No último dia que passámos em V.N. de Milfontes abriu lá a "X Feira do Livro de Verão", na Rua Sarmento Rodrigues, na zona histórica.
Fomos visitar esta Feira com a ideia de dar uma vista de olhos. Comprámos quatro carradas de livros: Zaida, eu, a Mafalda e a Carolina.
A foto mostra só a minha carrada.
Esta amostra junta aos muitos livros que tenho por ler na biblioteca cá em casa, pode significar o quê?
Que ando a comprar livros de mais? Que ando a ler pouco?
Estou a ficar preocupado. E ainda mais preocupado fiquei quando li o Prefácio que António Lobo Antunes escreveu no livro "A Consciência de Zeno" de Italo Svevo, integrado na «Biblioteca António Lobo Antunes», edição D. Quixote.
Resmunga ele:
...
Continua a ser espantosa a frescura técnica desta obra, cheia de descobertas formais e de soluções de escrita que ainda hoje se encontram longe de haverem sido exploradas. Talvez o sejam no dia em que aqueles que batem palavras no computador aprenderem a ler - que é coisa que duvido.
Fiquei a remoer, um tanto pretensiosamente, talvez:
Será piada para mim?
E com esta me vou, por ora, mas a cogitar seriamente no tempo que me resta para ler tantos livros que gostava mesmo de ler...
@as-nunes
7 comentários:
Li o texto e parece-me que vais ter companhia por muito tempo.
Comprei também alguns livros na feira de Leiria realizada no edifício Jardins do Lis.
Havia alguns que teria comprado mas ficaram para a próxima vez.../...
O meu computador está mal. Este é o terceiro comentário que desaparece sem que faça o seu envio.
Desejo para toda a família um óptimo final de semana, sem vento e com a temperatura mais agradável.
Gosto muito de ler as crónicas que o António Lobo Antunes escreve para a revista "Visão", quanto aos livros dele... uns sim outros não.
:)
O defeito é meu, sou mau leitor.
Estava a escrever e Zás. Isto "passou-se dos carretos"
Não sei se ficou ou se foi para o espaço ou como diziam por aqui- "para o maneta".
Gostei do teu apontamento.
Espero que consigas ler tudo e que te delicies com esses livros.
Também comprei alguns na feira que fizeram no final de Junho nos jardins do Liz,
Olha ! estou exactamente na mesma. Tenho um carradão de livros para ler lá em casa e ainda nem lhes toquei.
Mas eu sei porquê !
Tenho andado arredio das leituras e a dedicar demasiado tempo às "bloguices".
Mas as férias estão quase aí, e quero ver se despacho uns quantos, senão, e recorrendo-me da obra de Lobo Antunes, fico com tantos livros para ler, que a fila vai daqui até aos "Cus de Judas" !
Em férias também se lê, meu caro!
Boas leituras e bons ares soprem por aí!
Um abraço
Está a acontecer-me o mesmo: compro, compro, compro e não dou vazão... Acho que gasto muito tempo com o computador...
Mas há tanto livro bom para ler! E eu limito-me apenas aos autores portugueses.
Boas leituras!
Luis
O computador, quando lhe dá para entrar em paranóia, é uma chatice.
Além disso a evolução tecnológica e das plataformas de trabalho dos softwares estão constantemente com alterações que é muito complicado uma pessoa manter-se actualizada.
Coisas da vida moderna!
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Rui Pascoal
Andei, muito tempo, às turras com o António Lobo Antunes. Com a idade comecei a identificar-me, cada vez mais, com a forma dele escrever e acho que já o vou entendendo (quando ele próprio às páginas tantas já nem sabe a quantas anda, de certeza absoluta)
mas lá volta a encarrilar.
Sem dúvida que as crónicas são excelentes.
Só me espanta é como é que ele se consegue abrir com os leitores com aquela naturalidade toda, como se não fosse nada com ele.
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Eduardo
Não temos emenda. Quem gosta de livros não tem emenda. Vê, folheia, gosta, compra e mete no saco das compras. De pois, só nos resta uma saída: retirar alguns do saco, que é um exagero, levar os restantes e empilhá-los.
E quando caímos na esparrela de os ir colocando nas prateleiras antes de os ler?
Perdemo-nos completamente. Já dei comigo a comprar o mesmo livro mais do que uma vez.
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Vieira Calado
E então, vai daí, até consegui comprar um livro dos Autores Algarvios.
Lá está a sua bio/bibliografia!
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Carol
Essa questão de começarmos a ficar com a sensação de que gastamos muito tempo a teclar no computador é pertinente. Temos mesmo que conseguir conciliar a leitura mais prolongada e reflectida, com o tempo de descoberta da Internet e com a necessidade que sentimos de escrever, de partilhar ideias, de armazenar informação que achamos de interesse?
Abraços a todos
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