2011/09/29

Leiria: a história rocambolesca da Rua Ramalho Ortigão

Por aqui passava a histórica "Estrada das Cortes", a EM 256, agora interrompida com uma rotunda, logo a seguir a Quinta de S. Venâncio, do lado esquerdo e a Quinta de Vale de Lobos, do lado direito. O IC36, como que a voar por cima do Vale do Lis. Vamos lá a ver como é que os Engenheiros implantaram todos aqueles monstruosos pilares em pleno leito de cheias do Lis, uma zona agrícola por excelência, votada ao abandono em troca do "Desenvolvimento"?!


O IC36, em rápido progresso de construção, na zona da estrada das Cortes (melhor, a Estrada de Vale de Lobos), os plátanos vistosos da Quinta de S. Venâncio a emergirem deste monstro de betão e alcatrão, qual serpente ondeante em direcção à localidade de Pousos 
(uma comissão de moradores e proprietários a sentirem-se fortemente lesados em virtude de uma extensa área junto ao cemitério ter sido, pura e simplesmente, esventrada a céu aberto, em vez de se ter utilizado a técnica do túnel, o que levou ao desaproveitamento de muitas terras e à desertificação de mais uma significativa área florestal).  


Este carvalho terá, pelo menos, 300 anos, segundo me informaram moradores desta zona de Leiria. O chão está atapetado com as suas bolotas, que o Outono está a usar como meio para ilustrar a sua pintura na paisagem.
Aqui, neste chão em bruto, qual caminho rural, para os antigos carros de bois, começa/acaba uma rua a que a comissão de toponímia acabou por chamar pomposamente "Rua Ramalho Ortigão". Soube da história que estará na origem desta decisão. Este local, mesmo ao lado da rotunda da 1ª foto, agora  aberta ao tráfego, mas ainda em fase de implementação
(vai permitir que se suba para o tabuleiro do viaduto do IC36 que vem do Telheiro e segue ao lado da Quinta de S. Venâncio, atravessa o rio Lis, continuando pelo Vidigal  e Pousos, para finalmente chegar à extremidade nascente: a A1)
era uma zona habitacional constituída por três casas no interior duma zona florestal 
(à base de Carvalhos, que, entretanto estão a ser derrubados inclementemente
e que, por necessidade de acessos para automóveis, passou a ser servida por um caminho em terra batida. Levantou-se a questão do nome a dar a esse caminho. Pôs-se a hipótese de se lhe dar o nome dum antigo proprietário duma dessas casas, que se chamava Ramalho. Vai daí, não sei se para satisfazer parcialmente essa pretensão, acabaram por atribuir a este caminho o nome de Rua Ramalho Ortigão. Uma atitude bastante imprópria, diga-se, pelo manifesto menosprezo dado à figura do grande escritor, companheiro de tertúlia literária de Eça de Queirós.
Neste momento, dadas as obras em que toda aquela área está envolvida, nem sei bem como é que se está a pensar resolver o traçado dessa rua. 
O que espero é que, pelo menos, alguns carvalhos centenários que terão ainda resistido à força bruta das máquinas de movimentação de terras que tudo arrasam em horas, possam ser preservados. Em conversa com uma senhora já duma certa idade e que mora naquela zona, o "Casal de Vale de Lobos", ela própria se manifestou veementemente a favor do não abate desses carvalhos (Quercus robur, na maioria dos sobreviventes).
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Já aqui abordei o tema desta rua, em tempos em que nem sequer se falava no IC36.
(Pode seguir-se este link)
-

Moral desta indigente história: o nome "Ramalho Ortigão" foi atribuído a esta rua (que já nem é nem deixa de ser rua) em "homenagem" a um dos pioneiros daquele "Casal" ou em sinal de deferência para com um grande vulto das nossas Letras?!... 
@as-nunes
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2011/09/28

Leiria numa encruzilhada...

Do Alto dos Capuchos podem fazer-se observações impressionantes. As transformações radicais que toda esta zona tem sofrido nos últimos anos! Uma boa parte deste monte e dos vales dos rios Lis e Lena deviam ter sido mais protegidos, do ponto de vista ambiental e paisagístico. O próprio património histórico desta área está em risco iminente. Inclusive, o antigo Convento dos Capuchos e a respectiva capela, que também já foi Hospital Militar, uma relíquia que devia ter sido preservada, tem os seus dias contados. Infelizmente, já não tenho qualquer dúvida.

O que se pode ver nesta foto: O IC2, que já não é IC2 visto que o transformaram numa Auto-estrada, a A19, num percurso limitado (com certeza para nos porem a pagar mais uma portagem, não tarda nada), uma ponte/rotunda aérea, ligações para a Marinha Grande, para a  A19 ou IC2 como se lhe queira chamar (por enquanto), mais acima (ao lado esquerdo, já fora da área da foto), mais rotundas aéreas, umas quantas, seguidas, para encarreirar as pessoas/automóveis para o Shopping, IC36, A8, A17, A1, mais acima ainda, tudo numa extensão de 1 km, outra rotunda aérea por causa do IC9 (Nazaré-Tomar, passando por Fátima, está claro, diz-se também que para ajudar a desviar o trânsito do IC2 que passa ao lado do Mosteiro da Batalha), enfim uma encruzilhada de vias rodoviárias, mais parecendo uma teia de aranha.
O que se passa? Havia necessidade de tantas vias rodoviárias? Com este índice de concentração? Impressionante! 
Existe algum plano revolucionário para o desenvolvimento rápido e sustentado de toda esta zona de Leiria? 
Tiveram-se na devida consideração todas as condicionantes ambientais imprescindíveis ao equilíbrio ecológico e à biodiversidade de toda esta zona? Desflorestações, movimentações impressionantes de terras, viadutos a ocuparem o Vale do rio Lis e do Lena (por aqui também anda o IC36, que vai ser a via de circulação externa de Leiria e que vai levar as pessoas/automóveis de e para a A1 e a A8 e a A19/IC2) é o que se vê por todo o lado!
Por este caminho, nós, os habitantes de Leiria, vamos passar a viver como se estivéssemos numa urbe betonizada e alcatroada por tudo quanto é sítio. 
Será que a nossa vida vai melhorar significativamente?!  
O conjunto arquitectónico, duas rotundas e uma ponte sobre o IC2/A19, que liga o centro de Leiria (ali na zona do célebre Estádio de Futebol que foi a leilão há dias, ainda não sei em que é que deu tal iniciativa) ao IC2/A19, que vai entroncar no IC36, que vai ligar a A8/A17 à A1 e que também vai passar por cima do IC9, que passa a 300 metros do IC36, do IC2 que vai passar a ser a A19 (é aquela que se vê na foto com um camion/camião de frente vermelha), que também vai direitinha ao Shopping, que desencaminha a população de Leiria, que deixa a cidade de Leiria às moscas, que também tem andado em muitas obras de requalificação para atrair as pessoas, que vão mas é para o Shopping, porque lá até têm onde estacionar o pópó de borla, o tempo que quiserem, de modo a poderem lá sentir-se como se estivessem na cidade, porque lá se vende de tudo e até se come e bebe e vai-se ao cinema e dá para marcar encontros que é mais prático e, às vezes, há lá espectáculos e muitas coisas mais, uff...
Uma maravilha!...


Ao descer do alto mais alto do Alto dos Capuchos (onde até houve em tempos não muito recuados, uma capelinha que deixaram destruir), ainda se consegue ver a silhueta do Castelo de Leiria.
Aleluia!...
-
Se calhar sou eu, 
Produto da Natureza,
Que já não suporto 
Tanto betão 
E tanto alcatrão
E tanta desflorestação!...


Pois...
Como conciliar a crise económica, financeira e social que assola e amedronta os povos de Portugal, da Europa e do mundo (o terreno, uma partícula ínfima no Cosmos, apesar de tudo!...) com a necessidade imperiosa da preservação ambiental deste Planeta Azul, cada vez menos azul e mais negro?
@as-nunes
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2011/09/26

Enredados numa teia de jardim

clic para ampliar...a não ser que tenha medo de aranhas!?... eheh

A teia que nos enreda
É obra, apresenta-se bem
Na Madeira só se embebeda
Quem no Alberto se detém

Com um aranhuço assim
Os buracos são inevitáveis
Pra se viver no jardim
Com contas tão insondáveis

Já é tempo de rever
O mando praqueles lados
Certas contas há que fazer
Já farta sermos fintados

Nós aqui no contenente
Não somos nenhuns papalvos
Precisamos urgentemente
Desta teia sermos salvos
-
Olhem só prò que me deu!
Instantâneo no meu jardim
A mosca lá a comeu
Esta aranha num frenesim


Olhem só para o que me havia de dar!...
Escrever para aprender...a escrever...poesia...(mesmo que livre da métrica e/ou da rima).
-

nota informativa sobre esta aranha:

@as-nunes

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2011/09/24

A idade da Poesia



O Snr. Manuel . tem 97 anos. Faz parte do grupo de poetas de Alcanena, coordenação da Biblioteca Municipal desta vila Ribatejana.
Hoje, 24 de Setembro de 2011, um Sábado, durante praticamente toda a tarde, estivemos em tertúlia a tentar acompanhar a obra de Ana Luísa Amaral. Para autodidactas, na sua maioria, a tarefa não é fácil, mas constituiu um desafio emocionante.

No que me toca, foi mais uma experiência gratificante na minha caminhada - serôdia, talvez - para aprender a apreciar os variados estilos de poetas das mais díspares correntes literárias e artísticas. Acresce a todas estas dificuldades, uma outra - quiçá a mais complicada - que reside no facto de que Ana Luísa Amaral dedica uma boa parte da sua actividade a investigações Poéticas Comparadas.
Como sempre acontece, a coordenação destes encontros prepara uma brochura com a biografia e uma amostra da obra literária do autor, previamente seleccionado, a sugestão tomada por consenso dos participantes.

No final, como é hábito, os participantes lêem poemas de sua própria autoria, alguns escritos no momento e/ou expressamente para este efeito.

O poema cujo manuscrito se reproduz acima, do Snr. Manuel ., é assim:

Desce do céu meu amor
Vem abrandar a dor
Que me aflige e tortura
Que me há-de fazer sofrer
Enquanto eu viver
Até ir p´ra sepultura

Agora quando na tua rua eu vou a passar
Fito sempre o meu olhar
Na casa onde tu moravas
Mas não te vejo lá sorridente
Donde às escondidas da tua gente
Uns papelinhos me atiravas

Esses papelinhos eu ia apanhar
Mas só depois de espreitar
Se estava alguém na rua
Os lia com sofreguidão
Alegrava-se-me o coração
Com a forma como te assinavas - sou tua
-
Como ficar indiferente a tanta espontaneidade e singeleza de um poeta com quase 100 anos de vida, a evocar (talvez) a sua primeira, quem sabe, a única namorada da sua vida?!...
@as-nunes

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2011/09/22

Extrema ocidental da Europa: o Outono à porta...

Vale a pena ver o vídeo em écran panorâmico. As imagens podem parar-se segurando o cursor com o rato.
Informação por defeito.


.....................................................
....................................................PAIXÃO


....................................Folhas caídas
....................................Caídas dos ramos
....................................Folhas caídas
....................................Caídas no chão
....................................Folhas que voam
....................................Folhas que bailam
....................................Num doce bailar
....................................E o vento d´outono
....................................É delas o par
...........................................
....................................E dançam  e dançam
....................................O vento e as folhas
...........................................
....................................Vermelhas  que lindas!
...........................................
....................................Será da estação?
...........................................
....................................Ou estarão coradinhas
....................................De pura paixão?
...........................................
...........................................      Zaida Paiva Nunes
Precisamente há um ano atrás coloquei neste meu blogue o seguinte post:
Outono com Fernando Pessoa
Até é uma vergonha. Este blogue com um cabeçalho a apelar à inspiração de Fernando Pessoa, tão pouco se lhe tem dedicado!... Falta imperdoável!...

@as-nunes

2011/09/20

O estado da Nação Portuguesa e o Clube dos Pensadores


(foto do CdP)
O Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, numa sessão de debate no Clube dos Pensadores em Gaia, muito recentemente. 
Apesar da amizade que JJ criou com Alberto João, mesmo assim, os colaboradores do CdP e o próprio JJ não se têm coibido de se manifestar ruidosamente em relação à anomalia colossal que se está a "descobrir" na gestão orçamental da Região Autónoma da Madeira.

Tenho a honra de fazer parte do grupo de intervenção permanente deste clube no seu blogue "Clubedospensadores.blogspot.com" principalmente na área dos comentadores aos posts que, sempre em cima do acontecimento, o seu fundador e dinamizador incansável, Dr. Joaquim Jorge  publica naquele sítio na Internet. 
Eu sei que JJ não gosta que o tratem por Dr. mas, de vez em quando dá vontade de o tratar com o seu grau académico de licenciado, atendendo às sobrancerias que certos personagens da nossa praça se permitem, só porque no seu nome tem de constar, como que obrigatoriamente, dado o seu apregoado estatuto, o título "Dr." (alguns, meros «doutores da mula ruça» e pouco mais...).
Justo é acrescentar que no rol de cronistas se encontra o professor e académico Dr. Mário Russo, que muito tem abrilhantado este blogue com os seus artigos muito assertivos e de fino recorte argumentativo e literário.

Como os meus amigos leitores já se terão apercebido, este Clube tem tido muita e interventiva actividade nos últimos anos. Não será de admirar, por isso, que JJ até  já tenha sido apelidado de "agitador do Norte" pelo Prof. Marcelo Rebelo de Sousa naqueles célebres e parciais telejornais da TVI.
Debates, programas de Televisão, artigos na imprensa regional e nacional, manutenção dum blogue de referência em Portugal e no estrangeiro, livros, têm sido as suas ferramentas.
De qualquer modo, é justo referir-se que toda esta actividade só tem sido possível dado o incrível dinamismo que Joaquim Jorge tem devotado a esta fantástica iniciativa.
Seria fastidioso enumerar todas as suas actividades, tantas têm sido, sendo que é de realçar que, precisamente, hoje, Joaquim Jorge esteve na SIC Notícias, de manhã, a lançar a nova campanha de debates  com personalidades de relevo na vida pública nacional.
Debate


Esta nova temporada de debates vai começar no dia 22, próxima 5ª feira, no auditório do Gaia-Hotel, com a presença de Bagão Félix.

Joaquim Jorge , fundador do Clube dos Pensadores convida Bagão Félix para estar presente no GaiaHotel , dia 22 de Setembro , 5ªfeira , pelas 21h30 . O tema - Questões económicas, sociais e éticas : que futuro?

Bagão Félix , Conselheiro de Estado e gestor ,integrou vários governos constitucionais,foi Ministro da Segurança Social e do Trabalho e Ministro das Finanças e da Administração Pública



Daqui vos lanço um repto.

Engrossem este movimento do Clube dos Pensadores. O país está a precisar de vozes independentes que se façam ouvir e que possam vir a constituir-se em forças de pressão social para que Portugal não continue a ser um Feudo para meia dúzia de senhores!

Consultem este dinâmico blogue e intervenham.
Hoje somos muitos, amanhã poderemos ser milhões!...
(Já Sá Carneiro o dizia...)
@as-nunes

2011/09/18

A República Portuguesa e o bailinho da Madeira


Está na ordem do dia a discussão das consequências gravosas para as Contas Públicas Portuguesas de cerca de um milhar e meio de milhõs de euros que, inesperadamente, o Banco de Portugal divulgou como estando em dívida pelo Governo Regional da Madeira, mas que não estavam contabilizadas. Então estavam onde?
Espanta-me como é possível chegar-se a este extremo! E este não é caso virgem. Só que, neste momento, já estávamos a tentar interiorizar que as surpresas com as contas mirabolantes que se têm feito com os Dinheiros Públicos já tinham acabado.


De modo que o sobressalto que esta notícia vem trazer para a estratégia já delineada e aprovada pela Assembleia da República, pela Troika, pelo BCE, pelo FMI e pela EU (representada pela instituição Comissão Europeia ou pelo G2 da Europa?) veio mesmo na pior altura.


É caso para perguntar: que mais nos irá acontecer?
Agora que já foi aprovado o processo de entrega nos cofres do Estado do eufemisticamente chamado
IRS
SOBRETAXA EXTRAORDINÁRIA
Já se encontra disponível a entrega da Sobretaxa Extraordinária de Retenção na Fonte de IRS (nova rubrica 112)
(aviso no Portal das Finanças)


ou seja, de 50% do subsídio de Natal, para fazer face a derrapagens orçamentais extraordinárias e “colossais”, eis que temos mais um problema gravíssimo para resolver.
Poder-se-á dizer, o Governo Regional da Madeira que o resolva.
A questão, porém, é muito mais delicada. A Madeira, agora que gastou aquele dinheirão todo, à revelia das mais elementares regras de gestão orçamental, vira-se para o Governo da República e pede/exige apoio financeiro. Nem se percebe como é que AJJ pretendia resolver este assunto sem dar nas vistas!


Ora aqui temos, então, mais uma mostra da “séria” forma de se gastar o dinheiro que resulta dos impostos sobre impostos que estamos a ser obrigados a pagar.


Afinal o que se tem passado neste país, que cada gestor público/autarca/governo faz o que muito bem entende e ultrapassa as verbas orçamentadas sem medir as consequências dos Déficits?
Até quando é que teremos de tolerar estes desmandos na forma como se têm vindo a utilizar os fundos públicos?
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2011/09/16

Um dia de Setembro em Leiria


Ficou um pouco longo, desculpem lá. Pode-se encurtar, arrastando o cursor,  eheh


ADENDA: a foto em que se vê um pombo pousado na cabeça dum personagem bucólico, bem conhecido, refere-se à figura de "O Pastor Peregrino" na esquina SW do Jardim Luís de Camões. Claro, está intimamente ligado à maviosa obra literária de Francisco Rodrigues Lobo, daí a referência um tanto desenquadrada, apesar de tudo.
@as-nunes

2011/09/13

Grécia Eterna!... Um sonho transformado em pesadelo?!...

Creta, ao longe, na linha de horizonte marítimo, íamos a caminho da mítica Ilha de Dia. Onde Zeus viveu em criança, alegre e descontraidamente, segundo a Mitologia Grega.

Na ilha de Dia....

 Continuamos na Ilha de Dia
Será que os Gregos ainda vão ter de vender algumas das suas ilhas? Como já alguém alvitrou, uma das muitas sugestões, vindas principalmente dos lados da Alemanha!... 


 A cidade de Heraclion, na ilha de Creta, vista do mar, quando regressávamos da Ilha de Dia

Em 2004, fomos (em família), a Creta. Fizemos escala em Atenas. A Grécia andava em preparativos finais para os Jogos Olímpicos. Vivia-se na Europa da UE numa grande euforia, gastem, gastem. Não vai haver problema nenhum. Os fundos da UE estão disponíveis, abundantes e são inesgotáveis! 
Agora é o que se vê!...


Uma das nossas raras idas ao estrangeiro. 
Será que devemos considerar que visitar a Grécia é a mesma coisa que dizer que vamos ao estrangeiro?
E as raízes de toda a Civilização, onde estão, senão na Grécia?  
Além do mais, são tantas as nossas afinidades!...

Como é possível que a Grécia corra o risco de falir? 
É toda uma ideia de Civilização que está em risco de bancarrota!...


Um sonho transformado em pesadelo!?...
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Outros apontamentos:
Ao princípio da tarde, a edição online do jornal espanhol Expansion noticiou que a França e a Alemanha deverão fazer esta tarde um anúncio relativamente à Grécia. 13h36 hoje
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13-09-2011 14:57 - Merkel acredita em solução para satisfazer exigência da Finlândia na ajuda à Grécia
e as Bolsas a subiiiiirem... em recuperação   (para os tubarões ganharem uns milhõezitos!...)

http://rouxinoldebernardim.blogspot.com/2011/09/terrorismo-financeiro-sobre-grecia.html
este tema da actualidade Grega tratado duma forma nua e crua!...
@as-nunes
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2011/09/12

Fotografar em Leiria

Também estou a experimentar dar a volta à colocação automática de fotos, directamente do Picasa, servindo-me da plataforma da Blogger. Usei um pequeno truque no código html.

Desde há vários anos que uso a plataforma "Picasa" para descarregar fotografias digitais, tratá-las duma forma normalizada, sem grandes possibilidades de fazer alterações mais "artísticas", digamos assim.


Hoje lembrei-me de me iniciar no uso do "Picnik" como programa de tratamento digital da fotografia, associado ao Picasa da Google.
Aqui está o resultado duma primeira experiência, só para tentar perceber até onde é que se pode usar este programa duma forma gratuita.
A conclusão que retiro desta experiência é que não há programa que chegue aos calcanhares do Photoshop.



Já agora: 
Alguém consegue localizar o sítio onde esta fotografia foi tirada recentemente? 
Posso dar uma ajuda: foi em Leiria, no Largo..., ao fundo, na linha do horizonte, a Serra da Maúnça e da Sra. do Monte. Eram para aí umas 9 horas da manhã dum dia de Sol...há uma semana, talvez.
-
(12/9/2011-18h00)
Então, aqui deixo a informação que falta:
É uma travessa sem saída 
(há-de ter um dia, que vai dar continuidade à rua que vem da Av. Marquês de Pombal e segue paralela à Av. N. Sra. de Fátima)
 já muito perto do entroncamento da Rua Luís Braille com o acesso à Praça Rotária (mais conhecida pela Rotunda do Mc Donnalds).
@as-nunes
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2011/09/10

Adeus, Largo da Sé de Leiria

Isto não é uma montagem fotográfica. Caprichos da reflexão da luz... 

Ontem, Sexta-Feira, esteve um dia de Sol e calor. Até parecia Verão! ;))
Fomos, eu e a Zaida, ao Largo da Sé, em Leiria. Andamos em mudanças de escritório, eu já na fase de tirar fotografias do interior das instalações, das paredes, alguns móveis, máquinas antigas,  recantos, enfim, a registar em foto os resquícios de recordações de 40 anos de vida. Foram anos em que utilizámos estas instalações com várias finalidades:
1 - como habitação durante mais de 10 anos, quando começámos a nossa vida, depois do regresso de Moçambique, do serviço militar obrigatório (os mais jovens, sabem o que é isso?!);
2 - como escritório e Sala de Estudos;
3 - só como escritório.

Está-se a fechar um ciclo determinante da nossa vida. Deixámos o convívio diário com o Largo da Sé, a Catedral mesmo em frente, do outro lado do Largo, as minhas amadas árvores do Adro da Sé, aquela dupla, uma tília e um jacarandá, já de proveta idade, a recordar-me do dia negro em que cortaram todos os ácer (padreiros) que emolduravam o Largo, lhe davam uma vida quase celestial, o chilrear ao cair da tarde de centenas de pequenas aves. 
E que dizer da Tipografia Leiriense (imprimia os cartazes a anunciar os filmes para o Teatro José Lúcio da Silva), hoje Tip. Carlos Silva (por cima ainda se pressente a figura esguia de Eça de Queirós a dar despacho ao expediente, na sua qualidade de Administrador do Concelho de Leiria), na esquina do Largo e da Rua da Vitória, nesta rua a barbearia onde me habituei a cortar o cabelo desde sempre (agora essa operação é feita em menos dum fósforo), os Hingá e a sua oficina de automóveis?
Tantas recordações...
Bons amigos e companheiros de jornadas e jornadas de trabalho e de alguma cavaqueira!...

Vinha eu em direcção ao prédio, reparo na minha imagem reflectida nos espelhos duma portada do Bar do rés do chão (quantas vezes é que tal não me aconteceu?), hoje decidi-me e tirei uma fotografia, esta que aqui vos mostro.

Nos próximos posts talvez coloque aqui outros "pequenos" apontamentos de pormenores que me captaram a atenção sentida neste dia de "despedidas" e de nostalgia...


Adeus Largo da Sé, até sempre...
Claro, esta não é uma despedida definitiva. Mas que toca ao sentimento lá isso toca!...
@as-nunes
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2011/09/08

À atenção da Câmara Municipal de Leiria

É agradável passear no jardim de Sto. Agostinho, em Leiria.

Clicando, pode ler-se o texto alusivo à geminação das cidades de Leiria e de Rheines, na Alemanha.


As folhas típicas dum Quercus rubra, não do Quercus robur.
Lembrei-me de voltar à carga em relação a esta falta de senso, que é manter este carvalho (Quercus rubra) como símbolo dum acto público e de relevo internacional para a cidade de Leiria, porque no texto da placa alusiva se refere explicitamente a um Quercus robur.
Porquê esta teimosia? Ou negligência?


É claro como a água cristalina duma fonte à antiga que aquele carvalho não é um Quercus robur, é um Quercus rubra.


Ainda no tempo da outra senhora tive ocasião de enviar um e-mail à Presidência da Câmara (também alertei, de viva voz, a própria Presidente da Câmara de então) a chamar a atenção para este facto, singelo, mas que é imperioso corrigir. Por vários motivos.
- Imagine-se, por exemplo, que se aproveita o espaço arejado e acolhedor do Jardim de Sto. Agostinho para levar crianças a observar as várias árvores que ali existem: Catalpas, choupos, plátanos, carvalhos, tílias, ulmeiros, salgueiros, freixos, ameixoeiras de jardim, etc.


A discrepância entre o nome referido na placa alusiva ao acto da geminação de Leiria com a cidade alemã de Rheine é notória, para quem consegue distinguir estes dois tipos de Quercus. Mas também é susceptível de gerar confusão para quem queira conhecer as árvores pelos seus verdadeiros nomes.


Não seria tempo de se desfazer este equívoco?
Não seria fácil transplantar este carvalho para outro sítio (pode ficar neste jardim, até podia ficar a simbolizar um gesto de pedagogia ambiental)? E colocar neste preciso local um verdadeiro Quercus robur?

Repare-se na diferença das folhas:
Enquanto este, que plantei há 3 anos no meu quintal, o Quercus robur, tem as folhas ondeadas, o Q. rubra tem-nas ponteagudas. Uma diferença nítida que distingue dois tipos diferentes de carvalhos.
E não me venham dizer que esta é uma questão de somenos. Não é. 
A verdade é que, passados que são vários anos, a árvore colocada no lugar errado continua a crescer...

Só conhecendo a Natureza se pode aprender a amá-la, em consequência, a preservá-la.

Como se impõe cada vez mais, cada dia que passa!...
-
Passo a transcrever, 18 horas após escrever este apontamento:

Há na paz desta tarde
Rente às árvores
Uma tensão oculta um mistério
Um prenúncio de tragicidade
- oco talvez -
Mas são sombrias as sombras
pendentes no movimento pausado
da folhagem
Há formas que nunca viste
Na arquitectura vegetal do momento
Há formas que nunca viste

...
Excerto dum belíssimo poema de Lídia Borges, no seu blogue "Searas de Versos", precisamente, aqui.
@as-nunes
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2011/09/06

Vive e deixa Viver!

O nevoeiro matinal mal deixava perceber o sol nascente na direcção da Sra. do Monte - Cortes
-
..........Para a Manhã


.......Rosa acordada, que sonhaste?
.......Nas pálpebras molhadas vê-se ainda
.......Que choraste...
.......Foi algum pesadelo?
.......Algum presságio triste?
.......Ou disse-te algum deus que não existe
.......Eternidade?
.......Acordaste e és bela:
.......Vive!
.......O sol enxugará esse teu pranto
.......Passado.
.......Nega o presságio com perfume e encanto!
.......Faz o dia perfeito e acabado!

..............Miguel Torga
-
São 7 horas da tarde, 6 de Setembro. O dia está sublime. Sol a jorros, uma brisa suave, temperatura amena e de Verão. Claro, estamos no Centro-Oeste de Portugal!...
@as-nunes
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2011/09/05

Duma janela cá de casa



-Não julgues o cavalo pelo arreio. (*)


Tenho acompanhado a evolução deste potro praticamente desde que nasceu. Pelas minhas contas deve ter uns dois anos, nem isso. É muito vivo e parece aprender depressa, pelas evoluções que consegue durante os treinos a que está a ser submetido.
Devidamente arreado quando chegar a altura, há-de ser um belíssimo e útil cavalo, tudo o indicia.
-
(*) Tinha aqui mesmo à mão um livro que me ofereceram, há uns tempos, com o título "As Raízes do Povo" (Notas etnográficas sobre o Concelho de Viseu), edição de 2009 da Associação de Solidariedade Social, Cultural e Recreativa de Gumirães.
.
Hoje o arquivo já não é como dantes, a memória. E é por isso que se guarda neste livro, com amor, como era uso dantes, as sobras que ainda há desse tempo de memória (Alberto Correia - Etnólogo)

@as-nunes
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2011/09/03

O tempo no Centro Oeste de Portugal, Serra da Maúnça, hoje ao fim da tarde, andava eu pelos Andreus-Barreira, a experimentar o meu Rover de 1999...


Um fragmento de fotografia tirada há umas horas atrás, ao cair da tarde (ou da noite?)
Está tudo dito no título do post.


Ou quase. O Rover a que me refiro teria muitas histórias de viagem, de caminhos trocados, de toques à frente e atrás nos estacionamentos, de multas na cidade de Leiria, para contar. 
Já repararam? De 1999 a 2011 já lá vão 12 anos. 
Tenho-o parado a maior parte do tempo porque o "bicho" é a gasolina e bebe que se farta! Além disso, coitado, tem a embraiagem a pedir a substituição dum rolamento, uma peça da bobine, chamada rotor, que custa (custava há dois anos) aí uns 30 euros, e que, volta e meia, pifa. E nunca se sabe se dura para fazer 50.000 km ou se mal começa a andar, engasga-se. De cada vez que isso acontece o carro pára, que deixa de ter faísca para a ignição. Já aprendi a substituir essa peça, até tenho uma sequência fotográfica com o manual de instruções correspondente. E, claro, tenho uma suplente e a ferramenta respectiva (uma chave de fendas, eheh) sempre à mão, no porta-luvas. Vamos lá a ver no dia em que eu precisar de fazer a substituição se vou ser capaz. Fiquei com a ideia de que sim, mas...


Ena, onde é que eu ia?
Ah, sim, andava eu pelos lados dos Andreus a experimentar o meu velhinho Rover, a bateria tinha descarregado 
(nova, que tive que comprar uma há uns meses atrás, mas como esteve sem uso para além do recomendável!...)
, de modo que, após a ter recarregado, fui experimentar a ver como reagia. Parece-me que ficou em condições. 


Bolas. Perdi-me outra vez.
Por acaso, hoje fomos, eu e a Zaida, à Nazaré, a convite muito simpático do SD e da Luísa, comer umas sardinhas assadas, que estavam uma delícia. São da Nazaré, não são da Nazaré, a questão ficou em suspenso. E aquela salada? E o azeite com alho partido aos bocadinhos, que rico molho para empapar pão! 
E não é que até me despistei? Quer dizer, desnorteei, que devia ter saído da A8 no corte que vai directamente para a Nazaré mas não. Continuei, todo pimpão, e fui sair por Alfeizerão, S. Martinho do Porto e tal... 


Mau. Mas afinal, toda esta conversa para chegar onde?
hmmm... Isto anda já muito disperso!


Resumindo e concluindo, por ora: Andava eu pela zona dos Andreus, um sítio alto, um dos de maior altitude de toda a freguesia da Barreira, com umas vistas panorâmicas, quer para Nascente quer para Poente, que são de apreciar intensamente, uma maravilha da Natureza, o pôr-do-sol, autêntico hino à vida, ao sonho, à poesia...


Bem, vamos lá então a acabar esta arenga: 
Vai daí tirei esta fotografia 
(ainda hei-de voltar a falar da questão de se podemos dizer, indiferentemente, tirar, captar ou capturar uma fotografia)
que mostra um efeito de luz-sombra sobre a Serra da Maúnça, por sinal localizada a Nascente do local onde me encontrava.
Do outro lado, a Poente, a magia é outra. A da luz do Sol filtrada pelas nuvens sobre a costa Atlântica, que dá para observar deste local. E estamos, em linha recta, a uns bons 20 Km ou mais!...


Fiquemos, então, por aqui, por ora.


Amanhã é outro dia. Ai é?!
E parece que vai ser um dia de Verão, com temperaturas convidativas ao passeio, foi o que ouvi os meteorologistas a dizer, hoje!...
@as-nunes


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