2006/05/08

JÁ NÃO FUI A TEMPO

A foto possível...tinha acabado a sessão de fogo de artifício! Vislumbram-se umas luzes, nada mais. A luz mais radiante é a da iluminação da Igreja Paroquial das Cortes. As restantes estão postadas ao longo de toda a encosta da Sra. do Monte, que é uma das zonas bonitas e airosas aqui deste sítio, com o Rio Lis a correr de permeio, a sugerir as inspirações que proporcionou a poetas conhecidos como Afonso Lopes Vieira, Acácio de Paiva, Francico Rodrigues Lobo, José Marques da Cruz e tantos outros. De notar que é também nas Cortes que estão instaladas a Casa-Museu João Soares e a Fundação Mário Soares.
Como estava a comentar a uma das minhas visitas habituais, 3za, ainda fui tentar tirar umas fotos ao fogo de artifício que os festeiros da Festa de Nª Sra. da Gaiola, aqui mesmo em frente, nas Cortes (Leiria) estavam a lançar, para fim de festa. Quanto a foguetório tenho que o dizer, este ano foram muito escrupulosos, ao minuto, no cumprimento dos horários para lançar os morteiros da praxe e o fogo de artifício. Nos dois dias de festejos nunca começaram antes das nove horas da manhã nem acabaram depois da meia-noite. Exemplares!
Festa é festa, mas há que respeitar as horas de sossego para que as pessoas possam descansar...
Pode ser que para o ano ainda aqui andemos e haja ocasião de voltar a falar do assunto, com outras cambiantes, por certo.
De qualquer modo, muito haveria a contar acerca das Cortes e da sua história, riquíssima.
Um dia destes voltarei ao tema.
Boa noite.
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2006/05/07

A LILI e o RAPAZITO

(Quando dei por ela estavam estes dois a ronronarem à compita no sofá do meu escritório caseiro, enquanto me empenhava a enviar mais uma declaração do IRS via internet: 23h20 - Domingo - estavam 2.458 utilizadores das "Declarações Electrónicas" do site da DGCI-Direcção Geral dos Impostos, on-line. Nada mau em termos de potencial receita fiscal em perspectiva!...).
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asn
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MINHA MÃE


Olá Mãe
Bem sabes que já sou avô
Mas tenho-te a Ti
Mãe
Lembras-te desta fotografia?
Hoje tens mais 60 anos
Saúdo-te, Mãe
Viverás para sempre
no meu espírito
Mãe
Sempre

O teu Tónio

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asn

2006/05/06

A questão das Maternidades

(Colaboração graciosa de F´Santos - arquitecto e cartoonista)

Há que decidir na devida conformidade...O país real tem que ser olhado com olhos de ver!

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asn

As contas da Vida...

A cabeça cheia de números, contas, declarações fiscais, reclamações, injustiças...
A Natureza a chamar-nos para a VIDA...
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RADIOAMADOR ANOS 90 - Valeu a pena!






Verso do cartão de QSL de WT9Y, radioamadora Norte-Americana. Como já tive ocasião de refeir, este tipo de cartão, tem a finalidade de comprovar por escrito o contacto que os radioamadores fazem entre si, via éter. De notar que estes cartões eram muito usados até ao advento da Internet, se bem que ainda se usem na actualidade. Agora, em quantidades reduzidíssimas, com é óbvio. No entanto, o romantismo ainda não acabou, apesar da evolução assustadora dos meios de comunicação desta era digital e diabólica que vivemos.
Dados fundamentais dum cartão de QSL:
Indicativos dos radioamadores, o que enviava e o que recebia, frequência utilizada, sinal de recepção, modalidade de transmissão, algumas vezes o tempo que fazia (WX), etc. e notas diversas de saudação. Tudo isto em Inglês, normamente. Quantos de nós não ficámos a falar razoavelmente o Inglês à conta dos muitos QSO que fazíamos!
Neste QSO (contacto via rádio) eu usei o indicativo especial CS5C, já que o meu indicativo oficial era/é CT1CIR. A autoridade das comunicações, actualmente a ANACOM, dáva-nos auorizações, caso a caso, para usar estes indicaivos. Normalmente, em casos de concursos internacionais ou por eventos especiais, incluindo expedições a ilhas, algumas que não eram mais que ilhotas perdidas algures num dos oceanos deste planeta.
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asn

VALE A PENA?

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Fernando Pessoa

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Será que vale mesmo a pena?
Manter um blogue, como este,
Mais um no meio de milhões...
No emaranhado incomensurável da informação,
Que circula à velocidade da luz,
Mais um ponto,
Imperceptível,
Na imensidade das vagas binárias,
Em que tudo se resume a infinitas combinações
De sinais de polos opostos...
Opostos e contraditórios?
Quantas vezes!...
Talvez!...
... Vale a pena?
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asn

2006/05/05

DE QUEM É A RESPONSABILIDADE?

Mogos: Uma Hist�ria de Responsabilidades#links

Se seguir o link acima pode ler o texto no original.
Muito interessante...

"Uma História de Responsabilidades
Era uma vez um grupo de pessoas que se chamavam:Ninguém; Alguém; Qualquer um; Cada um e Toda a gente.
Havia uma tarefa muito importante a realizar e...
Toda a gente tinha a certeza que Alguém a faria,
Qualquer um poderia fazê-la,
Mas Ninguém tomou conta dela.
Alguém ficou furioso, porque se tratava de uma tarefa que cabia a Toda a gente.
Cada um pensou que Qualquer um poderia fazê-la,
Mas Ninguém pensou que Toda a gente se esqueceria de a fazer.
O resultado é que Cada um acusou Alguém,
Dado que Ninguém fez o que Qualquer um poderia ter feito.
Autor:Ninguém"

Haja respeito pela nossa Memória colectiva

(Largo de Infantaria 7, em Leiria, hoje de manhã.)
Este Largo, em Leiria, sofreu grandes alterações, no âmbito das obras do Polis. Pode-se dizer que estas obras parece que estão a resultar num melhor enquadramento da zona urbana de Leiria na paisagem que lhe foi destinada pelo Rio Lis.

Só é pena é que ainda haja quem não tenha qualquer prurido em utilizar o património público para conspurcar o ambiente da forma como se mostra na fotografia 2.
Hoje, de manhãzinha...
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asn

2006/05/04

APEL - Editores e Livreiros


Dei por terminado o serão de hoje, está quase a bater a 1 hora da madrugada. Deixei o site das "declarações electrónicas" da DGCI, ainda estavam registados cerca de 600 utilizadores. A esta hora serão, pela certa, mais de 95% de TOC a trabalhar, a enviar as declarações mod. 3 do IRS, as Declarações periódicas do IVA, (todos os meses uns e trimestralmente, as empresas com movimento diminuto), alguns colegas a enviarem já as declarações anuais de rendimentos das empresas, as mod. 22.
Nestas alturas, a rádio, normalmente a Antena 1, é a minha companhia praticamente insubstituível. Estou a ouvir uma entrevista a Baptista Lopes, Presidente da Assocciação Portuguesa de Editores e Livreiros. Fiquei a saber que se editam demasiados livros para a capacidade de escoamento do nosso mercado de leitores. Que não há nenhuma possibilidade material de uma livraria poder dispor de todos os livros editados, mesmo que se tratasse simplesmente só dos mais recentes.
Ter o hábito de ler ou não ler livros, eis a questão.
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asn

2006/05/03

"Para que percorres inutilmente o céu inteiro à procura da tua estrela? Põe-na lá"
Vergílio Ferreira

CEM - Sem grandes comentários

Cheguei ao "post" 100.
Não tenho um Balanço com resultados extraordinários a apresentar, ao fim destes 4 meses em que tenho vindo praticamente todos os dias a este mundo extraordiário dos blogues e dos bloguistas, blogueiros ou bloggers. (Temos que decidir se vale a pena utilizar algum neologismo que se coadune com a Língua Portuguesa...).
Muito sinceramente, este mundo dos Blogues é muito próprio, existem muitas rodinhas a rodar à volta de rodas maiores, algumas dentadas. Felizmente, quantas vezes por mero acaso, encontram-se algumas pessoas muito simpáticas, pressente-se que verdadeiras até.
Gostaria de estar com tempo disponível para elaborar um Relatório do que tem sido esta experiência para mim e, também, para outras pessoas, nomeadamente as que comigo privam de mais perto.
Provavelmente irei fazê-lo, mas hoje não. A minha actividade profissional é muito absorvente, muito complicada, sinto-me extremamente descompensado e cansado desta vida (As empresas também não estão nas melhores condições, ainda que haja por aí, muita gente que não consegue perceber, na sua plenitude, qual a forma mais correcta de gerir uma empresa. Esquecem-se com demasiada ligeireza da necessidade básica que é conseguir motivar as pessoas que lhes proporcionam um factor de produção indispensável: o trabalho consciente e com todo o nosso talento à disposição).
E estamos em tempo de dar os últimos retoques nas contas do ano de 2005. E o Fisco à espera que as moedinhas caiam...tenho a impressão que vão sofrer uma desilusão!...Andam a mandar-nos recadinhos que as empresas têm que apresentar lucros, caso contrário...e mostram-nos o papão duma fiscalização! Mas que mau feitio!...
Simultaneamente, as condições em que nós, TOC, desenvolvemos a nossa actividade, estão a ficar cada dia que passa mais e mais difíciceis, temos permanentemente, várias frentes em que nos empenhar, técnica contabilística, gestão em geral, legislação fiscal (uma teia quase indecifrável mesmo para nós), legislação comercial, pressão insuportável do Fisco, "polícias" em que não se conhece quem é o chefe da esquadra, uf!...
Bem, vou-me pôr a andar. Tenho que ir à reunião das quartas-feiras... para saber das últimas congeminações para baralhar este jogo incrível em que todos participamos, uns ganham, outros perdem, outros nem sabem a quantas andam...Um mundo incrível!..
...
(continuará...com outro estado de espírito, espero!...)

...
Afinal não houve a supra-dita reunião. É para a semana próxima.

Assim, ainda tive tempo de tirar esta foto a umas rosas brancas. Paz, preciso de paz, tenho-me sentido em guerra com o que nos tem vindo a acontecer nestes últims tempos, cá no nosso Portugal. Revoltadíssimo com a falta de coragem e idoneidade que os políticos que têm governado o país, digamos que, pelo menos nos últimos 25 anos, denotaram, tendo em conta que todas ou quase todas as medidas gravosas que estão a ser tomadas e que me apanharam algo de surpresa, pela sua brutalidade face às minhas expectativas e as de muitos outros portugueses (quantas ilusões!...), podiam ter sido aplicadas gradualmente dando-nos tempo a reorientar essas mesmas expectativas. Não é nada fácil tolerar sem revolta o que nos está a acontecer, particularmente à mnha geração, a já chamada "geração sandwich":

Nascemos no imdiatamete pós-II Guerra Mundial, crescemos às sopas do "Plano Marshall" dos Americanos, combatemos ingloriamete em defesa do então chamado "Ultramar", vivemos, no auge da nossa juventude, todas as vicissitudes do pós 25 de Abril (Nacionalizações, desemprego, PREC, (des)governos uns após outros, o desbaratar dos milhões da Europa que nos mantiveram durante uma década ou pouco mais na ilusão duma prosperidade redentora) e agora que estamos a entrar nos sessenta e tal, depois de termos contribuído para a Segurança Social durante 40 e mais anos, feitas as contas conclui-se que o dinheiro do Estado Social só chega para alguns?

Estado Social e Solidário? Tretas!

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asn

Boa notícia para os Contabilistas e Empresários


Nº 63 (Suplemento) I-A de 29/3/2006

Ministério das Finanças e da Administração Pública e da Justiça
DL nº 76-A/2006:

Boa notícia: "...Logo, os livros de inventário, balanço, diário, razão e copiador, deixam de ser obrigatórios, apenas se mantendo os livros de actas. Consequentemente, eliminam-se a obrigatoriedade de legalização dos livros, incluindo os livros de actas. Estima-se que, por esta via, deixem de ser obrigatórios centenas de milhares de actos por ano nas conservatórias, que oneravam as empresas."
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Mesmo assim, ainda subsistiu a obrigatoriedade (completamente anacrónica para as pequenas e médias empresas - as que não têm acções cotadas na bolsa e muitas das ditas médias empresas (?!)) - de fazerem o depósito nas conservatórias do registo comercial dos documentos de prestação de contas.
Qual a utilidade efectiva para o país da manutenção deste depósito/registo obrigatório? É que essa informação reporta-se, na grande maioria dos casos, a pequenas empresas familiares e/ou de irrelevante dimensão. Por outro lado, o que, de facto, interessa para o relacionamento comercial e financeiro deste tipo de empresas com terceiros é o conhecimento da personalidade e carácter das pessoas responsáveis pela sua gestão.
Demais, a Administração Central do Estado já dispõe de outros canais para obtenção da informação de que necessita.
Para quando, a exigência duma única declaração anual, através da qual se satisfizessem as necessidades de informação dos vários destinatários, evitando-se, assim, enormes perdas de tempo em burocracias perfeitamente evitáveis?
Uma boa oportunidade perdida, incompreensivelmente, do meu ponto de vista!
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asn

2006/05/02







Ontem foi o Dia do Trabalho(ador)

Hoje, F´Santos diz-nos de sua justiça, sobre assuntos de relevância Capital.

2006/05/01

Barcarena - Oeiras - Rádio e Escuteiros


Notícias da AMRAD e do CNE 1278 de Barcarena

"...A educação é pois factor decisivo para a formação das crianças e jovens. Sem fundamentalismos, esta é a luta que se deverá prosseguir, até que todos os organismos da administração local, designadamente da autarquia de Oeiras, compreendam que só assim se promove o desenvolvimento endógeno, aquele que o concelho de Oeiras tanto necessita para o bem-estar de todos, e não apenas de alguns, novos ou velhos moradores.
Na imagem três vistas parciais do acampamento, a extensão, a organização e a disciplina.

Uma nota final:
De referir e elevar, o trabalho social que quer a AMRAD quer o 1278 da CNE desenvolvem pela freguesia de Barcarena, naquilo que concerne ao apoio, inserção e protecção das crianças menos favorecidas. 01-05-2006 00:18 "
(por e-mail)
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asn

1 de Maio de 1974

(clic em cima, vê-se muito mais fácil e pormenorizadamente)
No Marquês, em Lisboa, 1 de Maio de 1974.
Este vosso amigo estava lá e tirou estas fotografias.
Tinha eu 27 anos de idade, a febre da Revolução dos cravos ao rubro.
Em cada trabalhador um Revolucionário!
Íamos mudar o Mundo!...
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asn

Lógico!



O F´Santos, o amigo que nos tem disponibilizado uns bem-humorados e sensíveis cartoons, conforme já devem ter observado em notas (posts) anteriores, divulga este aqui mesmo ao lado, no seu sítio na internet...

(Os seus cartoons continuam a chegar... obrigado, António)

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asn

Sons, emoções e memórias vindas da Covilhã

Nota prévia do editor:
Abri o meu e-mail primário, as@nunes.com.pt .
Qual não é o meu espanto quando deparo com um texto que a minha querida irmã, Lourdes, me enviou para, se assim o entendesse, utilizar no contexto deste meu blog, disperso e com as portas abertas de par em par, a todas as colaborações que me queiram fazer a gentileza de enviar. Claro que vai ser publicado já de seguida, até porque eu sei que a Lourdes, apesar de dominar a ferramenta da internet e da informática na óptica do utilizador, não tem grande vocação para se meter nestas aventuras de editar blogues, sites e outras formas que tais. Aliás, para isso é que existem os editores. Para isso é que cá estamos nós, os editores da Internet, neste caso particular os bloguistas ou blogueiros ou "bloggers" (Tenho que pedir a opinião abalisada da minha outra irmã, a Belita, como nós a tratamos carinhosamente, que até é docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - tenho a impressão que até já se doutorou recentemente ou que tal estará para acontecer nos próximos, muito próximos, tempos).
Pretensão a minha; Editor.
Perdoai-me, Senhor, que não saberei o que estou a dizer!...

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Casal de Ribafeita e as minhas memórias...

A disciplina de Expressão Musical constituía um módulo do curso de Animação Sociocultural que concluí na Escola Superior de Educação Jean Piaget de Viseu, em 2003/05. Numa das primeiras aulas deste módulo, o professor pediu-nos que representássemos através de uma composição gráfica uma ideia que transmitisse a nossa relação, passada ou presente, com a música.
Esta proposta trouxe-me imediatamente à memória os sons da minha infância: a minha mãe a cantar, o meu pai que assobiava enquanto se entretinha em qualquer arranjo da casa, os pregões dos vendedores de castanhas e dos gelados, a música dos saltimbancos que de vez em quando encontrava a caminho da minha escola primária, as cantigas de roda (giroflé, giroflá...), os ensaios do coro da catequese ao som de um órgão secular na Sé de Viseu, os cânticos religiosos em latim, na Sé, que desde sempre me fascinaram. Os verões da minha meninice passados em casa da minha avó paterna, em Casal de Ribafeita, aldeia dos meus pais, eram igualmente cheios de sons e de música. Os sons ligados ao trabalho rural, os amanhos da terra, as colheitas, as debulhas e seus cantares, o som dos manguais, do chiar dos carros de bois, da água a correr nos riachos, do chilrear das aves, do cuco, ao qual perguntávamos em cantilena: "cuco da ramaleira, quantos anos vou ficar solteira?". Depois, na festa anual, 1º Domingo de Agosto, a banda da aldeia com pompa e circunstância, os bailes, ainda em roda e ao som de uma gaita de beiços, enfim sons mágicos que povoaram a minha imaginação de criança, e que naquele momento revivi, fragmentos misturados aos fragmentos das minhas histórias de vida.
Anos felizes, anos dourados, os da minha infância, protegida e acarinhada por pais maravilhosos (Daniel e Encarnação) que ainda hoje tenho a felicidade de ver com saúde e cheios de energia nos seus oitenta e dois anos.
lourdesantos Covilhã, Abril de 2006
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Obrigado Lourdes, pelas recordações, longínquoas é certo, mas tão belas e doces que até as lágrimas me chegam aos olhos!...
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asn

2006/04/30

Jovem laranjeira em flor



Um espectáculo de cor, cheirinho inebriante e movimento incessante das abelhas de volta do néctar das flores!

Há que acentuar um pormenor fantástico. Esta foto foi conseguida por um fotógrafo de palmo e meio - ainda não completou 8 anos - que tirou hoje precisamente, as suas primeiras fotografias e que tinha (não sei se ainda ficou a ter) medo das abelhas! Entusiasmou-se de tal maneira que acabou por tirar mais umas quantas, quase todas de boa qualidade e sob perspectivas escolhidas com critério! Quem diria!
Vou passar a identificá-lo por repórter G
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asn

LOGOTIPO - Ensaio 1.n


1ª Hipótese:
DISPERSAMENTE. Temas e Debates dispersos, ao sabor do tempo e das modas, que nos vão influenciando a todo o momento que passa.
O Homem, esse desconhecido, em luta constante contra a total ignorância das suas origens e da finalidade suprema da vida.
O transcendente como forma de explicar o incompreensível à mente humana. Deus, o que é Deus? Que Deus é o Deus dos homens?
O que leva o Homem a ter medo do pós-morte. Será que o Homem, ser integrante do Universo morre, passa a ser nada? O Nada existe? Se o nada, o pó, passa a ser o destino final do Homem, como se explica a sua existência como criatura pensante, dotada duma inteligência infinita (ainda inexplorada é certo...)?
Entretanto, vamos vivendo o dia a dia, congeminando estratégias de vida para o futuro, que sabemos ser de curto prazo em contraposição com o tempo do Infinito. Há Tempo no Infinito. O que é a Eternidade?
Deus é a Natureza? E a Natureza, como se criaram as condições para a existência dos seres, a partir do mais ínfimo dos elementos, os iões, átomos, moléculas?
Entretanto, vamo-nos preocupando com os nossos problemas do dia a dia, da nossa própria vida, da vida na nossa rua, no nosso bairro, nas nossas comunidades em geral.
Valha-nos Deus! Quem nos diz quem é o Deus verdadeiro? Vamos aceitar cegamente os Dogmas das Religiões?...

(Continuará...)

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asn

2006/04/29

O cartão dos Radioamadores de todo o Mundo

(Clic em cima da imagem para apreciar os pormenores do cartão. Uma raridade. O radioamador da fotografia nasceu em 1918! Confirma ele que estabeleceu contacto comigo, via rádio, em fonia, na banda dos 20 metros, em 14,245 Mhz, em 21/6/1992.)
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O cartão de QSL dos radioamadores. Está um tanto em desuso mas ainda o utilizamos, uns mais que outros, dado que nos ficou como uma regra de cavalheirismo entre radioamadores confirmar por escrito, o contacto que havíamos feito via rádio. Dizíamos na língua inglesa, logicamente a que mais utilizamos em contactos de longa distância, o DX, que "The final courtesy of a QSO is the QSL". QSO são as abreviaturas utilizadas nos nossos "comunicados" quando nos referíamos ao contacto rádio em si, toda a sequência de troca de mensagens entre duas estações amadoras de rádio.
O cartão acima é de um radioamador Sueco, por sinal com um curriculum invejável. Só duvido é que ainda pertença ao mundo dos vivos. Digo eu, que nunca mais tive notícias dele, desde o dia 21/6/1992, que foi a data em que estabelecemos o contacto a que se refere cartão acima.
O meu indicativo de radioamador é CT1CIR. Os suecos têm um indicativo começado por S, normalmemte SMxxx, SKxxx.
Possuo uma colecção de perto e dois milhares de cartões de QSL vindos da maior parte dos países do Mundo. Em próximos "posts" irei reproduzindo os que considerar mais significativos, esteticamente e em termos da maior ou menor dificuldade que havia, na altura, e agora também, partindo do pressuposto de que a comunicação será feita via rádio sem ajuda de satélites ou outros repetidores, que os há, hoje, em abundância. Por isso mesmo, dadas todas as facilidades que as novas tecnologias da comunicação nos colocaram à disposição, perdeu-se uma grande parte do romantismo, talvez um tanto quixotesco visto com o olhar da actualidade, que era comuncar via rádio, nos tempos áureos do rádio, utilizando-se muito simplesmente, o emissor/receptor e uma antena, quantas vezes construídos um e outro pelos próprios radioamadores, sendo que as antenas mais antigas não eram mais que fios esticados em dipolo a que se acoplava a respectva baxada do cabo de transmissão até ao rádio.
Uma verdadeira aventura e um contributo imprescindível para a evolução das telecomunicaões até aos dias de hoje, que são aquilo que está à vista e ao ouvido de toda a gente.
Sou radioamador desde 1982, ainda sou do tempo dos emissores a válvulas, mesmo assim já apanhei o "comboio" em pleno andamento e a uma velocidade muito razoável.
Que tempos! Particularmente nos anos 80! Milhares e milhares de contactos em todas as frequências, atribuídas em exclusivo aos radioamadores, em AM, FM, SSB - seja em fonia, seja em comunicações digitais. Pode-se dizer que foram os radioamadores os pioneiros da Internet em Portugal, via rádio.
As bandas mais utilizadas: 3cm, 2m; 10,15,20,49,80,160 metros (onda curta) e outras, algumas para os mais entendidos e alguns os há, que são verdadeiros experts na matéria, que já há muito vinham a testar as frequências Muito Altas, hoje vulgarizadas através do uso do telemóvel. Perigosas para a saúde, já nessa época, se constatava.
Muitos Engenheiros, alguns muito cotados nas suas carreiras profissionais ligadas às Telecomunicações e à Electrónica.
Até outra ocasião!...
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asn

À janela!

O Rapazito a espreitar à janela. Tenho quase a certeza que estava a observar atentamente o voo dum pássaro ou o evoluir duma lagartixa.
Hoje, de manhã está um dia de Primavera verdadeiramente esplendoroso!...
Bom dia a todos, desde Barreira - Leria - Portugal!
(Lá, na empresa, trabalha um ucraniano que cumprimenta, toda a gente, simpaticamente, com expressões deste tipo:"bom fim de semana para todos", Bom dia a todos", "Boa tarde a todos")
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asn
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2006/04/28

Coisas que vou escrevendo 1.n


(Mandei este texto para o programa da Antena 1, "história de vida". Parece que não lhe ligaram pevide. Aqui fica a minha "vingançazinha"!...)
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O Jofre e o “Orelha Voadora”

Pode-se dizer que esta é uma história de vida, da minha vida. Não sei se o caso (e outro dentro do mesmo), que descrevo a seguir, ainda é sequer recordado pelos meus ex-colegas, para além de mim. Mas no que me diz respeito, sem dúvida que me ficou na memória, está a ter influência na minha vida actual, quarenta anos passados, e, diga-se, até me terá afectado e influenciado a minha atitude política futura. Até aqui eu quase que nem tinha a verdadeira noção do que era a política, no sentido social e militante do termo. A política era uma coisa estranha, abstracta, quase esotérica.
1966, Rua de Entreparedes, Instituto Comercial do Porto. Os alunos da 2ª turma do Curso de Contabilista, rapaziada na casa dos 17 anos, estavam a agrupar-se no 3º andar do edifício do Instituto, um prédio antigo, escadas interiores em caracol. Alguns de nós estávamos debruçados sobre o corrimão a apreciar o movimento de colegas e professores a subir e a descer as escadas. Do último andar, tínhamos uma panorâmica que nos permitia observar o que se passava desde o rés-do-chão. Sempre que divisávamos, lá ao fundo, o Aurélio, lá começava a gritaria do costume: lá vem o grande chefe orelha voadora”. Ainda hoje uso na internet, sempre que oportuno, o nick “orelha voadora”. O Aurélio, coitado, é que não achava graça nenhuma à brincadeira e subia a correr, a ameaçar o bandalho que andava a gozar com ele. Claro, pior a emenda que o soneto, como se vê e é sabido desde sempre .
Mas esse poiso da estudantada também nos proporcionava um outro espectáculo peculiar, que era o de saber se o professor da aula estava a chegar ou se ia faltar (algumas vezes ao abrigo do artº 5º, vim eu a saber mais tarde, quando passei a assumir essa função dois anos depois, enquanto esperava que me chamassem para a tropa, inevitavelmente, para uma das nossas ditas “províncias ultramarinas”). No momento fixado na minha memória, o professor em causa era o Jofre, assim se chamava o nosso professor de História Geral e Económica. Ainda o estou a ouvir dizer-nos, na apresentação. Rapazes, podem comprar o livro oficial, mas as minhas aulas não têm nada a ver com a forma como a matéria vem explanada nesse livro. Assim foi, na verdade, o que resultou em muitos apontamentos escritos à mão, que depois intercambiávamos uns com os outros. Por esse e outros motivos é que o Jofre, de vez em quando, era forçado a faltar às aulas. Era certo e sabido que tinha sido chamado à Pide e por lá ficava por uns tempos. É que ele não se cansava de nos dizer que a História contada no livro oficial era uma grande aldrabice. Vai daí contava a História como deve ser, dizia ele…
Um dia não apareceu. Nos dias seguintes, até lhes perdermos a conta, também não.
Nunca mais soubemos notícias do Jofre…
Ainda hoje me pergunto, nostalgicamente, qual terá sido a trajectória da sua vida! Será que ainda é vivo?
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asn

FERNÃO de MAGALHÃES - Astrónomo


....................Retrato de Fernão de Magalhães. (1480?-1521)
.....................1848, óleo sobre tela, 720 x 610 mm
.......................Museu Naval, Madrid, Espanha

Viajava de carro entre Leiria e Boa Vista, 10 km mais ou menos, quando ouvi na Antena 1, no programa da tarde sobre Astronomia, Máximo Ferreira* a falar sobre as observações astronómicas feitas e anotadas por Fernão de Magalhães aquando da sua passagem do Atlântico para o Pacífico, através do canal que assumiu por esse facto, o seu nome, o estreito de Magalhães. Essas observações foram muito importantes para os conhecimentos de astronomia, muito limitados à época, na medida em que foi a primeira vez que se fez referência à existência de nebulosas localizadas em pontos do Universo diferentes dos que eram conhecidos na altura. Ainda hoje essas nebulosas - A Grande e a Pequena Nuvens de Magalhães - assim são conhecidas cientificamente com o nome daquele grande navegador português, ainda que naquela altura estivesse ao serviço dos Reis de Espanha.
Faz precisamente, hoje, dia 28 de Abril de 2006, 545 anos sobre a morte - em resultado de lutas travadas ao chegar às Filipinas - do empreendedor da primeira viagem de circum-navegação da Terra.
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*
Comprei, há pouco tempo, influenciado por um programa de rádio, um livro sobre Astronomia, para iniciados, explicações muito acessíveis, deste brilhante Astrónomo português da actualidade. Sempre que tenho ocasião não perco os seus breves programas na Antena 1, por volta das 3 horas e tal da tarde.
Na contra-capa escreve-se, em final, o seguinte:
"...Viaje pelos céus. Atravesse galáxias, observe nebulosas, contemple o nascimento de uma estrela, brinque com deuses, animais ou figuras lendárias, mas...com os pés bem assentes em terra!"
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asn

OS CARRILHÕES DA TORRE SINEIRA DA SÉ DE LEIRIA





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Sexta-feira, 28 de Abril 2006

Leiria tem a única escola de carrilhão do país pela mão da SAMP.

Se um destes sábados andar a passear pela zona histórica da cidade e ouvir os sinos da Torre da Sé a 'tocar' o 'Apita o Comboio' ou 'Coimbra é uma lição', não se admire. Isso significa que há alunos da única Escola de Carrilhão do País a mostrarem os seus dotes. A escola, criada pela SAMP (Sociedade Artística e Musical dos Pousos), há pouco mais de uma ano, e cujas aulas são ministradas pelo mestre carrilhanista do Palácio de Mafra Abel Chaves, já conquistou 'fans' dos 12 aos 65 anos .Sempre que os sinos tocam em concerto, são quatro mil e 300 quilos de música que ecoam pela zona histórica da cidade de Leiria. É sempre assim, de 15 em 15 dias, aos sábados,...
...Uma emoção que ninguém vê, já que o carrilhanista está no interior de uma pequena cabina de madeira, no topo da Torre da Sé, mas que todos podem ouvir,...
... Daí que, aquando do pedido da SAMP para criar a escola de carrilhão, tenha "surgido um embróglio" já que o Ministério da Educação deferiu o pedido para abrir um curso oficial daquele instrumento, mas o Conservatório de Coimbra "não faz a mínima ideia do que é um curso de carrilhão porque não tem nem professor nem o curso, e portanto o Ministério autorizou, a DREC não percebeu como é que aquilo era possível e o processo ainda se arrasta, mas a verdade é que o curso está a funcionar", e este ano "arrancou o primeiro curso oficial do País", para delícia de quem aprende, de quem ensina, e de quem ouve.
Que os sinos toquem!
Marilene Pinheiro

(O negrito é da responsabilidade do editor deste blog)

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asn

2006/04/27

UM Livro, um GUIA de Guía - Pombal

A razão desta referência tem a ver com o facto de pensar que há que promover as iniciativas editoriais locais. Quantas não passam completamente despercebidas no emaranhado de informação que circula a velocidade e quantidade impressionantes. E quantas não se perdem nesta voragem avassaladora, que tudo arrasa e tudo promove, num instante!
A apresentação do livro será da responsabilidade do Dr. Vítor do Casal Martins.
Na obra são abordadas questões antropológicas, através do testemunho de pessoas,traços económico-sociais, tendo em parte como pano de fundo, a fábrica do vidro,propriedade de família Tomé Fèteira. São retratadas vivências, histórias, cultura e património da Guia. Trata-se de um cartão de visita da Guia, que é um pequeno historial em busca da identidade guiense.
NB: A Folheto Edições & Design e a Junta de Freguesia da Guia têm o prazer de convidar V. Ex.ª para a apresentação do livro de Cidália Rodrigues: Guia, uma história, uma identidade. A sessão terá lugar no próximo dia 5 de Maio, pelas 22 horas, na Cantina Escolar, na freguesia da Guia, concelho de Pombal.
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asn

DR - Ordenamento Territorial e Música Portuguesa!


DR nº 82 - I-B de 27 Abril 2006
(Note-se que só se transcreve o Sumário parcial do Diário da República)
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Presidência do Conselho de Ministros
Resolução do Conselho de Ministros nº 41/2006:
Aprova, para efeitos de discussão pública, a proposta técnica do Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território(1)............... pág. 2931 e seguintes.
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Portaria nº 204/2006:
Estabelece, pelo período de um ano, a quota mínima de 25% de música portuguesa(2) na programação musical dos serviços de programas de radiodifusão sonora....... pág. 3041
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(1) Está aberta a discussão pública...
(2) Esta disposição legal entra em vigor no dia 2 de Maio de 2006.
Quem vai controlar a execução desta portaria?
Quais as sanções para as estações radiofónicas que não cumprirem estas determinações?
Ainda a procissão vai no adro e não me parece que de lá consiga sair tão depressa!...
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asn

LUÍS DE CAMÕES - O Icon duma Comunidade Mundial



Que segredo tão árduo e tão profundo:
nascer para viver, e para a vida
faltar-me quanto o mundo tem para ela!
e não poder perdê-la,
estando tantas vezes já perdida!
Canção X

Não se aprende, Senhor, na fantasia,
Sonhando, imaginando ou estudando,
Senão vendo, tratando e pelejando.
Lusíadas, C.X. 153, vv,6-8

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A propósito do "Elos Internacional da Comunidade Lusíada", por alturas da constituição do Elos Clube de Leiria, no passado dia 22 do corrente mês.

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asn

2006/04/26

RADIOLOCALIZAÇÃO


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Ou não fosse eu Radioamador desde 1982:

"Agrupamento 1278 de Barcarena do CNE faz ARDF.
O ARDF ou Radiolocalização (rádio - orientação) faz já parte do conjunto das disciplinas de treino, formação e ocupação dos tempos livres que o agrupamento de escuteiros de Barcarena, o 1278 do CNE (recentemente fundado), disponibiliza para os seus elementos. Sábado dia 29 de Abril, irão realizar diversas provas em todo o terreno, numa das regiões mais montanhosas do país. "
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( Mais informação sobre as actividades deste Agrupamento de Escuteiros, consultar o site da AMRAD, cujo logotipo fica reproduzido a seguir).

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asn

PARA PENSAR 1.n


PARA PENSAR... (O que alguns - os que vou "pescando" por aí, na Net e noutros sítios - dizem e escrevem e me põem a pensar.).
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"Leitor em Formação
Na leitura de um livro, uma página de jornal, uma revista especializada, o leitor se torna também o criador do texto. Não há leitor de verdade quando não se realiza, no ato da leitura, a mágica da comunicação. Em especial na literatura, o leitor é co-autor da obra que se materializa nos sentidos surgidos, e (re)significados por sua vivência. Sabemos que a literatura é plurissignificativa. Percebemos a co-autoria do leitor, por exemplo, quando dizemos que quando relermos anos mais tarde uma dada obra literária a compreenção foi outra, foi diversa daquela primeira vez."
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(Quantos outros não vão ficar no meu desconhecimento e/ou desatenção...)
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asn

2006/04/25















SOMOS LIVRES

Somos livres, somos livres
Gritou-se primeiro a medo!

A Liberdade chegou.
Liberdade, Liberdade...
O que é a Liberdade?
O Povo se perguntou.
Mas depressa o percebeu
E os canos das espingardas
De cravos rubros encheu.
E gritou então bem alto

Somos livres, somos livres.

Com cravos, rosas ou lírios
Papoilas ou malmequeres
Liberdade é o mais belo sonho
Dos homens e das mulheres.
E com cravos ou sem eles
Com papoilas, tanto faz
Com amor vamos gritar

Somos livres, somos livres
Não voltaremos atrás.

Zaida - Leiria
25 Abril 2006

O 25 de Abril de 1974 em Portugal



Hoje, na Assembleia da República de Portugal. O Presidente falou aos portugueses na sessão comemorativa do 30º Aniversário da Constituição da Repúbica e o 32º Anversário da Revolução dos cravos. O discurso de Cavaco Silva foi muito consensual e até me pareceu um tanto voltado à questão das classes mais desfavorecidas, idosos, do interior em vias de desertificação (até parece que somos um país com uma área tão grande que se possa dar a esse luxo), não tocando de todo na situação económica e da gestão do Orçamento do Estado, que como se sabe, deixam muito a desejar, o que não invalida que os Bancos em Portugal estejam a apresentar lucros aos milhões. Até parece que andam em competição para o Guiness!
Fazia tenção de contar a minha experiência pessoal do que foi o 25 de Abril de 1974 e algumas facetas dos tempos subsequentes. Mas tenho andado um bocado adoentado do estômago e não estou com a melhor disposição para o efeito.
Pode ser que ainda aqui volte hoje! Gostava de poder dar algumas dicas ao Marco Aurélio, do Brasil, que me deixou um comentário no post anterior.
Repara, Marco, não comungo a 100% da visão saudosista do Mariano (v. post anterior), mas ele tem toda a razão quando diz que nas últimas décadas se têm perdido muitas oportunidades na sedimentação de valores humanistas e culturais em detrimento do cultivo excessivo da tendência consumista e do "vive/goza hoje, pensa amanhã".
Até logo...
...ainda vou ali ao jardim a ver se lá tenho um cravo encarnado para fotografar e colocar aqui..
...
Coloquei uma rosa vermelha - que foi o que estava mais a jeito e mais bonita - ao lado da fotogafia do nosso Presidente... É um homem muito (talvez em demasia, vamos a ver...) sensato, já que a modos que para agradar a gregos e a troianos, que é o mesmo que dizer, a TODOS os PORTUGUESES (Como se isso fosse possível) não colocou o cravo vermelho na lapela, como é usual fazer-se nestas ocasiões (não em todos, atençao!)
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asn

O 25 de Abril e a Mocidade

O 25 de Abril de1974 foi recebido pela maioria do Povo português com muito entusiasmo e rapidamente entramos em delírio pós-revolução. Julgávamos que tínhamos, a partir daquela data histórica, o mundo nas nossas mãos, que a militância em prol dos objectivos que constavam do MFA e da Constituição da República Portuguesa e posteriores alterações, seria fundamental para darmos o nosso contributo para a melhoria das condições de vida em Portugal.
Os factos, entretanto, vêm-nos mostrando que os caminhos seguidos pelos sucessivos Governos de Portugal não têm percorrido os melhores trilhos. E a desilusão está bem à vista.
De qualquer modo temos que ser capazes de inverter este rumo dos acontecimentos. Como?
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25 de Abril de 1974
Foi há 32 anos apenas que ocorreu a abertura daquilo que deveria permitir a rápida modernização e a tão necessária mudança da sociedade portuguesa.
Três décadas não são nada. Mas a verdade é que tão pouca coisa ainda mudou, na justiça, na saúde, na habitaçãosocial, nas políticas de juventudes, pouco melhoraram a economia e diminuiu a capacidade industrial, que tem sido desmembrada, erodida, em favor de grandes grupos europeus e internacionais. Que alternativas se dão hoje aos jovens, daquela que outrora foi a dita de «juventude salazarista» educada pelo regime de então?
Onde estão, ou como se criaram e constituíram nestes 30 anos esses espaços alternativos essenciais à educação e integração dos jovens e crianças. Quando os jovens hoje, ou os pais têm dinheiro para pagar o desporto, a educação, os tempos livres, ou, em alternativa, apenas dispõem das ruas para andar. Quando outrora, naquela mocidade portuguesa, eles estavam integrados e protegidos (com outros fins, é certo) mas onde muitos e muitos de nós que tivemos de frequentar a Mocidade Portuguesa por imposição, mas a verdade, é que, foi ali que aprendemos de tudo, a vela, natação, atletismo, hipismo, canoagem, campismo, aeromodelismo, pára-quedismo, e até a telegrafia, que nos era ministrada por radiotelegrafistas, ou das forças armadas, ou da legião, nem sei precisar. Hoje temos em todos os lugares, bairros e freguesias, grupos desportivos, clubes e sociedades culturais e recreativas, que, em alternativa económica, exploram tasquins, salas de pasto, e bares, espaços abertos, onde se promovem jogos de cartas, onde se vendem sandes de coiratos e as bebidas alcoólicas de todos os tipos e graus, incluindo os tabacos. Serão esses, espaços de outras culturas, onde se jogam matraquilhos e cartas. São nestes espaços ditos populares (apoiados pelas autarquias), as alternativas dos jovens contemporâneos deste mundo urbano, são esses os espaços que os jovens dispõem hoje, para se recrear e educar. Não são alternativa de nada, nem à escola, nem muitas vezes à família, degradada social e economicamente, o resultado, é o esperado. São o crescente desvio social e humano, os comportamentos de risco, as adições e outros perigos sociais, desviantes de desejáveis estilos de vida saudável.
Passaram apenas 32 anos do 25 de Abril de 1974. Temos ainda, um logo caminho a percorrer. Mas é na busca de possíveis soluções alternativas, que a AMRAD eleva esta data, apela e celebra hoje mais um aniversáriode um Abril melhor para todos.

Mariano Gonçalves CT1XI - Director da AMRAD

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Com associações como esta que vos foi apresentada através do texto acima as probabilidades de se formarem jovens e de se reciclarem homens já maduros, de modo a prestarem o seu necessário contributo ao progresso e desenvolvimento social, técnico e científco da nossa sociedade são múltiplas. Temos que convir que numa esmagadora maioria dos casos as nossas associações, ditas desportivas, recreativas e culturais, estão bem espelhadas na crónica escrita pelo Engº Mariano. Aconselho vivamente a consulta do site www.amrad.pt

Viva o 25 de Abril remoçado!

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asn

2006/04/23

Literatura e Produção Textual: Leitor em Formação

Do Brasil...
Será que me deu, agora, uma vontade mais forte de conhecer melhor o Brasil e a forma de escrever e encarar a vida neste país irmão?
Achei muito interessante a forma de abordagem da temática de "formar um bom leitor" e que, ao mesmo tempo, ou por isso mesmo, possa vir a utilizar a escrita literária com gosto.
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asn

22 de Abril de 1500...VIVA o BRASIL!

Não resisti a transcrever neste meu blog (blogue?) o comentário do meu recém amigo Brasileiro Marco Aurélio. Virá, concerteza, a propósito. Sou dos que pensam que uma polémica é sempre bem-vinda quando dela possa resultar algo de novo, de esclarecedor, e no decorrer da qual não haja quem se julgue detentor único da Verdade e da Perfeição.
Aliás, Portugueses e Brasileiros, por mais que discutamos uns com os outros, seremos para sempre, Irmãos!...
«««»»»
Marco Aurélio said...
ASN
Hoje comemoramos aqui o descobrimento do país. Que tal uma polêmica? O Brasil foi"descoberto" ou não terá sido invadido? rigorosamente falando, como é possível "descobrir" uma nação já habitada por cinco milhões de indígenas há mais de 20 mil anos antes do "descobrimento"?
Um abraço
Marco Aurélio
1:07 PM

asn said...
Caro Marco Aurélio
Presumo que pretendesse colocar este comentário no meu blog http://dispersamente.blogspot.com mas não poderia deixar de lhe responder, aqui mesmo. Acabei de participar numa Sessão de fundação do ELOS CLUBE de LEIRIA, do qual sou um dos fundadores. Sabe que recebemos imensas mensagens de felicitação vindas do Brasil?
Sabe que este Movimento nasceu da iniciativa do Dr. Eduardo Dias Coelho, médico da Sociedade Portuguesa de Beneficência e membro do conselho deliberativo da Associação Atlética Portuguesa, em São Vicente, no local denominado Prainha, localizado defronte da enseada onde ancoraram as caravelas de Martin Afonso de Souza? Sabe que o propósito fundamental deste Movimento é o Humanismo, em geral e, em particular, o incremento e motivação dos povos dos países de expressão linguística baseada no Português, para a vivificação duma efectiva Comunidade Lusíada? Sabe que o Brasil, como Nação, com as suas fronteiras actuais e que têm 506 anos, foram traçadas e reconhecidas por todo o mundo, depois dos portugueses terem aportado a Terras de Vera Cruz? Haveria hoje o Brasil se não tivesse acontecido a "descoberta" por Álvares Cabral? Haveria hoje o Brasil se a História não tivesse decorrido como aconteceu, de facto? Com todas as imperfeições e injustiças próprias do homem enquanto ser. A História é o passado que nós, portugueses de todos os tempos, desde 1500, de indígenas dessa imensidão de território(s) e de todos os que, posteriormente, demandaram essas paragens, voluntariamente uns, obrigados pela vontade dos poderosos, outros, acabámos por escrever.
E, caro Marco Aurélio, o que está escrito, escrito está!... (no sentido do facto, do que aconteceu na realidade, segundo a informação que nos legaram através de documentos considerados fidedignos).
António, de Portugal e da Comunidade Lusíada.
14:14 PM (GMT)


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asn

2006/04/21

Os Ministros sem Pastel...














(cartoon cortesia de F´Santos)







Que não há dinheiro
Que grassa uma grave crise financeira.
O Orçamento não aguenta?
Procure-se, parta-s´o mealheiro.

Ele, o dinheiro, anda por aí!...
E o Povo cada vez mais teso.
Esta é que é a realidade!...
Nua e crua!...

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asn

REESTRUTURAÇÃO DO ESTADO?



In "Diário da República" nº 79 I-B de 21 do corrente:
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"Resolução do Conselho de Ministros nº 39/2006:
Aprova o Programa para a Reestruturação da Administração Central do Estado........... 2834"
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2867-2834= 33 . Este é o nº de páginas ocupadas pelo Diário da República em epígrafe para apresentar o Programa em causa.
Abreviadamente, este programa vai designar-se com a sigla PRACE. Diz o Governo que este Programa "tem como objectivo a promoção da cidadania, do desenvolvimento económico e da qualidade dos serviços públicos, com ganhos de eficiência, pela simplificação, racionalização e automatização que permitam a diminuição do número de serviços e dos recursos a ele afectos."
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Que lindas intenções!
E que dizer dos Organigramas de estrutura dos vários Ministérios? Nada de especial. Vamos realmente mudar para melhor a Aministração Central do Estado ou esta reestruturação não vai servir senão para fazer propaganda?
Fica aqui registada a minha nota de expectativa! Pode ser que de expectativas em expectativas (quantas goradas, umas a seguir às outras...) venhamos a ter um dia (quando?) uma Administração que sirva realmente o Estado Português e os seus CIDADÃOS EM GERAL!
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asn

A Nação Bloguista

Acabei de ler o artigo de opinião do Dr. JPP no “Público” de hoje.
Trata-se duma resenha minuciosa do que o Dr. Pacheco Pereira, com o seu background de conhecimento, da sua capacidade de análise e do seu mediatismo (merecido, temos que convir), entende ser, em jeito de balanço, o estado actual da Nação Bloguista.
Para quem, como eu, se está a tentar integrar neste mundo dos blogues (como uma fase complementar aos sítios (sites)), este é , ao mesmo tempo, fascinante e inquietante.

Sem dúvida que se está a banalizar a informação, a democratizá-la a níveis impensáveis até há bem pouco tempo atrás.
Penso ser inevitável que se deva questionar urgentemente da necessidade ou não de se estabelecerem regras, jurídicas e deontológicas, aos novos “jornalistas” e outros autores intelectuais, sem carteira profissional, alguns que, inclusivamente se estão a servir deste estado de completa anarquia em que a informação está a ser produzida na rede para promoverem actividades lucrativas sem pagarem impostos.
Gostei do artigo, do seu conteúdo, da sua capacidade de tocar com o dedo na ferida dos que se tentam “promover”, forçando o salto para o comboio em andamento, encostando-se à fama de alguns blogues, concretamente do “abrupto”). Táctica essa que tem que ser o próprio autor a contrariar, o que me parece estar a ser o caso concreto de JPP. De qualquer modo, Snr. Dr., sempre lhe quero dizer que, na minha opinião, certamente também é a sua, como aliás se tem vindo a constatar, penso que será de toda a utilidade manter a portinhola aberta para os “comentadores” que lhe estarão a entrar pelo mail dentro, a toda a hora, com notas informativas complementares e que, no conjunto, ajudam a dar a forma e substância que o seu blogue tem hoje.
Esta reflexão poderia ser mais explanada...mas, saiba o Snr. Dr. que eu sou dos que ainda têm que trabalhar com horários rígidos, apesar de já o andar a fazer há mais de 40 anos... e que bem gostava que me pudesse ser dada a oportunidade que tinha programado para o resto da minha vida, que era reformar-me da profissão desgastante de Contabilista, que me calhou na rifa do Acaso, sem ter de estar à espera dos meus hipotéticos 65 anos de idade e 47 anos de contribuições para a Segurança Social...
Andei iludido que poderia, a este tempo, dedicar o meu tempo a cousas diferentes, que não só contas e mais contas (ainda por cima furadas, as mais das vezes).
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asn

2006/04/20

OS MEUS LIVROS - 2.n


Se Jesus voltasse o que diria do Vaticano?

Não deveria a Igreja pedir perdão aos homens e a Cristo por tantas infidelidades e traições dos seus ministros?

Qual o critério na escolha dos bispos: a competência e o mérito ou a mera conveniência?

Também, na Igreja, todo o serviço prestado tem o seu preço?

Bastará aos padres serem crentes sem, ao mesmo tempo, serem credíveis?

Existe, de facto, uma "mão invisível" da Maçonaria na Cúria Romana?

É admissível que a vida religiosa de mil milhões de pessoas continue na dependência de um só homem, o Papa?

De onde vem a força real deste minúsculo estado - o Vaticano - onde não vivem mulheres nem crianças?

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RELIGIÕES
DIRECÇÃO DE ANSELMO BORGES


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A VARIG - Só um problema nacional Brasileiro?


A VARIG - Coompanhia Brasileira de Aviação está em risco de falência iminente?...
O que se lê na Internet coloca-nos várias e intrigantes interrogações!...
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"Com certeza é porque é uma empresa séria, filantrópica, brasileira que dá empregos a brasileiros, cuja ética não a permitiu de contribuir com a sua campanha de presidente: o famigerado caixa 2 que o Senhor acha "uma prática normal".> > Quanto ao Sr. Mantega, é bom que o povo fique sabendo:>MANTEGA, na Itália, é sinônimo de burro. Aqui também. > >> Deliciem-se com as lágrimas da aeromoça no anexo, E VÃO SE DANAR!>> F.A.Silveira.> (Repassem, por favor.) "

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asn

TRABALHO, NOITE, MOÇAMBIQUE, EÇA

Uns a trabalhar, outros a descansar...nem sempre a ordem dos factores é arbitrária!

São quase três horas da manhã. Não queria ir para casa sem colocar mais este Post. No entanto, decididamente, quanto mais pressa mais vagar, diz o povo e tem razão. Com frequência, todos nós temos ocasião de confirmar este ditado popular. Tinha um texto já teclado, demorou-me uma meia hora a escrever e, às páginas tantas, evaporou-se, melhor dizendo, volatilizou-se. Deficiências da informação digital. Não se guardem convenientemente os bits e vão ver o que lhes acontece! Quando vamos pela informação nem rasto dela. Ora bolas!
Estou a tentar remediar o mal. Claro que já não consigo escrever da mesma forma que já o tinha feito, agora está a brotar ao sabor das tecladas, já com menos paciência, como é óbvio, e não como eu gostaria que fosse. Paciência - paciência o r... - que já se está a esvair...com o cansaço, o sono, o desânimo. Não há dúvida que o melhor é ir dormir, que o meu mal é mesmo a necessidade de uma boa soneca!

Estou no Largo da Sé, em Leiria, no primeiro andar da casa que se vê na foto. Tirei-a quando vinha a descer a calçada do Castelo/governo Civil (eu sei que tem nome de cónego...) a caminho deste local, para mais um serão de trabalho. Esta é a chamada "Pharmácia Paiva"*, na parte mais iluminada, com fachada em azulejos, dizem alguns entendidos que "Vúva Lamego".

O meu escritório é no 1º andar, por baixo funciona um bar, o barulho da música tipo batuque, que não consigo apreciar, por isso é que tenho estado a ouvir no meu computador outro tipo de música, mais a meu gosto, mais melodia, mais suave, talvez mais ao jeito do estilo da música dos anos 60.
O barulho que vinha de lá de baixo já acabou (parece que os clientes do bar já se calaram, já terão regressado às suas residências; o prédio é antigo, o soalho de madeira, o isolamento também deixa muito a desejar). Fazia-me recordar os meus tempos de África, Moçambique, batuques dos indígenas à volta de Nampula, até altas horas da madrugada, aos fins de semana, só que nessa altura eu tinha 21, 22 anos de idade e até achava graça. Estava a cumprir o serviço militar obrigatório e, por mais um acaso da vida, até consegui ter a viver comigo a minha mulher (tínhamos casado há uns meses atrás) e logo a seguir nasceu a Inês, o que me ajudou a fazer a tropa, naquele longínquo mas bonito, diria mesmo mágico, lugar, abraçado com fervor ao Índico, praias lindas, com águas tropicais e serenas, apesar de termos de viajar 400 e tal km para as apreciarmos, grande parte em picada. E os 8 dias que passámos na Ilha de Moçambique de então? Aquela combinação de religiões, uma mesquita – lavar os pés à entrada - o Forte na ponta Norte, as Igrejas, uma capela ortodoxa, os riquexós (uma volta completa à Ilha, 2 km por 500/600 metros, quanto é? - Dez escudos - fiquei chocado, paguei 200 escudos...). O cheiro intenso da terra, vermelha, após uma brutal chuvada de 5 minutos, as plantas a desenvolverem-se aos nossos olhos, parecia até que as víamos a crescer, milímetro a milímetro. Fantástica terra! Simples miragem da minha memória? Os relatos actuais que vemos e ouvimos começam a atestar que aquela área se está a desenvolver, social, política e até economicamente. Ainda bem!
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Já agora. Esta é a casa de que lhes tenho falado nos Posts sobre Eça de Queiroz em Leiria. É da família mas só uso o 1º andar para escritório. Era aqui a "botica do Carlos" em cujo estabelecimento, no local do bar atrás referido, se passam muitas cenas do célebre romance "O Crime do Padre Amaro".
Gostava de lhes falar mais sobre este assunto mas, por ora, já não há tempo e amanhã, logo pela manhã, recomeça o "batente".
Contas e relatórios, que estamos em época de fechar os Balanços e apresentar as contas do ano que findou e já lá vão 3 meses e tal. Agora é a época de enviar os ficheiros necessários ao Fisco, declarações e mais declarações, que chatice! Ainda que já se processem digitalmente, mesmo assim continuam a ser um exgero. Fala-se em desburocratização, mas não vejo maneira de se passar à prática essas boas intenções. Há que despachar, deixemo-nos de conversas fiadas. Está-se a perder tempo em demasia com informação em duplicado, triplicado, sei lá que mais.
Vamos à desburocratização, JÁ!...
Boa noite.

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* Leia-se uma reportagem do “Jornal de Leiria”, suplemento “Viver” da semana passada.
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asn
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2006/04/19

Ao Costa Santos, com Saudade!



A Rua Dr. António da Costa Santos, um ilustre poeta Leiriense, liga a Fonte das 3 Bicas, ou das Carrancas ao Largo Rainha Santa Isabel. Já subo e desço regularmente esta rua há quase 6 anos consecutivos, mais a avó Zaida que eu, a acompanhar-mos os nossos netos que frequenta(m)ram (a Mafalda já passou para o 5º ano e mudou para Fátima) a Escola Branca, EB1.
Percorrer aquela rua é uma autêntica aventura. Os carros estacionam em cima dos passeios, uns, outros fazem rasas aos peões, de arrepiar, a maioria das casas, dum lado e do outro, estão em ruínas, vidros, janelas e portas estilhaçados pelo tempo, pelo abandono dos proprietários e pelo desleixo das autoridades. O mais curioso, até algo incompreensível, é que uma dessas casas com ar de abandono, irrompe com uma das suas esquinas, pelo passeio adentro, e não conheço que medidas é que estão a ser tomadas para resolver esse problema caricato.
Ao fundo da rua existe uma casa que tem, desde tempos imemoriais, uma espécie de "galinheiro" a sobrevoar a própria via, todo esventrado, a evidenciar uma instabilidade tal que só por milagre é que ainda não caiu em cima de algum passante, peão ou automóvel.
No meio de toda esta confusão e desprezo pode observar-se a árvore da fotografia, entalada entre dois prédios, a que achei motivo de reportagem.
Dado este ensejo lembrei-me de um pormenor, saudoso da minha infância, que gostaria de deixar aqui divulgado, e que poderá constituir ao mesmo tempo, um apelo. Tive um colega na Escola Primária Emídio Navarro, em Viseu, anos 50, que se chamava Costa Santos, o irmão dele foi meu padrinho do "Crisma", éramos os melhores alunos da classe (talvez que me levasse a palma aos pontos...mas mesm assim por poucos!...). Se por um feliz acaso destas novas TI leres este Post muito gostaria que me contactasses, ó Costa Santos. Se fores, como espero, anda vivo, manda-me um email ou contacta-me por outra via. Creio qe poderás imaginar o que um possível reencontro, ao fim destes anos todos, poderia representar para nós! Como eu gostaria que se desse esse milagre. Já falei em ti várias vezes aos meus pais (estão com 83 anos) mas eles não mais te viram, talvez nem sequer se lembrem de ti! Mas eu lembro, não sei é se nos reconheceremos logo às primeiras!
Um grande abraço de muita saudade, estejas onde estiveres Costa Santos, nem que seja só com o meu pensamento actual.
Bem gostaria de te ver com os meus próprios olhos, ao vivo. Ele há milagres!...
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Sempre Leiria...DISPERSAMENTE

In http://leiria.no.sapo.pt/acacio.html


SONETO SOBRE LEIRIA
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Minha terra velhinha! Assim te quero,
Ente as olhalvas frescas, pequenina,
Teu Lis saudoso, teu castelo em ruína,
Teu ar de monja, tímido e severo.
-
Assim te represento e te venero,
Te possuo em minh'alma e na retina.
Deixei-te muito cedo, porque é sina
Fugir de quem mais amo e mais espero.
-
Ela me arrasta, força e descaminha,
Mas não me esqueces, terra doce e triste,
Vetusta jóia de precioso engaste.
-
Em cada pedra tua, em cada ervinha,
Quantas vezes comigo tu sorriste
E, só porque eu chorava, tu choraste!
-
Acácio de Paiva
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asn