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2008/11/05

Jovens estudantes em Leiria

Alunos do Secundário de Leiria em luta contra o novo regime de faltas.
Ali mesmo ao lado, na Alameda Dr. José Lopes Vieira (1862-1907), Engº Silvicultor a quem se deve a correcção do leito do Rio Lis, podemo-nos extasiar com o colorido deslumbrante dum recanto (por mim incansavelmente reportado em entradas anteriores) dum conjunto variado de árvores ornamentais. Que os jovens estudantes, ao mesmo tempo que se manifestam pelos seus presumíveis direitos nas Escolas, não deixem de memorizar esta imagem deslumbrante, para que no Futuro venham a rever estas mesmas árvores, com o ambiente devidamente preservado, graças à sua actuação militante quando chegar a sua vez de serem eles a gerir a sociedade, nos seus díspares sectores.
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2008/10/11

Vade retro, Satana!

Finalmente tive ocasião de observar em pormenor o Quercus rubra, com as suas folhas outonais castanhas avermelhadas. Uma maravilha! Precisamente no caminho da ponte vinda dos Parceiros até ao Centro Comercial "Continente" em Leiria. Andam por lá numas grandes obras para ampliar aquela zona comercial. Vai ficar de maiores dimensões e com mais variedade de actividades económicas/comerciais e cinema. Só lamento é que não se esteja a ter o devido cuidado com as árvores (refiro-me concretamente a alguns Quercus/Carvalhos de espécies raras no nosso clima, que já têm um porte razoável e que se encontram imediatamente à saída do Parque de estacionamento. Não será possível tomarem a devida atenção a essas árvores? Não se esqueçam que não iremos viver neste Planeta sem árvores e um carvalho não cresce de um para o outro


Nesta rua corta-se à direita para entrar no Parque do Continente. Se alguém perguntar pelo seu topónimo autêntico ninguém a conhece, é quase certo.
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Hoje fui à zona Comercial supra-citada e fiquei um tanto apreensivo. O movimento do sistema Multibanco estava 95% off. Por acaso ontem tinha levantado uns trocados e lá me consegui desenrascar para pagar a conta. Mas fiquei teso e não consegui levantar mais dinheiro noutras caixas Multibanco noutras áreas de Leiria. Ouvi dizer que quem quiser dinheiro hoje tem que ir a Coimbra. Boatos, provavelmente. Mas, precisamente, agora que a malta anda desconfiadíssima com esta coisa da crise financeira envolvendo Bancos e tudo, as pessoas ficam ainda mais apreensivas.
Caramba! Logo hoje, Sábado, a seguir a uma semana negra e ansiosa, pregam-nos uma partida destas? Eu sei, nós sabemos que as máquinas avariam, que o Homem falha, logo poderá estara aí a justificação para esta anomalia.
Mas que começamos a ficar cada vez mais preocupados, ansiosos e desconfiados, lá isso é uma verdade!
Não nos lixem ainda mais, que já não sabemos que mais contas havemos de fazer para levar a nossa vidinha! é que nós (a maioria de nós) não se andou a meter em aventuras de engenharias financeiras virtuais, de altíssimo risco, só na ganância de aumentar a Riqueza de alguns ainda mais!...
Em suma...Têm andado a brincar com o fogo usando o nosso dinheirinho e agora começam a insinuar que, se calhar ainda vamos ficar sem o nosso pequeno pecúlio, porque se esqueçeram que os fósforos, se mal usados, são alta e facilmente inflamáveis, podendo atear um fogo de proporções incontroláveis!
Vade retro, Satana!
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2008/09/28

Olá!...

Ora aqui estou eu, num calmo fim-de-tarde, no jardim da "Casa das Margaridas", há dias, (pode ser que um dia destes lhes mostre mais em pormenor este jardim), o blogue em stand-bye que também precisa, e de quem os leitores também já se estão a fartar, porventura.
Escusado será dizer que por trás de mim se pode observar uma
Olaia.
Na linha de horizonte pode-se imaginar o Oceano...
Exactamente. O Oceano Atlântico. Mais precisamente na zona da Praia da Areia Branca...Lourinhã.
Façam favor de passar muito bem enquanto é tempo, que vêm aí umas chuvitas...disse-me mesmo agora o meu irmão Vitor, que já teve que antecipar a vindima da sua "quinta" ali para os lados de Silgueiros,perto de Parada de Gonta, (Olá Agostinho, temos mesmo que combinar uma tachada aí para esses lados, um dia destes!...).
Vejam lá, meus amigos, que hoje, nem sequer vi o jogo do Benfica com o Sporting. Só soube do resultado agora à noite. Paciência, Sportinguistas, parece que este ano temos um Benfica com mais convicção!
Preferi passar o dia: de manhã fui ver o meu neto a jogar futebol nos Pousos, aqui em Leiria. Até marcou três golos e tudo. De tarde, continuação da actividade desportiva. Desta vez fomos para o Parque Natural da Boa Vista - Leiria. Relva, um riacho, muitos Choupos, alguns Freixos e Lódãos. Um senão: andaram a cortar uma área razoável de pinhal. Será por causa do Nemano (é assim que se chama a doença do pinheiro bravo, que o seca, não é?). O sítio é agradável para praticar desporto, bola, ginástica, caminhada, ténis, ciclismo. Para intervalar um bom lanche.
E com estas linhas de escrita, simples, ao sabor do teclado do computador, me fico por hoje. Assim, tal e qual. Dispersamente...

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2008/09/25

Aí estão as Camélias! E o Outono!

Da esquerda para a direita: acer pseudo-plátanus (padreiro), faia púrpura (havia outra a poucos metros mas secou/secaram-na este ano), liquidâmbar nos seus tons outonais, melia azedarach. Foto tirada quem sobe do Jardim Luís de Camões para a alameda do Marachão. Este é um dos recantos mais encantados (para mim, pelo menos) das zonas verdes e ajardinadas da cidade de Leiria.
Cameleira Winter SnowDown. A primeira camélia do meu jardim e a primeira que observei nesta altura do ano. A beleza desta camélia está bem à vista, foto tirada hoje de manhãzinha (local: Barreira, Leiria, Centro Oeste de Portugal). Posted by Picasa

2008/09/22

Outono 2008 em Leiria

(clic para ampliar)
Foto tirada de costas para o antigo Mercado, na direcção do Centro de Leiria. Pode-se ver a rotunda do Sinaleiro, a ponte Engº Afonso Zúquete, uma Melia Azedarach a sobrepor-se a um freixo antigo e de grande envergadura, ameixoeira de jardim (Prunus Pissardi), um choupo (à direita), o jardim da fonte luminosa com arbustos e plantas rasteiras (claro, por baixo está um parque de estacionamento de automóveis!).Há quem já ironize dizendo que qualquer dia só falta organizar umas caçadas ao coelho, que às tantas até os poderá lá haver. Eu não vou tão longe!
Enfim. O Outono já está a contar as horas para se apresentar no calendário do tempo...

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2008/08/17

Por favor, tratem bem das árvores


Que futuro vai o destino reservar a estas duas árvores, nascidas precisamente na Primavera deste ano de 2008?
Da esquerda para a direita:
1) Carvalho, Quercus Robur, fotografado um dia destes numa manhã de orvalho. recolhida numa valeta da Rua Ramalho Ortigão(*);acabadinha de nascer, ainda vinha com a bolota mãe.
2) Acer Negundo(*), colhido num recanto da Praça 5 de Outubro de 1910, nascido ao acaso, sob a protecção do lancil dum dos canteiros públicos. Ainda se conseguem aproveitar outros espécimes, se se observar com alguma atenção aquela área pedonal. Pelos vistos, as sementes germinam com facilidade. Só não consegui observar o nascimento de nenhuma Melia Azedarach, a árvore que lá foi plantada com abundância. Diria mesmo, com exagero e que preferia que lá tivessem sido plantadas árvores autóctones. Árvores mais frondosas no Verão, que aquela área é grande e muito desprotegida da força do Sol. Porque não Carvalhos e Pinheiros mansos? Não crescem com a rapidez suficiente para apresentar serviço imediato? Pois.Se os nossos antepassados tivessem pensado da mesma forma, o que seria de nós, dos nossos monumentos, árvores e infra-estruturas antigas mas operacionais, de que nós nos servimos ainda hoje? Por exemplo, o Mosteiro dos Jerónimos e toda a imensa variedade de árvores de grande porte e de crescimento lento, de que hoje usufruímos. Nalguns casos, abatidas só na ganância do lucro fácil, como é o caso de certos cortes de árvores, por exemplo.
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Estas árvores estão sob a minha protecção pessoal numa maternidade botânica caseira, na Barreira - Leiria. Tenho 61 anos e gostaria de ainda as ver, pelo menos da minha altura, eu que meço 1,78m. (Peso, 87 Kg, só para completar os meus dados físicos básicos. Já agora que aqui cheguei!...).
Se me acontecer alguma coisa, entretanto, por favor, tratem bem delas!
(*)nota: Estamos em Leiria.
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2008/08/09

Pela Terra! Contra a Guerra!

.....................................................................(clic para ampliar)

E anda a besta humana aos tiros na Geórgia só por questões de orgulho nacionalista insolúvel!...
Estes pinheiros estão plantados dentro dum quartel em Portugal, Leiria. Por sinal prestei serviço militar neste quartel, de Abril a Junho de 1969. Já são uns anitos. E de lá fui para Moçambique, para aquela malfadada Guerra Colonial, a fingir que a íamos ganhar! Usaram desse sofisma para nos convencer. A nós, Povo carne para canhão, que éramos um Ignorantes, claro está. A defender a Pátria, dizia o de Sta. Comba Dão e outros que tais. Bem nos lixaram.
E agora, os governantes do nosso País pouco ou nada se ralam com os cada vez menos sobreviventes dessa guerra cruel, injusta e desgastante. Quantos de nós não regressámos psíquica e fisicamente alterados. E agora, nem sequer a remuneração do tempo de serviço militar conta para efeitos de cálculo da reforma! Imagine-se só: um indivíduo desse tempo, dos anos 60 e parte dos 70, tem 3,5 anos de serviço militar. Este tempo conta para efeitos da determinação do nº de anos de cálculo da pensão; e depois? Divide-se 0 (zero de remuneração) por esses 3,5 anos e o resultado acrescenta-se à média dos restantes anos de desconto para a Segurança Social. Ou seja: a reforma é calculada pela média de duas médias: 1) a média das 10 melhores remunerações dos últimos 15 anos; 2) mais a média das remunerações dos melhores 40 anos de descontos. Resultado: a média destas duas médias desce brutalmente sempre que se têm de considerar os anos do serviço militar para contar esses 40 anos (os que conseguem atingir este número). Não é justo nem aceitável, tanto mais que nós sabemos o que se passa em relação às pensões calculadas para os políticos.
Valha-nos, entretanto, que os quartéis em Portugal até se podem dar ao luxo de plantarem árvores nos seus terrenos, como é este o caso. Assim se passasse no resto do Mundo!
Podemos ver na primeira foto: um enorme pinheiro bravo em 2º plano; junto ao muro vários pinheiros mansos (que não existiam em 1969). Na 2ª foto podem observar-se os camiões do exército junto com pinheiros e choupos, bem bonitos e encorpados.
Pela Paz! Pela Terra! Contra a Guerra e as Injustiças, marchar, marchar!

2008/07/09

Catalpa - árvores em Leiria

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No Marachão, em Leiria, ali perto da Ponte da Fonte Quente e do espelho de água do Rio Lis.

Há muito tempo que ando para deixar aqui registado que, finalmente, fiquei a conhecer pelo nome próprio esta árvore: a catalpa.

Nome Vulgar:

Catalpa

Família:

BIGNONIACEAE

Género:

Catalpa

Nome científico:

Catalpa bignonioides

O tempo anda meio enfarruscado, a pedir chuva. A temperatura oscilante, a meteorologia retirada das observações dos satélites, meia-baralhada.
As árvores cá vão andando menos mal. Apesar da doença do nemato do pinheiro bravo, que anda a dar muitas dores de cabeça às pessoas, particularmente os industriais de serração e os proprietários, que têm razões para andar preocupadas com o fenómeno.
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nota: prometo que vou deixar aqui escrito o nome da doença do pinheiro, parece que muito perigosa para a espécie e que se tem propagado porque, segundo também já li, os responsáveis técnicos não tiveram na prescreveram a terapêutica mais adequada.Que não saía dum determinado raio de acção, diziam e escreveram nos relatórios. Afinal saiu e parece que já não há grande capacidade de a controlar. Será que vamos ficar sem as florestas de pinheiros? Aqueles que escaparem aos incêndios?

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2008/07/01

Um jardim ao lusco-fusco

Há locais pouco divulgados, praticamente desconhecidos, apesar de todo o seu encanto paisagístico e ambiental, da sua história e da sua beleza romântica, vinda dos tempos do séc. XIX. Daqueles tempos em que uma grande parte das actuais povoações, nos limítrofes das cidades, estavam a dar os seus primeiros passos decisivos para se virem a transformar nos actuais populosos aglomerados rústico/urbanos. Dos tempos em que os senhores da Nobreza, com os seus títulos abrasonados de Condes, Viscondes, Marqueses, detinham as suas terras de cultivo com a sede nos seus palácios e solares.
Estas fotos retratam o estado actual dos jardins (com algumas árvores exóticas e monumentais) do antigo Solar do Visconde da Barreira, Leiria.
Apesar de ser natural de Viseu, porque eu e os meus ancestrais lá nascemos, numa aldeia, no horizonte a Serra de S. Macário, vivo nestas terras, dividido embora com Leiria - cidade.

Repare-se nas fotos:

1 - Estava-se nos preparativos duma petiscada das tasquinhas da Barreira. Olhe-se o tronco dum Plátano, com umas largas dezenas de anos;
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2- O Sol estava quase a passar para lá do cume da elevação nos terrenos circundantes, as árvores (plátano, tílias, choupos, cedros) começavam a recortar-se no azul decadente do horizonte filtrado pelas suas folhas;
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3- Idem, idem.
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"Ó árvore, alguém pensou
na tua imensa alegria
quando enfim rompeste a crosta
e a alcançaste à luz do dia?"


Fernanda de Castro

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(Quantos dias já não passaram desde esse dia?)
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4- A noite já tombava, a luz dos candeeiros ajudava à visão. As velas tinham como finalidade afastar os mosquitos que, dada a humidade proveniente do lugar e dos dois lagos do jardim, zumbiam, de todas as variedades, ali à volta dos foliões, alguns bem comilões e beberricadores, como não é de espantar nestas circunstâncias.
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Estou a tentar fazer um levantamento botânico das plantas e árvores deste jardim.
Serei capaz? Entusiasmo não me falta.



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2008/06/07

O Verde e a Selecção

(ampliando-se a foto podem ver-se diversas árvores: euclaiptos, choupos, amieiros, freixos, uma nogueira e outras)

A Selecção Portuguesa de Futebol acaba de ganhar à Turquia (2-0) o jogo inaugural do Euro 2008. Pelo menos nestes momentos vamos esquecendo as agruras da vida!... É pena estas alegrias terem tão curta duração!
Mesmo assim o local da foto que fica mesmo na margem do Rio Lis, na zona dos Lourais, preparado com muito verde, relvados e árvores, aproveita o ensejo e apela ao negócio!
É um local paradisíaco para se passar uma boa tarde de fim de semana ou de férias.
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2008/06/04

Em busca dum Diário perdido no tempo...



Em jeito de Diário Sintético
Em busca de Leiria e das suas árvores
Dispersamente…

Nos meus tempos de estudante do ensino secundário, logo no 2º ou 3º, em plena década de 50 do século passado, tive uma professora de português que, como avaliação duma prova minha de redacção, inscreveu a vermelho, no sentido longitudinal da folha, o seguinte: “Até parece um romance do século XVIII”. Na altura, esta observação da minha professora caiu-me em cima como uma bomba. Nem sei bem porquê. Eu, de facto, não escrevia nada bem, lia pouco e fiquei bastante azamboado.
Dava-se o caso de que eu tinha um colega, ainda me lembro do nome completo, João António Morais da Costa Pinto (nunca mais o vi, que será feito de ti, João?). Lembro-me que pertencias a famílias de cultura e bem colocadas na vida. O teu pai era oficial da Armada. Se bem me lembro, também andavas com a mesma ideia. Provavelmente seguiste pela Escola da Marinha e hoje já deverás estar reformado, quem sabe, como Almirante. E vê lá tu como é a vida. A minha família era pobre, mal havia dinheiro para nos mantermos a estudar no Secundário, quanto mais para maiores voos. In extremis acabei por ir para o Porto, para o Instituto. Era assim que lhe chamávamos, ao Instituto Comercial. Também havia o Industrial. A Universidade era um sonho irrealizável para a maior parte de nós.
Voltando à questão daquela boca (hoje diria, foleira e sem qualquer categoria pedagógica, gritada por uma professora incompetente, sem psicologia capaz de lidar com garotos em início de formação académica). Lembro-me que, depois daquela célebre aula, vínhamos a descer as escadas do lado masculino da Escola Emídio Navarro, em Viseu, conversámos sobre este tema, daquela frase que me ficou a martelar na cabeça, como se fosse um ferro em brasa. Tu, que eras um colega e amigo, bastante educado e muito calmo, só me dizias em jeito de conselho: tens que ler, ler muito. Só assim é que conseguirás escrever o que precisares e quando quiseres. O João António era, na maior parte das disciplinas, o melhor aluno. Que eu até nem era mau aluno, pelo contrário. Naquelas turmas de 30 e mais alunos, eu estava sempre entre os 3 primeiros. Isso para mim era um orgulho e fazia questão em manter-me sempre entre os melhores. Imaginam agora a minha frustração.
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A minha reacção foi brutal, arrisco-me a dizê-lo. Logo que começaram as férias grandes, comecei a percorrer a via sacra do leitor devorador de livros de empréstimo. Nessa altura, havia as bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian. Estacionava de 15 em 15 dias, em Abravezes, que ficava a cerca de 1 km da minha casa, ali na Quinta da Isabelinha ou do Judeu. De cada vez que lá ia, trazia o máximo de livros possível; penso que eram uns 4 ou cinco. A verdade é que os lia de fio a pavio. A todos. Passei os três meses dessas férias a ler, não ia para lado nenhum. Arranjei um caderno para escrever o significado de todas as palavras que desconhecia. E se eram muitas! Lia o dicionário e escrevia para melhor aprender o sentido das palavras que me iam surgindo no decorrer das minhas leituras. Não deixava uma única palavra desconhecida para trás. Lembro-me que escrevi vários cadernos. Tenho muita pena de não os ter guardado até hoje.
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No ano lectivo seguinte surgi na disciplina de Português, com ar decidido e convincente. Algumas das minhas redacções passaram a ser lidas em voz alta pela minha professora. Imaginem a minha vaidade e sentido do dever cumprido. Era preciso, pois vamos a isso. A verdade é que aqueles três meses de leitura intensiva constituíram um excelente estímulo e rampa de lançamento para o gosto pela leitura que, entretanto, adquiri. Até hoje, que já tenho a minha própria Biblioteca. E que até já escrevi um livro e participei em co-autoria noutro. Para além do gosto impenitente que tenho pela escrita, ao meu jeito, simples, sem floreados só para alindar. E que estou sempre disponível para escrever na imprensa. De borla. Sempre de borla. E, também muito importante, que já sou sexagenário!...
Uma das minhas prioridades: compatibilizar este gosto pela web com o amor que dedico à família e às flores e plantas em geral. E às árvores, as de Leiria em particular, aquelas que eu posso acompanhar no meu dia a dia.
Com o advento da Internet (gosto de me gabar de ter sido dos primeiros a entrar no mundo da comunicação digital) comecei com a transmissão digital via rádio nas bandas de amador, aí pelos anos 80, ainda no tempo das cassetes.
Hoje quem me tira a possibilidade de partilhar informação, seja em texto seja em fotografia ou até mesmo em vídeo tira-me uma grande parte do prazer de viver. Sem esquecer que também sou radioamador com o indicativo CT1CIR.
É assim que, actualmente, mantenho em plena actividade, vários blogues e sites. Tais como, por exemplo: http://dispersamente.blogspot.com/ , http://arvoresdeleiria.blogspot.com/ , http://dentrodetioleiria.blogspot.com/ , http://leiria.no.sapo.pt/ , http://diariodumjardim.blogspot.com/ .
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Posso afirmar que a minha participação nos blogues me tem proporcionado maravilhosas ocasiões de descobrir novos ambientes, pessoas interessantíssimas, outras áreas do conhecimento, de me apaixonar pela botânica, de ser muito mais observador de tudo o que me rodeia e de partilhar essas minhas observações com toda a gente onde quer que esteja (o sortilégio da internet!…).
E é assim que vou continuar. Durante quanto mais tempo? Até já não atinar com o que ando a fazer ou a dizer?
Sendo assim só peço uma coisa às pessoas que me encontrarem aqui pela web. Alertem-me por favor quando sentirem que estou a entrar em desvario.

Será que já comecei a dispersar demais e a não dizer coisa com coisa?…
Agora que estava a ganhar balanço e as palavras começavam a brotar em torrente, sem rumo bem definido, a dispersarem-se por aqui e por ali, olhando em todas as direcções, ordeno-me: basta por ora. Até porque não te esqueças que tens muito trabalho profissional pela frente, urgente, pelo menos para todo este mês…
… (talvez continue a abrir a minha janela…afinal o homem é um ser eminentemente social )…

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2008/05/15

Loteamento de zona verde

Ampliando-se a foto, podem observar-se em melhores condições, diversos aspectos de pormenor duma vista panorâmica da cidade de Leiria a partir do miradouro junto às instalações das Estradas de Portugal (antiga e saudosa JAE), a meio da subida para o Castelo.
No canto inferior esquerdo destaca-se a rudeza da igreja da Misericórdia (construída sobre os escombros duma antiga sinagoga) e na parte superior uma das zonas verdes mais típicas e históricas da cidade, constituída pela área abrangida pela chamada Villa Portela, que tem sido objecto de imensas polémicas entre os proprietários e a Câmara Municipal, desde há mais de um século.
Verdade seja dita que se não fossem os proprietários, há muito que esta zona verde tinha sido transformada em arruamentos, alargamento da Praça do Município e até já lá teria sido construído um edifício público.
Acontece que o "Jornal de Leiria" de hoje noticia, muito simplesmente, a página 6: "Loteamento da Villa Portela aprovado pela câmara". E acrescenta que esse mítico lugar (até pela sua ligação a uma das maiores e mais distintas famílias desta terra, os "Charters d´Azevedo") vai ser transformado num "loteamento de "alta qualidade"". Este projecto foi aprovado por unanimidade e ficará constituído pelos seguintes equipamentos: 1-Edifícios de habitação; 2- Esplanada-miradouro (virada para a zona menos vistosa da Quinta da Portela); 3-Escadaria ; 4-Parque de estacionamento; 5-Praças.
Pela foto pode ficar-se com uma ideia geral do quão importante pulmão da cidade de Leiria é, de facto, esta zona verde, no seu conjunto. Entretanto, um pormenor, pelo menos, desse projecto, refere, como se fosse mais importante mais um alargamento de ruas que a manutenção integral da zona verde: "Os proprietários vão ainda ceder 1.000 m2 da zona verde da Vila Portela, que não será urbanizada, para permitir alargar a Rua Dr. José Jardim (onde fica situada a sede do PSD local) e a Rua Machado dos Santos."
E assim se vão requalificando (economicamente? esteticamente?) algumas das mais carismáticas zonas verdes de Leiria....
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Para melhor apreciar a beleza e imponência ambiental da parte desta zona virada para a Praça do Município consulte-se (aqui)
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2008/05/10

Árvores de Leiria - Esclarecimento que se impõe

Na entrada anterior permiti-me questionar a ausência do site com o brilhante trabalho, "Atlas das Árvores de Leiria", referenciado com muita frequência em variadíssimas oportunidades nos blogues particularmente dedicados à ecologia, botânica em particular.

A observação que então anotei não teve qualquer intenção de criticar negativamente o facto da ausência inesperada daquele sítio na internet. É, de facto, uma pena.


Sei, entretanto - aliás basta consultar o endereço da Associação "Vertigem" - que aquele documento extraordinário e duma utilidade inquestionável, está em actualização. Boa notícia.

Pelo que depreendo, a "Vertigem" é uma associação de jovens e especialmente voltada para jovens. Óptimo! Eu sou um, como se diz na gíria - até me parece mentira mas é a verdade nua e crua - sexagenário. Só que, gosto de intervir com o meu quinhão, no sentido da preservação do ambiente, de colaborar com a organização das comunidades de interesse social, que nos envolvem e nas quais nós, todos nós, nos devemos envolver.

Por isso, caros amigos da "Vertigem", podem contar comigo para o que for preciso. E como eu, pressinto que anda por aí, na blogosfera nomeadamente, muito boa gente, com a mesma disposição.

Não se esqueçam, por favor, de fazer as devidas referências às árvores do Adro e do Largo da Sé de Leiria. Que me lembre e julgue saber: tília tormentosa e jacarandá, ambas estas árvores de porte monumental (O jacarandá da foto a começar a florir, no seu expectante azul lilás), padreiros logo a seguir (saudades minhas e de outros dos "acer pseudo-plátanus" que emolduravam, até, o Largo da Sé e albergavam centenas de pássaros, que nos alegravam a vida com o seu chilrear do amanhecer e do anoitecer...abatidos sem explicação pública), olaias, robíneas pseudo-acácia, melia azedarach.

A foto é de há momentos. Fui à janela, fazendo um intervalo no trabalho... Tirei a foto e, mais uma vez, tive ocasião de observar a incrível desarrumação e balbúrdia que vai aqui pelo Largo da Sé. E os bandos descontrolados, de pombos, anafadíssimos, ainda agora super-alimentados por uma senhora que vai propositadamente a uma loja de rações, aqui perto, comprar às sacadas de milho. Todos os dias. Ninguém põe ordem nisto?

2008/05/07

Divulgar o conhecimento

Esta rua de Leiria vai da Avenida Marquês de Pombal ao Largo Rainha Santa Isabel. Henrique Sommer foi o fundador da Empresa de Cimentos Lis, em 1920. Passo por esta rua diariamente, vindo do lado do seminário, desde a Barreira, para levar um neto à Escola Branca, EB1. Curiosamente, a parede pintada de amarelo pertence à Escola Amarela. São assim mesmo conhecidas.

A sua árvore é um lódão-bastardo (Celtis australis). Bonita e portuguesa. (dias-com-arvores)

Nesta Rua e no recreio da Escola Amarela existe esta árvore que, para já, ainda não consegui identificar(*). Estava à espera de obter informações na Net no conhecidíssimo "Atlas das Árvores de Leiria". Acontece que, inesperadamente, o seu acesso ficou reservado. Só com password é que se pode consultar. Não posso concordar com esta atitude abrupta.
Há dois anos comecei a interessar-me pelas árvores e outras plantas de Leiria. Nessa altura apercebi-me que havia este site com informação a este respeito. O seu acesso era restrito. Como andava muito entusiasmado com o tema, lá consegui na Câmara Municipal um CD com toda a informação do site. Entretanto, pouco tempo depois, o "Atlas das Árvores de Leiria" foi aberto livremente ao público e começou a ser muito referenciado como um trabalho a merecer rasgados elogios. Com toda a justiça, digo-o agora, que já ando há dois anos e tal a observar as árvores de Leiria.
Qual a razão de tal atitude, permito-me questionar? O trabalho não foi o resultado duma parceria entre a Câmara Municipal de Leiria e a Associação Vertigem? Porque não mantê-lo de acesso público? É que é, efectivamente, um excelente trabalho de nítido interesse científico e lúdico?
Há coisas que não se percebem facilmente!
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Só mais uma nota à guisa de pergunta e insistência: será possível ser informado do motivo da discrepância entre o Quercus que está junto à placa alusiva à geminação de Leiria à cidade Alemã de Rheines e o que é referido nessa peça? Pode observar-se esta disparidade no Jardim de Sto. Agostinho.

(*) Ver nota acima. Informação gentilmente cedida pelo blogue dias-com-arvores

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2008/04/16

Olhar Leiria: Rossio

Jardim Luís de Camões. Porque razão aqueles bancos hão-de ter sido pintados a cor de laranja?!...
Acaba-se de subir as escadas da fonte antiga do Jardim L.C. e pode apreciar-se o espectáculo único dum conjunto de árvores diferentes, já com uns bons anos. A primeira, liquidâmbar, foi ela das que primeiro me seduziram a apreciar o extraordinário ciclo das árvores nos coloridos das suas folhas e no perfil dos seus hábitos. Outras árvores sediadas neste maravilhos recanto de Leiria: ácer falso plátanus (padreiro), do lado esquerdo; uma faia, já a enfeitar-se com o seu vestido gracioso, cor púrpura; liquidâmbar a começar a sua faina de se cobrir de folhas que, ao longo do ano, vão assumindo várias cores, verde tímido, passando pelo vermelho outonal e acabando num amarelo esplendoroso apesar de moribundo; a espreitar por debaixo do padreiro e da faia, pode vislumbrar-se uma acer negundo; retorcida pelo tempo e pela incúria dos homens, mesmo assim apresentando-se em jeito escultórico, aprecie-se a original melia azedarach, neste momento, mostrando as suas belas flores violeta, pequeninas mas em tufos, ao mesmo tempo que ainda nos deixa ver os frutos da época passada (bastante tóxicos quando trincados ou comidos pelo homem; quer-me parecer também que não haverá muitas aves que se atrevam a comê-los, dado que eles lá estão pendurados até cairem. Ver pormenor das folhas, flores e frutos aqui).
Do mesmo local da tomada das fotos anteriores, no Marachão, junto ao liquidâmbar, mesmo ao lado o rio Lis, observe-se a nova estátua do Papa Paulo VI, enquadrada num modernaço visual de zona pedonal e jardim. Em primeiro plano, uma tília. Ao fundo uma silhueta escondida das obras de requalificação do antigo edifício "Garage". nota: tenho várias fotografias destes ângulos. Vou passar a colocar neste blogue, esta mesma sequência, ao longo do ano. Comecemos então a numerar esta sequência como sendo a nº 1/2008-rossio
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2008/04/07

Serviço cívico pelas árvores...

Hoje, descia a Av. Sá Carneiro, em Leiria, na direcção do Largo da Sé, para almoçar. Como o previsto pelos meteorologistas, fazia bastante vento e chovia. Depois de fazer a curva para a direita reparei que os automóveis que iam à minha frente se desviavam da árvore da foto A e lá prosseguiam a sua marcha imperturbavelmente. Parecia que nada de especial se passava.
Não sou da mesma opinião. Penso que todos nós, cidadãos, temos o dever de contribuir para a preservação do património público. Era o caso desta ameixoeira de jardim, Prunus pissardi. Encostei o carro à berma da estrada e prestei-me a dar uma ajuda no sentido de evitar que a ameixoeira acabasse por ser destruída. A tarefa foi mais complicada do que parecia à primeira vista, até porque não tinha qualquer ferramenta à minha mão. Lá consegui, utilizando as pedras amovíveis colcocadas no separador central, segurar o pau de apoio da árvore. Não sei se esta será a solução definitiva, pelo menos para os próximos dias que se prevêm de fortes chuvadas e ventania.
Vou enviar este post aos serviços da Câmara. Pode ser que alguém lá vá reforçar o meu remedeio, que mais não consegui fazer...
Até viria muito a propósito. O próximo dia 10 é o Dia Mundial da Árvore.
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O Arbor Day (Dia da Árvore)

O Arbor Day, dia especial dedicado à plantação de árvores, foi instituído a 10 de Abril de 1872 no Estado do Nebraska, nos Estados Unidos da América, tendo a partir de 1885 sido consagrado como feriado estadual.

Esta iniciativa rapidamente se generalizou a outros estados americanos e mais tarde foi também adoptada noutras partes do globo.

Consistia essencialmente na plantação de árvores e acções de propaganda sobre os benefícios da arborização, com grande mobilização de instituições públicas, de organizações agrícolas e de particulares.

As actuais comemorações do Dia Mundial da Floresta e as Festas da Árvore do início do século têm claramente a sua raiz nesta iniciativa americana do Arbor Day.
(In "Naturlink")
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2008/04/02

Dentro de ti, ó Leiria... Jardins e Árvores...

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Esta pilha de fotos pode ser observada, uma a uma, no vídeo/slide show abaixo.
A carregar em breve...(Vamos lá a ver quando!...)
Entretanto, aqui fica um teste com o "Picasa"


Também se podem seguir os trilhos A e D