Habituei-me a ler e a ouvir o Prof. Carlos André, como um aluno atento e aplicado ouve o seu professor, de reconhecido mérito, na Universidade.
Por isso nada me espantou o conteúdo do seu último artigo no "Região de Leiria", da semana passada, sob o título "Em nome do futuro: as Línguas Clássicas e nós".
Não o vou transcrever, na totalidade, aqui neste modesto blogue mas, na minha opinião e na de outras pessoas com quem tenho falado sobre o assunto, seria interessante que a Direcção do RL pudesse disponibilizar, via site do Jornal, o texto integral para ficar acessível mesmo aos que não tiveram ocasião de comprar o exemplar do RL em causa. Eu assino-o, há já muitos anos, desde os tempos em que só havia em Leiria, "A Região de Leiria".
Só me vou permitir referenciar o suficiente para se perceber o alcance da ideia do Prof. Carlos André:
"...A língua portuguesa não existiria, da forma como a conhecemos. E essa mesma língua, que é a semente e o cimento da identidade nacional, foi da latina que nasceu, caldeada de muitos outros elementos, muitos deles gregos, e em ambas essas línguas busca permanentemente a sua renovação.
De tudo isso parece esquecer-se a modernidade, apostada em apagar raízes e em fazer tábua rasa do passado. Culpa da ignorância, é verdade, mas também de governos sucessivos que, acastelados nas trincheiras dos valores orçamentais, têm vindo a alimentar o desprezo pela cultura das raízes.
..."
Prosseguindo e apelando:
"Porque é necessário gritar contra o esquecimento, porque é imperioso abanar consciências, porque é preciso sacudir apatias, nomeadamente dos governos, foi aberta à assinatura pública uma petição on line, para travar esse caminho, enquanto é tempo. Eis o endereço:
Assinemo-la. Em nome da memória. Mas sobretudo, em nome do futuro."
Por mim não hesito um momento e que as muitas assinaturas que irão subscrever aquela petição sejam suficientes para se reflectir madura e seriamente no caminho que se deve seguir.
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asn
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