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2011/05/27

Portugal, minha terra

Flor da feijoa, uma arvoreta oriunda do Brasil, fruto delicioso...
Um melro, na rua, nas suas calmas...

Os portugueses preocupados
A vida a andar pra trás
Os políticos endoidados
Anda à solta Satanás?


Portugal, minha terra
Momentos de encantamento
Porquê tanta guerra
Tanta lamúria e tormento?


Só queremos viver!...
Com paz e dignidade
Olhar a Natureza e ver
Toda esta tranquilidade.

Será pedir muito?...


@as-nunes
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2011/01/20

Hortas urbanas, biodiversidade e desenvolvimento económico

Nas últimas décadas a preocupação fundamental das grandes decisões governamentais a nível global têm-se prendido com o desenvolvimento económico a qualquer custo.
Que o desenvolvimento económico é condição imprescindível à qualidade da vida do homem, que sem economia forte não há desenvolvimento - invoca-se.
Não podemos contestar tal concepção, mas podemos e devemos travar a velocidade do desenvolvimento económico a qualquer preço em nome duma ideia muito mais importante para o Homem e o próprio Planeta em que ele vive e de cuja sustentabilidade depende a própria vida: a biodiversidade.
Corre pelas chamadas “redes sociais” um movimento “pela criação de hortas urbanas e biodiversidade nos espaços verdes das grandes cidades”. Eu acrescentaria, pensemos em todas as urbes e não só nas grandes cidades. Pensemos também nas terras em pousio pela migração maciça das populações, para os centros urbanos em busca da ilusão de melhores condições de vida.
Actualmente, assistimos à decepção dos novos habitantes das urbes, particularmente aqueles que vêm de zonas mais ou menos interiores e até de áreas limítrofes. É que estão a ser confrontados com uma qualidade de vida muito deficitária, em múltiplos aspectos. Preços incomportáveis dos combustíveis para usar no transporte privado, os próprios transportes ditos públicos cada vez mais caros, engarrafamentos brutais com o aumento subsequente do tempo ocupado em transportes, salários muito baixos para fazer face ao custo de vida, falta de tempo livre.

E a alimentação, o que é que andamos a comer, com estas pressas todas e a necessidade de gerir orçamentos familiares baixíssimos? E deficitários, feitas as contas.

É esta a vida que queremos viver, de facto?

Dada a actual conjuntura económica e social mundial, parece-me evidente que temos que encontrar todas as alternativas possíveis e imaginárias para procurarmos o equilíbrio dos nossos orçamentos familiares e da própria Terra.
Sou incondicionalmente a favor dum melhor aproveitamento das terras de cultivo e que estão votadas ao abandono. E ao aproveitamento dos próprios jardins que, alguns de nós, possam ter à volta das suas habitações. E também a favor da criação de talhões de terreno comunitários para horta.


Nesta perspectiva, dou o meu apoio a esta iniciativa (espero bem que não só virtual) e que seja posta, desde já em prática, por cada um de nós.
Pelo que a mim e à minha família diz respeito, já estamos em fase de substituição de parte do relvado do jardim. Até porque com a relva se gasta demasiada água e pouco ou nada se contribui para a biodiversidade de que o nosso Planeta tanto carece. 
Em sua substituição, estamos a plantar couves, alfaces, plantas aromáticas e medicinais e a semear feijão verde, cenouras, alho, nabiças, nabos, o que a terra possa produzir e ajude na alimentação. E não esquecendo – muito importante – a reciclagem de todos os resíduos biológicos da cozinha, do jardim e da própria horta, bem como o aproveitamento das águas das chuvas.
Ao mesmo tempo, já começámos a dar preferência às plantas e flores autóctones no remanescente do terreno ajardinado. Sem esquecer as árvores de fruto que se possam plantar, como laranjeiras, limoeiros, pereiras, cerejeiras, macieiras, etc.
Aproveitem-se todos os bocadinhos de terra de cultivo (alguns jardins e espaços verdes, inclusivé) para melhorarmos a qualidade de vida das nossas cidades e não só, que há por esse Portugal fora, muita terra abandonada!...

E que não haja “vergonha” de agarrar numa enxada, numa pá, num ancinho, pôr os pés na terra e usufruir, para além de tudo o mais, do bem que é o contacto com a Natureza!...
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(Estive em rádio - Rádio Batalha - a conversar sobre este tema, com o meu amigo e realizador do programa "conversas e ideias", Soares Duarte. Na 5ª feira passada, à tarde. Na rubrica "destaque", quem diria, nestes tempos de campanha para as Presidenciais. Eu, que sou dos que pensam que todos devemos participar com força cívica nos momentos importantes para o nosso país!... 
Estou cansado de ver o povo a não ser mais e melhor juiz das acções concretas dos nossos dirigentes políticos, a branquear factos que deviam ser esclarecidos, para não nos virmos a sentir enganados no futuro).


A composição ao lado é um fragmento do que foi publicado na "Ilustração Portuguesa", um nº de 1916, que retirei do blogue colipoleiria
É certo que nessa época vivíamos essencialmente da Agricultura, a verdade, porém, é que com a nossa entrada na Comunidade Europeia, os Governos Portugueses praticamente foram empurrados a tudo fazer no sentido da desvalorização/menorização da actividade agrícola. Os efeitos perversos estão à vista. Consumimos mais de metade de produtos alimentares importados de outros países Europeus porque nos convenceram que a nossa agricultura não era necessária para coisa nenhuma, que a Europa produzia tudo em abundância, qualidade e preço. 
É o que se está a ver!...

2011/01/16

Fotografar para não endoidar

clic para ampliar

Em jeito de legenda:


1- Vindo de lá de cima, junto à Igreja matriz da Barreira, ouve-se o som da música da festa de Sto. Amaro, o protector dos aleijadinhos dos ossos - que dos outros nem sei;
2- Passei o fim-de-semana, uma grande parte, a trabalhar a terra, uma porção à volta de casa, anteriormente coberta de relva (grama ou escalracho) para semear favas,cenoura, alho, feijão, nabiças, grelos de nabo e plantar couves (de desfolhar e de repolho) e alfaces;
3- As fotos alusivas à cidade de Leiria, Centro histórico e Largo do Papa, são de 6ª feira passada (ou terão sido tiradas na 5ª, ou na 4ª? foi por um desses dias);
4- O gato siamês é o "Chaneco", dos nossos vizinhos, habitual do nosso lado, ia a passar por debaixo da minha janela, apercebeu-se da máquina fotográfica, olhou e ajudou a focar a imagem;
5- Podem observar-se vários instantâneos, sobre as Cortes, Sra. do Monte, ao amanhecer e ao cair da tarde, como me vai ocorrendo. Também se podem ver perspectivas sobre a parte poente à volta de casa, na direcção da "Quinta do Cabreiro" (agora já não é assim conhecida, mas foi dessa maneira que me ensinaram a identificar este lugar, dos meus tempos em que fiz parte da Junta da Barreira, anos 2001 a 2004). Não me canso de tirar fotografias destas vistas!... Um regalo para o olhar e uma emoção para a alma!...
6- Há dias recebi uma notificação para pagar em 15 dias uma multa de 30€ por ter estacionado há uns meses atrás, em cima do passeio. Estava em serviço... (mas não sou polícia);
7- Não podia esquecer a camélia...branca, linda,
- calmante, para compensar o ruído bruto da campanha eleitoral para as Presidenciais que por aí anda. Tanta demagogia, tanta palermice (a tentarem enrolar-nos de todas as maneiras, mesmo que imaginárias sejam).


E pronto.
Espero que gostem das fotografias que aqui vos deixo.
Descansemos a mioleira, que ainda dão connosco em doidos!...
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2010/12/08

Inverno à porta. Com estes contrastes tão vivos?


1- Folhas de Cerejeira, o vento forte dos últimos dias a prepará-la para o Inverno que aí está a bater à porta, estrondosamente;
2- Uma poça de água da chuva na folha duma couve;
3- A Ema e o Ivo;
3- A objectiva na direcção da Sra. do Monte (em dia de evocação de Nª Sra. da Imaculada Conceição, segundo a religião católica);
4- A mais linda das camélias, a "winter snowdown". 
-
Imagens capturadas hoje, na Barreira, Leiria.
__________
sobre "A Comunidade Judaica de Leiria"

sobre
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2010/11/28

Olá... aqui Barreira - Leiria

Salva Microphylla (1b) , (1), (1a)
Olá, olá, pequeninas mas irrequietas e invasoras alegres!


 Camélia «Winter SnowDown» ou «Polar Star» (2) 
Saudações amigas a todos os navegantes que por aqui aportarem, mesmo que só de passagem...
-
(1) e (1a) Ver (1b)
(1b) Inicialmente, de facto, confundi esta flor com a chamada boca-de-lobo,se bem que a minha mulher já me tivesse alertado que eu estava enganado.  Com a ajuda da Rosa, que muito agradeço, fui consultar uma enciclopédia, a partir da dica da famíia e penso que cheguei ao nome correcto desta planta e flor: Salvia microphylla, nome comum SALVA MICROPHYLLA.
Planta vivaz, semi-rústica sempre verde. Atinge 1 a 2 metros de altura e 60 cm de amplitude. Flores atractivas, cor de framboesa com um lábio inferior característico surgem do fim do Verão ao início do Outono. (quer dizer, já estamos no fim do Outono e elas ainda aqui estão bonitas de se ver). 
As folhas ovais de coloração verde cheiram a amoras quando esmagadas ou apertadas na mão.
in "O poder das ervas aromáticas" Civilização editores"

(2) http://www.usna.usda.gov/Newintro/camelli1.html talvez aqui se consiga perceber melhor a actual classificação das camélias híbridas, aqui na zona Norte Atlântica. Pelos vistos, as camélias japónicas, as originais, se não se "põem a pau" ainda desaparecem do mapa!
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2010/07/11

Barreira - Leiria: amoras e amores...em tempo de Verão

Ó minha amora madura
quem foi que te amadurou?
Foi o sol e a geada
e o calor que ela apanhou.


E o calor que ela apanhou
debaixo da silveirinha;
Ó minha amora madura
minha amora madurinha.


Há silvas que dão amoras
há outras que as não dão
há amores que são leais
e há outros que o não são

(do cancioneiro popular.
Lembro-me da letra e da música desde os meus tempos de criança, na Beira-Alta, Viseu)

O "rapazito" é que se está borrifando para cantorias. 


E que bem sabem uns borrifos de água fresquinha em pleno jardim.
É uma das maravilhas da Natureza tomar-se um duche, com sabão e tudo, na relva do jardim, nestes dias acalorados de Verão!...


Saibam os meus amigos que ele, o "rapazito", ali naquelas calmas, está à coca para, num ápice, dar um salto e caçar.
O que vier à rede é peixe:
melros, pardais de telhado, felosas, ratos de campo, sardaniscas, cobras pequenas, etc.
Alguns come-os, outros deixa-os em cima do tapete, junto à porta da cozinha.

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2010/04/27

Barreira - Leiria: Um jardim-horta-capoeira-santuário

Melhor se pode perceber clicando aqui

O 1º ovo, ante-ontem,
duma galinha poedeira,
quem o comeu?
 A Carolina,
3 anos de vida

por aqui vão vagueando
 e cantando os seus trinados
 toda a espécie de passarada
autóctone ou de arribação
Tendo-se clicado no link acima sugerido pode-se fazer a comparação entre o aspecto da horta, nestes dias, com o que era em 13 do mês passado. 
É uma das pequenas grandes emoções da vida aquela que consiste em acompanhar, com todos os sentidos,  as metamorfoses por que vai passando a Mãe Natureza a par do seu eterno companheiro: o Tempo.
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2010/01/10

Jardinagem e Cícero


"Se ao lado da biblioteca houver um jardim, nada faltará."

Cícero


Centro Oeste de Portugal. Sol de Inverno a jorros. O dia estava a chegar ao fim. 
Após uma maratona de trabalho de jardinagem!...

obs:
sugestão de "Tulipa"


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2009/05/07

Leiria - jornais locais e a blogosfera



A interacção entre os jornais e os blogues já é por demais evidente, a despeito da relutância de alguns jornais em referir que alguma da sua informação é bebida nos blogues. O contrário também é nítido, temos que o convir. O que, no primeiro caso, até nem vejo que problema possa haver, inclusive em receber de braços abertos, todas as informações da mais variada natureza, que os bloguistas lhes possam disponibilizar . E vezes sem conta, em "última hora" e on line.

A verdade é que o blogue chega mais fácil e rapidamente a qualquer parte do Mundo que os jornais de papel. É claro, no entanto, que nunca poderão ser tão abrangentes e profundos e de manejo palpável, como o jornal de papel.

E nós bem sabemos como é que os nossos concidadãos espalhados por todos os países, recebem de braços abertos, todas as informações que os bloguistas lhes possam disponibilizar, especialmente os que se relacionam com a sua terra natal, outros locais e pessoas de referência das suas vidas passadas no seu torrão natal.
Basta que os nossos blogues passem a ser referenciados nos motores de busca da internet para passarem a ter leitores de todo o Mundo, que se habituam a visitas regulares à procura de novidades.
Para isso também é fundamental não se descurar a qualidade literária, os temas abordados e o próprio design do blogue. O que obrigatoriamente nos obriga, a nós, amadores, a dispêndio extra de energias, tempo e dinheiro. É que, ainda que tenhamos à nossa disposição, vários servidores e organizações do gabarito do “Sapo” e da “Google”, para não me tornar demasiado extenso, será de grande utilidade ter sempre à mão uma boa máquina fotográfica, uma outra que caiba no bolso e que permita a fotografia e o vídeo e um bom PC portátil com ligação à rede wireless, de preferência.

Tenho este blogue activo há quatro anos.

Já cheguei à conclusão que os portugueses de todas as partes do Mundo constituem uma boa fatia do bolo dos visitantes.
Enquanto conseguir manter o entusiasmo que me anima a esta tarefa, este será um dos meus principais objectivos.

Pelo título, pode concluir-se que os temas abordados têm sido os mais dispersos, variados e actuais. Assim pretendo que continue a ser, em primeira instância.
No entanto, é muito natural que me debruce principalmente sobre questões ligadas a Leiria e até a Viseu. Sempre que possível, também à zona do Porto, onde vivi até aos 9 anos e, mais tarde, para lá voltei, nos anos 60, para prosseguir os meus estudos académicos. Enfim, as terras onde tenho as minhas raízes mais profundas…e que ajudaram a definir a matriz da minha personalidade e carácter.
.
Resumindo e concluindo:
Penso que é salutar a existência dos blogues, mesmo que, em muitos casos, em complemento dos jornais e outras formas profissionais de fazer jornalismo. Esta forma de comunicar, tem-se vindo a revelar dum interesse excepcional, não só para os próprios bloguistas, mas também como reforço da quantidade e qualidade da informação que fica à disposição de todo o Mundo duma forma instantânea e facilmente localizada através dos motores de busca da Internet.
Estamos a construir a passos de gigante uma janela com vistas largas para todo o Mundo. Umas vezes indiscreta, outras intimista, técnica, científica, cultura em geral, e, na maior parte dos casos, um excelente balão de ensaios literários...
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Só uma nota preventiva há que realçar: nem toda a informação que, através dos blogues, assim como por qualquer outra forma, vai para a grande base de dados da Internet, é incontestável.
Nós, os utilizadores, é que temos que nos prevenir contra quaisquer desinformações ou falsas informações que nos colocam à disposição...na esmagadora maioria dos casos, duma forma completamente gratuita e tentadoramente prática!
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2008/11/09

Escrever um livro, plantar um liquidâmbar



Em Maio do corrente ano , no dia da freguesia da Barreira - Leiria, este liquidâmbar foi-me oferecido como sinal de reconhecimento pelo livro que eu escrevi e foi editado em 2005, sob o título: "Caminhos entrelaçados na freguesia da Barreira - Leiria". Vários outros autores também foram agraciados com árvores envasadas, pelo mesmo motivo: terem escrito sobre a freguesia da Barreira. Com esse simbólico acto foram distribuídas umas dez árvores, Liquidâmbares e Grevílleas robustas. Que melhor "prenda" me podiam ter oferecido!? Plantei-a no meu jardim, uns metros quadrados à volta de casa.(aqui)
Hoje, o Outono a esvair-se em nostalgias, reparei melhor naquela árvore, recordei-me de como ela estava só com tronco e ramos e era mais pequenina quando me foi entregue a meu cargo. Um palmo, talvez.
Estes meses passados e antes que as folhas caissem todas, fotografei-a. Vejam como as suas folhas são encantadoras, apesar de haver muitos liquidâmbares (a maior parte) que nesta época do ano se preparam para o Inverno sob a cor vermelha característica.
Comecei a escrever o livro em referência nos Lourais-Barreira-Leiria, aos 13 de Junho de 2004, ainda eu mal tinha ouvido falar de blogues. Quase sem dar por isso comecei a escrever, a partir de 23 de Setembro desse mesmo ano, os passos do meu dia-a-dia, os que mais me ligavam à terra que adoptei desde 1993. Quase in extremis lembrei-me de introduzir um capítulo no livro com fragmentos desse meu Diário na Barreira. Lá ficou para sempre. Talvez uma premonição do que viria a acontecer anos depois. Deixar algumas ocorrências da minha vida e do que se ia passando ao meu redor, escritas e publicadas.
Mal eu imaginava que dois anos depois haveria de me entusiasmar pelos blogues, como é o caso presente.
E cá continuo!... Há três anos!...Até quando?...
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2008/07/13

Jardinagem em tempo de férias

Clicando em cima da foto, visualiza-se um vídeo-amador (classe C, talvez melhore nos próximos tempos, quando souber trabalhar melhor com a máquina, uma "Samsung i8", coisa barata, que o tempo é de vacas magras...) em que se pretende apresentar uma pequena panorâmica do jardim caseiro que temos vindo a construir, eu e a Zaida, ao longo destes últimos 15 anos. Tanta canseira! Talvez por isso mesmo, quando temos ocasião de o apreciar com mais vagar, achamo-lo mais bonito...

Fazia tenção de aqui apresentar a 2ª parte deste vídeo, talvez a mais deslumbrante. Desisti de tal intento. Eram mais 85 MB de vídeo e a minha ligação à internet, a única possível neste local, parte da Rua dos Lourais, é através de comunicações via éter, que me proporciona, na melhor das hipóteses, 80k de velocidade de comunicação digital. O jardim foi implantado em terreno em declive e da parte Nascente, olhando a linha do horizonte, vê-se a Sra. do Monte e Cortes, este lugar sede de freguesia, local idílico e mítico. Há que ter em conta que nas Cortes nasce o Rio Lis, fonte inspiradora de muitos e ilustres poetas e prosadores que aqui viveram e vivem. Citando somente a título de referência, refiram-se os nomes de Rodrigues Cordeiro, José Marques da Cruz, Afonso Lopes Vieira. E tantos outros que, pelo seu engenho e pela sua arte, da lei da morte se vão libertando. Recentemente foram editados dois livros com compilações dos artigos impressos no "Jornal das Cortes" nos últimos 20 anos. Uma forma iniludível de sintetizar praticamente toda a história duma terra com tantos pergaminhos como é, sem dúvida, Cortes, aqui em frente, vistas airosas, a cinco km de Leiria - cidade.

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2008/07/06

Vídeos: Picasa ou YouTube?


Há uns dias que o jardim não era regado. Deixei que a água corresse um bocadinho, junto a um muro. Começou a ouvir-se o som característico da água corrente como se fosse a murmurejar pelo meio dos seixos dum ribeiro. Não resisti a fazer este vídeo...para partilhar convosco.

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Já que estamos a trocar algumas impressões: Fiz também o upload para o YouTube. A qualidade da imagem não parece ser tão perfeita como através do Picasa. Ora reparem...

2008/05/23

Rua Ramalho Ortigão - Leiria (Um desrespeito à memória dum grande escritor)

=nota prévia: foi actualizado "diário do meu jardim".
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Eça de Queirós
De Julho a Setembro de 1870, em colaboração com Ramalho Ortigão, escreve o "Mistério da Estrada de Sintra", que publica em folhetins no "Diário de Noticias".”
1870: É nomeado Administrador do Distrito(*) de Leiria. Com Ramalho Ortigão, escreve O "Mistério da Estrada de Sintra". Presta provas para cônsul de 1ª classe, ficando em primeiro lugar.
Este trabalho em conjunto foi feito em Leiria, no período em que Eça de Queirós aqui ocupou o cargo de Administrador do Concelho.
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Por vezes, ao fazer o percurso diário obrigatório, dos Lourais para Leiria (Largo da Sé), em vez de seguir o habitual itinerário, que me leva a subir até ao Telheiro e lá vou eu, via Cruz da Areia, Largo da República, entrar na Estrada da Marinha Grande (Rua dos Mártires) cortar à direita no caminho para o Castelo de Leiria, em vez de subir, cortar para a direita e descer até ao Largo da Sé; faço a variante de descer, seguir pela Estrada das Cortes até ao centro de Leiria.
Foi o que me aconteceu hoje.
Na zona da Quinta de Vale de Lobos (na Guimarota) de há muito que lá está uma rua, que acaba por ser um beco sem saída, a não ser que se tenha o privilégio de seguir de jipe, que não é o meu caso, nem para tal estou disposto a endividar-me. Durante muito tempo pensava eu que era a entrada da Quinta ou duma parte da quinta e que até seria um caminho privado. Mas não.
Hoje, lembrei-me de lá dar uma olhadela para observar os carvalhos que existem naquela zona e se por lá havia algum Quercus robur. Espanto meu. À entrada tinha sido colocada uma placa toponímica que diz tratar-se da Rua Ramalho Ortigão. Fiquei logo no ar para telefonar para a Junta de freguesia de Leiria para me darem mais elementos da razão daquele topónimo. Em vão. Que andavam em mudanças e tinham toda a papelada encaixotada. Entretanto, a senhora que me atendeu foi adiantando que julgava que foram os moradores (dois ou três, conforme já pude comprovar) que sugeriram esse nome. Telefonei para a Câmara Municipal. Como era dia de meia-ponte, o Snr. Engº não sei quantos não estava, a senhora da secção de toponímia idem, a das actas da Câmara não podia ajudar. Não queria ser ofensivo nem é essa a minha intenção, mas, que diabo, não seria melhor terem fechado a Câmara fazendo a ponte toda?
Cá me hei-de desenrrascar.
A rua é de terra batida. E há lá o Quercus robur, confirmei. Mesmo na berma em declive sobre a rua de terra batida, cheia de regos das fortes correntes de água que por lá passam quando chove forte.
Aqui deixo a reportagem fotográfica, a complementar este escrito, mesmo em cima do joelho.



Aqui está um Quercus Robur, antigo e com rebentos novos. Também encontrei, mesmo na valeta da rua/rego de água, alguns Robur a nascerem das próprias bolotas. Claro que aproveitei para trazer um e algumas bolotas. Sou capaz de fazer uma pequena maternidade destes carvalhos no próximo Outono.
Depois de dar meia-volta, ao descer de regresso à Estrada das Cortes. Um dia destes volto para falar com algum dos actuais moradores do cimo da Rua/Beco sem saída. Será que Ramalho Ortigão não merecia melhor tratamento?
(*) Eça foi Administrador do Concelho de Leiria, não do Distrito.
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