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Hoje, 22 de Maio, Dia de Leiria
É sempre com incontida emoção que ouço esta belíssima canção de consagração da Histórica, sempre bela e romântica, cidade de Leiria. Que vai ser, estamos seguros, o principal foco de irradiação do desenvolvimento de toda a zona Centro-Oeste de Portugal.
Acompanhei o Orfeão de Leiria, nos anos 70/80, em inúmeras actuações, nos mais variados sítios. Que emocionantes recordações retenho desses tempos! O maestro Guy Stoffel, que mais tarde também acompanhei no Ateneu Desportivo de Leiria, era um excepcional homem da música e humanista. Desses coros, mistos, fazia parte a minha mulher Zaida, a minha filha Inês e muitos e extraordinários e dedicados orfeonistas, dos quais terei de destacar o meu grande amigo, director e dinamizador da Associação, que foi, o Zé Neto, José Ferreira Neto. Morreu, ainda jovem, num brutal acidente de viação, na EN1, actual IC2.
Gravei dezenas de horas de interpretações do Orfeão. Ainda em formato Beta/VHS. Todas essas gravações desapareceram, após um infeliz empréstimo das cassettes...
Quantas vezes não gravei a "Canção do Porvir", pelos vistos as gravações amadoras que existem são de qualidade deficiente, o que não é de espantar. De qualquer modo, há gravações em disco, disponíveis.
Mas não é a mesma coisa!...
Bem me lembro de algumas das figuras do orfeão (retidas na minha memória através da objectiva da máquina de filmar), na última fila, a "torre" que era o Zé Neto, atrás dos seus célebres óculos, super-graduados!
Quantas saudades, Zé Neto!... (valerá a pena seguir este link)
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João Cabral, no vol III dos seus "Anais do Município de Leiria", ed. 1993, escrevia a pp 195, frisando que Leiria se reconhece como meio artístico de forte relevância em todos os campos da arte.
E acrescentava:
Um dos momentos mais altos do Orfeão de Leiria e da Orquestra foi a viagem a Viseu em 26.6.1935, em cujo Teatro se apresentaram sob a regência de F. Cabral e que foi um êxito extraordinário.
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Não há que admirar estar a dar a devida relevância a esta passagem dum dos trabalhos de maior envergadura e de pioneirismo na investigação e registo histórico dos factos, instituições e personalidades mais significativas de Leiria.
Nasci em Viseu em 1947.
Vim para Leiria em 1966. Cá fiquei...talvez para sempre!...
4 comentários:
Bom trabalho de pesquisa.Excelente partilha cultural.
Viva, Caro amigo João
Apesar de já estar no 6º ano, este blogue tem-me proporcionado momentos de inolvidável satisfação. Por um lado tem-me proporcionado aprender muitas coisas que eu desconhecia, algumas completamente. Por outro lado conviver com pessoas de todos os quadrantes geográficos e sociais, o que é sempre um pretexto para boas amizades, ainda que virtuais, na maior parte dos casos.
No meio disto tudo, cá me vou esforçando por manter algum ritmo na edição e a melhor qualidade do material que publico.
Sempre com o desprendimento que requer esta partilha permanente.
Um abraço
Um post interessante. Também nasci em 47.
Vim saber da netinha. Completamente recuperada espero e desejo.
Um abraço e boa semana
Obrigado, Elvira.
Ainda não se sabe o que se passa com a minha netita, a Mafalda. Claro, andamos na expectativa, está a fazer exames de despiste, mas ela é uma moça de garra, vai suplantar estes momentos de alguma incerteza.
Vai correr tudo bem...
Pois, esta geração dos anos 40 é uma geração sui generis, tem mesmo de o ser. Nascemos, no auge da recuperação das vicissitudes duma Guerra Mundial dantesca, que deixou o mundo meio destroçado. A seguir fomos forçados a viver meio século de angústias e luta pelo acesso ao desenvolvimento. Agora, estamos novamente a entrar num período de grave recessão e nada esperançosas perspectivas para o futuro próximo. Lá teremos que voltar à luta para ajudar as gerações dos nossos filhos e dos netos.
Que crise!
Beijo, boa semana, também.
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