Cheguei ao Largo da Sé, em Leiria, descendo a Rua Cónego Sebastião da Costa Brites, aquela calçada que vem do Largo Manuel de Arriaga, ali ao Governo Civil (ex-Governo civil, que agora já não há governadores civis, sei lá), quem vem da zona do Castelo.
Reparo na azáfama dum fotógrafo, às voltas com o melhor ângulo para fotografar a gravura estampada na parede, como se mostra na foto. Arte Grafite, diz-se.
Se se ampliar, pode ler-se a seguinte legenda: "O seu nome era Amaro Vieira". Ficámos por ali um bocado à conversa sobre quem é o autor daquele mural, parece que já o "Correio da Manhã" andou a investigar quem será o artista mistério (actualização: ver vídeo TVI24), que já fez apresentações deste género, mas sempre originais e propositadas, em vários pontos da zona de Leiria.
Será Leiriense?
Será Leiriense?
Acabámos por chegar à conclusão que até já tínhamos trabalhado na mesma empresa, há muitos anos atrás, falámos imenso sobre máquinas fotográficas, objectivas, lentes, aberturas, velocidades, sensibilidade, tempos passados em que a fotografia era com rolos, etc. etc., trata-se do Filipe, repórter fotográfico profissional, pareceu-me pessoa já muito experiente e activa, falámos do "Diário de Leiria", de Agências de Informação, etc., a primeira página do DL vai trazer hoje, 29 de Dezembro, uma reportagem sobre esta história do artista mistério, acabei por lhe tirar esta foto, os fotógrafos raramente ficam nos "bonecos" está bom de ver, entretanto eu também acabei por tirar uma data de fotografias.
Fiquei com a ideia de que o Eça também estava metido nesta história e lá fui dar mais uma espreitadela no "O Crime do Padre Amaro". E lá está, na pág. 11 da edição da "Lello & Irmão - Editores", não tem a indicação do ano em que foi impresso, mas deve ser dos anos 50/60 do século passado:
"..., o pároco José Miguéis foi definitivamente esquecido.
Dois meses depois soube-se em Leiria que estava nomeado outro pároco. Dizia-se que era um homem muito novo, saído apenas do seminário. O seu nome era Amaro Vieira. ..."-
@asnunes
4 comentários:
Ainda não fui ver a nova obra do artista mistério. Ao vivo, claro! Que agora já vi aqui no seu blogue, amigo António. São giras estas pinturas. E dão vida à(s) terra(s) e sempre nos afasta dos maléficos noticiários das televisões, nem que seja por uns momentos...
Bom Ano!
Já vi os outros grafites do "artista-mistério". Têm boa apresentação mas parece-me que aqui anda marosca na técnica usada. Não será, talvez, obra de um artista nato, daqueles de têm aquele talento natural para a pintura ou mesmo para a Arte Grafite, propriamente dita, já que o que está a ser feito parece ser resultado de spray sobre molde em cartolina ou coisa parecida, que resultará do tratamento informático duma imagem.
Que estão a assumir-se com muita visibilidade e oportunidade parece que sim. Quem será o "artista"? Pelos vistos trabalha à noite e deve ser pessoa com capacidades de alpinista porque também está a conseguir colocar os grafites nas colunas de suporte de viadutos da A17, ali na zona do Vale do Lis, Monte Real.
Esperam-se novas aparições para os próximos dias. Às tantas ainda o apanham em plena acção e lá vai ter de prestar contas à justiça (???!!!).
Um Bom Ano, Carol, beijinhos achampanhados, se possível.
Seja quem for é um artista e sabe do que faz.Quanto à intenção e o que quer atingir com os seus grafites, não deve ser só por pintar paredes,talvez só ele saberá.Desejo-te um BOM ANO NOVO, António. Que essas entradas sejam excelentes..há mais vida para além da crise.Devemos aproveitar enquanto há saúde, que o resto supera-se com os amigos e familiares apesar dos nossos governantes andarem à deriva. A esperança em dias melhores é o que não nos falta.Vamos tendo fé que este país se endireite. Mais umas vez umas excelentes entradas é o que eu te desejo. Gr. abraço.
A Amélinha não ficou mal nessa fotografia...
A racha no muro não tem nada a ver com o ósculo, pois não?
:)
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