2006/11/19

Um Sábado em pleno

De manhã. Jardinagem. E creiam que não foi só como passatempo. Isto de se ter um jardim concebido e mantido por um casal de pré-velhotes (?!...) começa a ser uma tarefa um tanto pesada. Mas as contrapartidas são compensadoras. Esta cumplicidade que conseguimos manter com as plantas, árvores e arbustos, as flores, caminhos rústicos (construídos com o tempo e ao sabor da forma como a água das chuvas corre em dias de muita precipitação) é realmente um bálsamo retemperador das forças que nos vão faltando e que dia a dia nos vão pondo à prova!...
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De tarde lá foi a família toda ver o Gui às piscinas Municipais de Leiria a participar no "Festival dos Tubarões".
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À noite, começámos por ir à "Festa da Luz" na Igreja do Telheiro. O Gui, no 3º ano de catequese, foi participar na cerimónia, muito simbólica nesta fase de sensibilização para a religião católica, do reacendimento da vela do baptismo. A cerimónia consiste em renovar a Luz da vela do baptismo com a luz recolhida do Círio Pascal.
Uma cerimónia cheia de simbolismo e carregada de significado...

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A partir das 21 horas, sessão de lançamento do livro "Artur Agostinho" - 50 perguntas, da autoria de Adélio Amaro, que passará a ser o 1º de uma nova colecção que vai apresentar várias personalidades de relevo nacional utilizando o formato "50 perguntas, 50 respostas".
O Autor e o personagem central do livro, Artur Agostinho, presentearam a asistência com brilhantes palestras.
A apresentação do livro esteve a cargo do Dr. Acácio de Sousa, Director do Arquivo Distrital de Leiria.
Todos os membos da Mesa usaram da palavra, permitndo-me eu, refeir a intervenção da Dra. Emíla Maria Agostinho, presidente da Associação humanitária "A nossa âncora", a favor da qual reverte uma parte da receita da venda deste livro. Custa somente 10 euros.
Através da sequência fotográfica que a seguir se apresenta poder-se-á ficar com uma ideia do quão interessante se revelou este serão:


Da esquerda para a direita: Adelino Mendes, em representação do Governador Civil de Leiria; Acácio de Sousa, Adélio Amaro, Artur Agostinho, Isabel Damasceno (Presidente da C.M. de Leiria), Américo Batista Santos (Juiz jubilado) e Emília Agostinho (filha de Artur Agostinho). Na parte extrema da esquerda da Mesa estava presente Vitor Ramos, artista plástico e indefectível amigo de Artur Agostinho, que estava no uso da palavra e não ficou nesta fotografia, visualmente, mas as suas palavras pressentem-se, pelo menos para quem o conhece e para quem esteve no Auditório da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Leiria.


Mais pormenores sobre esta nobre associação em www.anossaancora.pt

Grupo Coral Cantábilis sob a orientação do Maestro Vicente Narciso. Uma brilhante actuação, interpretando "Camarinhas" (1 das 1027 recolhas do Cancioneiro Popular da Câmara Municipal de Leiria), "Um pequeno quadro", de Afonso Lopes Vieira e "Leiria", de Marta Azevedo.

Tuna "Tuma Acanénica da Escola Superior de Educação de Leiria", organizadora que é do "Real Festival das Tunas Académicas", no decorrer do qual atribuem o Prémio D. Dinis, seu patrono.

Interpretaram "Fausto", "Fado a Leiria" e "Serenata".

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Seguiu-se uma sessão de fados pelo grupo "Entre Linhas". Uma actuação muito agradável.

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Por último, teve lugar a sessão de autógrafos concedidos pelo autor, Adélio Amaro e pelo homenageado, Artur Agostinho, que foi quem me deu, nessa altura, a triste notícia de que o Benfica, que jogava nessa noite, tinha acabado de perder 3-1 com o Braga. Mais um ano de desengano no horizonte dos Benfiquistas!...

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* Mais pormenores sobre este livro em

http://dispersamente.blogspot.com/2006/11/um-livro-sobre-artur-agostinho.html

e http://folhetoedicoesdesign.blogspot.com

2006/11/17

Snra. Doutora, minha irmã



Irão desculpar-me os leitores deste pobre blogue, tão disperso, tão beirão, intimista também.
Não posso, não quero resistir à vontade que tenho de fazer alarde que a minha irmã mais nova acabou de se Doutorar em "Linguística Portuguesa" na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Como não tenho de minha posse, para já, outro material mais recente, deixo aqui, expostas, a capa (acima) e a contra-capa (parciais), dum seu livro baseado na tese de Mestrado na mesma área do recente doutoramento:

Edição: Imprensa Nacional-Casa da Moeda

Capa: Luis Moreira

ISBN: 972-27-1187-3

(Colecção: filologia portuguesa; dirigida por IVO CASTRO)


2006/11/16

CARTOONISTA F´SANTOS em destaque



Em S. João da Madeira, na cidade onde existe a única fábrica de lápis portuguesa, vai ser inaugurada, no próximo dia 17, sexta-feira, pelas 19 horas, a exposição “O Sorriso do Lápis”, que reúne um conjunto de “cartoons” do arquitecto Ferreira dos Santos. Este autor, premiado internacionalmente, nasceu em Cucujães e desde 1970 que tem publicado os seus trabalhos dedicados, muito especialmente ao Urbanismo e ao Ambiente, na comunicação social portuguesa e estrangeira.
Notícia inserta no http://www.oregional.pt
É claro que não podia deixar passar esta informação em falta.
Trata-se tão simplesmente, do meu amigo e cartoonista, F´Santos. Eu sei que o tratam familiarmente por António e que isso não o incomoda nada. Aliás, nem veria razões para isso. Os António´s são uns tipos porreiros!...
Os cartoons que têm sido publicados neste blog têm constituído uma preciosa e graciosa colaboração da sua parte.
Obrigado "antonio". Até nem seria má ideia dar uma saltada a S. João da Madeira...

2006/11/15

ANACOM, a PT, a SONAE e o GOVERNO

Afinal, o que se passa? ...
Muito se tem falado ultimamente sobre a influência da chamada ANACOM (Autoridade Nacional das Comunicações) sobre o andamento do presente processo da célebre OPA da Sonae sobre a PT.
A última polémica que se está a levantar tem a ver com as divergências entre a Adc (Autoridade das comunicações)e a ANACOM sobre a necessidade de se dispor de mais tempo do que o que estava previsto inicialmente para se pronunciar em definitivo sobre as condições em que o mercado das comunicações passará a funcionar em termos de competitividade e concorrência, após a efectivação da compra da PT pela SONAE.
O Presidente da Adc e o Ministro das Obras Públicas e Transportes pelo que já se está a ver na comunicação social andam de candeias às avessas: a ANACOM mantém a sua posição de intransigência quanto à necessidade de se ponderar esta questão de relevância fulcral para o futuro das comunicações em Portugal. A Sonae e o Governo invocam os graves transtornos que estão a ser causados a várias partes com esta dilação do prazo inicial.
A verdade é que:
A ANACOM é, pois, a autoridade reguladora das comunicações postais e das comunicações electrónicas, conforme resulta da própria lei de bases dos serviços postais (artigo 18º da Lei n.º 102/99, de 26 de Julho) e da lei das comunicações electrónicas (artigos 4º e 5º da Lei n.º 5/2004, de 10 de Fevereiro).
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A ANACOM tem por objecto a regulação, supervisão e representação do sector das comunicações.
Para o efeito, são atribuições da ANACOM:
1 - No âmbito da regulação do mercado: garantir o acesso dos operadores de comunicações às redes, em condições de transparência e igualdade; promover a competitividade e o desenvolvimento nos mercados das comunicações, nomeadamente no contexto da convergência das telecomunicações, dos meios de comunicação social e das tecnologias da informação; atribuir os títulos de exercício da actividade postal e de telecomunicações; assegurar a gestão do espectro radioeléctrico, garantindo a coordenação entre as comunicações civis, militares e paramilitares, e a gestão da numeração no sector das comunicações
.”
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Portanto, o que se passa?!…
--- continuação ----
... A saga continua>>>>>>> 16/11/2006 (conforme Diário Económico acima)

2006/11/14

Um destaque digno de registo...

Está-se a falar de Acácio de Paiva, Insigne Poeta Leiriense. A casa onde nasceu, em Leiria, no Largo da Sé.



Uma placa de homenagem a Acácio de Paiva na fachada da casa onde nasceu.

Um fragmento duma criação em letra gótica com alguns excertos de poemas seus. É visível o bucolismo destes seus versos, associados aos rios Lis e Lena, que se juntam, à saída de Leiria, e lá seguem unidos, pelos campos fora em direcção ao mar da Vieira.
Viveu os últimos anos da sua vida em Olivais - Ourém:
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"Neste lugar pitoresco, encontra-se uma artística residência rural onde viveu a família do poeta Acácio de Paiva. No pátio abarrocado chama a atenção a fonte de pedra setecentista."

2006/11/13

OLÁ!




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.Hoje apetece-me apresentar esta aguarela, tão simples e tão cândida como um MENINO.

Digamos que podemos imaginar um menino, o mês de Novembro a acenar para o Inverno, a que se seguirá a renovação da vida...

2006/11/12

LEIRIA - História de uma estátua



O Rossio (será esta a toponímia que vai ser adoptada para se designar a zona entre a fonte luminosa e o ex-Paço do Bispo) em Leiria tem andado num grande reboliço já há quase um ano (quer dizer, a presente fase, Jardim Luís de Camões e toda a área envolvente. Há vários anos que o centro de Leiria anda em obras de requalificação, com os comercientes do Centro Histórico à beira de um ataque de nervos, dada a quebra brutal do movimento dos seus estabelecimentos).
A estátua ao Papa Paulo VI foi apeada e vai ser recolocada no pedestal que se vê no lado esquerdo da foto. Naqele preciso momento, na Sexta-Feira passada, procedia-se a retoques de restauro e conservação. Vêm-se em plena produção duas técnicas especialistas do Departamento de Conservação e Restauro da Fauldade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Muito sumariamente passo a narrar a história daquela estátua:

O Papa Paulo VI estava a entrar no centro da cidade de Leiria, vindo da Base Aérea de Monte Real, em 13 de Maio de 1967, a caminho do Santuário de Fátima, para participar nas cerimónias religiosas que solenizaram o cinquentenário das Aparições da Virgem Maria. Era a primeira vez que uma Nação Europeia recebia a visita do Chefe temporal da Igreja Católica.

(Foto de Março de 1969: o próprio asn em frente à estátua...)
A Câmara Municipal de Leiria resolveu erigir um monumento a PAULO VI, para que os vindouros pudessem recordar a sua passagem por Leiria, em peregrinação a Fátima.
O Escultor encarregado desta obra foi o leiriense João Charters de Almeida e Silva, professor da então Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Foi inaugurada em 8 de Dezembro de 1968.
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As fotos a preto e branco foram tiradas com uma Kodak - Retina S1

2006/11/10

No dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho

Dioniso
Pintura de Caravaggio, final do séc. XVI
Galeria Uffizi - Florença - Itália

O ditado é português e a tradição bem portuguesa também. Aliás, tradição que não se estende só ao S. Martinho, mas a todo o ano. Faz parte da arte de bem receber do nosso povo o convite para entrar na adega e provar o bom vinho de cada um. Normalmente acompanhado por um bom chouriço ou presunto caseiros. Tradição agradável, simpática e, porque não dizê-lo, bem saborosa também. Mas cuidado com as provas…
A propósito lembrei-me da lenda do vinho, uma mistura remota da mitologia grega com muito imaginário popular.
Dioniso, deus grego do vinho (correspondente a Baco, o deus romano) numa das suas muitas viagens reparou numa planta que não havia na sua terra – a videira. Então resolveu levar algumas sementes quando pensou em regressar a casa. Como não tivesse onde as transportar, lembrou-se de o fazer dentro de um osso de galo. E começou a sua caminhada de volta a casa. Mas as sementes germinaram e não cabiam no osso de galo. Então Dioniso passou as plantinhas para um osso de leão. Prosseguiu viagem. Mas as plantas continuaram a desenvolver-se e não cabendo dentro do osso de leão foram passadas para um osso de burro.
E aí está a explicação: se se bebe um pouco de vinho, fica-se alegre e canta-se como o galo; se se bebe um pouco mais, mas dentro dos limites, fica-se forte como o leão; mas se se abusa, oh, então fica-se estúpido como o burro!
(Composição integral de Zaida Nunes)

2006/11/09

O Funcionário Público

Então não saiu assomadiço,
terrível, assanhado como um gato,
esse manga d´alpaca timorato,
por tradição tão manso, tão submisso?

- Ah! Vocês não me pagam? Ele é isso?
Vocês supõem que não quebro um prato?!
(Exclamou). Pois vão ver como eu os trato!
E pronto! Nunca mais foi ao serviço.

O triste resultado viu-se em breve;
o abalo em toda a parte foi profundo;
o mal que produziu não se descreve.

Imaginem agora que os secundo.
Se os sonetos suspendo e faço greve
não há que duvidar! Acabou o mundo!

Acácio de Paiva
Insigne poeta Leiriense

(1ª metade do séc. passado...)
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Há dias estivémos na sede do "Rancho Folclórico Rosas do Lena" num Sarau de Poesia e Música e a Zaida, muito naturalmente (Acácio de Paiva era seu tio-avó e os seus poemas foram objecto duma recolha exaustiva em 1988 e publicados em livro pela Câmara Municipal de Leiria) disse este poema, ressalvando que os funcionários públicos lhe desculpassem a ousadia mas, bem vistas as coisas, até se pode concluir que sem funcionários públicos como é que as Instituições do Estado haveriam de funcionar?
É assim que a sociedade está organizada. É assim que teremos de viver!
E mais: quer a Zaida quer eu já fomos funcionários públicos e deixamos de o ser de livre iniciativa.
Não nos esqueçamos, contudo, que o Estado somos TODOS nós!...

2006/11/07

TEMPO DE CASTANHAS ASSADAS


7 e tal da noite. Sim, já é noite. Leiria. Um velho (habitual, de há longos anos) vendedor de castanhas assadas. Em frente ao Centro Comercial "Maringá", no cruzamento da Rua S. Francisco com a Avenida Heróis de Angola. Até ao início das obras de requalificação (no âmbito do Programa Polis "VIVER LEIRIA") do Rossio, frequentava preferencialmente a zona do Jardim Luís de Camões, ali ao pé da "camionagem". Encostei o carro, comprei uma dúzia de castanhas em troca de 1 euro e meio. Acho que fiz um bom negócio. As castanhas eram uma delícia, comi-as em menos de um fósforo, e ainda tive permissão para tirar esta foto, que vos mostro acima.
Que tal o aspecto das castanhas, embrulhadas a preceito, como manda a tradição, num embrulho de papel de jornal ou de revista, tanto faz?