Acácio de Paiva nasceu a 14 de Abril de 1863.
Vão fazer precisamente 150 anos!
Alguém se lembrou dele?
Não tenho conhecimento de nenhuma iniciativa para comemorar oficialmente esta efeméride!
Acácio de Paiva é, reconhecidamente, um dos maiores poetas líricos e satíricos da Literatura Portuguesa!
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O Tojo
Porque
me fez cruel a natureza,
O
tojo diz, é alma da floresta,
E
não me concedeu, como a giesta
E
mais irmão que tenho a macieza?
Não
pode por carícia (que tristeza!)
Diminuir
a dor que me molesta,
Pois
que por condição, e bem funesta,
A
quem me toque eu firo, com dureza.
Pés
descalços, de carne preciosa,
Se
atravessam os matos dos caminhos
Eu
tenho de os rasgar, alma impiedosa,
E
tanto desejaria que os espinhos
Se
trocassem por pétalas de rosa
Quando
os pisam crianças e velhinhos!
Acácio de Paiva
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A
LÍNGUA PORTUGUESA
Assim
como onde tem maior pureza
A
linfa, é na mãe de água, por ventura
Assim
também na aldeia é que é mais pura
A
minha amada língua Portuguesa.
Na
sua elegantíssima rudeza
Como
nos seus extremos de doçura
Todos
os pensamentos emoldura
Numa
espontânea e artística beleza
Oiço-a
forte, nas feiras, discutindo;
Nos
serões oiço-a meiga namorando…
E
é sempre um trecho de poema lindo
Aqui
soberbo, além risonho e brando,
Porque
é de Portugal o mar bramindo
E é também o nosso rouxinol trinando
ACÁCIO
de PAIVA
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(No momento em que eu, no Arquivo Distrital de Leiria, enquanto a recolher (quantas consultas????) dados para completar a escrita de um livro sobre Acácio de Paiva...
Desculpem qualquer erro gramatical, que será de minha responsabilidade, pela pressa com que escrevi e publiquei...)
em tempo:
1- O fotocopiador do arquivo não está operacional;
2- não se podem fotografar documentos;
3- As digitalizações que se queiram, levam uma semana, pelo menos.
Razão de ter digitado estes dois sonetos. Ficam já aqui...