Uma fotografia como tantas outras que tenho tirado ao longo dos muitos anos que levo a retratar aquilo que vejo e me absorve a atenção num determinado momento.
É um desses precisos momentos que aqui deixo publicado.
Dia 5 de Dezembro de 2012, 15 horas de Portugal continental, do miradouro do antigo Paço Episcopal de Leiria, hoje a esquadra da Polícia de Segurança Pública. Vêem-se os campanários da igreja de Sto. Agostinho, a capela do santuário de N. Sra. da Encarnação, na linha de horizonte, os cumes da Sra. do Monte e da Serra da Maúnça.
Um simples retrato? Um mero registo contemplativo?
Os fotógrafos profissionais insistem em que a espontaneidade não implica que o fotógrafo seja menos artífice que o pintor.
Eu, como fotógrafo não profissional, ainda que com muitos anos de experiência na fotografia espontânea, não temática, não me atrevo a propor que a fotografia force a concorrência com a pintura!...
Tema com probabilidades de originar um bom debate!
- talvez tenham interesse em ler http://az-biblioteca.blogspot.pt/2012/12/ensaios-sobre-fotografia.html
- talvez tenham interesse em ler http://az-biblioteca.blogspot.pt/2012/12/ensaios-sobre-fotografia.html
9 comentários:
Há fotografias que parecem uma pintura e há pinturas que parecem fotos.
Fui visitar a exposição “Frida e Diego”. Pinturas e fotos. Em frente de uma fotografia, fiquei indecisa por breves momentos, se, de facto, se tratava de fotografia ou pintura.
Nem sempre apreciei a fotografia com a mesma paixão (talvez com um pouco de exagero) como agora. Tenho muito menos experiência que o António e não tenho o mesmo equipamento fotográfico. Como já tenho mencionado muitas vezes a que utilizo no dia a dia é uma pequena Samsung. Todavia, talvez porque seja uma boa máquina – na minha muito modesta opinião – tenho tirado algumas fotos muito interessantes e tem-me proporcionado a oportunidade de contemplar e apreciar com mais intensidade e pormenor o que me rodeia. Só por isso vale a pena.
Muitas vezes elas pintura e fotografia aparecem interligadas. Um dia eu fui de passeio até Monsaraz. Como não maníaca com as fotografias, tirei várias no castelo.
Mais tarde ao olhar uma dessas fotos acheia tão interessante que paguei nos pincéis e tinta e fiz um quadro.
Dois anos mais tarde estive muito doente, fui submetida a 3 cirurgias e quando fiquei boa peguei na tela e ofereci-a à médica que me tratou e que me disse posterirmente que o quadro tem sido motivo de admiração entre os seus amigos e ocupa um lugar de destaque na sua sala.
Provavelmente se não tivesse tirado a foto, nunca pintaria o quadro.
Resta-me apenas dizer que eu não sou fotografa profissional e muito menos pintora, embora goste de "borrar" telas não entendo nada de técnicas, e o que faço é porque Deus me deus um certo jeitinho de mãos.
Um abraço e bom fim de semana
Bom dia, Catarina, muito me apraz que tenha aposto aqui um comentário como o que acabei de ler.
A fotografia merece todo o nosso esforço no sentido de nos aperfeiçoarmos técnica e eticamente.
Apetece-me deixar aqui e agora esta reflexão:
"Este congelamento do tempo - a insolente comovedora estase de cada fotografia - produziu cânones de beleza novos e mais abrangentes."
Concerteza que voltaremos a este tema.
Bom fim de semana, Catarina, um abraço
Viva, Elvira
Que sortuda foi a médica. Pela forma como terá apreciado a tela ,duas coisas terão acontecido, pela certa:
Por um lado a pintura é do seu gosto, pela técnica usada e pelo tema;
por outro os momentos e emoções que ela representa hão-de ficar registados para sempre naquele instante representado na pintura.
Com a fotografia, o funcionamento da nossa mente é orientado da mesma forma. Fotografar é apropriarmo-nos da coisa fotografada. Foi o que, consciente e idealmente aconteceu, essa atitude aquisitiva da coisa fotografada é-nos instintivamente transmitida, na posse da fotografia.
Ao fim e ao cabo todos nós acabamos por tomar consciência do mundo, no seu globo, através da magia da imagem fotografada.
Estou a ler um livro muito interessante sobre a fotografia e a sua relação com o mundo em geral e o de cada um de nós em particular.
Talvez esse facto me tenha induzido a trazer à baila este tema tão prosaico.
Um abraço
E com Leiria é merecedora de ser captada pelo olhar de tal "pintor"!
A cidade sobe até ao miradouro...
Abraço
Olá Rosa, boa noite
Vejo que anda por aqui, neste momento. Obrigado por ter batido à porta e cumprimentar. Retribuo a saudação com todo o gosto.
Pois, a cidade sobe até ao miradouro, lá isso sobe. E como aquela subida, partindo-se do Largo da Sé, subindo a calçada em direção ao Castelo, é íngreme!
Mas vale a pena, de vez em quando fazer esse percurso, só para ter o prazer de avistar tão panorâmica paisagem!
Dá-se o caso de amanhã, no MiMO, ao pé da Igreja de S. Pedro, se realizar uma sessão de homenagem ao fotógrafo de todo o século passado, José da Silva Fabião, de todo o mérito, também.
E não só o snr. Fabião, também se vai homenagear Raul de Sousa
https://lh6.googleusercontent.com/-YGimutbbgks/UMJaRKpbW7I/AAAAAAAAXfc/71VjSCg2aQg/w497-h373/2012-12-07
Um abraço
ou seguir link
https://plus.google.com/u/0/103815883418384228717
Sem dúvida...um debate com "pano para mangas"!!!
Sauddaes tuas, amigo. Grata pelas palavras...
BShell
A arte de pintar é uma; a arte de fotografar é outra. Não precisam de se justapor, devem viver independentes e interligar-se sempre que o artista desejar.
Parabéns pela bela foto de Leiria.
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