2006/12/09

Uma tarde em família

Hoje, dia tempestuoso, chuvoso, ventoso e gélido,

resolvemos, eu e a Zaida, ir até ao Pedrógão, passar uma tarde em família. Com o Zé Paiva, a Fátima e a Ana Paiva, não sabíamos se estaria mais alguém. E estavam, confirmámos. Para começar, a Nina encarregou-se de nos chamar a devida atenção para a sua presença.



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O Toino Prestes, esse grande amigo de longa data, daqueles que nós vemos a envelhecer connosco, os anos a passarem céleres, os robalos a fazerem-nos caretas (muito mais a mim, que sou menos persistente e muito menos sabedor da arte de bem pescar à linha...ah e o Zé a fazer kilómetros, praia acima, em direcção ao Norte, a corricar...etc etc) também se fez presente, bem assim como a Sofia e os pais. Ao fim do dia, acabámos a jantar uma chanfana à moda da Sofia, que estava uma delícia. Ora digam lá que não. E não se mostra o prato todo, não vá por aí alguém descobrir o segredo da receita!

2006/12/07

Boas Noites e Feliz Quadra Natalícia!

Leiria, Largo 5 de Outubro de 1910, uma noite deste Dezembro de 2006.
Votos de Boas Festas e que o Novo Ano que se aproxima nos traga melhores dias...e noites também, já agora!
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O F´Santos também
nos presenteia com este afável
desenho/cartoon.

Será que o barrete virado para a direita, o V da vitória/virtude/virtuoso e o braço esquerdo no ar tem algum significado político/social? Cheira-me a qualquer coisa...


2006/12/04

Saudade

( Clic em cima da foto para ampliar)
Em Leiria, hoje, senti imensa saudade
Numa rara ocasião de lazer
Dei comigo a vaguear pela cidade
O que andava eu por ali a fazer!?
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O tempo estava mortiço, chuvoso

Meti-me a pé até à "Boa Leitura"
No regresso ao longo do rio, formoso
Dei com o Outono nesta candura!
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-Plátanos a ficar sem folhagem, amarelecida, o rio Lis a correr, lânguido.
Qual a pressa? Parecem observar as árvores que o bordejam!...
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Fontes de inspiração:
1) Luís - BUFAGATO
2) Uma tarde de Outono nas margens citadinas do Rio Lis;
3) Os plátanos, imponentes, já duma certa idade, tantos que eles são, em Leiria...

2006/12/03

Fortes razões.

Há muitos anos que ouço falar dos Açores, sempre com sentimentos de nostalgia.
Em Agosto do ano que corre rapidamente para o seu términus, tive ocasião de ficar a conhecer razoavelmente a Terceira. Durante essa estadia tirei a fotografia que agora coloco, em jeito de logotipo, na ombreira desta porta que se abre para o mundo e que tem por nome "dispersamente". As razões que justificam esta escolha serão muitas e dispersas...tão dispersas!
Ocorreu-me sem qualquer pretensão, simplesmente ao ritmo do voo incerto, disperso, dos pássaros, do tempo, da terra/mar/céu/nuvens, ligar este símbolo a Fernando Pessoa.
Fernando Pessoa tinha origens açorianas. A sua mãe era filha de uma ilustre família da Terceira.
A frase que legenda a foto, reparei nela, muito recentemente, agora que me estou a dar ao privilégio de tentar perceber melhor a vida e a obra fantástica de Fernando Pessoa. Porquê só agora, quase seis décadas de vida são passadas?
Os tempos estão em permanente mudança, rumam para a inevitável globalização?...mas não podemos dispersarmo-nos a ponto de perdermos de vista os sítios das âncoras da nossa cultura!
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QUANDO ELA PASSA
(Aos 13 anos)
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Quando eu me sento à janela
P´los vidros que a neve embaça
Vejo a doce imagem dela
Quando passa...passa...passa...
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Lançou-me a mágoa seu véu: -
Menos um ser neste mundo
E mais um anjo no céu.
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Quando eu me sento à janela,
P´los vidros que a neve embaça
Julgo ver a imagem dela
Que já não passa...não passa...
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5-5-1902
(Escrito na Ilha Terceira, em memória duma sua meia-irmã, que um ano antes tinha morrido ainda antes de ter completado 3 anos. Terá sido o seu primeiro poema em português.)

2006/11/29

Hoje, 29/11/2006, há 4 posts

Atto. Venerador e Mto Obgdo.

Parabéns!...


Parabéns a você

Sabem quem faz hoje aninhos?
Onze, mais concretamente?
A Mafalda? Acertaram!
É ela, precisamente.

Onze anos já passaram
Desde que ela nasceu.
De então até agora
Só alegrias me deu.

Porque ela é, acreditem,
Uma menina adorável.
Bonita, cheia de vida,
Ternurenta e afável.

E se onze anos já fez
Muitos mais eu lhe desejo.
Parabéns, querida netinha,
Abracinhos e um beijo.

Avó Zaida
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Faço meus os versos da avó. É como se eu próprio os tivesse escrito. Sinto-os da mesma maneira!
Avô Tó

Legalização do Aborto ou...

Actualização às 21h45:
O Presidente da República, Cavaco Silva, anunciou hoje a sua decisão de convocar o referendo sobre Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) para 11 de Fevereiro.
"Nos termos que me foram propostos pela Assembleia da República e cuja constitucionalidade e legalidade foi dada por verificada pelo Tribunal Constituc ional, decidi convocar para o dia 11 de Fevereiro de 2007 a realização do refere ndo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez".
A campanha para o referendo sobre o aborto vai decorrer entre 30 de Janeiro e 09 de Fevereiro.
(Agência Lusa)
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19h00
O Presidente da República Portuguesa, prof. Cavaco Silva, vai hoje falar na Televisão sobre as suas razões e da data de marcação para o referendo sobre a legalização da interrupção voluntária da gravidez. Há quem use a expressão directa "aborto".
Em bom rigor qual a diferença visível entre estas duas formas de expressão?
É que o público em geral (o povo) é constituído pelos "entendidos" na matéria e os que se baralham com estes subterfúgios de linguagem.
(A foto deste post apareceu-me nos ficheiros temporários do Windows, hoje que estava a fazer uma limpeza ao \temp)

Livro: "LAR do SOLDADO AÇORIANO em LEIRIA"

2006/11/26

Um livro de 1916 - Samuel Maia

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.Não conhece o médico e ilustre escritor Samuel Maia?
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Nome: Samuel Domingos Maia de Loureiro
Nascimento: 1874, Ribafeita, Viseu
Morte: 1951, Lisboa
Médico, romancista, poeta e dramaturgo

Em 1929, um artigo no parisiense "Le Figaro"(*) sobre os escritores mais importantes de Portugal refere-se a Eugénio de Castro, Augusto Gil, António Nobre, Aquilino, Samuel Maia, Lopes de Mendonça e Ferreira de Castro (FRANÇA: 129). Ou seja, o ´autor viseense gozava então de uma incontestável centralidade, o que, talvez por força dos modismos, até dos próprios profissionais da literatura, não se verifica na actualidade.` (Martin Sousa)
Também já me referi a Samuel Maia em post anterior.
Hoje volto a este assunto derivado a uma circunstância algo invulgar. Há dias recebi um e-mail com remetente que se identificou como sendo de Leça da Palmeira e que me anunciava que tinha de sua posse o livro “Mudança d´Ares” de Samuel Maia.
Muito gostaria de saber das voltas que este livro terá dado desde a data da sua publicação em 1916. O meu interlocutor refere-se ao espólio de uma herança e que tinha muita pena se este livro acabasse por ter um destino menos digno. Soube que eu me interessava pelo trabalho de Samuel Maia, através de tentativas ensaísticas publicadas na Net baseadas no trabalho de Martin Sousa. Por sinal, este investigador, na altura da publicação do seu trabalho, mostrava-se indeciso quanto à data da publicação deste livro: 1915?1916?
Resumindo e concluindo: aquele livro acabou por me chegar às mãos.
Foi com grande emoção que o folheei, muito velhinho mas conservado, com todas as folhas, capa e contracapa. Trata-se de um romance, muito entrelaçado com cartas de Lisboa para a Beira Alta e vice-versa. Foca interessantíssimos aspectos da vida daquela época, quer na cidade de Lisboa, quer nas terras do interior Beirão, centralizado muito na zona da freguesia de Ribafeita, em Viseu – segundo as minhas deduções, após a sua leitura.
Mandei-o encadernar, aqui em Leiria, numa oficina que tem um Mestre nesta arte, pessoa idosa, com uma sensibilidade para este tipo de trabalhos fora do vulgar. Diz que, lamentavelmente, já não há quem queira aprender aquela arte.
A minha emoção é mais particularmente intensa porque o Dr. Samuel Maia foi uma figura incontornável ligada à minha aldeia natal. Foi senhor da Quinta do “Cimo do Povo”, uma referência importantíssima para o lugar de Casal, ainda hoje, e que continua nas mãos de um seu neto.
Tempos houveram em que a população do Casal de Ribafeita vivia, numa grande medida, do trabalho "à jorna", nas terras do Dr. Samuel Maia, que eram muitas.
Ainda me lembro, nas minhas frequentes e prolongadas idas à aldeia, de ver grupos de mulheres a irem “para as ceifas” da cevada e do centeio. À noite juntavam-se todas numa grande sala, lá dentro uma grande mesa, na qual ceavam à farta.
Também fazia parte da “paga” a autorização para ir apanhar em determinado dia, cerejas das boas e vistosas cerejeiras, que havia nas ditas propriedades do Dr. Samuel Maia/herdeiros.
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(*) A referência, no documento guia, ao parisiense "Le Monde" só poderá ser entendida como um lapso do investigador com cujo trabalho me iniciei neste meu modesto estudo com as motivações que já expus. De facto, o jornal parisiense que circulava na época em análise chamava-se "Le Figaro", fundado em 1854 e que acompanhou de perto os movimentos literários do Naturalismo/Positivismo e do Simbolismo. Samuel Maia começou por ser um Naturalista convicto, bastando para isso reparar nos seus trabalhos sobre a vinha e o vinho, entre outros.
O "Le Monde" relacionando-o com o famoso jornal parisiense da actualidade foi fundado em 1944.
Agradeço também a ajuda preciosa de quem me tem dado umas dicas por e-mail.

Em tempo: (26 Out 2013):

Rntretanto, escrevi um livro "Falando de Acácio de Paiva", ed. da Junta de Freguesia de Leiria, 2013, em que faço vaárias referências a "Samuel Maia" pelas suas íntimas ligações literárias, jornalismo e amizade que manteve com Acácio de Paiva. Muito se pode ler consultando este blogue em "Acácio de Paiva" e, principalmente, o livro.
Brevemente, penso poder disponibilizar o livro on-line.

2006/11/24

Os Blogues anónimos e os outros

=Hoje há dois posts=

O semanário “Região de Leiria”, saiu hoje com uma extensa reportagem sobre “o mundo dos blogues”.
Em síntese, essa reportagem pretende relacionar os blogues com cinco chavões a que deu especial ênfase: Denúncia, calúnia, propaganda, política, boato. Reportagem essa que é apresentada em 1ª página com a foto/montagem que se reproduz a seguir.
Não me vou alongar em grandes considerações acerca dos possíveis objectivos mediáticos daquela reportagem. De qualquer modo a ideia com que fiquei foi que se pretendeu passar para o público uma ideia menor do que é o mundo dos blogues.
Só para vossa orientação, caros leitores, aqui deixo alguns sub-títulos desse trabalho:
Blogues agitam política local;
Autarcas negam acompanhar os novos fóruns electrónicos;

Partidos atentos;
Do blogue para o tribunal;
Foi você que pediu um boato?;
Anonimato não é uma garantia absoluta;
Padre blogger sem papas na língua;
As caras por detrás dos blogues.
Referindo-se aos blogues da região constata-se que foram referenciados:
Ourém- 6; Pombal – 5;Porto de Mós – 5; Leiria – 1; Batalha – 3
Como se pode ver, Leiria enquanto concelho, capital de Distrito, só lhe descortinaram um blogue.
Eu sei que há mais…