Está na ordem do dia a discussão das consequências gravosas para as Contas Públicas Portuguesas de cerca de um milhar e meio de milhõs de euros que, inesperadamente, o Banco de Portugal divulgou como estando em dívida pelo Governo Regional da Madeira, mas que não estavam contabilizadas. Então estavam onde?
Espanta-me como é possível chegar-se a este extremo! E este não é caso virgem. Só que, neste momento, já estávamos a tentar interiorizar que as surpresas com as contas mirabolantes que se têm feito com os Dinheiros Públicos já tinham acabado.
De modo que o sobressalto que esta notícia vem trazer para a estratégia já delineada e aprovada pela Assembleia da República, pela Troika, pelo BCE, pelo FMI e pela EU (representada pela instituição Comissão Europeia ou pelo G2 da Europa?) veio mesmo na pior altura.
É caso para perguntar: que mais nos irá acontecer?
Agora que já foi aprovado o processo de entrega nos cofres do Estado do eufemisticamente chamado
IRS
SOBRETAXA EXTRAORDINÁRIA
Já se encontra disponível a entrega da Sobretaxa Extraordinária de Retenção na Fonte de IRS (nova rubrica 112)
(aviso no Portal das Finanças)
ou seja, de 50% do subsídio de Natal, para fazer face a derrapagens orçamentais extraordinárias e “colossais”, eis que temos mais um problema gravíssimo para resolver.
Poder-se-á dizer, o Governo Regional da Madeira que o resolva.
A questão, porém, é muito mais delicada. A Madeira, agora que gastou aquele dinheirão todo, à revelia das mais elementares regras de gestão orçamental, vira-se para o Governo da República e pede/exige apoio financeiro. Nem se percebe como é que AJJ pretendia resolver este assunto sem dar nas vistas!
Ora aqui temos, então, mais uma mostra da “séria” forma de se gastar o dinheiro que resulta dos impostos sobre impostos que estamos a ser obrigados a pagar.
Afinal o que se tem passado neste país, que cada gestor público/autarca/governo faz o que muito bem entende e ultrapassa as verbas orçamentadas sem medir as consequências dos Déficits?
Até quando é que teremos de tolerar estes desmandos na forma como se têm vindo a utilizar os fundos públicos?
6 comentários:
Eu tenho-me recusado até a pensar nisto porque, há muito tempo que fico com o estômago às voltas mal oiço pronunciar o nome do sr. AJJ. Mais uma vez, somos nós, os desgraçados dos "trabalhadores por conta de outrem" que vamos pagar os desmandos daquela aberração de gestor que continua a vociferar que a culpa é do PS. Por mim o cavalheiro deveria ser julgado e punido exemplarmente, por uma justiça que funcionasse.
Diz muito bem: que mais nos irá acontecer?
Mas vai ver que o homenzinho ainda há de ganhar as eleições de 9 de Outubro com maioria...
Que cenários mirambolescas!
Pois então...vai ganhar e gabar-se que é bom...o melhor lá da terra...
Quem for contra ele perde o emprego e ainda manda os capangas partir-lhes os dentes...
Não consigo entender é como não o prendem e não o castigam exemplarmente. Certamente muitos outros haveriam de arrepiar caminho e outros seriam julgados de igual modo...
O acumular de situações em que pessoas responsáveis pela gestão de dinheiros públicos nos "presenteia" com derrapagens destas, e que depois não conhecem o merecido castigo que a lei contempla, já ultrapassou todos os limites do razoável.
Eles são as Fátimas Felgueiras, eles são os Isaltinos, eles são os Valentins Loureiros, eles são os Sócrates e eles são (agora e sempre) o Alberto João.
Enquanto as coisas se sabiam mas as pessoas não tinham de desembolsar 50% dum bem há muito garantido (subsídio de Natal) para fazer frente a estes roubos, a coisa ia andando e não passava do comentário de café.
Agora, enquanto Português, espero bem que o meu Povo não me desiluda e vá muito para além da conversa de café.
É hora de fazer da luta pelos nossos direitos um lema de vida e uma preocupação diária.
Nem que seja por petição publica, ou de outra forma qualquer que agora não me ocorre, temos de levar a tribunal estes pulhas.
Silêncio e barços cruzados, não ! já chega, bolas !
Resumindo, caros amigos/as
Bem podemos andar para aqui a manifestar o nosso desagrado, as trafulhices estão aí bem à vista, pelo que se lê e ouve na imprensa, na rádio, na televisão e na Net, que mudanças só por via duma revolução.
Só que esta é uma via fora de moda.
Estará mesmo?!...
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