Uma foto imortal, que correu mundo...
Humberto Delgado saúda a multidão
(Praça Carlos Alberto - Porto, 14 de Maio de 1958)
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No dia em que se comemora o Centenário do nascimento do General Humberto Delgado. 15 de Maio de 2006.
Quase religiosamente, inicio os meus dias, particularmente os de trabalho, de mais ou menos rotina, a ouvir a rádio fonia sintonizando a Antena 1.
Hoje, logo pela manhã, comecei a ser lembrado que faz 100 anos desde o dia em que Humberto Delgado nasceu.
E veio-me à mente um episódio das eleições (pseudo-eleições) para a Presidência da República, que se passou em Viseu, era eu um miúdo de 11 anos. Os dois candidatos em confronto, Humberto Delgado e Américo Tomás, visitaram Viseu. O único local onde era possível receber com alguma dignidade, pessoas com o carisma do "general sem medo", era o Teatro Avenida, na Av. da Bélgica. A formação/informação política que era proporcionada ao povo em geral era praticamente nula, de modo que só nessas alturas, é que nos apercebíamos de alguns indícios do que seria a situação política que vigorava no nosso país. Para além disso só sabíamos que "até as paredes têm ouvidos", a própria audição da Rádio Moscovo e até da BBC, nas suas emissões em onda curta, tinha que ser feita com todos os cuidados, não fosse a PIDE ser informada.
Recordo-me do grande entusiasmo com que Humberto Delgado foi recebido em Viseu, apesar de a polícia ter de cumprir ordens para impedir ajuntamentos de mais de duas pessoas nos passeios e praças da cidade. Era frequente ouvir-se a polícia ordenar, "circular, circular", sempre que parávamos na via pública a conversar.
Tempos que se espera não voltem...ou que se reconvertam numa democracia centralizada em alternância no partido que detiver as rédeas do poder.
Quase religiosamente, inicio os meus dias, particularmente os de trabalho, de mais ou menos rotina, a ouvir a rádio fonia sintonizando a Antena 1.
Hoje, logo pela manhã, comecei a ser lembrado que faz 100 anos desde o dia em que Humberto Delgado nasceu.
E veio-me à mente um episódio das eleições (pseudo-eleições) para a Presidência da República, que se passou em Viseu, era eu um miúdo de 11 anos. Os dois candidatos em confronto, Humberto Delgado e Américo Tomás, visitaram Viseu. O único local onde era possível receber com alguma dignidade, pessoas com o carisma do "general sem medo", era o Teatro Avenida, na Av. da Bélgica. A formação/informação política que era proporcionada ao povo em geral era praticamente nula, de modo que só nessas alturas, é que nos apercebíamos de alguns indícios do que seria a situação política que vigorava no nosso país. Para além disso só sabíamos que "até as paredes têm ouvidos", a própria audição da Rádio Moscovo e até da BBC, nas suas emissões em onda curta, tinha que ser feita com todos os cuidados, não fosse a PIDE ser informada.
Recordo-me do grande entusiasmo com que Humberto Delgado foi recebido em Viseu, apesar de a polícia ter de cumprir ordens para impedir ajuntamentos de mais de duas pessoas nos passeios e praças da cidade. Era frequente ouvir-se a polícia ordenar, "circular, circular", sempre que parávamos na via pública a conversar.
Tempos que se espera não voltem...ou que se reconvertam numa democracia centralizada em alternância no partido que detiver as rédeas do poder.
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asn
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