir uma família digna, como a tua trajetória demonstra.
Parabéns António!!!
Abraços de além-mar,
Pedro
Pedro
Muito obrigado por esta agradável visita e pelas tuas palavras que me emocionaram. Espero que esse teu projecto de deambulação reflectiva te permita voltar com esta tua pose, tal e qual, mesmo que arejada com outras vistas de outros lugares e de outras pessoas.
Desejo-te os maiores sucesos deste mundo.
Um abração desde aqui no Centro-Oeste de Portugal.
António
Olá amigo António. Obrigado pelas regulares visitas que me tem feito. Espero que o dia de rever Moçambique venha perto.
Um abraço do amigo Carlos Ponte
É amigo fizemos mais ou menos o mesmo trajecto. Exactamente um mês antes. Eu fui em Maio de 69. Também fiz escala em Luanda, atravessei África, fiz escala na Beira, onde apanhei um DC-8 para Lourenço Marques que por ter o aeroporto em obras, não recebia o 747 em que tinha seguido até à Beira. Aí me aguardava o meu marido, com quem tinha casado no dia 16 de Agosto de 67 no registo Civil do Barreiro, e que tinha ido para lá de barco, em Janeiro de 69.
Meu marido era fuzileiro especial, e um ano depois foi para Nampula, de barco também. Eu fui de avião para a Beira e fiquei lá um mês, enquanto o meu marido conseguia casa em Nampula.
Provavelmente vimo-nos algumas vezes. Eu explico. Eu era recepcionista no Foto Stúdio 66. E se bem me lembro era o único em Nampula. Todos os dias recebia montes de rolos fotográficos para revelar e fazer fotos. E todos os dias entregava montes de fotos. Praticamente todas de militares. De Nampula e das redondezas.
E então sua filha nasceu lá...
Mais um motivo para voltarem lá um dia. Para mostrar à filhota a terra onde nasceu.
Um abraço
Um abraço
Também tenho muitos familiares que viveram em Moçambique e alguns até nasceram lá.Inhambane, Lourenço Marques, Mocuba, Mussoril, Ilha de Moçambique...
Têm tantas saudades desses tempos africanos!
Um abraço
ENA PÁ...
tantos Moçambicanos!!!
O casal Nunes teve mais sorte do que eu, pois visitou a mesquita da Ilha de Moçambique. Já eu, nascida e criada em Moçambique nunca fui à Ilha de Moçambique...que tristeza.
Pois, Moçambique era uma colónia portuguesa, as várias raças e religiões, conviviam dentro da maior normalidade, sem sobressaltos significativos.
Talvez por isso, na minha recente viagem de férias à Índia, me tivesse sentido como se estivesse em casa...adorei o povo, humilde e sempre com um sorriso nos lábios, muito simpático e prestável.
Tal e qual o povo Moçambicano.
Obrigado pelas recordações.
Beijinhos.
Já havia um tempinho que não vinha por cá.
Você continua a postar coisas interessantes.
Um abraço.
can you email me: mcbratz-girl@hotmail.co.uk, i have some question wanna ask you.thanks
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