Um dia destes, em Lisboa...
As armas e
os barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também
as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte. |
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-- Luís de Camões,
Os Lusíadas (1572) Canto I, 1--2 |
@as-nunes
2 comentários:
A foto é singular ,duas figuras totalmente estranhas uma a outra_ o do poema -uma das figuras mais importantes da literatura e o outro,um estranho vencido pelo cansaço perdeu-se "um dia destes em Lisboa".
Camões queria muito que a mensagem se espalhasse _os feitos dos portugueses( memórias gloriosas!)
mal sabia ele que a seus pés ia deitar um lisboeta qe certamente não veria "além da Taprobana..." rs
Muito bom nunes
abraço
Na mouche, Lis
Estava mesmo nesse estado de espírito.
Fomos uns grandes mariolas mas demos novos mundos ao mundo, essa é que é a verdade.
E agora, que será deste povo, melhor desta provinciana Europa?!
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