2010/12/11

Leiria: Livros e Encadernadores

Descobri, há dias, na net, o blogue duma oficina de encadernação tradicional, actualmente ainda em actividade, graças à persistência de, provavelmente, dois dos mais antigos encadernadores de Portugal. De Leiria, certamente. 
Ou não fosse esta uma das terras portuguesas mais ligadas a livros, primeiras tipografias, encadernadores artistas!
O filho do Sr. Florindo Simões, o snr. Carlos Simões, o remetente do postal acima, em que nos (a família de José Teles de Almeida Paiva) ofereceu, de sua livre e espontânea iniciativa, encadernado a rigor, o livro que eu e a minha mulher, Zaida, escrevemos em Fevereiro de 2004, com o qual pretendemos prestar a nossa homenagem à memória de um homem que marcou uma época da cidade de Leiria e das instituições principais da sua Câmara Municipal.


É uma raridade e um privilégio viver paredes meias com artistas deste quilate. 


Referências a este livro podem ser consultadas no link atrás indicado.
Já que estamos a falar de livros: ao consultarem o link deste livro, serão confrontados com uma base de dados de uma biblioteca particular. Este trabalho está em curso, muito incompleto, por isso.
Ainda há muitas obras literárias, jornais e revistas para registar e catalogar. Não sei mesmo se terei tempo de vida e paciência para completar este trabalho em que me meti...
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2010/12/08

Inverno à porta. Com estes contrastes tão vivos?


1- Folhas de Cerejeira, o vento forte dos últimos dias a prepará-la para o Inverno que aí está a bater à porta, estrondosamente;
2- Uma poça de água da chuva na folha duma couve;
3- A Ema e o Ivo;
3- A objectiva na direcção da Sra. do Monte (em dia de evocação de Nª Sra. da Imaculada Conceição, segundo a religião católica);
4- A mais linda das camélias, a "winter snowdown". 
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Imagens capturadas hoje, na Barreira, Leiria.
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sobre "A Comunidade Judaica de Leiria"

sobre
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2010/12/06

Porto de Mós: Um Sábado siberiano sob olhares diversos

Porto de Mós. Acompanhei a equipa de Futebol sub-13 da Academia da União Desportiva de Leiria. Ao chegar ao complexo desportivo, logo à entrada quem vem do IC2, deparámo-nos com este pato (pato bravo? que os há, nesta zona, vale do rio Lena, a caminho de Leiria), ar desconfiado...
Sem sair da zona do campo de futebol, relvado sintético, lá estava o altivo e histórico Castelo de Porto de Mós a desejar-nos "Boas Festas". Obrigadinho, Portomosenses, que bem precisados estamos todos, de apoio psicológico para enfrentarmos o monstro da "crise", sempre presente!...
Do mesmo local, tive o prazer de observar em voo e a pairar no meio de um vento gélido vindo de Sul, do lado da Serra dos Candeeiros (Casal Ventoso), um, entre vários, Milhafre. O que me valeu foi a objectiva que estava a usar, uma 50-500 mm. Registos fotográficos únicos!
O meu neto, o Guilherme, em plena acção, no decorrer do jogo Portomosense, 0 - UDL, 9 . Foi um jogo interessante e o Guilherme (o 31) marcou dois golos de fino recorte técnico.

Em Portugal fez-se sentir um frio cortante, no passado Sábado. No intervalo deste jogo, eu e os árbitros aproveitámos para dar uns toques na bola, junto a uma baliza, para aquecer. Ainda consegui reviver os momentos inesquecíveis dos meus tempos de jovem, a jogar futebol, sempre a Guarda-Redes. Não gosto de me gabar. Mas para quem ainda se lembra do futebol dos anos 60, cheguei a ser apelidado pelos meus colegas de turma, de Yashin. Lembram-se de quem foi Yashin?(ao lado, foto da Net) Lembram-se do célebre jogo do Mundial de 1966 em que o Eusébio lhe marcou, de «pénalty», o golo que nos alcandorou ao 3º lugar daquele mítico Campeonato do Mundo?

Que tempos aqueles!...
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2010/12/03

Leiria: A Judiaria em reconversão


o













(clic)(**)Um excerto do "Mapa de Leiria no século XV, assinalando-se a área da Judiaria (Segundo Atlas de Cidades Medievais Portuguesas - 1990)" .
A zona limitada pelo traço mais negro e forte é a do morro do Castelo de Leiria. O Norte geográfico corresponde à linha vertical deste mapa.
A Praça de S. Martinho corresponde à actual Praça Rodrigues Lobo.


O Centro Histórico de Leiria tem vindo a ser restaurado. Paulatinamente, as iniciativas de diversa origem já estão a começar a mostrar resultados.
Agora são as ruínas de uma edificação classificada, na zona da antiga Judiaria(**), que estão a ser reconvertidas.
O edifício, cuja construção se iniciou, vai ser implantado, precisamente, na zona da antiga Judiaria(v.mapa acima, ampliado por clic), local onde terá funcionado genesim, onde os judeus se dedicavam exclusivamente ao estudo bíblico e também Beth Hamidrashonde as crianças aprenderiam a ler e escrever a Lei de Moisés.
Acabou por não se optar pelo aproveitamento da estrutura base do edifício que aqui estava localizado. Vai ser contruído, neste local, à Rua Direita, entre a Travessa da Tipografia e a Rua Manuel António Rodrigues, um edifício de raiz a que se lhe vai dar o uso de Centro Cívico.
Para começar as intenções, analisando-as do ponto de vista meramente pragmático, são boas, digamos mesmo, excelentes(*). Que não nos falte o engenho financeiro e, de acordo com o projecto, teremos ali um pólo de excepcional utilidade tendo em vista a revitalização desta carismática zona de Leiria.


Pelo que me parece, da observação do projecto, acabou por prevalecer a tese de se construir segundo as linhas arquitectónicas modernas em desprimor da preservação dum modelo mais consentâneo com a história daquele local.
Será a melhor opção?...
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(*) Siga-se este link do site da Câmara Municipal de Leiria.
(**) Ver, ampliando-se por clic, o local exacto, no excerto do "Mapa de Leiria no século XV, assinalando-se a área da Judiaria (Segundo Atlas de Cidades Medievais Portuguesas - 1990)
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Nota: Leia-se "A Comuna Judaica de Leiria, das Origens à Expulsão",  ed. Campo da Comunicação, 2010, vol. 2 da Série monográfica «Alberto Benveniste» , Saul António Gomes. (ver aqui)

2010/12/01

Falta cumprir-se Portugal!



Fernando Pessoa, nasceu em Lisboa em 13 de Junho de 1888 e faleceu em 30 de Novembro de 1935.
75 anos volvidos após a sua morte, a sua "Mensagem" permanece, cada vez mais presente.
Hoje, 1 de Dezembro de 2010, o dia amanheceu cheio de luz e frio...e comemoramos, sem brilho nem brio, este mesmo dia do ano de 1640!
Nessa data, Portugal voltou a ser Portugal e não mais uma Província Espanhola! 
Terá valido a pena? Perguntarão alguns, agora que já nem sabemos se somos, de facto, uma Nação independente, se uma parte de uma federação de Estados da Europa, mas em que uns são filhos e outros enteados.
Falta cumprir-se Portugal?
Seremos capazes de cumprir Portugal?! Nestes tempos modernos e conturbados?
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Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse. já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,


E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.


Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!


Fernando Pessoa
in Mensagem

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2010/11/28

Olá... aqui Barreira - Leiria

Salva Microphylla (1b) , (1), (1a)
Olá, olá, pequeninas mas irrequietas e invasoras alegres!


 Camélia «Winter SnowDown» ou «Polar Star» (2) 
Saudações amigas a todos os navegantes que por aqui aportarem, mesmo que só de passagem...
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(1) e (1a) Ver (1b)
(1b) Inicialmente, de facto, confundi esta flor com a chamada boca-de-lobo,se bem que a minha mulher já me tivesse alertado que eu estava enganado.  Com a ajuda da Rosa, que muito agradeço, fui consultar uma enciclopédia, a partir da dica da famíia e penso que cheguei ao nome correcto desta planta e flor: Salvia microphylla, nome comum SALVA MICROPHYLLA.
Planta vivaz, semi-rústica sempre verde. Atinge 1 a 2 metros de altura e 60 cm de amplitude. Flores atractivas, cor de framboesa com um lábio inferior característico surgem do fim do Verão ao início do Outono. (quer dizer, já estamos no fim do Outono e elas ainda aqui estão bonitas de se ver). 
As folhas ovais de coloração verde cheiram a amoras quando esmagadas ou apertadas na mão.
in "O poder das ervas aromáticas" Civilização editores"

(2) http://www.usna.usda.gov/Newintro/camelli1.html talvez aqui se consiga perceber melhor a actual classificação das camélias híbridas, aqui na zona Norte Atlântica. Pelos vistos, as camélias japónicas, as originais, se não se "põem a pau" ainda desaparecem do mapa!
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2010/11/26

Orçamento 2011 em busca de farol

Os deputados do PS e quase todos os do PSD (excepção aos da Madeira, vá-se lá entender porquê!...) aprovaram, hoje, na Assembleia da República, o Orçamento do Estado Português para o ano de 2011. O mais duro desta década, pelo menos. Mesmo assim, este resultado final só foi possível após muitos S e Ses até se chegar a este farol sem luz, sob tempo escuro, ameaçador...

Que nos possa servir de consolação e de Esperança no nosso Destino ainda termos o privilégio de sentir o mar, a temperatura amena, a paisagem duma praia como a da Nazaré.
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2010/11/24

Contrastes em tempo de trastes...


Tempo de contrastes
Tempo de crise
Tempo de mudança
Tempo de trastes


Não podemos andar a fazer sombra uns aos outros...
O que acontecerá se não chegarmos a um entendimento.


___             EDUCAÇÃO -                
Siga este link por favor. (PETIÇAO PÚBLICA)


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2010/11/22

GREVE GERAL?!...

(clic para ampliar)
- foto tirada hoje, junto às instalações do Centro Regional de Segurança Social de Leiria, e da Câmara Municipal de Leiria, e do Tribunal Judicial de Leiria, na Praça da República, em Leiria.
Neste preciso momento, ouvia-se o som do altifalante dum carro de propaganda da CGTP a apelar à mobilização para esta Greve!...

A este propósito não resisto a transcrever excertos de um emotivo mas racional depoimento publicado no blogue http://pensamentos-vagabundos.blogspot.com/, escrito por uma senhora luso-italiana, Alda Maia(*), dotada de uma capacidade de análise das questões sócio-políticas portuguesas e italianas, que não me canso de enaltecer.
Só me espanta é como os seus escritos não são mais propagandeados, seja na própria blogosfera, seja até nos chamados media. Ainda não a descobriram? Sempre aprendiam um pouco mais como seguir um comportamento verdadeiramente informativo, ao serviço público, na real acepção do termo!

(...)
Relativamente às greves, sempre as vi somente como um último recurso, quando se procurou tratar com um sério conhecimento das situações, das razões das partes em causa e as contratações falharam. 

Houve uma época própria para as lutas de classe
Hoje, as dinâmicas sociais são diversas. Com a maldita crise que nos atenaza e quase nos sufoca, a globalização e as deslocalizações das empresas, há outros mecanismos que deveriam orientar os sindicatos que operam com responsabilidade. Temos sindicatos com a capacidade de diálogo, quando as circunstâncias o exigem?
...
Em conclusão, foram exigidos sacrifícios, indubitavelmente....
Paralelamente, penso seja admirável, e modelo para imitar, a maneira como os sindicatos alemães interpretam a sua função.Não posso deixar de pensar nos protestos, sobretudo na próxima quarta-feira, dos nossos funcionários públicos, dos magistrados (!), etc., cuja estabilidade de emprego é óbvia. Insisto, os sacrifícios são apenas monetários e não ameaçam desemprego. Logo, não consigo experimentar um mínimo de simpatia por todo este clamor contra o que, infelizmente, não podemos evitar. Aplaudiria, sim, uma gigantesca manifestação contra a nossa estupidez de não darmos mais atenção à importância do nosso voto; não escolhermos, com mais acuidade, quem deva governar-nos; como privados, não aprendermos a ser mais equilibrados, evitando de recorrer a empréstimos bancários para gozar férias nas Caraíbas, por exemplo.
Texto extraído daqui

nb: o negrito é da minha iniciativa.
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Leia-se todo o texto para ficar com uma visão mais completa do alcance do artigo da autora.

(*) Cara amiga.
Espero que me possa perdoar este abuso de usar os precisos termos que estão publicados no seu blogue.

2010/11/21

Barreira - Leiria: Festival de Luz e Cor neste Outono Primaveril

Música de fundo: "Oh, Happy Day" de James Last

Hoje, Domingo, na freguesia da Barreira, em Leiria. Por entre os pingos de aguaceiros esporádicos e envolvido pelas reverberações dos reflexos da luz do Sol radioso que a seguir se fazia sentir, dediquei-me à horticultura, jardinagem e... fotografia (como não podia deixar de ser).

Neste filme, podem observar-se várias flores, qual delas a mais aperaltada para nos mostrarem os ares das suas graças:
Bergénias e camélias, estas, as primeiras a florirem na época; a "winter snow-down", folhas feitas de seda da mais pura, da mais exótica e de uma singeleza etérea.
Um sonho!

Repare-se, também, num limoeiro, que plantámos (eu e a Zaida) num recanto do pequeno terreno que temos à volta de casa. Não fosse o barrote de suporte dos seus troncos e já estaria dobrado até ao chão com o peso dos limões. Está carregado e continua em flor!

Não me importo de ir para a Lua cortar silvas... é o que diziam os antigos quando se trabalhava nos campos ao Domingo!...