2011/05/30

Tempos de hoje. E de amanhã?


(clic para ampliar)

Tempos...
de mudança?

Que mudança?
Para melhor?!
P´ra pior já basta assim!...

-

"É o momento de não deixar cair José Sócrates," diz Soares


As opiniões discordantes também são muitas.
A minha opinião pessoal, já estou como Pedro Rolo Duarte - ele a justificar o voto no CDS - (que faz aos Sábados, na Antena um, em parceria com João Governe, o programa, de que eu sou um fã habitual, "Hotel Babilónia"), é a de que tenciono optar pelo voto no PS, na expectativa de que a experiência de Sócrates a lidar com estes problemas gravíssimos na área da Dívida Pública e as suas implacáveis repercussões na vida dos portugueses, para além de ter demonstrado à saciedade que tem fibra psicológica forte (absolutamente imprescindível para enfrentar a tormenta que se está a abater sobre Portugal e a Europa em geral), possa ser um trunfo que jogue decisivamente a nosso favor.

Penso que não temos tempo para andar com experiências!...
Ainda que possamos também argumentar que o tirocínio de um novo PM teria como patrono o FMI, o que poderia ser um aspecto a considerar!

@as-nunes
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2011/05/29

Simplesmente... Ámen?!

Este entardecer, deste Domingo, está muito sossegado. É certo que não tenho visto televisão nem ouvido rádio. De qualquer modo - contradições do momento -  tenho a sensação de que algo de grave paira no ar.


Que diabo de altura para andarmos a ver quem vai para o poleiro da Governação de Portugal! 
O que é que fará correr tantos galos, mesmo em tempo de vacas magras? Será o sentido do dever de cidadania para dar o seu contributo de modo a sermos capazes de ultrapassar esta malfadada crise em que o país está envolvido? 
Como todos nós, portugueses, gostaríamos de acreditar!...


À minha frente, em linha de vista, através duma janela da minha casa - computador à mão, livros (muitos para pouco tempo disponível), muitos papeis, muitas contas - uma vista encaixilhada na paisagem deslumbrante do vale do Lis e da Sra. do Monte, Leiria (Barreira/Cortes-Leiria): caixilhos da janela a recortarem a paisagem, uma roseira com algumas rosas brancas, os telhados das casas de alguns vizinhos, por cima, aquela bonita grevílea robusta, matizada com as suas flores douradas, a copa dum sobreiro, de vários castanheiros, para lá do rio, floresta de pinheiros e eucaliptos, tempo em bonança, não bole uma palhinha, céu em limbos, tarde a cair, silêncio entrecortado pelo cantar das aves.


Que silêncio!
Até fico desconfiado...


Bom Domingo a todos, queria desejar-vos muita Paz, harmonia na vida dos homens, em consonância com este momento de impressionante (contrastante?!) calma na Natureza!
Momentos, a vida é feita de momentos, como seria fabuloso se a vida só fosse feita de momentos como este!...
Bem sei que este é um momento raro, excepcional, que outros mais sérios estão a ser vividos, um pouco por todo o lado, com toda a certeza, cheios de ansiedade, de incertezas, de tramóias, de violência.
Porque é que o homem não consegue conciliar a sua existência com mais harmonia, mais solidariedade, menos ganância, menos vaidade?Porquê?
Dá vontade de dizer 
- que me interessa a política, que me interessam as intrigas mesquinhas que se tecem a toda a hora e instante, por esse país fora, por esse mundo devassado?


A História diz-nos que não somos capazes de ser diferentes. Que somos assim, tal como nos mostramos. Egoístas e em constante luta pela supremacia sobre os nossos semelhantes!...


É pena que tenhamos que dizer, conformados,
Ámen
@as-nunes


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2011/05/27

Portugal, minha terra

Flor da feijoa, uma arvoreta oriunda do Brasil, fruto delicioso...
Um melro, na rua, nas suas calmas...

Os portugueses preocupados
A vida a andar pra trás
Os políticos endoidados
Anda à solta Satanás?


Portugal, minha terra
Momentos de encantamento
Porquê tanta guerra
Tanta lamúria e tormento?


Só queremos viver!...
Com paz e dignidade
Olhar a Natureza e ver
Toda esta tranquilidade.

Será pedir muito?...


@as-nunes
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2011/05/25

Leiria: Villa Hortênsia






clic para ampliar e melhor apreciar o traço inigualável de Ernesto Korrodi

Mais uma relíquia da arte romântica do Arquitecto Ernesto Korrodi.
Esta "villa" fica situada na Av. Mouzinho de Albuquerque em Leiria. O seu projecto apresenta o traço romântico inigualável do mítico arquitecto, aquele que mais obras de arte arquitectónica legou a esta cidade.


Em sua honra foi implantado um medalhão de bronze no sopé do monte do Castelo, com frente para a cidade. Mesmo ali ao lado do miradouro com a estátua que se presume pretenda mostrar D. Afonso Henriques.
Este medalhão tem a seguinte inscrição:
Ao arquitecto Ernesto Korrodi - Saber e devoção ao estudo do Castelo de Leiria - Zurique 31.1.1870 - Leiria 3.2.1944.
Centenário 31.1.1970


@as-nunes
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2011/05/22

Hino de Leiria: Canção do Porvir



(clic para ampliar e ler a letra.) 
Hoje, 22 de Maio, Dia de Leiria
É sempre com incontida emoção que ouço esta belíssima canção de consagração da Histórica, sempre bela e romântica, cidade de Leiria. Que vai ser, estamos seguros, o principal foco de irradiação do desenvolvimento de toda a zona Centro-Oeste de Portugal. 

Acompanhei o Orfeão de Leiria, nos anos 70/80, em inúmeras actuações, nos mais variados sítios. Que emocionantes recordações retenho desses tempos! O maestro Guy Stoffel, que mais tarde também acompanhei no Ateneu Desportivo de Leiria, era um excepcional homem da música e humanista. Desses coros, mistos, fazia parte a minha mulher Zaida, a minha filha Inês e muitos e extraordinários e dedicados orfeonistas, dos quais terei de destacar o meu grande amigo, director e dinamizador da Associação, que foi, o Zé Neto, José Ferreira Neto. Morreu, ainda jovem, num brutal acidente de viação, na EN1, actual IC2.
Gravei dezenas de horas de interpretações do Orfeão. Ainda em formato Beta/VHS. Todas essas gravações   desapareceram, após um infeliz empréstimo das cassettes...
Quantas vezes não gravei a "Canção do Porvir", pelos vistos as gravações amadoras que existem são de qualidade deficiente, o que não é de espantar. De qualquer modo, há gravações em disco, disponíveis.
Mas não é a mesma coisa!...
Bem me lembro de algumas das figuras do orfeão (retidas na minha memória através da objectiva da máquina de filmar), na última fila, a "torre" que era o Zé Neto, atrás dos seus célebres óculos, super-graduados!
Quantas saudades, Zé Neto!... (valerá a pena seguir este link)
-
João Cabral, no vol III dos seus "Anais do Município de Leiria", ed. 1993, escrevia a pp 195, frisando que Leiria se reconhece como meio artístico de forte relevância em todos os campos da arte.
E acrescentava:
Um dos momentos mais altos do Orfeão de Leiria e da Orquestra foi a viagem a Viseu em 26.6.1935, em cujo Teatro se apresentaram sob a regência de F. Cabral e que foi um êxito extraordinário.
-
Não há que admirar estar a dar a devida relevância a esta passagem dum dos trabalhos de maior envergadura e de pioneirismo na investigação e registo histórico dos factos, instituições e personalidades mais significativas  de Leiria.
Nasci em Viseu em 1947. 
Vim para Leiria em 1966. Cá fiquei...talvez para sempre!...

2011/05/21

Portugal a preto e branco

Não fora a serenidade e concentração do Ivo...

Portugal não vive apenas uma única crise. Estamos a viver uma sucessão de crises: económica, financeira, orçamental, social, política...
E temos ainda uma tremenda crise cultural que se define claramente pela incapacidade dos sucessivos governos em conseguirem definir um novo modelo de desenvolvimento e crescimento.
...
O capitalismo pode sobreviver?


(...)


Introdução

Portugal
E agora?
Que fazer?
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2011/05/20

Leiria em preparativos para o seu dia

No Largo 5 de Outubro de 1910, o de maior área e mais simbólico de Leiria. 
A preparar-se para os festejos de evocação histórica. 
De 21 de Maio a 1 de Junho, a cidade de Leiria vai recrear o ambiente histórico da Corte d´El Rei D. João III, no ano de 1545, altura em que se criou a diocese e Leiria foi elevada a cidade.


(ver aqui, mais pormenores acerca deste facto histórico)

A propósito. Ali mesmo ao lado (sobre a esquerda da foto) está patente uma exposição de caricaturas no edifício "Ernesto Korrodi" do antigo Banco de Portugal, agora em segundo plano, face à barraca que se vê na fotografia.


Ainda o Largo 5 de Outubro de 1910, todo enfeitado (?!) com pendões a anunciar o 29º Festival "Música em Leiria" (25´Quarta`21h30 - Teatro José Lúcio da Silva), organização do Orfeão de Leiria Conservatório de Artes.
Esta catalpa, toda engalanada, na rotunda do estádio, a dar um ar da sua graça, como que a convidar os visitantes a chegarem-se mais ao Centro Histórico de Leiria.
Amanhã e Domingo são dias para comemorar. 
22 de Maio é oficialmente o "Dia do Município" de Leiria.
@as-nunes
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2011/05/17

Luta pela sobrevivência

(1)

(2)

(4)


(4)
Vou ser breve, que estou a registar esta entrada no blogue e a pensar em como a vida tem momentos em que nos põe a pensar no grande mistério que ela própria encerra...


Há dias deixei aqui a certidão de registo de nascimento duma ninhada de gatos. Filhos da "Riscas". Nasceram quatro. Já só estão vivos dois.


1 - A "Riscas" decidiu, numa noite, que era altura de mudar de casa com os seus filhotes. Instalou-se, subrepticiamente, num recanto do jardim, no meio duns cactos, à sombra. Era num daqueles dias de muito Sol e algum calor; 
(sem sabermos bem porquê, dois dias depois, mudou de sítio, foi para o fundo do jardim, noutro recanto escondido);


2 - No dia seguinte voltou a fazê-lo, instalou-se num canteiro, tentando dissimular-se no meio duns arbustos, atrás dos restos duma pá, que estava por ali a resguardar a saída de água;


3 - Começou a chover e ela voltou a mudar de sítio. Foi para uma arrecadação onde temos as botijas de gás. Colocou os seus filhotes num cantinho, por trás duma dessas botijas. Ficaram abrigados da chuva e estariam resguardados, pensávamos nós. A "Riscas" continuava muito independente e fazia tudo para nos despistar. Continua muito fugidia.


4 - Qual não foi o nosso espanto, quando, hoje, ao sairmos da cozinha para irmos ao exterior, nas traseiras da casa, deparámos com dois gatinhos, em cima do tapete da entrada. A "Riscas" também lá estava. Quando abrimos a porta, ela afastou-se, mas ficou por ali a observar.
Tinha acabado de cair um aguaceiro tremendo, nesta zona, com relâmpagos, trovoada, chuva e vento intensos.


Acabámos por arranjar uma cama de emergência para os gatitos sobreviventes da ninhada. É que andávamos a tentar conciliar a independência da gata com o nosso interesse em colaborar com a Natureza.


Ficámos comovidos com o facto de a gata, apesar de todo o seu feitio estranho, ter discernido que estaria em segurança se nos pedisse ajuda.


Assim estamos a fazer. A ver vamos o que nos reserva o dia de amanhã...


-
Entretanto, também estamos preocupadíssimos com a nossa neta Mafalda. Apareceu a queixar-se de uns inchaços nos pés, já foi ao médico de serviço no Centro de Saúde da nossa zona, também já foi vista por uma médica da família. Temos estado em contacto com a nossa filha, ela também sem saber bem o que fazer. Os médicos parece que não conseguem decidir da origem daquele inchaço.
Antibiótico para começar?!...
É que, entretanto, parece que, recentemente, houve um outro caso muito semelhante (que durou 8 dias, mas já está quase boa) com uma pessoa das relações muito directas da Mafalda.


Estamos preocupados...
Mas temos esperança que amanhã seja um dia mais ameno e animoso!...
@as-nunes
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2011/05/15

Pombal num Sábado estival


Hoje tirei toda a manhã para acompanhar o meu neto ( a irmã também quis ir, para confraternizar...) e a equipa de Futebol da União Desportiva de Leiria, da classe dos rapazes que estão a passar para os treze anos. 
Aliás, o Guilherme e a sua mãe,  juntaram familiares e amigos, da parte da tarde, em sua casa, para apagar as 13 velas da praxe. Claro, não podia faltar um bolo com um campo de futebol e a equipa do FCP, oferta da avó Zaida!
Força Guilherme, a vida é uma luta permanente, temos que a enfrentar com determinação. Como tu és capaz, bem se vê!


Fomos a Pombal.
Há muito tempo que não ia para aquelas bandas, agora que o IC2 deixou de ser uma via que eu utilizei, durante décadas, diariamente.
Lá está a silhueta do Castelo de Pombal, cegonhas empoleiradas num dos sítios mais altos da cidade, fartei-me de lhes tirar fotografias, consegui observar as movimentações dos progenitores e dos filhotes, impávidos ao movimento da cidade e ao jogo que colocou em confronto futebolístico as equipas da União de Leiria e do Paulo Roma (Paulo?, acho que sim...).
Os rapazes da UDL lá ganharam 7 contra 3 golos dos das camisolas laranja.


Segundo julgo perceber andam a fazer uns jogos para apurar a classificação de várias equipas para um Torneio, já a cheirar a final de época.
Na foto, o 31 da UDL, o Guilherme ( tem andado hesitante, se Guilherme se Moura, para nome "artístico") numa jogada de médio-ala pela esquerda. Parece que tem jeito, o rapaz.
Até me ouvi a gritar para o campo, como se fosse treinador:
- vai, vai...chuta agora!
E então não é que até deu uma jogada de golo de belo efeito, para abrir o activo?


Estava cá uma brasa, o tempo, apesar de estarmos ali mesmo à beirinha do rio! 
Que até leva boa água, por sinal!...


@as-nunes
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2011/05/13

Acácio de Paiva: Evocação em Alcanena


A casa (a de azulejos, "pharmácia Paiva") onde nasceu Acácio de Paiva, ainda na posse da família Paiva. Largo da Sé,Leiria, nestes dias...


     ....................................NoNo lado direito, acima, (fragmento duma fotografia que me foi gentilmente cedida pelo seu bisneto Luís Maria de Sampaio e Paiva Camilo Alves)
-
No último encontro de Poesia e Cultura do Grupo da Biblioteca Municipal de Alcanena, evocou-se o Insigne Poeta Leiriense, Acácio de Paiva.

A organização, a cargo dos serviços da Biblioteca, elaborou e publicou a brochura, cuja capa e contra-capa se podem observar acima e ao lado. Claro que sendo a Zaida sobrinha-neta de Acácio de Paiva e eu próprio um entusiasta pela vida e obra deste ilustre filho de Leiria, acabámos por fazer as honras da sessão. 
O que muito nos envaideceu, naturalmente. 
E quem melhor que a Zaida Paiva Nunes para dizer os poemas mais representativos do estilo humorista e extremamente humanista de Acácio de Paiva? Foi uma sessão muito interessante e que proporcionou que alguns dos presentes ficassem a conhecer melhor a personalidade poética e literária de Acácio de Paiva e a sua extraordinária emoção com que escreveu dos melhores sonetos e outros estilos poéticos a enaltecer Leiria, cidade e arredores, os seus rios Lis e Lena, o seu Castelo, a Sra. da Encarnação, as Olhalvas, as Cortes, quanta ternura ele devotou a Leiria, em vida, e que perdurará para sempre através dos seus versos lançados ao vento, aos milhares, publicados por dezenas e dezenas de jornais, revistas, participações em livros de vários autores, colectâneas, em peças teatrais, etc.
Um Crésus Perdulário, como diria o Dr. Américo Cortez Pinto no seu livro com este título, editado em 1968.

O único livro que publicou tem o título "Fábulas e Historietas", edição de 1929. Algumas destas fábulas e historietas foram publicadas no livro de Leituras (II Tomo) para o Ensino Técnico, conforme se pode ver na sua edição de 1949 (que me veio parar às mãos através dos meus pais, imagine-se...).
Muito mais me apetecia escrever sobre Acácio de Paiva...(*)
Já se está a trabalhar no sentido de lhe prestar mais uma justa homenagem, este ano, em Leiria. 
-
Pode-se ler um poema a Leiria, "Cidade Flor", da sua autoria, no blogue "dentro de ti ó Leiria", seguindo este link.
(*) Ler mais aqui


@as-nunes
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Recantos de Leiria em revista





1- Depois de passar por debaixo do arco da Torre Sineira da Sé de Leiria, ia eu a caminho da esquadra da PSP, para lá deixar uma reclamação contra o facto de, durante esta madrugada, um grupo de vândalos, ter andado a partir vidros das janelas, à pedrada, no Largo da Sé e área circundante. Ficou feito o registo para a estatística, que para actuação criminal nem vale a pena. Diz que não é possível averiguar das impressões digitais numa pedra que entrou pela janela e se quedou no interior dum quarto num 1º andar.
2- No regresso, aproveitei o facto de estar lá no alto, perto do Castelo de Leiria, para observar a cidade. Aqui temos uma perspectiva do Adro da Sé, por entre uma Tília e um Jacarandá em flor.
3- Uma chaminé típica com a data de 1895 nela gravada. Nas rua D. Afonso Henriques. Observam-se muitas chaminés datadas, por estas bandas. Presumo que signifiquem a data da construção da casa.
4- Abacates, fruto do Abacateiro que se destaca lá no alto, no jardim do edifício do comando da PSP, que já foi o Paço Episcopal.
5- Em frente da esquadra da PSP, esta belíssima e corpulenta Tília tomentosa.
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2011/05/10

Leiria e Jardim Luís de Camões: Finalmente!

Jardim Luís de Camões, em Leiria, há uns dias atrás. E no princípio do ano, aqui.
Para além do célebre painel azul de que tenho vindo a dar nota, há já longos anos, também é de notar a presença de um outro painel de propaganda política. Inadmissível!
Deixo aqui esta sequência fotográfica só para que fique registado uma mudança com muito significado para o Centro Histórico de Leiria.


Na primeira foto ainda se vê o Painel de dimensões desproporcionadas, que, durante anos e anos esteve a entaipar o Jardim Luís de Camões em Leiria. Um jardim dos mais simbólicos desta cidade encantada mas que tarda a mostrar a sua cara, limpa, desempoeirada, digna de ser visitada!...


Na segunda foto, já lá não se vê o dito painel azul, desenquadrado esteticamente, no centro histórico da cidade de Leiria.
Como é que foi possível mantê-lo tanto tempo naquele sítio?


Inacreditável!...


Só mais um apontamento em jeito de lamento e de requerimento.
Não será possível aumentar o ritmo das obras nas ruas da cidade?
É que andamos nisto há tanto tempo que até já lhe perdi a conta. 
E como o Centro Histórico de Leiria tem sido submetido a tamanha tortura, que quase lhe está a cortar cerce todo o seu comércio, a sua alma, digamos assim!...


Há trabalhos de requalificação que têm de ser feitos. Mas não se podia programar a sua execução de forma a não transformar a cidade num estaleiro permanente?!
@as-nunes 
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2011/05/08

Assembleia Constituinte da Associação de Amizade e Apoio à Língua Portuguesa no Mundo



Engº Domingos Simões Pereira - Secretário Executivo da CPLP
Um dos membros da Mesa de Honra com que se iniciou a Assembleia - Tertúlia
Os três vectores fundamentais na base da CPLP: a concertação político-diplomática, a cooperação e a promoção da Língua Portuguesa.

Foi aprovada por unanimidade e aclamação a Associação de Amizade e Apoio à Língua Portuguesa no Mundo.


Eram cerca das 23 horas e 45 minutos de 6 de Maio de 2011, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu.


O Dr. Fernando Paula Baptista acabava de fazer o pronunciamento de tal deliberação. Uma delegação de Leiria (Soares Duarte, Zaida Nunes e António Nunes) estiveram presentes e fazem parte dos sócios constituintes desta novel e promissora Associação.
Façamos votos para que os seus objectivos possam ser alcançados, de facto.
O apoio da CPLP (conforme se pode ver na segunda foto), do Instituto de Camões, de todos os Institutos e Universidades de Viseu, da Câmara Municipal de Viseu, Governo Civil de Viseu e outras entidades, manifestou-se inequivocamente, no decorrer da sessão.

ENQUANTO HOUVER UM POETA DE LÍNGUA PORTUGUESA À SUPERFÍCIE DA TERRA E À LUZ DO SOL, JAMAIS FACA DE MORTE ALGUMA CONSEGUIRÁ CORTAR A ENERGIA FOTO-VOLTAICA QUE REVOLVE, DESDE A FUNDURA DOS ÉTIMOS, A «ALMA DAS PALAVRAS» E AS ENTRANHAS SUBLIMINAIS DA NOSSA MADRE LÍNGUA, OU MATAR A «COITA DE AMOR MORTAL» QUE ALIMENTA E PERPETUA ESSA LOUCA, INCANDESCENTE E PROMETEICA PAIXÃO DE FOGO CRIADOR!...



Foi com este entusiasmo contagiante e fé inabalável em que é possível a Defesa e Promoção «desta nossa doce língua» que Paulo Baptista, o grande promotor da iniciativa da criação duma Associação que, partindo de Terras de Viriato, há-de vir a constituir-se num movimento imparável de dimensões Planetárias, finalizou a sua explícita e entusiasmante comunicação à Assembleia!...
-
De notar - porque deve ter passado despercebido a muita gente -  que o dia 5 de Maio foi instituído como o "Dia da Língua e da Cultura" no espaço da CPLP.

ps.:
Mais material alusivo a este evento marcante será publicado neste blogue, em próximas entradas.

@as-nunes 

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2011/05/05

Cerejas dos Lourais

Estava distraído a observar a "Riscas", atenta aos nossos movimentos, naquele recanto do jardim onde tem os seus filhotes.

Olhei na direcção da Cerejeira, há já uns dias, talvez uma semana, que não a mirava. Apresentou-se com os seus frutos, já a encherem-se de cor, ruborizados talvez pela minha surpresa.
Já?!...


Em Fevereiro, talvez, fui apreciar uma exposição de desenhos de Carmo Pólvora, nas antigas instalações do Banco de Portugal, em Leiria. Fiquei a saber que esta ilustre Leiriense tem desenhos seus a ilustrar o livro de Poesia "Cerejas - Poemas de Amor - de autores portugueses contemporâneos", Ed. Tágide e da Câmara Municipal do Fundão, 2004.
-


A cereja


A cereja começou por uma flor
branca e singela
.... (talvez tenha começado um mês antes,
.... num dia em que o cerdeiro surpreendeu
.... na sua própria carne mil ânsias e tremores
.... de renascer...
...................... Isto foi
.... na primavera, antes de o sol ser rei.)
...


Fez-se maior: um fruto claro,
pequeno planeta límpido e sereno.
Rosado
e logo após rubro, da sede de entregar-se,
piscou o olho aos estorninhos,
aos tentilhões.
...


Está só. Encarquilhada, unútil,
recusada de melros e pardais,
a cereja lentamente se enrola sobre si
e morre.


assim poetiza A.M. Pires Cabral
a contar a vida possível duma cereja, daquelas mais difíceis de colher, escondidas dos olhares, provavelmente.
-
http://dispersamente.blogspot.com/search/label/cerejeiras (pode-se acompanhar a saga duma cerejeira desde o princípio deste ano).
@as-nunes 
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