2007/06/18

Crista de Galo - Árvores de Leiria


Esta árvore há-de constituir uma evocação duma outra do mesmo género que aqui viveu nos tempos em que esta zona era ocupada pelo paço do Bispo de Leiria, edifício e jardim. A zona do jardim estava protegida dos olhares do vulgo por um muro de cerca de 3 metros de altura. Sou testemunha de que havia, intra-muros, um belíssimo jardim, por uma razão muito simples. No decorrer das campanhas de propaganda político/eleitoral, no período pós 25 de Abril, cheguei a empoleirar-me algumas vezes nesse muro (tinha eu 20 e poucos anos), com a ajuda de escadas, quantas vezes feitas com as mãos de outro "camarada", para ajudar a prender numa árvore desse jardim, uma das pontas da faixa em pano, que era esticada sobre a Avenida (continuação da actual Av. Mouzinho de Albuquerque) e actual zona empedrada/pedonal/trânsito automóvel/jardim/estátua Papa Paulo VI/ex-ainda Largo 5 de Outubro de 1910). A outra ponta prendia-se num choupo, uma das várias árvores que ali havia e que foram derrubadas por via da requalificação(?!) da área. Na minha opinião, não havia necessidade de se terem derrubado aquelas árvores. Porque é que as árvores é que são sacrificadas quando se desenha uma requalificação urbanística?!
Para quem tiver dificuldade em localizar esta árvore (ainda arbusto) basta lembrar-se duma referência, Zara, que é quase obrigatória para quem circular nas imediações do Jardim Luís de Camões, em Leiria.
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nota: aqui temos um exemplo de como seria possível promover a identificação das árvores, pelo menos as mais significativas e simbólicas, que co-habitam connosco em Leiria.
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2007/06/16

Carlos Barão - exposição de Pintura em Leiria


Bem tenho barafustado contra o uso de faixas publicitárias a tapar parte da fachada do edifício(*) do ex-Banco de Portugal, em Leiria.
Creio que tenho que desistir.
Além do mais, uma coisa é certa. Mesmo com todas estas chamadas de atenção, são poucas as pessoas que aderem às iniciativas deste tipo. Será que a cultura em geral é só para as elites? Será que a população em geral não é sensível ao "Belo"?
Que fazer? Será que não se está a conseguir incutir o gosto pelas Artes nas Escolas, logo desde os primeiros passos?
Quem é Carlos Barão e qual é o seu estilo de pintura? Visitei esta exposição, como o faço com todas as que passam por estas instalações. Não sendo expert na matéria desta exposição não me poderei alongar em grandes considerações acerca do estilo e da pintura de Carlos Barão. Mas gostei de tomar contacto com os motivos, técnicas e estilos utilizados pelo autor.
Uma reflexão, em jeito de título para um dos trabalhos expostos (que tentei fotografar mas que não sabiam se me podiam conceder essa autorização) me ficou a bailar no cérebro: "O "Belo" não é uma imagem. É fantasia unida ao afecto."
Mais informação poderá ser obtida no local desta exposição e
aqui. O site da Câmara Municipal de Leiria é demasiado sintético, diria mesmo, extemamente parco, na apresentação desta exposição. Penso que seria útil colocar mais e melhor informação aquando da apresentação de determinados eventos de interesse público, como seria o presente caso.
(*) ver uma das próximas entradas neste blogue. (ter em conta que a concepção deste edifício esteve a cargo de Ernesto Korrodi)
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2007/06/15

Vai-te embora ó ferro velho!

(clic para ampliar)

Ao cimo da "Calçada do Bravo" (ou Rua Paulo VI, mas para nós, em Leiria, há-de ser sempre a calçada do bravo). Ferro velho em extinção. Finalmente!

Em fundo, o Castelo de Leiria e o monumental desastre do Estádio Dr. Magalhães Pessoa!

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2007/06/14

Hortênsias no meio do temporal

Hoje, logo pela manhã. Chove a cântaros. Mas as Hortênsias estão aí, para amenizar.

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Também há no continente
esta flor maravilhosa.
No Norte chamam-lhe hidrângea.
Branca, azul, lilás ou rosa.

(Rosa Lobato Faria)

(clic para ampliar)
15-6-2007
E mais me apetece dizer:
Tenho vindo a sentir que este meu blogue tem sido como que uma benesse/estímulo para mim próprio, na medida em que, tendo-o eu intencionalmente orientado no sentido do disperso, do ensaio, das variações sobre temas dispersos, tenho vindo a tomar consciência (nunca é tarde de mais) de questões e saberes que me passariam mais ou menos ao lado, muitas vezes nem me apercebendo da sua existência e da sua importância.
Sem dúvida que a Vida também é feita de pequenos Nadas, que afinal, são, muitas vezes, Grandes razões da nossa própria existência.
Uma coisa, entre outras, aprendi: que no Norte chamam hidrângeas às hortênsias, aliás o seu próprio nome científico.
"Caro jovem amigo: Deus é a Natureza!" - dizia-me, no decorrer de intermináveis conversas esotéricas, um amigo já idoso, que eu conheci enquanto estudante no Porto (anos 60). E eu a esforçar-me por lhe rebater esta ideia, a minha mente ainda sob a influência intensiva e tradicional da catequese católica, desde criança. Que não, Deus é Deus, ponto final.
Ainda hoje estaríamos a conversar sobre este assunto, não era, snr Rogério?...
O meu amigo Al Cardoso comentou da influência da qualidade da terra na coloração das flores das hortênsias. Agradeço a atenção, mas a Zaida já me tinha ensinado esse pormenor. É que eu sou um simples ajudante de jardineiro, um eterno aprendiz.
Obrigado "gaivota" por este voo Atlântico desde a Ilha Terceira. Os versos publicados estão integrados num poema que fala e canta, essencialmente, a beleza das hortênsias dos Açores.
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* Ver Actualização ao post anterior
** 2ª actualização: mesmo nas traseiras do monumento evocativo a Santo António referido no post anterior houve, hoje, um deslizamento de terras do qual resultaram 2 vítimas mortais.
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2007/06/13

Santo António - de Lisboa e de Leiria

Comprei este livrinho num alfarrabista em Lisboa, há menos de um ano. O seu conteúdo é muito interessante, tendo em conta, não só o texto, mas também as belíssimas reproduções de obras de Santo António, em papel couche da melhor qualidade.

Dentre essas reproduções realço as da foto abaixo:

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Coincidências:
-Nasci em 1947;
-No preciso dia 13, de Santo António, em 1969, faltava 1 minuto para a meia-noite, era Sexta-Feira, embarquei de avião, rumo a Moçambique, a cumprir o serviço militar obrigatório;
-O Dia da Freguesia de Leiria é 13 de Junho(1), desde 2003;
-Precisamente neste dia, em 2004, comecei a escrever o meu livro "Caminhos Entrelaçados na Freguesia da Barreira - Leiria", dado à estampa em 2005.

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Notas acerca das ligações históricas e emocionais, a Leiria, da figura de Santo António de Lisboa:
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(clic nas fotos para ampliar)

Esta evocação pode apreciar-se na Rua de Santo António, em Leiria, no morro Nordeste, junto ao cemitério Municipal, sobranceiro ao Centro Histórico da cidade, ao fundo a fileira de imponentes plátanos a bordejar o Rio Lis.

Neste local existiu uma capela dedicada a Santo António, conforme se pode constatar na legenda do painel ao lado.
(1) As razões justificativas da escolha de 13 de Junho para Dia da Freguesia de Leiria não receberam a unanimidade dos Leirienses mas foram aprovadas em Assembleia de Freguesia. A polémica então levantada passou por uma intervenção na Assembleia Municipal e por vários artigos escritos na imprensa regional. Note-se que a escolha deste dia não tem directamente a ver com o facto deste ser o dia de Sto. António mas por ser neste dia do ano de 1545 que D. João III decretou a elevação de Leiria a cidade.
(2) Leia-se: "Junta de Freguesia de Leiria - Percursos de uma Instituição" - Saul António Gomes, Maria da Luz Moreira e Carla Vidal, Folheto Edições 2003.
ACTUALIZAÇÃO em 14/6/2007:
* Podem obter-se mais informações relacionadas com a figura de Sto. António e a zona da Capela acima referenciada aqui
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ACTUALIZAÇÃO em 29/6/2007:
Recebi um e-mail, há já uns dias, largos, do meu recente e-amigo Augusto Mota, com uma imagem interessantíssima a respeito deste post:
"Comprei esta tábua pintada na Nazaré, nos anos 70, numa loja de artesanato de classe e lá me informaram que as várias pinturas do género eram feitas por um senhor reformado. Portanto isto não é um ex-voto, nem nenhuma antiguidade. Comprei por curiosidade. O resto das pinturas era castelos da nossa zona e o milagre da Nazaré.
Depois me informaram que, na viagem de Lisboa para Coimbra, o santo já cansado de levar o menino ao colo o fizera andar pelo seu pé. A legenda desta tábua é curiosa, porque não sabemos se o santo está cansado de Leiria, se quando passou por Leiria já estava cansado de levar o menino ao colo!!!"
(pode-se ver a imagem em "dentrodetioleiria")


em 04-02-2015:
No Facebook de Fernando Rodrigues vindo de Ricardo Charters obtive esta foto:


Este arco em primeiro plano ainda se pode admirar porque foi transferido para a Igreja da Pena, no Castelo de Leiria.
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Na página 166 do livro "Introdução à História do Castelo de Leiria", Ed. 2014, CM Leiria, Saul António Gomes pode-se observar com mais nitidez esta fotografia.


2007/06/10

PORTUGAL - O Estado somos todos nós

Pátria

Serra!
E qualquer coisa dentro de mim se acalma…
Qualquer coisa profunda e dolorida,
Traída,
Feita de terra
E alma.

Uma paz de falcão na sua altura
A medir as fronteiras:
- Sob a garra dos pés e fraga dura,
E o bico a picar estrelas verdadeiras…
................................................................................
Gerês, Pedra Bela, 20 de Agosto de 1942
Miguel Torga
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sem esquecer CAMÕES, no dia que oficialmente se convencionou passaria a ser o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.
- Uma modesta forma de participar das comemorações do 100º Aniversário do seu nascimento.
Contributo de um Beirão da Beira Alta, tão Leiriense como os que o são... que se orgulha de ser PORTUGUÊS!

2007/06/06

Amieiros do Lis e do Lena


Um amieiro (alnus glutinosa) junto à ponte dos Caniços, em Leiria. Muitas outras variedades de árvores se podem apreciar naquela zona do rio, no seu próprio leito, em tempo seco e nas suas margens: salgueiros, amieiros, choupos, plátanos, freixos e outras, até pinheiros.
Toda a zona marginal do Rio Lis(*), desde S. Somão até às Almoinhas, passando pelo centro ribeirinho da cidade, foi alvo de obras de requalificação no âmbito do chamado "Programa Polis". Ao longo de todo esta marginal foram construídas vias e pontes pedestres (ao mesmo tempo ciclo vias, talvez seja de regular a difícil convivência entre estas duas vertentes de fruir os tempos livres) que estão a começar a ser muito procuradas pela população. Também foram instalados muitos bancos de jardim estrategicamente colocados de modo a que as pessoas possam apreciar o leito do rio, em dois pontos da cidade transformados em autênticos lagos/espelhos de água.
O resultado é deslumbrante! Para já!
Asim a água não falte ao Lis!...E se preservem outras vertentes ambientais, de modo a que a Natureza não nos desampare!...
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(*) Também no Rio Lena. O Lis e o Lena correm, de mansinho, um ao encontro do outro, até que se abraçam e fundem-se, num só, à entrada das terras de Ulmar. E lá vão, os dois, juntinhos, num derradeiro devaneio esforçado, até ao mar da Vieira!...
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...
Rio que se fez tinta,
em versos para sempre repetidos
por ventos nas ramadas dos salgueiros,
por gemidos nas noras embaladas.
...
Lis & Lena (Saga Imaginária)
Ed. Folheto 2007, ISBN 978-972-8821-77-7
Luís Vieira da Mota
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2007/06/05

Ambiente e Poder

Hoje acordei com este espírito.
Pessimista, revoltado!
Alarmado, também.
Faço mais uma vez um apelo veemente aos jovens de todo o Mundo! Reparem nos pequenos/grandes indícios que nos estão diariamente a saltar à vista, a alertar-nos para o rumo que estamos a dar ao nosso Planeta!
E estão agora os senhores do G8 a reunirem-se, a dizerem que estão preocupados com as alterações climáticas! Que já não sabem o que fazer para inverter esta terrível tendência para o aquecimento global e para o preocupante ritmo do degelo das calotes polares!
Hoje mesmo, o Governo de Portugal, começou a divulgar intenções de medidas a tomar na área das radiações nocivas à saúde humana, a dizer que nada está provado, mas que é preciso estudar como deve ser o problemas das radiações electromagnéticas geradas pelos equipamentos de transmissão móveis, vendidos e usados aos milhões, servidos por imensas - em muitos casos autênticos mamarrachos inestéticos - estações retransmissoras instaladas nos sítios mais inconvenientes que imaginar se possam.
Alguém tem dado ouvidos aos radioamadores e técnicos independentes de telecomunicações que se têm vindo a manifestar contra a forma como estes equipamentos têm andado a ser usados, já há muitos anos, seguramente mais de década e meia?

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2007/06/02

IPL - ABD - ELOS, uma trilogia cultural

Tive o privilégio de participar no auditório 1 da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria numa sessão pública organizada pelo IPL - Instituto Politécnico de Leiria e com a participação da ABD – Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais e do ELOS Clube de Leiria.
A sessão tinha como objectivos:
a) Assinatura de protocolo de colaboração entre o IPL e várias entidades culturais (as acima referidas e outras);
b) Entrega de medalhas e comendas a várias figuras nacionais pela ABD;
c) Entrega de medalhas da Casa-Museu Maria da Fontinha – Além do Rio – Castro Daire e Diplomas de Reconhecimento ao Mérito outorgados pelo Elos Clube de Leiria.
d) A cerimónia teve a sua fase final com a inauguração duma exposição de “Pintura e Escultura Portuguesas, dos Séculos XIX e XX”, na Biblioteca José Saramago, sita no campus 2 do IPL. Haverá, no mesmo local, uma segunda exposição imediatamente a seguir (de 15 a 28 de Junho de 2007), de arte Brasileira.

Joaquim Vieira, Galerista empenhado, Leiriense, que muito tem contribuído para a divulgação da Pintura Portuguesa, Brasileira e de autores de outras nacionalidades. Tem ao peito as Medalhas "Júlio de Oliveira" outorgada pela ABD e de "Honra ao Mérito" da Casa-Museu Maria da Fontinha.

Reproduções dos Diplomas de "Comendador Grande Oficial" da ABD e de "Reconhecimento ao Mérito" do Elos Clube de Leiria.

Medalha outorgada pela Casa-Museu MARIA DA FONTINHA.

NB.:
2) Consultar o post do caricaturista Zé Oliveira, um dos laureados com estas medalhas e diplomas. Está muito explícito e extremamente conciso. Parabéns Zé Oliveira. Tenho a impressão que até já nem vou escrever mais nada no blogue a respeito das instituições a referir relativamente a esta sessão.
3) Mais informação sobre este evento pode ser consultada no blogue do ELOS CLUBE de LEIRIA e no CORREIO de LEIRIA. (Para breve, vamos lá a ver...)

2007/06/01

O FUTURO nas mãos das CRIANÇAS!...

A todas as crianças do Mundo!
Que do meio da selva descontrolada em que o Mundo está transformado, possam despontar os futuros dirigentes das Nações, que venham a ter a capacidade de se entenderem e proporcionar uma vida mais Justa e Solidária para todos.
Nós, os adultos da actualidade, temos o DEVER de preservar o AMBIENTE para que as gerações vindouras possam viver SAUDÁVEIS!
Que os ricos não sejam tão gananciosos e os pobres menos pobres!
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2007/05/31

Estrada ou caminho?

Esta Estrada (?!) não vai dar a nenhuma eira. Fica na margem direita do Rio Lis e termina abruptamente numa vivenda. Haverá necessidade de se continuar a chamar Estrada(?!).
É que, segundo qualquer dicionário da língua portuguesa, "estrada, s.f. caminho mais ou menos largo para a circulação de pessoas e veículos."
Quem quererá referenciar outras "estradas da eira" espalhadas por esse país fora? Só que, na maioria dos casos, o topónimo há-de ser : "Rua da Eira" ou mesmo "Caminho da Eira".
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2007/05/29

Grevileea robusta

Agora, que me estou a começar a sentir mais familiarizado com alguns aspectos básicos da Botânica e, porque me sintonizo muito facilmente com a Natureza em todos os seus aspectos, vou passar a abordar a questão das árvores de Leiria com mais regularidade.
- Grevillea robusta Grevílea-robusta (Grevillea robusta) é a maior planta do género Grevillea. É nativa da costa leste da Austrália. É uma árvore de crescimento rápido, de folha perene, que atinge 18-35 m de altura e tem folhas verdes delicadamente denteadas e bipinuladas, semelhantes à folhagem dos fetos. As folhas têm geralmente 15-30 cm de comprimento com o lado inferior branco acinzentado ou cor de ferrugem. As suas flores são cor laranja-ouro com floração tipo Callistemon, com 8-15 cm de comprimento na primavera, num caule de 2-3 cm. As sementes, maduras no final do inverno ou começo da primavera, frutificam em folículos marrom escuro, com cerca de 2 cm de comprimento, com uma ou duas sementes chatas, com asas. (in Wikimedia) -
Há pouco mais de um ano, nem me tinha ainda apercebido desta árvore. E estranhei por todo o separador central da Avenida Sá Carneiro, em Leiria, numa extensão de cerca de 1km, ter sido arborizado com estas árvores (ainda não a conhecia, julgava eu) intercaladas com ameixoeiras de jardim. Acontece que circulo nessa via diariamente e deu-me a curiosidade de indagar de que árvore se tratava, até porque a plantação foi feita em idade muito jovem.
Passei a observar com mais atenção as árvores de Leiria. Foi então que descobri o blogue dias-com-arvores. E o “Atlas das Árvores de Leiria”, uma peça muito bem concebida e melhor levada à prática. Está, no entanto, a necessitar de actualização. Entusiasmei-me pelo conhecimento rigoroso (o mais possível através de observações pessoais) das árvores de Leiria, o que coincidiu com uma grande remodelação da arborização de várias áreas urbanas e jardins desta cidade, que se tem verificado nos últimos tempos. Afinal, a Grevillea robusta já existe em Leiria há muitos anos, nem eu sei quantos serão, muitas décadas com toda a certeza. Senão veja-se o porte desta árvore localizada precisamente na alameda da margem esquerda do Rio Lis, mesmo por detrás do Edifício do Turismo (foto acima, da direita, na vertical, datada de ontem).

Repare-se, também, na beleza das flores da Grevillea Robusta, em plena floração nesta altura do ano. Esta árvore já vos foi apresentada, mas tinha o hábito de Inverno.

O nome do género, com mais de 250 espécies de que a mais frequente entre nós é a Grevillea robusta (muito usada na arborização das zonas de serviço em auto-estradas), homenageia Charles Francis Greville (1749-1809), um dos fundadores da Horticultural Society of London, hoje Royal Horticultural Society. (in http://dias-com-arvores.blogspot.com/search?q=grevillea )
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2007/05/26

Sabe o que é um TOC?

Este blogue é mesmo assim.
Disperso. Quanto baste. A ver se o seu autor não dá em doido varrido. Recebi agora mesmo um comentário da minha colega de profissão betips (sabem o que é ser-se TOC? é das profissões mais interessantes (?!) para se ser nesta época do ano!?).
E com o Simplex, que anda a gatinhar e a ensaiar os primeiros passos principalmente à custa dos toc, a nossa vida ainda está mais emocionante! A papinha aparece feita e nem se dá por quem vai para a cozinha aguentar o calor do forno! E que temperaturas que ele atinge! Mas não! Os TOC até nem fazem nada, nem têm que se preocupar com a qualidade e rigor da informação que é prestada pelas empresas! Aliás, há muitos empresários que até se esquecem completamente que os toc existem! E também se esquecem completamente que as declarações electrónicas que seguem via site da DGCI também têm a sua própria assinatura electrónica. Que os responsabiliza, antes de mais, porque são eles os responsáveis pela boa e regular gestão das suas empresas!
Bom. Havemos de voltar a falar desta questão com mais profundidade e em público para que as coisas fiquem claras!
... É Domingo, 27 de Maio, 19h30. Vim à varanda do meu escritório espairecer um bocadinho. Andam por aí carros com futebolo-amadores, Sportinguistas, a fazer barulho, cachecóis ao vento, a cantar vitória. Devem ter ganho a Taça de Portugal. Que lhes faça bom proveito e gozem enquanto podem. Pró ano tem de ser a vez do SLB, tenham lá santa paciência!...
Só mais uma breve nota, que tenho que dar mais uns remates das Declarações Electrónicas!
Esta composição veio na sequência dum comentário ao post anterior. Dedico-o especialmente à betips em sinal de solidariedade e agradecimento da sua lembrança de me dizer olá.
Quando há que lançar Simplex, IES e outras iniciativas do género contem connosco, os TOC.
E nós, podemos contar com quem? Com a CTOC pois então! De qualquer modo é urgente que esta profissão passe a ser olhada com outros modos, em muitos casos. E não é só no relacionamento com os empresários mas também com os serviços públicos!
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NB: O post anterior teve que ser reconstituído em virtude de problemas técnico/digitais entretanto ocorridos. Espero que não esteja muito diferente do original.

2007/05/25

Uma pausa...

No novo Rossio, mais precisamente no moderno ajardinamento no Largo Papa Paulo VI em Leiria.*

As opiniões divergem quanto ao seu estilo.

A verdade é que não são do conhecimento geral as justificações para este estilo, muitos ângulos rectos, nenhuma protecção dos espaços verdes e ajardinados.

Poder-se-á dizer que esta zona da cidade está a ficar diferente e polémica, ainda que as pessoas em geral não consigam formar uma opinião segura.

* Oficialmente ainda é o Largo 5 de Outubro de 1910. Talvez não fosse má ideia, a comissão de toponímia da Câmara debruçar-se sobre esta questão. O Largo 5 de Outubro abrange toda a área, que vai da Praça Rodrigues Lobo até ao início da Avenida Heróis de Angola?

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2007/05/23

Velharias? Requalificação?

Frequento com assiduidade esta zona da cidade de Leiria. Largos do Papa e Cónego Maia, mesmo ali junto à Sé e Jardim Luís de Camões.
Há dias observei esta cena. Desenrolava-se uma operação de retirada de artefactos antigos (pareceram-me) em pedra do interior do edifício, de sempre conhecido pela sua fachada histórica e da palavra gravada em alto relevo e em pedra, "GARAGE".
Nesta data está entaipada para obras. Claro que parte do ajardinamento recente e calçada à portuguesa, uma pequena área diga-se, mesmo assim toda a zona em frente ao prédio, vai ficar inutilizada. Bem se podia ter evitado fazê-la para dias depois ser destruída.
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Espera-se que aquela fachada seja devidamente conservada, que é um ex-líbris da cidade.
Repare-se (por ampliação da foto do lado esquerdo) na placa toponímica a indicar que estamos no Largo 5 de Outubro de 1910, coisa que muita gente desconhecerá, visto que aquele Largo é conhecido popularmente por Largo Papa Paulo VI. As estremas deste Largo têm uma história interessante: a) vai da Praça Goa, Damão e Diu (onde está hoje a fonte luminosa no meio dum grande e soalheiro empedrado, qual rink de patinagem) à Av. Heróis de Angola; b) No séc. XV era designado por Rossio Novo e, mais tarde, na Planta da Cidade de 1809, é referenciado simplesmente como Rossio; c) De 1877 a 1910 foi designado oficialmente por Campo D. Luís I; d) Assumiu a toponímia actual em 10 de Outubro de 1910, por deliberação camarária.(*)Mais uma temporada de reboliço na zona do Rossio de Leiria.
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(*) Pode consultar-se "Toponímia de Leiria e um pouco da sua história", edição da Junta de Freguesia de Leiria - 2005, de Alda Sales Machado Gonçalves.

2007/05/22

Placas identificadoras de árvores



Como já se devem ter apercebido pela leitura arrevesada da placa acima, esta árvore do Largo da Sé, em Leiria, é um Jacarandá acutifolia.
O que me traz a este fórum é a falta de cuidado que se tem revelado nestes anos todos que já decorreram desde que uma quantidade representativa de árvores foi plantada em Leiria, por alturas do 50º Aniversário do Ateneu Desportivo de Leiria, relativamente às placas que, nessa oportunidade, foram colcocadas e muito bem. Ou desapareceram na voragem das obras que têm sido levadas a cabo na cidade ou, muito simplesmente, já não se conseguem ler, por mal colocadas, como acontece na Praça Rodrigues Lobo.
É só uma chamada de atenção.
Uma nota mais alegre: reparem nos Jacarandás: estão a florir, de azul lilás, como é seu ex-libris!

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2007/05/20

Morreu o meu Rouxinol


Morreu o meu rouxinol

Bem cedinho, madrugada,
Inda mal o sol surgia,
Ele cantava, cantava.
Voz de oiro, melodia!

Morreu o meu rouxinol


E quando eu lhe falava,
Ele, atento, me ouvia.
Então cantava, cantava.
Voz de oiro, melodia!


Morreu o meu rouxinol

Quando de tudo cansada
O olhava e o ouvia
Todo o mal me passava.
Voz de oiro, melodia!


Morreu o meu rouxinol

Hoje, já longe a madrugada,
Inda eu o não ouvia.
Morrera, já não cantava…
Voz de oiro, melodia.

Morreu o meu rouxinol


Zaida
-
O nosso rouxinol morreu hoje. Ficou enterrado ao pé de um jasmim recentemente plantado, mesmo junto a uma das portas de nossa casa.
A foto acima é mesmo do rouxinol do poema, tirada em Junho do ano passado.

E os outros trabalhadores?

É tudo muito bonito, os Sindicatos organizam greves do sector público. Umas atrás das outras. Quem paga essas greves?
Quem defende o poder de compra dos trabalhadores do sector privado, daquele que produz a riqueza?
Sabem os chefes dos sindicatos da função pública que a maior parte das empresas do sector privado há quase 5 anos que não actualizam os salários dos seus trabalhadores?
Façam-se contas, muito simples, e veja-se da brutal perda de poder de compra desses trabalhadores. E tudo em nome de quê?
O próprio Governo continua a usar, nas ditas Reformas da função pública e da Segurança Social, dois pesos e duas medidas. Ou vários pesos e várias medidas?
Claro que precisamos de serviços públicos! Mas precisamos igualmente de ser tratados em pé de igualdade, sejamos trabalhadores do sector público ou do privado! Não somos interdependentes?
O Estado não somos todos nós?

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