A terceira miséria é esta, a de hoje.
A de quem já não ouve nem pergunta.
A de quem não recorda. E, ao contrário
Do orgulhoso Péricles, se torna
Num entre os mais, num entre os que se entregam,
Nos que vão misturar-se como um líquido
Num líquido maior, perdida a forma,
Desfeita em pó a estátua.
Hélia Correia
A Terceira Miséria
Relógio d´Água, 2012
poema 23. (p. 29)
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Próximo Sábado, na Biblioteca Municipal de Alcanena (15 horas)
@as-nunes
5 comentários:
Pleno, no conteúdo e na forma.
Tenho o livro autografado pela autora. Tive o privilégio de assistir à entrega do Prémio Correntes D'escritas, na Póvoa de Varzim, a esta obra.
Um abraço
Lídia
Gostei da entrevista que deu no infelizmente extinto "Câmara Clara".
O poema me agradou, mas nunca li nada dela.
Tudo de bom
Tanta, tanta gente assim...
Obrigado pelos vossos comentários, queridas amigas.
Correu muito bem a Tertúlia de hoje em Alcanena.
E apagaram-se as velas, que a Biblioteca fazia anos: 11.
Abraços, bom fim-de-semana.
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