2007/04/22
"Alcança quem não cansa" (3)
2007/04/19
O Espinheiro
Ainda a propósito do post anterior em que eu me propunha apresentar-vos o espinheiro-alvar. Entretanto, fiz mais algumas observações e leituras e obtive a ajuda preciosa do amigo Augusto Mota. Aqui, à volta de Leiria, há muitos arbustos deste género, mas de espécies diferenciadas, como se consegue concluir ao se observarem em pormenor, in loco. As fotos acima são de dois tipos diferentes fotografados hoje de manhã, no meu jardim. O de cima tem frutos vermelhos e o de baixo ( o mesmo da foto do post anterior) tem estas flores espectaculares e frutifica em pomos de cor amarela, lá mais para o Verão.
Tentando clarificar a respectica classificação vernacular e científica:
Na minha opinião de leigo na matéria, atendendo ao que julgo ter aprendido, a segunda foto refere-se a um pyracantha angustifolia porquanto: as suas braças, armadas com espinhos, são horizontais e graciosas podendo atingir quer em altura quem em comprimento cerca de 3 metros; cria cachos de flores brancas, que perduram desde o fim da Primavera até ao começo do Verão; as bagas em forma de maçã pequena podem ser vermelhas ou amarelas (amarelas neste caso) e persistem durante a maior parte do Inverno; tal como em relação a todas as pyracantha os frutos são muito apreciados pelos pássaros.(SE&O)Um dia destes talvez tenha oportunidade de lhes mostrar o quão fantásticas são as árvores que lá fotografei. Será que vão acabar por serem inexoravelmente abatidas para dar lugar a mais urbanizações? Há que parar para reflectir do que queremos fazer da qualidade da vida do Homem neste Planeta! Temos que nos mentalizar que o ritmo do chamado progresso material tem que ser controlado tendo em conta a Natureza, o princípio e o fim de todos os ciclos biológicos!...
Maldita ganância pelo dinheiro e pelo poder! A nossa perdição, não haja dúvidas!...
2007/04/17
Em Covelas - Ribafeita
2007/04/15
Regalos para os olhos - 1n
Será uma toutinegra? Ontem, à tarde, no meio duma carvalhita, no lote ao lado. Centro-Oeste de Portugal. Foto com objectiva a apontar para Norte.
Kingdom:
Plantae
Division:
Magnoliophyta
Class:
Magnoliopsida
Order:
Rosales
Family:
Rosaceae
Subfamily:
Maloideae
Genus:
Pyracantha
2007/04/14
mariola
Este é o gato da vizinha. Mas quando lhe cheira a petisco está sempre a postos. Os gatitos da ninhada do ano passado (de que já vos falei várias vezes) já o adoptaram como fazendo parte do grupo. Eu é que não estou a achar graça nenhuma ao assunto.
O mariola aí está, à coca!...
Antigos Combatentes Portugueses
2007/04/13
É assim a Vida!
Vamos hoje, nós os familiares, amigos e colegas de trabalho, acompanhar o Zé Manel à sua última morada.
O Zé Manel tinha 57 anos de idade e trabalhava comigo há 16 anos. Um amigo que dificilmente se vai esquecer. Já se estava à espera deste desfecho...há uns meses. Acompanhámos o definhar inexorável da sua vida, sempre na secreta esperança (que nós sabíamos que também era a dele...) de que pudesse ocorrer um milagre, durante 6 meses... contados quase ao minuto...principalmente pela família.
Nestas alturas a nossa memória como que se aviva. E recordamos! Recordamos muitas passagens das nossas vidas entrelaçadas pelas circunstâncias de cada momento.
Como andámos os dois na tropa, no tempo da Guerra Colonial em Moçambique, fins dos anos 60, tínhamos frequentes conversas sobre o que então passámos, especialmente ele. Parece que o estou a ver a calcorrear com o seu pelotão(**), debaixo de qualquer tempo, sob o olhar felino do adversário (aqueles que nos diziam na recruta e na especialidade, que era o IN(*) ), aqueles trilhos e picadas ao longo do caminho de ferro do Zambeze, a fazer a segurança daquela linha de comunicação e comércio, vital para os objectivos militares dos altos comandos, que ligava a cidade da Beira à Barragem de Cabora Bassa. A sede que, no decorrer das operações militares, lançados à sua sorte durante semanas, no mato, os obrigava a beber água nas piores circunstâncias imaginárias. Bem que levavam uns comprimidos para "tratar" a água mas nós bem sabemos a protecção que essa precaução lhes proporcionava. Os ataques de paludismo que teve de suportar, as mazelas que essa espécie de malária nos deixou no sitema hepático. Digo-o com experiência própria. Não integrei grupos operacionais de combate , mas sofri na pele os efeitos do clima, particularmente o paludismo. E não só eu, também a Zaida(3).
O José Manuel Solipa era um dos que faziam parte de Associações de ex-Combatentes, que têm continuado a luta pela defesa de alguns reconhecimentos do Estado pelas condições difíceis que vivemos em defesa da Pátria Portuguesa, aquela que Camões e Fernando Pessoa tão magistralmente cantaram e louvaram. Mas que também, como nós, os vivos (ainda!...), recriminamos pela falta de solidariedade para com aqueles que deram os anos áureos da sua juventude, quantas vezes a própria vida, em sua defesa!
Que, no mínimo, em honra dessas vidas sacrificadas, se olhe pelas condições de vida dos sobreviventes, uma grande percentagem a sentir problemas de saúde. E que cada vez somos menos, como podemos constatar todos os dias. Nem quero acreditar que seja esse o objectivo ao se adiar, sine-dia, várias questões reivindicadas pelas Associações de Ex-Combatentes.
Muito mais(2) haveria para dizer da vida e do meu relacionamento com o Zé Manel!...
2007/04/12
Cemitério de árvores?
Nos arredores de Leiria. Mais uma urbanização. Estes sobreiros estão cortados, como se tivessem sido guilhotinados.
Qual será a ideia? Será este o primeiro passo para o abate definitivo? Ou será que, como que por milagre, se pretende recuperar este bosque?!...
Desta maneira?!
2007/04/11
Árvores de Leiria - Ulmeiro (2)
Grande plano do pormenor das folhas e flores/frutos do Ulmeiro Pumila existente em Leiria, na Rua D. José Alves Correia da Silva, junto à Prisão Escola de Leiria. Neste local existem, pelos menos, dois ulmeiros desta espécie conforme a primeira foto.
2007/04/09
Protecção das dunas?!
Onde está o exemplo? Gasta-se o dinheiro em campanhas de protecção das dunas e de promoção da Praia do Pedrógão, concelho de Leiria, e o resultado está à vista!...
Será que o dinheiro necessário à manutenção desta zona se esgotou? Terá sido gasto com racionalidade?
Mais comentários para quê?
E esta foto não diz tudo o que de degradante se passa ao longo de toda a marginal do Pedrógão: passadiços destroçados, garrafas de vidro e outro lixo! Como se já não bastasse a deslocação desregrada das areias da zona Sul, deixando à vista, praticamente ao nível do mar na maré baixa, rochas em vez do volumoso areal doutros tempos!...
Efeitos das alterações climáticas? E a mãozinha do Homem?!...
2007/04/08
Estado actual da blogosfera
2007/04/06
Continuando a visita à freguesia de Ribafeita - Viseu
Como se pode ver esta cameleira apresenta-se com uma boa envergadura e a sua idade é proveta, mais de 100 anos, com toda a garantia, segundo opiniões de diversas pessoas antigas nomeadamente o meu pai(na foto) com 83 anos.
2007/04/05
Uma visita à freguesia de Ribafeita - Viseu
Não é por falta de receptáculo que o correio deixa de ser entregue no endereço correcto.
Se bem me lembro era esta a eira onde a minha avó Maria de Jesus (1883-1971) com a ajuda das suas filhas (Dores, Aurelina,Adélia, Cassilda,Encarnação) e homens que se contratavam ou, simplesmente, ajudavam, malhavam as espigas de milho e outros cereais e leguminosas, cevada e feijão, sei lá que mais. Lembro-me vagamente de ter experimentado um mangual (pode ser que ainda faça um desenho dessa ferramenta tal como me recordo, tantos anos passados...).
O que resta dos "espigueiros" de antigamente (activos até aos anos 70, mais coisa menos coisa), que eram os abrigos e secadores das espigas de milho, depois de desfolhadas. Tinham uma estrutura-base em pedra granítica aparelhada e o entaipamento era feito em finas tábuas de pinho que deixavam passar o ar para que as espigas secassem. Daqui seguiam para a eira para serem malhadas e os grãos secarem. Quantas vezes não se tinha que recolher o grão todo para o palheiro ao lado, por causa da chuva!
Em segundo plano pode observar-se um carvalho (carvalha como se dizia, aliás os meus pais têm um pinhal/carvalhal que se chama "carvalha". Quantas vezes é que já não ardeu nos fogos dos últimos anos!)
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Em próximos posts gostaria de vos mostrar outros aspectos desta freguesia da Beira Alta: comecei pelo Casal (terra onde nasci). De seguida iremos à zona da Igreja Paroquial de Ribafeita, com uma vista panorâmica deslumbrante sobre uma extensão enorme do Rio Vouga. Junto ao portão do cemitério, no seu interior, existe uma cameleira(*) digna de ser propagandeada; tem, seguramente, segundo me garante o meu pai, com 83 de idade, mais de 100 anos...sei lá quantos mais não terá?! Seguiremos para "Covelas" - lembram-se das notas anteriores sobre o Dr. Samuel Maia e o seu livro "Mudança d´Ares", ed. de 1916? - a terra da azeitona, a minha mãe, hoje com 82 anos, bem se lembra dos anos em que andou na apanha da azeitona, a calcorrear aqueles caminhos íngremes e pedregosos, sempre com o serpentear agreste do Vouga lá bem no fundo dos montes! Iremos à Lufinha ver a sua capela e o coreto inaugurado há pouco tempo. Passaremos por Gumiei, cuja Escola Primária frequentei, ainda que por poucos meses. Lembro-me bem da cana que o professor Américo tinha sempre à mão! Gumiei é uma aldeia com grandes tradições, muitos vestígios de casas senhoriais, agora votadas praticamente ao abandono! Requer uma reportagem especial em tempo oportuno!
(*) Tenho fotos para mostrar. Redescobri outra acácia, no Casal, nas traseiras do casario do Eirô (meio-do-povo), que terá a mesma idade!?...
2007/04/03
Largo da Sé em Leiria - 1974-2007
Senão veja-se:
2007/04/02
Tempo incerto!
Stop à chuva. Luz verde para o Sol!...
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Esta foto foi tirada, hoje, em Leiria, estava o sinal vermelho duns semáforos a passar para verde. Saquei da máquina fotográfica, ali mesmo ao lado, disparei no preciso momento em que o sinal estava a passar para verde.
Parecia um duelo ao pôr do sol...
Pode ser que haja coincidências...para contrariar os Meteorologistas, que prevêm para amanhã chuva. Tanta chuva este ano e tão pouca que ela foi nos últimos anos!...
É como o dinheiro! Está muito mal distribuída!
2007/03/30
Vim para o mundo dos blogues no princípio de 2006, ainda que tenha andado em testes já desde Novembro de 2005. Devo frisar, no entanto, que já participo (aqui), desde 1998, duma forma activa, na Net, através de variadíssimas páginas Web por mim construídas, duma forma primária é certo, mas sempre com a intenção e emoção de dar o meu modesto contributo para a evolução desta impressionante tecnologia das comunicações e para a infinita abrangência da grande base de dados, que se encontra à nossa disposição em toda a World Wide Web.
Entusiasmei-me com este modo de comunicar com pessoas de todos os quadrantes geográficos e sociais. Sinto que estou a conseguir integrar-me numa tertúlia, talvez mais que uma, com amigos quase todos virtuais, que mal os conheço, aliás, fisionomicamente não conheço a maior parte deles/as, mas começa a ser como se os estivesse a ver, a observar os seus gestos, a sentir-me bem à conversa com eles, quantas vezes a trocarmos ideias e imagens que nos dizem muita coisa interessante.
Sinto-me feliz, rodeado deste mundo de amigos “virtuais”, alguns que já não considero assim tão virtuais como isso.
Provavelmente como a maior parte dos bloguistas amadores, experimentalistas, curiosos no uso desta fenomenal ferramenta que a Net nos está a colocar aqui mesmo à nossa mão, quase que nem necessitamos de saber nada de informática, basta termos a noção do que é navegar na Rede Global, etérea e quantas vezes quase isotérica, tenho momentos em que me interrogo se consigo desempenhar algum papel de alguma relevância, que valha a pena, que acrescente algo ao que se anda a fazer…
…De interrogação em interrogação aqui ando neste mar, ora revolto, ora chão, ora soprado por uma brisa inconstante, dispersa…
DISPERSAMENTE… ................aqui me encontrarão até concluir que é tempo de zarpar, emalar a roupa e rumar para outras paragens!
Por enquanto sinto-me bem, aqui!…
Este texto saiu-me assim, num repente, emocional, edição simples, sem imagem, sem som...
Talvez que ainda aqui coloque alguma imagem, foto(1)(2)(3).
Um grande abraço para todos os que me lerem!
Até já...
António Nunes
(2) Da janela do meu quarto, 1-4-2007
(3) Um melro a cantar, empoleirado nas antenas da minha estação de radioamador. O melro é um cantor de mérito, de melodias sensíveis e sonoras ao mesmo tempo. 1-4-2007.
2007/03/29
Adeus...
O Rossio, ou seja a Praça da República, em Viseu, hoje, aí pelas 3 e meia da tarde. Nos meus tempos de menino e moço, fartei-me de correr e saltar por estes lados, hoje vi-o muito despido, algo desconfortável. A temperatura até estava agradável atendendo a que tinha chegado de Leiria.
Vim ao enterro do meu tio e padrinho, Serafim, 80 anos. Daqui seguimos para o Casal de onde o cortejo fúnebre seguia até ao cemitério de Ribafeita, sede da freguesia. E lembrei-me, como se fosse hoje, dos tempos do folar que o meu padrinho me dava, depois de cumpridos os ritos que mandava a tradição: deite-me a sua benção, meu padrinho; Deus te abençoe, meu rapaz. E lá vinha aquela nota mágica de 20 paus...
Adeus padrinho, descansa em paz!...
2007/03/28
Outdoors a conspurcar o ambiente
(clicar em cima da imagem para ampliar)
Manifesto-me, isso sim, veementemente - como já o fiz em relação a placards colocados noutros locais estratégicos da cidade de Leiria - contra a sua localização. Na minha opinião, os partidos políticos não se podem arvorar o direito de desvirtuarem a aparência duma cidade com estes monstros propagandísticos instalados em sítios que nos perturbam, a nós, cidadãos que nos queremos livres de apreciar a urbe onde vivemos, trabalhamos e/ou que visitamos.
Penso que nos devíamos manifestar mais e reivindicar para que esta forma de propaganda fosse banida duma vez por todas.
Tanto dinheiro que se gasta para dotar uma cidade de um bom visual e de equipamentos (rotundas, fontes luminosas com repuxos de vários estilos, jardins com árvores para nos ajudarem a manter o nosso equilíbrio emocional, rio e margens requalificadas a rigor) para, de seguida, nos taparem o olhar com estes gigantescos outdoors a impingirem-nos meia dúzia de slogans políticos e às vezes também de natureza comercial!
Não posso concordar com esta actuação dos partidos políticos, pelos vistos com o beneplácito dos órgãos representativos do Município (Câmara e Assembleia Municipal) e até da própria Junta de Freguesia, que tinham o dever de imporem mais rigor nesta matéria.
Eu prefiro olhar e ver a cidade...sem "tapumes"!
2007/03/27
TEATRO - Dia Mundial
Mas como gosto de recordar o "nosso" Gil Vicente, fundador do teatro nacional; e de como adorei, com os meus 15 anos, o "Auto de Mofina Mendes"!
E D. João da Câmara, grande poeta e dramaturgo português. Foi há mais de 40 anos que vi, pela primeira vez, representada a sua peça "Os Velhos". Inesquecível! Tive então a honra de ver trabalhar grandes Senhoras e Senhores do nosso teatro: Amélia Rey Colaço, Josefina Silva, Canto e Castro, Raul de Carvalho e outros igualmente grandes.
Mas este é o Teatro "Arte". Porque, afinal, não será o Mundo um enorme teatro? E os homens, fabulosos actores? É só olharmos à volta! Os ricos fingem que, coitados deles, estão na miséria; e, pior ainda, os pobres, fingem-se ricos e endividam-se cada vez mais!
Os parvos a fingirem-se de espertos; os espertos fingindo-se de parvos...
Os incultos a fingirem-se cultos, os maus fingindo-se de bons, os políticos fingindo-se de sérios...E há os que se fingem de loucos, os que se fingem de filantropos, os que se fingem de doentes...
Estou a lembrar-me do grande Molière, do seu "Doente Imaginário", de "Le Bourgeois Gentilhomme"...
E daquele "personagem" tão presente por esse mundo fora:
LAMBE BOTAS
Lambe-botas é criatura
Que existe por todo o lado
Por fora pelo macio
Mas com ferrão afiado.
Com muitos salamaleques
Voz meiga e algo melosa
Vai convencendo meio-mundo
De boa e prestimosa.
Mas por trás, oh meus amigos,
Cuidado com o Lambe-botas!
Se isso lhe convier
Espeta-vos o ferrão nas costas.
Mas mesmo assim, podem crer,
Muitos o valorizam bem
Porque só o Lambe-botas
Os fazem sentir alguém.
Zaida
Texto e poema
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Esta colaboração acaba por se apresentar como uma oportuna deixa para vos falar dum Teatro que houve em Leiria, o Teatro D. Maria Pia. Demoliram-no em 1956. Uma brutalidade que nem sei como é que está tão esquecida da memória dos Leirienses.
Aliás, é inadmissível que, até hoje, nada tenha sido feito pelas autoridades administrativas deste concelho para perpetuar a memória da existência e o que foi a excelente acção daquele Teatro em Leiria. Parece-me a mim que haverá memórias que incomodam ainda hoje e que tudo se tem feito no sentido de as riscar da história.
Insensatos! A história não se apaga administrativamente!...
Em próxima entrada voltarei para falar com mais pormenor sobre este episódio rocambolesco da história da cidade de Leiria.