2007/05/06

Lufinha - Ribafeita - Viseu

Na senda de três entradas anteriores (Casal, Ribafeita, Covelas), aqui vos mostro, a última das povoações da freguesia de Ribafeita, que visitei, nos princípios de Abril. Como já tive ocasião de referir, naquele fim-de-semana de 4 e 5 de Abril, proximamente passado, tirei-me de cuidados e aproveitei a minha ida ao Casal, para estar com os meus pais, e lá fomos todos dar um giro pela freguesia.
Antes de regressarmos, a última das povoações que visitámos foi a Lufinha. Verdade seja dita, eu não conhecia esta terra. Parece impossível mas é verdade.
As fotos acima são as que me pareceram mais elucidativas desta aldeia. Tudo já muito alcatroado, novas obras em cimento, arquitectura standardizada, aliás como acontece por todo o país. Com tanta pedra granítica que existe nesta zona é com muita pena que se constata o uso e abuso do cimento, do ferro e do tijolo para construir habitações. É uma dor de alma ver a descaracterização urbanística de zonas do interior.
Que virá a ser da alma serrana e granítica das Beiras? A verdade é que se pode viver segundo padrões modernos sem necessidade de destruir, por substituição, o casario e outros vestígios típicos de cada zona, nomeadamente caminhos com calçadas e muros antiquíssimos, para além das próprias remotas estradas romanas.
Enfim...

* Se pretender observar o mapa da localização de Lufinha
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1ª foto: aspecto do coreto construído no limite da rua de S. Mamede. Se se ampliar a foto pode ler-se a placa e verificar que foi edificado em 2001, graças às boas-vontades dos habitantes;
2ª foto: A capela de S. Mamede, padroeiro da Lufinha. Aliás, ali à volta da povoação sente-se a presença imponente do monte de S. Mamede.


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11 comentários:

a d´almeida nunes disse...

Olá Horácio Martelo
Como podes ver não me esqueci do coreto novo da Lufinha.
Um grande abraço
António Nunes

Ana Ramon disse...

Olá amigo. Estava a ler essa tua reflexão sobre o abuso do uso do cimento e do tijolo, em vez do granito aqui da zona, e dei comigo a pensar que sempre que quero fazer alguma remodelação na quinta em que quero comprar pedras de granito, levam-me o couro e o cabelo. Talvez por isso as pessoas se socorram de materiais mais baratos ainda que descaracterizados. No mês passado soube que em Baiões, pertencente a S. Pedro do Sul, a Câmara pretendeu melhorar a estrada, alargando-a à custa dos terrenos dos munícipes. Nessas obras retiraram as pedras antigas dos muros e construiram-nos depois em tijolo, aproveitando a simplicidade das pessoas que nem sabem para onde foram parar as suas pedras originais. É um belíssimo negócio a venda do granito! E assim vamos assistindo à descaracterização urbanística, como dizes e bem.
Um beijinho

a d´almeida nunes disse...

Ora aí está uma questão importante, Ana Ramon
Quantas situações de "roubo" de granito não se estão a processar por todo o Norte e Centro, pelo menos?
Não há dúvida que as pedras/lajes antigas, algumas até já parcialmente aparelhadas, são um grande negócio. Ainda ontem observei uma cena em que, o mais dissimuladamente possível, um particular/penso que empreiteiro também, terá vendido sabe-se lá por que preço, pedras antigas, pias e outros, a uma empresa especializada em velharias, antiguidades, curiosidades (assim estavam identificadas as caminonetas para as quais esse material estava a ser carregado).
A casa de onde esse material estava a ser despejado, é um dos edifícios mais antigos e característicos da zona antiga de Leiria. Tirei umas fotos, por curiosidade, mas o "pessoal" ficou a olhar-me de esguelha.
Coisas...
Um beijinho também
António Nunes

greentea disse...

preciso da tua ajuda , deixei um apelo o meu canto

Al Cardoso disse...

De facto o cimento continua na mo de cima.
O interessante e que pelo que me parece, por baixo dessa bela cobertura de argamassa pintada de branco na capela, devem existir pedras centenarias!

Anónimo disse...

Muito obrigado sr. NUNES.
Já há muito vi esta matéria realizado por si a respeito da Lufinha, mas acho que não agradeci na ocasião.
AGRADEÇO agora de coração.
Ai que SAUDADES tenho daquela terra.
MUITO AGRADECIDO
Abraços
Horacio

maurito disse...

Boa tarde,

Sou da familia Martello da Lufinha, se o Horácio também for agrdeço se possível o seu contacto.

Ctos.
Mário Santos

Anónimo disse...

Sou filho do Artur Teixeira, e tenho o maior orgulho da aldeia em que meu pai nasceu.
Amo muito esta TERRA.

Anónimo disse...

DOEI ESTE PEDAÇO DE TERRA COM O MAIOR PRAZER, POIS TENHO MUITO ORGULHO DE TER NASCIDO NA LUFINHA, E TER PASSADO MOMENTOS MUITO FELIZES NESTA TERRA.

ARTUR TEIXEIRA DA BARBARA.

Augusta Brito disse...

Muito obrigado primo Artur pela tua dedicação á nossa terra.Pois também tenho a maior dedicação á nossa terra e, tenho todo o orgulho de ser da Lufinha, a nossa terra Natal beijinhos.

Tina Travels disse...

Nasci numa casa da povoação da Lufinha, de onde minha saudosa mãe era natural. Ao ler os interessantes comentários anteriores, fiquei motivado para dizer aos meus conterrâneos que tenho muita consideração por aquela terra e por suas gentes. Recordo que um dos mais ilustres professores que tive, foi o Dr. Lufinha, descendente de uma família originária de lá, tendo herdado o apelido de Lufinha. Fui verificar a etimologia da palavra lufinha e concluí que é o diminutivo da palavra lufa, que, entre os seus significados, um aponta para azáfama, remetendo, a meu ver, para terra de gente laboriosa, trabalhadora...
Fernando Vale