2007/03/30

15.000

O meu contador de visitantes da http://www.digits.com/ acabou (30-3-2007) de marcar o número interessante de 15.000. Este contador tem a particularidade de contar somente uma vez por dia, o mesmo visitante, incluindo o autor.
Vim para o mundo dos blogues no princípio de 2006, ainda que tenha andado em testes já desde Novembro de 2005. Devo frisar, no entanto, que já participo (aqui), desde 1998, duma forma activa, na Net, através de variadíssimas páginas Web por mim construídas, duma forma primária é certo, mas sempre com a intenção e emoção de dar o meu modesto contributo para a evolução desta impressionante tecnologia das comunicações e para a infinita abrangência da grande base de dados, que se encontra à nossa disposição em toda a World Wide Web.
Entusiasmei-me com este modo de comunicar com pessoas de todos os quadrantes geográficos e sociais. Sinto que estou a conseguir integrar-me numa tertúlia, talvez mais que uma, com amigos quase todos virtuais, que mal os conheço, aliás, fisionomicamente não conheço a maior parte deles/as, mas começa a ser como se os estivesse a ver, a observar os seus gestos, a sentir-me bem à conversa com eles, quantas vezes a trocarmos ideias e imagens que nos dizem muita coisa interessante.
Sinto-me feliz, rodeado deste mundo de amigos “virtuais”, alguns que já não considero assim tão virtuais como isso.
Provavelmente como a maior parte dos bloguistas amadores, experimentalistas, curiosos no uso desta fenomenal ferramenta que a Net nos está a colocar aqui mesmo à nossa mão, quase que nem necessitamos de saber nada de informática, basta termos a noção do que é navegar na Rede Global, etérea e quantas vezes quase isotérica, tenho momentos em que me interrogo se consigo desempenhar algum papel de alguma relevância, que valha a pena, que acrescente algo ao que se anda a fazer…
…De interrogação em interrogação aqui ando neste mar, ora revolto, ora chão, ora soprado por uma brisa inconstante, dispersa…
DISPERSAMENTE… ................aqui me encontrarão até concluir que é tempo de zarpar, emalar a roupa e rumar para outras paragens!
Por enquanto sinto-me bem, aqui!…
Este texto saiu-me assim, num repente, emocional, edição simples, sem imagem, sem som...

Talvez que ainda aqui coloque alguma imagem, foto(1)(2)(3).
Gosto imenso de fotografar. Aliás, se não fosse a fotografia, instantânea, sem retoques de photoshop e outros que tais, tenho a impressão que não conseguiria arranjar inspiração para nada de jeito, do meu jeito, em jeito de experiências, sentimentalão, rezingão, resmungando aqui e ali...
Muito obrigado pelas vossas visitas, pelos vossos comentários. Talvez que um dia destes possamos encontrar-nos na vertical de algum lugar físico, frente a frente, olhos nos olhos, de viva voz, talvez!…
Um grande abraço para todos os que me lerem!
Até já...

Leiria-Portugal, 30/31 de Março de 2007, 1 de Abril de 2007
António Nunes
(1) A cerejeira do meu jardim, em flor
(2) Da janela do meu quarto, 1-4-2007

(3) Um melro a cantar, empoleirado nas antenas da minha estação de radioamador. O melro é um cantor de mérito, de melodias sensíveis e sonoras ao mesmo tempo. 1-4-2007.


2007/03/29

Adeus...

(clic em cima da foto para ampliar - vale a pena)

O Rossio, ou seja a Praça da República, em Viseu, hoje, aí pelas 3 e meia da tarde. Nos meus tempos de menino e moço, fartei-me de correr e saltar por estes lados, hoje vi-o muito despido, algo desconfortável. A temperatura até estava agradável atendendo a que tinha chegado de Leiria.
Vim ao enterro do meu tio e padrinho, Serafim, 80 anos. Daqui seguimos para o Casal de onde o cortejo fúnebre seguia até ao cemitério de Ribafeita, sede da freguesia. E lembrei-me, como se fosse hoje, dos tempos do folar que o meu padrinho me dava, depois de cumpridos os ritos que mandava a tradição: deite-me a sua benção, meu padrinho; Deus te abençoe, meu rapaz. E lá vinha aquela nota mágica de 20 paus...
Adeus padrinho, descansa em paz!...

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2007/03/28

Outdoors a conspurcar o ambiente

(clicar em cima da imagem para ampliar)

Não me quero manifestar a favor ou contra o sentido e alcance políticos das palavras de ordem contidas no outdoor da fotografia.
Manifesto-me, isso sim, veementemente - como já o fiz em relação a placards colocados noutros locais estratégicos da cidade de Leiria - contra a sua localização. Na minha opinião, os partidos políticos não se podem arvorar o direito de desvirtuarem a aparência duma cidade com estes monstros propagandísticos instalados em sítios que nos perturbam, a nós, cidadãos que nos queremos livres de apreciar a urbe onde vivemos, trabalhamos e/ou que visitamos.
Penso que nos devíamos manifestar mais e reivindicar para que esta forma de propaganda fosse banida duma vez por todas.
Tanto dinheiro que se gasta para dotar uma cidade de um bom visual e de equipamentos (rotundas, fontes luminosas com repuxos de vários estilos, jardins com árvores para nos ajudarem a manter o nosso equilíbrio emocional, rio e margens requalificadas a rigor) para, de seguida, nos taparem o olhar com estes gigantescos outdoors a impingirem-nos meia dúzia de slogans políticos e às vezes também de natureza comercial!
Não posso concordar com esta actuação dos partidos políticos, pelos vistos com o beneplácito dos órgãos representativos do Município (Câmara e Assembleia Municipal) e até da própria Junta de Freguesia, que tinham o dever de imporem mais rigor nesta matéria.
Eu prefiro olhar e ver a cidade...sem "tapumes"!
-
ps: 29/3/2007 - pelos vistos, em Lisboa, o PNR (Partido Nacional Renovador) também colocou um painel monstro em local destacado e público, a apelar a atitudes xenófogas. A rádio está a falar muito neste cartaz e das suas intenções...
Já se está a levantar a questão da Constitucionalidade da campanha que este partido está a querer levar avante:
O Partido Nacional Renovador (PNR) lançou uma campanha contra os imigrantes em Portugal, afirmando que não podem ser apoiadas políticas que promovam a Imigração enquanto “houver portugueses a viver na miséria”.
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2007/03/27

TEATRO - Dia Mundial

Comemora-se hoje o "dia Mundial do Teatro". Arte tão antiga que se perde na memória dos tempos!
Mas como gosto de recordar o "nosso" Gil Vicente, fundador do teatro nacional; e de como adorei, com os meus 15 anos, o "Auto de Mofina Mendes"!
E D. João da Câmara, grande poeta e dramaturgo português. Foi há mais de 40 anos que vi, pela primeira vez, representada a sua peça "Os Velhos". Inesquecível! Tive então a honra de ver trabalhar grandes Senhoras e Senhores do nosso teatro: Amélia Rey Colaço, Josefina Silva, Canto e Castro, Raul de Carvalho e outros igualmente grandes.
Mas este é o Teatro "Arte". Porque, afinal, não será o Mundo um enorme teatro? E os homens, fabulosos actores? É só olharmos à volta! Os ricos fingem que, coitados deles, estão na miséria; e, pior ainda, os pobres, fingem-se ricos e endividam-se cada vez mais!
Os parvos a fingirem-se de espertos; os espertos fingindo-se de parvos...
Os incultos a fingirem-se cultos, os maus fingindo-se de bons, os políticos fingindo-se de sérios...E há os que se fingem de loucos, os que se fingem de filantropos, os que se fingem de doentes...
Estou a lembrar-me do grande Molière, do seu "Doente Imaginário", de "Le Bourgeois Gentilhomme"...
E daquele "personagem" tão presente por esse mundo fora:

LAMBE BOTAS

Lambe-botas é criatura
Que existe por todo o lado
Por fora pelo macio
Mas com ferrão afiado.

Com muitos salamaleques
Voz meiga e algo melosa
Vai convencendo meio-mundo
De boa e prestimosa.

Mas por trás, oh meus amigos,
Cuidado com o Lambe-botas!
Se isso lhe convier
Espeta-vos o ferrão nas costas.

Mas mesmo assim, podem crer,
Muitos o valorizam bem
Porque só o Lambe-botas
Os fazem sentir alguém.

Zaida
Texto e poema

-
Esta colaboração acaba por se apresentar como uma oportuna deixa para vos falar dum Teatro que houve em Leiria, o Teatro D. Maria Pia. Demoliram-no em 1956. Uma brutalidade que nem sei como é que está tão esquecida da memória dos Leirienses.
Aliás, é inadmissível que, até hoje, nada tenha sido feito pelas autoridades administrativas deste concelho para perpetuar a memória da existência e o que foi a excelente acção daquele Teatro em Leiria. Parece-me a mim que haverá memórias que incomodam ainda hoje e que tudo se tem feito no sentido de as riscar da história.
Insensatos! A história não se apaga administrativamente!...
Em próxima entrada voltarei para falar com mais pormenor sobre este episódio rocambolesco da história da cidade de Leiria.
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2007/03/26

Os pinos de ferro galvanizado do Largo da Sé, em Leiria, grandes amigos que eles são dos bate-chapas e das fábricas de tinta para automóveis!
É certo que a ideia é desmotivar as pessoas a andar de automóvel nesta zona, mas a alternativa, que seria motivá-las a frequentá-la em passeios a pé, está a ser conseguida? Está patente que não e que não se antevê uma luzita que seja ao fundo do túnel para animar o Centro Histórico de Leiria, durante o dia. O comércio bem se queixa e luta com bastantes dificuldades! Não se pode estacionar, diz que. Mas só durante o dia, que à noite, para o pessoal ir para os bares e cervejarias vale tudo!
Vá-se lá entender isto. Para trabalhar ou nos portamos segundo as posturas municipais de trânsito ou levamos com a respectiva multa (a não ser que se pague com língua de palmo o estacionamento, privado e camarário, com polícia privativa e tudo); já para a folia da noite, fecha-se os olhos, faz-de-conta que não há regras...
É assim a vida?!

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Tenacidade...

Como é que esta florzinha (?!) consegue resistir num recanto citadino onde passam carros constantemente e as pessoas se movimentam, num remoinho permanente e saltitante entre a calçada da rua e o passeio?...

Largo Paio Guterres, ou Largo do Gato Preto, ex-Largo de S. João, Leiria, hoje.

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2007/03/22

Dia mundial da Água - Centenário de Miguel Torga

Leiria, 10 de Abril de 1940

Visita

Fui ver o mar.
Homem de pólo a pólo, vou
De vez em quando olhá-lo, enraizar
Em água este Marão que sou.

.

Da penedia triste
Pus-me a olhar aquele fundo
Dentro do qual existe
O coração do mundo.

E vi, horas a fio,
A sua angústia ser
Uma espécie de rio
Que não sabe correr.

::
Comemora-se precisamente hoje o Centenário do Nascimento do grande Miguel Torga. Em Coimbra vai ser instalado uma Casa-Museu, na casa onde residiu enquanto médico a exercer nesta cidade, que vai acolher uma parte importante do seu espólio pessoal, doado por sua filha.

-
Eu andava com ideias de inserir uma nota neste blogue alusiva ao facto de hoje se estar a comemorar o Dia Mundial da Água. Tenho, inclusivamente, uma significativa reportagem fotográfica(*) sobre a zona requalificada recentemente, da ponte dos Caniços, em Leiria. Aliás, nessa zona está também a ser recuperado, no âmbito do Programa Polis, o primeiro Moínho de Papel que existiu em Portugal. A sua inauguração está prevista para dentro de alguns meses. A propósito, estive presente, na passada Sexta-Feira, nas instalações do antigo Banco de Portugal, na sessão de abertura da exposição "Água com Humor" - úma boa síntese do V PortoCartoon, que recebeu de todo o mundo autênticos rios de humor, disse, na oportunidade, Luís Humberto Marcos, director do
Museu Nacional da Imprensa. Na troca de informações que se seguiu com a Presidente da Câmara Municipal de Leiria, ficou apalavrada a possibilidade muito real de se vir a estabelecer em Leiria um núcleo museológico com um espaço de exposições para o Museu da Imprensa. O que não será nada de espantar, dado que Leiria, em conjunto com Faro, foram as primeiras do País dotadas de tipografias (ver).

-

(*) Esta reportagem pode ser observada em "dentro de ti ó leiria".

:: o poema de Miguel Torga acima transcrito consta do livro "ANTOLOGIA POÉTICA" - Ed. Publicações Dom Quixote - 6ª edição-2001

2007/03/21

Dia mundial da Poesia e da Árvore

Há quem argumente que as árvores dentro do Castelo de Leiria, estão a destoar, que não será aquele um habitat apropriado a tantas e frondosas árvores. Ainda que se possa admitir que aquela área do Castelo teria sido, em tempos recuados, uma zona de cabeço árido, sinto em mim um doce enlevo quando olho para aquele excepcional ponto de referência de Leiria e vejo todo aquele arvoredo, matizado de várias cores, sob o encantamento do cantar de aves de todas as espécies, desde o pintassilgo, passando pelo melro e pelo rouxinol. Uma moldura da Natureza a alindar ainda mais o ex-libris desta cidade.
-
“Balada do encantamento”

Dentro de ti, ó Leiria
Vive uma moira encantada,
Não sabe ser minha amada,
E tem por nome Maria.

Leiria foste um ladrão
Leiria do rio Lis.
Roubaste-me o coração
E, vê lá tu, sou feliz.

Letra e música de
D. José Pais de Almeida e Silva

... ............................ ...


O meu Jardim Encantado

Vou-vos contar um segredo
Que não quero mais esconder
Ele é tão belo, tão belo
A todos o vou dizer.
.
Tenho no meu coração
Um jardinzinho encantado
E nele há lindas flores
Que com muito amor eu guardo.
.
Uma rosa linda e esbelta;
Um cravinho bem escorreito;
E um botãozinho tão lindo
Verdadeiro amor-perfeito.
.
São autêntica preciosidade
Da mais rara e da mais fina!
Os meus netinhos Guilherme
Mafalda e Carolina.

A avó Zaida
21mar2007

---

Dança do vento

O dia estava tão triste!
O sol tinha fugido,
O dia estava a chorar!

E eu no jardim sentada
Com aquele dia sofri
Com ele pus-me a chorar.

O vento passou por mim
E com espanto eu ouvi
Doce música a tocar.

Com o “dançarino do vento”
O vento se foi juntar
E a música que eles tocavam
De anjos me fez lembrar.
E juntos eles dançavam
Um ballet belo e profundo
E eu percebi que bailavam
Com as energias do Mundo.
Ali me deixei ficar
A ouvir a sua música
A ver os dois a dançar.

E quando em mim reparei
Eu já não estava a chorar.
Já não me sentia triste
E dei comigo a cantar.


Zaida

2007

-

Um contributo singelo do "Dispersamente"...


Aos Poetas de todo o lado:


Leiam o CONVITE e REGULAMENTO da I Antologia de Poetas Lusófonos!

2007/03/20

2007/03/18

Mais prenúncios de Primavera

Vale da Ribeira do Sirol, num dia de luz, ar puro, cores remoçadas...
da Poupa...


Uma manhã solarenga destes dias anunciadores da Primavera oficial. Começo a ouvir nitidamente o cantar característico da poupa...poupoupou...poupoupou...Naquele momento andava eu no jardim a observar o desenvolvimento galopante das plantas, as flores a desabrocharem por todo o lado numa profusão incrível e de encantamento. A Natureza no seu eterno ciclo de renovação. Por acaso, não tanto por acaso como isso, tinha a máquina fotográfica à mão. Lá estava a poupa empoleirada no conjunto das antenas de emissão e recepção de sinais de rádio da minha estação de radioamador. Não tinha a objectiva 55-200 mm que me poderia ter proporcionado uma fotografia mais nítida. Mesmo assim, aqui vos apresento sua exa. a poupa.

Logo a seguir lançou-se em voo na direcção dum pinhal ali perto...talvez desconfiada daquela coisa que lhe estava a apontar...
da tulipa e da aranha...

Já ao cair deste dia de Domingo, andávamos, eu e o meu neto Gui, a jogar à bola no relvado (pequenino mas com jeito serve para dar uns toques...) quando reparei neste pormenor. Alto e para o jogo!... Fui buscar a máquina e aqui está o resultado...esperei um bocadinho para a aranha se mexer e... apanhei-a na objectiva!

desta flor minúscula no meio do pinhal...a tentar passar despercebida!

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2007/03/17

Olá Carolina!...

Bom dia, Carolina!
O teu pai já te nos apresentou em foto. Estás linda!
O Mundo a que estás a chegar vejo-o, neste momento, como estas flores de orquídea, que acabei de fotografar!
Vamos a caminho para te ver ao vivo!
Sê bem-vinda! Que sejas muuuiito FELIZ!...

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2007/03/15

A nossa ALDEIA!...

ANTES de MAIS:
A CAROLINA NASCEU. ESTÁ BEM E A MÃE TAMBÉM! (16/3/2007 19h+-)
-
Os blogues e a Internet
Quanto talento!
Quanta inspiração!
Quanta informação!
Quantas estórias!
Quanto fanatismo!
Quanta música!
Quantos poemas!
Quanta beleza!
Quanta fotografia!
Quanto desabafo!
Quanta melancolia!
Quanto entusiasmo!
Quanto jornalista!
Quanto/a…!

Eu, nós e o Mundo! As nossas tertúlias bloguísticas!…
Cada dia que passa me sinto mais pequenino nesta aldeia global dos blogues e da Internet em geral!…
Mas, tal como o deserto não o seria se as suas areias, uma a uma, não existissem, também eu não quero ceder à tentação de me cingir à qualidade de mero observador!
E passar os restantes dias da minha vida a assobiar para o lado?!
E seguir, rumo a nada, indiferente às alterações de toda a ordem que, insaciavelmente, a velocidades estonteantes, o Homem vai inventando, ele próprio induzido pela sedução de prosperidade fácil e rápida que a tecnologia lhe há-de proporcionar!…
Insensatos!?…
Aqui estou!…Aqui nos vamos encontrando!...
-
Na foto: como é possível tamanha insensibilidade? Colocar um recipiente de lixo em frente de um painel de azulejos pintados com motivos alusivos aos caminhos de ferro, épocas passadas, colocado na parede exterior da gare da estação de Leiria! É que aquele recipiente tapa a visibilidade do painel! Inconcebível!

Com tantos locais para colocar o inestético recipiente e logo foram escolher aquele sítio?!!!!!!.... É caso para se perguntar: São parvos ou quê?!

Como é que se pode ficar indiferente a tamanha estupidez?! Será que alguém com competência para reparar esta burrice acabará por dar conta deste apontamento de blogue?
- Entretanto...
Que querem, sou Benfiquista!?

2007/03/13

83 ANOS de VIDA

O meu pai, Daniel, faz hoje 83 anos de vida. Nesta altura deveria ter uns 23 anos, digo eu!
Telefonei-lhe hoje, de manhã. Atendeu-me do Hospital S. Teotónio em Viseu. Assustei-me. Estava lá a visitar um irmão mais novo, 80 anos, o meu padrinho Serafim. Parece que está com problemas respiratórios, espero que não seja nada de grave. A ver se no próximo Sábado conseguirei estar com o meu "velhote" (o mesmo já dizem de mim, os meus filhos). Esta semana está a ser assim a modos que agitada. Também está por aí a "aparecer" a Carolina, ja está a atrasar-se, pelos vistos. Bem, é mais dia menos dia...
É assim a vida!

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2007/03/11

DE VOLTA!...

Leiria.
Finalmente, temos de volta o Jardim Luís de Camões. Esta estátua mudou de sítio, uns metros, mas mudou. Tinha que mudar, como outras nesta cidade.
Faz falta ver "Os Lusíadas" na mão de Camões, lá ao alto!...
De acordo com o que vem descrito no livro ""Toponímia de Leiria" e um pouco da sua história"(*), as razões da atribuição deste topónimo ao Jardim principal da cidade têm am vista a "consagração pública de Camões", conforme deliberação camarária de 12 de Maio de 1972. Não haveria mais nada a acrescentar?!...
Neste livro reproduz-se, a propósito, o seguinte postal:

Ainda haverá quem se lembra daquele coreto? Pois eu lembro-me dum coreto neste jardim, por volta dos anos 60. Mas não estava naquele local, localizava-se bastante mais para a direita, no meio do jardim de então, com outra configuração, muitas árvores, uma alameda central cheia de tílias, parece que estou a sentir o seu cheirinho, principalmente daquelas duas que foram derrubadas há uns meses atrás**. Porque é que decidiram eliminar o coreto?! Na altura não me lembro de alguém ter dado essas satisfações à população, cuja também não se terá dado conta, na época, do quão importante são para as gerações vindouras, todos os vestígios que nós possamos deixar, para lhes explicar como vivíamos, pontos importantes na viagem do progresso e do desenvolvimento económico e social das comunidades.
-

* Alda Sales Machado Gonçalves, Ed. Junta de Freguesia de Leiria, 2005

** Se se quiser matar saudades dessas tílias pode consultar-se "dentro de ti ó Leiria"

2007/03/08

A Mulher, fonte de Vida...

O rio Lis, na nascente
Suas águas límpidas
Vigorosas, na corrente
Geram vida como a semente

Através da objectiva

Imagens nítidas

De beleza,
De grandeza,
Mimosas,
Sinuosas,
Ondulantes,
Vicejantes.

E lembro-me

Naturalmente

das Mulheres da minha vida!

Encarnação, Zaida

Inês

Mafalda

-

Não posso perder esta oportunidade para reforçar que não me esqueço da minha nora, a Ana, que está mesmo à beirinha de nos dar mais uma mulher para a família, que há-de chamar-se CAROLINA. Estamos todos, pelo menos nós, os amigos e família, ansiosos pela vinda de mais esta MULHER((aça), segundo rezam as crónicas das observações pré-Natal entretanto feitas).

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2007/03/05

à la minute (II)

Tal como o prometido no post anterior, aqui fica a minha foto à la minute, encaixilhada como se tivesse sido entrevistado pela RTP de antigamente.
E então não é que vem mesmo a propósito, agora que se estão a comemorar os 50 anos das primeiras emissões de televisão em Portugal? Que também eram a preto e branco, tinha eu 10 anos de idade. Bem me lembro do assombro com que vimos os primeiros bonecos na Televisão. Aquilo era um corropio para os cafés das redondezas. Despesa obrigatória que o espectáculo não podia ser de borla. O Televisor era caríssimo!
E aqueles célebres e frequentes "interlúdios musicais" para ocupar o tempo enquanto os técnicos estariam a tentar restabelecer a emissão: "A emissão segue dentro de momentos"...
O José Gomes, de 23 anos, ficou meu amigo. Conversámos bastante, no dia da fotografia. Hoje, dia 6, voltámos a encontrarmo-nos, estava ele a refugiar-se da chuva, ia eu para o elevador do Edifício do Paço (o da Zara como é conhecido popularmente). Lá voltámos ao assunto daquelas máquinas à la minute, centenárias, construídas pela Kodak e pela Compur (aquilo parece que era tudo do mesmo grupo), as lentes Schneider ou Volte Cander, também Carl Zeiss. Os aspectos técnicos da lente desta máquina confirmam-se, 135 mm, abertura normal 3.4, mas a família tem em stock várias outras lentes conforme os trabalhos a realizar.
Ofereceu-me um jornal "Diário de Leiria", desta data, que traz lá, a pág. 4, uma reportagem tipo "Foto do Dia" em que incluem uma foto do pai, Alberto Gomes, noutra zona de Leiria, com outro equipamento completo, autênticos laboratórios fotográficos ambulantes, mas genuinamente "à la minute". Pelos vistos, acabam por ocupar, o José, o pai e a mãe, todo o seu tempo a percorrer o País de lés a lés a tirar retratos nas mais diversas situações, assim mesmo, na via pública, a maioria das vezes. Mas estão disponíveis para aceder a acções de demonstrações até para efeitos didácticos. É que ali é tudo à antiga, como mandavam os cânones dos primórdios da fotografia.
Já foram várias vezes às Televisões e entrevistas para os jornais já contabilizam muitas.
Ah, e estão colectados, garantiu-me, por via de algumas dúvidas da concorrência dos das "Polaroid", que não tem nada de arte, como me confidenciou. Eu concordo. Arte a apoiar é esta da fotografia "à la minute". E fiquei com a sensação, para não dizer a certeza, que não é arte que se aprenda do pé para a mão. A desta família já vem de várias gerações!...
-
(Parte II do post anterior)Posted by Picasa

à la minute


Hoje, no Largo do Papa, em Leiria, já com o novo visual "Polis", o fotógrafo Gomes, orgulho de ser o continuador de uma geração de fotógrafos "à la minute", sede em Espinho, trabalho ambulante e nómada, uns dias aqui outros noutro lado qualquer, máquina sem nome de fabricante, já centenária, lente Schneider* 13,5 cm **. 50 anos depois eis que me tiram uma nova fotografia por este processo. A primeira, lembro-me bem, foi no jardim em frente à Escola Industrial e Comercial, actual Emídio Navarro, em Viseu, estava-se em 1958 (ou seria 1959?), o meu pai andava comigo a tratar do meu primeiro Bilhete de Identidade para me matricular no 1º ano do Ciclo Preparatório, como então se designava o actual 5º ano do Ensino Básico.
Não resisto a publicar, já, quase em tempo real, este apontamento.
Antes do fim do dia quero ver se tenho oportunidade de completar este post com mais o seguinte material:
1) A minha fotografia dentro duma moldura como se estivesse no écran da Radiotelevisão Portuguesa;
2) Mais duas fotos de pormenor da máquina.
Pequenos encantos que a vida e o acaso de estar a passar por aquele sítio na hora certa, nos proprocionam!
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O amigo Gomes garantiu-me que seria possível ter uma fotografia pronta num minuto. Como não havia pressas e eu estava interessado em conversar um bocadinho, está claro que acabámos por estar ali à espera que o trabalho ficasse pronto, aí uns dez minutos. Entretanto começou a juntar-se gente conhecida e amiga e vai daí começámos a trocar umas recordações e, se não tivesse que ir tratar da minha vida, ainda agora lá estava...

Clicando-se em cima das fotos consegue-se ver o pormenor da lente, uma Schnneider de 13,5 cm (será?); na do post de cima repare-se no "olhó passarinho!"; a minha foto tem que ficar para amanhã.

Nota: Segundo o dicionário Editora da Língua Portuguesa - 6ª Edição - 1986 (o que tinha aqui à mão, agora): "à la minute" (loc. fr.). num minuto; rapidamente; à pressa.

* Que ainda há bem pouco atrás fabricava computadores...

** Será mesmo 135 mm de distância focal? Tenho que confirmar/que me informar melhor, que gosto de fotografar, mas não sou lá grandemente entendido nas questões técnicas da fotografia. É só a intuição e o prazer de fotografar, de registar um momento, que me movem neste mundo fantástico que nos prende a atenção e nos mostra pormenores inimagináveis. ...

... Após um pequeno compasso de "até sabia mas não me lembrava": pois está claro que as lentes de distância focal entre 85 e 135 mm são as mais indicados para fotos de retratos, produzindo imagens sem distorção, guardando as proporções originais do modelo. É o que dizem os manuais e se confirma na prática. Estas indecisões são o nítido resultado de, na actualidade, podermos comprar máquinas com objectivas de distância focal variável e, mais cómodo ainda, com dois ou mais conjuntos de objectivas amovíveis. É só substituí-las (operação extremamente fácil e rápida) "et voilá". Fotos "à la minute" em menos de um segundo!... para todos os gostos e necessidades!

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2007/03/03

Olhemos pelos cursos de água, pela nossa saúde!

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(4mar07-actualização: após a leitura do comentário de "zé lérias" senti-me na necessidade de acrescentar o seguinte: É verdade que o dito MPRL, salvo um fôlego inicial em que se levaram a cabo algumas iniciativas de sensibilização, caiu no marasmo de esperar para ver. De qualquer modo penso que poderá haver uma melhor rentabilização desta ideia partindo duma chamada de atenção às instituições que fundaram o MPRL. Mas não me repugna nada que se funde uma Associação na sequência daquele movimento. Sem a intervenção activa das Juntas e das Câmaras nada se conseguirá).
-
2ª actualização: Para que conste do conjunto deste post:
Alguns versos de O Pastor Peregrino de Francisco Rodrigues Lobo:
...
E, esquecido o Mondego,
O Guadiana, O Minho, o Douro, o Tejo,
Por meio de outra pena
Cante só Lusitânia o Liz e o Lena.
---
Estão-se a esquecer do MPRL? Acaso os srs. actuais Presidentes de Junta de Leiria, Barreira, Amor, Parceiros, Golpilheira, Barosa e outras, e os Presidentes de Câmara de Leiria, da Batalha e de Porto de Mós, se esqueceram deste Movimento, solenemente formalizado no Salão Nobre da Câmara Municipal de Leiria, em 2002?
É que tenho ouvido e lido que há pessoas a organizarem uma Associação para defesa do Rio Lena!...
Andamos assim tão distraídos ou tudo isto é folclore, só para ficar na fotografia e "enriquecer" o curriculum de alguns carreiristas políticos e sociais?!...
Mais informação sobre o MPRL - Movimento para a Recuperação do Rio Lena no sítio
http://mprl.no.sapo.pt
Não seria de se aproveitar esta iniciativa, em vez de se estar a regressar à estaca zero?

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