2007/02/04

Naquele tempo...





Hoje é Domingo, dia 4 de Fevereiro de 2007. Estou a dias de completar 6 décadas de vida…
Apeteceu-me deixar aqui, agora, neste meu “dispersamente”, uma nota pessoal…
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Setembro de 1968 - juramento de bandeira - Mafra - Tínhamos acabado a recruta COM na EPI. Nunca mais soube de nenhum destes meus camaradas de armas! Deste pelotão do Curso de Oficiais Milicianos (COM) de julho/Setembro de 1968 só eu segui para a Administração Militar. Os restantes foram todos para atiradores de infantaria e operações especiais. E se eu até nem tinha cunhas, não fiz ronha nas provas físicas, andava sempre nos primeiros lugares em corrida, treino militar em geral e nas restantes provas. Talvez porque tinha acabado o meu curso de contabilista e administração no ex-ICP. Mesmo assim fui mobilizado para Moçambique* onde lá estive de 1969 a 1971.
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Desculpem lá, porque diabo é que, tanto tempo depois, me ponho para aqui a falar destas coisas?!...
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Penso que não será preciso escrever mais palavras. Só uma referência à data: Agosto de 1968.



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O meu cunhado, o Zé Paiva, vê-me, hoje – há umas semanas atrás, que foi quando produziu o trabalho - como mostra na caricatura abaixo.
Não sei porquê mas vejo esta caricatura, de esguelha. Todavia, como todos os que me conhecem concordam com o Zé, tenho que me render à evidência. Mais me parece assim um personagem do séc. XIX ou mesmo da era de Neandertal.
Vejam só o efeito de 40 anos na vida dum sujeito!...

*
África
Moçambique
está a progredir no combate à pobreza.
Fundo Monetário Internacional defende mais reformas para estimular economia.

2007/02/01

Comunicar...com quem quer que seja onde quer que esteja!...


Hoje, a passar as zero horas, em Leiria, arredores, na direcção Este, celestial.
Efeitos inesperados do reflexo da luz da lua na objectiva da câmara.
Sou radioamador, daí se verem as antenas de radiocomunicão em cima do telhado. Há uma semana, pouco mais, trepei à torre que se vê, uma pequenina manutenção, coisa que já não fazia há mais de 10 anos, seguramente.
O sortilégio de olhar e imaginar que nós, radioamadores, já utilizamos a lua como retransmissor natural de sinais de rádio há 15 anos ou mais.
Simplesmente por reflexão, em condições muito especiais, de sinais radioeléctricos em VHF (very high fequency).
Mas também noutras frequências.


O prazer de comunicar de viva-voz, via rádio, à antiga, sem Internets nem outras tecnologias mais modernas!...


CQ, CQ, CQ de CT1CIR, calling anyone, anywhere and listening! Over!

2007/01/30

IVG ou IVV ?

Qual será a resposta à questão que vai ser colocada aos portugueses no próximo referendo sobre a IVG?
- SIM?
- NÃO?
Será que a maioria das respostas que forem contadas nas urnas serão verdadeiramente conscientes da opção que se está a tomar?
Qual deverá ser o cerne desta questão para que o Presidente da nossa República nos está a convocar?
A vida humana começa somente no preciso momento em que o embrião resultante da fecundação do óvulo feminino perfaz 10 semanas? A Interrupção do processo natural de gestação da vida humana só é permitida até esse momento?
Vamos votar pela "qualidade" da vida dos vivos?
Vamos optar pela liberdade irresponsável?
Aborto? Só em condições devidamente particularizadas na lei?
Por muito modernos e socialmente evoluídos que nos queiramos mostrar, temos que admitir que a resposta não é fácil.
SIM: Despenalize-se, isto é, permite-se que o processo biológico da Vida possa evoluir até às 9 semanas e 29 dias. Nessa altura decide-se se se interrompe esse processo de vida ou não;
NÃO: Penaliza-se o aborto de acordo com a lei em vigor. Fica tudo como dantes!
É fácil decidir?
Há quem diga que sim! Para mim, não!
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IVG - Interrupção Voluntária de Gravidez
IVV - Interrupção Voluntária da Vida

2007/01/27

Presidenciais, 1 ano depois

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Quem diria? 13 anos depois...

O Zé Paiva, por mera coincidência, trouxe-me, hoje, alguns dos seus papéis, desenhos, caricaturas, escritos para eu ver, simplesmente. Reformou-se há coisa de um ano e está a pensar retomar o hobby da pintura, do desenho e da caricatura. Tem já umas coisas publicadas no "Ribatejo" e até no "Público" mas não faz alarde disso. Também já participou em exposições e ganhou alguns prémios. Sempre por carolice!...
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Não me lembrava que se estava a comemorar o 1º aniversário da actual Presidência da República Portuguesa! Vi o 2º canal da RTP no intervalo do Belenenses 1-Benfica 2 e, nem de propósito. Estavam a entrevistar Manuel Alegre. Que tinha ficado a 25.000 votos de ir à 2ª volta, que a questão dos voos da CIA começou na cimeira dos Açores no tempo de Durão Barroso, que o Movimento Independente de Cidadania vem comprovar que os cidadãos independentes dos partidos também podem ter uma intervenção de cidadania a tomar na devida conta.

Concordo plenamente!

2007/01/24

Os tempos heróico/românticos da Tipografia

- actualizado em 31/1/2007)


(Uma das faces (repare-se no pormenor dos versos humorístico/publicitários) de um calendário de 1931 que a tipografia "Imprensa Comercial" oferecia aos seus clientes e público em geral)


Pretenderam as gentes de Leiria, em tempos, a honra de nesta cidade ter sido instalada a primeira tipografia, o que não corresponde à realidade como já está documentado . Essa glória cabe a Faro.
Caberá, de facto?
(parte de um painel de azulejos afixado na actual Rua da Tipografia, numa parede exterior da Igreja da Misericórdia, em Leiria)

De qualquer modo, em Leiria, apenas cinco anos passados, estávamos então em 1492, foi instalada a tipografia de Samuel d´Ortas e Filhos na, hoje, Travessa da Tipografia, bem perto do Largo da Sé. Aí se imprimiu o livro "Provérbios de Salomão". Mais tarde, "Os Profetas Primeiros" encomendado pela comunidade judaica. Seguiu-se a publicação de as "Tavulas Astronómicas" de Abraão Zacuto, em 1496, que foram utilizadas por Pedro Álvares Cabral na sua viagem de descoberta do Brasil.

(Evoluída, sítio da criação do primeiro moínho de papel e de uma das primeiras tipografias da península, é em Leiria que vem à luz do dia a primeira obra impressa em português, o Almanach Perpetuum de Abraão Zacuto, corria o ano de 1496. Uma vez mais importante e sem o saber, dava à luz as tábuas de navegação com que o Gama leu o caminho para a Índia.) (in) (actualização em 26/1/2007).

Saltando agora no tempo, vamos para 1903. Largo da Sé. Edifício onde funcionou, no primeiro andar, a Administração do Concelho, cujo primeiro Administrador foi Eça de Queirós.

(A casa dos Paivas, "Pharmácia Paiva", fica situada mesmo defronte desta esquina, no Largo da Sé. Quer uma quer outra, foram locais fundamentais onde se desenrolou uma boa parte da trama do célebre romance de Eça de Queirós, "O Crime do Padre Amaro").



No rés-do-chão surgia a "Imprensa Comercial", hoje "Tipografia Carlos Silva".

...




A Tipografia foi fundada em 1903 pelo snr. Carlos Silva, a que se seguiu seu filho, Carlos Silva e, mais tarde o seu neto, Carlos Silva, actual proprietário.



Atente-se na forma e no estilo da publicidade da época, com a figura do ardina em grande evidência. Não nos podemos esquecer que os jornais e revistas da região de Leiria eram impressos nestas tipografias e, em muitos casos, a distribuição era feita por seu intermédio.


Espero que tenham apreciado esta pequena resenha.

2007/01/21

RENOVAÇÃO CULTURAL

Será que, finalmente, vamos voltar a ter , em Leiria, uma sala de espectáculos à altura das necessidades culturais da nossa região?
Que não seja só para cinema ou para um ou outro espectáculo de puro entretenimento caseiro!
.
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Pode-se dizer, desde já, que a requalificação deste Teatro, que tem o nome do seu fundador e benemérito* que o doou aos Leirienses, estávamos em 1966, parece ter resultado.


..(Clicar nestes links para ver o "programa" completo da inauguração deste Teatro em 1966)

Segundo as informações que nos chegam através da imprensa regional, "O Cine-teatro José Lúcio da Silva, remodelado ao mais alto nível, com destaque para as correcções na acústica, é uma das melhores salas de espectáculo do País. Na segunda-feira, o Presidente da República assiste a um concerto naquele espaço. O vereador da Cultura, Vitor Lourenço, promete programação diversificada e de qualidade." (Jornal de Leiria).
Este Teatro foi brilhantemente gerido até 1994, data da sua morte, por José Teles de Almeida Paiva(1), por acaso meu sogro, sobrinho do Ilustre poeta Leiriense Acácio de Paiva(2), de quem já se falou neste blogue e a quem se prestou recentemente, também, uma justa homenagem no blogue "meninamarota.blogspot.com".

* O busto que se vê na zona ajardinada no lado esquerdo da fotografia representa o comendador José Lúcio da Silva.

(1) Pode-se ler "José Teles de Almeida Paiva - 1917-1994 - Uma Vida, Uma Obra, Uma Cidade", ed. Folheto-2004, autores Zaida Paiva Nunes e António Santos Nunes.(autor do presente blogue)

(2) Acácio de Paiva foi, antes de mais, um brilhante poeta lírico e humorista. A verdade, porém, é que se dedicou com igual mérito a outras áreas da escrita, em prosa e teatro. Colaborou com vários periódicos, Revistas, Almanaques, atingindo a modalidade teatral...Escreveu e publicou diversas peças de teatro, e outros trabalhos como por exemplo, "Programa, com bailados e coros na revista «Pronto! Assim é que é!», em colaboração com D. José de Sequeira S. Martinho (folheto c/ capa aguarelada 16x24, 4 páginas - Junho de 1937). Porque não estabelecer, desde já, um lugar na programação do agora restaurado Cine-Teatro José Lúcio da Silva, dedicado ao trabalho literário deste consagrado Leiriense?

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2007/01/17

REFERENDO: SIM ou NÃO

.(algumas correcções de texto em 21/1/2007) .

. " É já no próximo dia 11 de Fevereiro!
. " 1,5 milhões de Euros a gastar pelos
. partidos!

...

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Dois aspectos quero aqui deixar à consideração dos leitores deste "dispersamente":
1- A foto acima evidencia que o Sim defendido pelo BE tem um espaço de privilégio para a sua propaganda. Em Leiria, na Praça do Município. Nem compreendo como é que se permite colocar outdoors numa praça pública com as tipicidades desta. Se todos os partidos e movimentos utilizassem este ou outros locais públicos similares e de passagem dentro da cidade, perdia-se toda a estética urbanística cuja defesa tanto se proclama. A Praça é para fruir calmamente pela população, sem contrastes estético/visuais e placards desproporcionados àquele local.

Demais, aquele "placard" já ali está a destoar há muito tempo. Não é só de agora.

2- Ao mesmo tempo, política partidária e de defesa duma das opções do próximo Referendo à Despenalização da IVG, vulgo "Aborto", não devem nem podem ser confundidas, sob pena de estarmos a partidarizar uma questão de interesse fulcral para toda a sociedade. É indecente, para não dizer, imoral, ética e politicamente falando, utilizar-se esta oportunidade para se levantarem questões de promoção partidária. Aliás os partidos políticos com assento na Assembleia até deviam, enquanto estruturas de grupo representativas duma determinada corrente política, a viverem com dinheiro do erário público, abster-se de campanhas político/partidárias.

O que está em referendo poderia ter sido resolvido no Parlamento. A partir do momento em que aqueles partidos endossaram a solução do problema social que está em questão, directamente para o Povo, deveria ser este, através de movimentos Independentes exclusivamente, a organizar-se e a movimentar-se no sentido de possíveis e desejáveis campanhas de esclarecimento.

Assim sendo há que dar a Voz ao Povo duma forma directa e independente dos partidos parlamentares.

NB.: AVISO à NAVEGAÇÃO: (actualização em 19/1/2007)

Nada me move contra o Bloco de Esquerda, nem contra nenhum dos outros partidos com assento na Assembleia da República. Posso dizer que até simpatizo com algumas das ideias bloquistas e que fui militante político no Partido Socialista durante mais de 20 anos. Actualmente considero-me na situação de ex-militante, tendencialmente independente dos vários partidos organizados. Sinto-me ligado a uma corrente idiológica que se pode definir na área da social-democracia: PS ou PSD? Daí a minha assunção como "independente". É assim que me sinto bem. A dizer de minha justiça sem ter de prestar contas às estruturas partidárias, quantas vezes comandadas por déspotas e autoritários ou a aspirantes a esses estatutos.


2007/01/16

MIGUEL TORGA - CENTENÁRIO do NASCIMENTO

Estava-me a passar em claro que 2007 é o ano do Centenário do Nascimento de Miguel Torga(*).
A RTP1, no seu Telejornal da hora do almoço, lembrou-mo, assim como a muitos mais de nós, decerto. Aliás, Miguel Torga nasceu em 12.8.1907.
Pelo que apurei, a Escola Secundária Miguel Torga, de Bragança, decidiu homenagear o seu patrono com um ciclo de conferências, exposições e espectáculos que começam dia 17 (é já amanhã tendo em conta a data da edição deste post) e se prolongam por todo o ano. (
mais)
-
Em Junho de 2006 escrevi um post neste blogue, inspirado na fotografia abaixo duma porta envidraçada na Rua da Vitória, em Leiria. Aquela que vai do Largo da Sé para o Largo Paio Guterres (vulgo "largo do gato preto" porque alguém, no decorrer das primeiras décadas do século passado, se lembrou de ornamentar a parede dum prédio que lá serve de pensão, a pensão "gato preto", com um painel de azulejos com a respectiva figura alusiva a este animal). De tal modo ficou arreigada esta referência, que, ainda recentemente, aquando da requalificação daquela área, lá se utilizou aquela figura característica em destaque no chão do largo em calçada portuguesa.

Se se observar a foto com alguma atenção detecta-se o reflexo do autor deste blogue, em pose de fotógrafo. Podia-lhe dar para pior, não acham?...

-
Mais pormenores deste post podem ser consultados em:

http://dispersamente.blogspot.com/2006/06/miguel-torga-na-minha-rua.html

___________
(*)De seu nome completo Adolfo Correia da Rocha, adoptou o pseudónimo de Miguel Torga porque "eu sou quem sou. Torga é uma planta transmontana, urze campestre, cor de vinho, com as raízes muito agarradas e duras, metidas entre as rochas. Assim como eu sou duro e tenho raizes em rochas duras, rígidas, Miguel Torga é um nome ibérico, característico da nossa península"...

2007/01/14

País Lilás

(Continuação do post anterior - )
-
Ontem, Sábado, Praça Rodrigues Lobo, Leiria, Feira das Velharias.
Fui lá com a intenção de tentar comprar algum livro ("País Lilás", se possível) de Afonso Lopes Vieira, cuja obra editada está esgotadíssima, há anos, e somente alguns exemplares existem na Biblioteca Municipal de Leiria com o seu próprio nome.
Havia alguns!...
Optei por um, encadernado a rigor clássico, edição de 1922, da Sociedade Editora Portugal Brasil, La - Lisboa. "País Lilás, Desterro Azul" é o seu título.
Escreve o poeta, em PRELÚDIO:
.
Não tenho culpa, meu Deus,
de fazer versos assim;
pensando bem, não são meus,
são de alguém que canta em mim.
...
E o País Lilás se aloira
no além da saudade plena...
- País Lilás, pátria loira
desta saudade morena.
...
Nostalgias da alma êxul,
canções do mais longe, além...
- País Lilás, que és também

...............Desterro Azul.
-
E em FINAL:
...
Exílio! Exílio! A ansiedade
no além de mim me exilou...
- País Lilás da saudade,
Desterro Azul onde eu estou!
.
Canções, calai esses ais,
saudade, adormece em mim.
O fim de um poema é: «Não mais!»
soluço eterno do fim...
-
* (Consulte-se o semanário "TAL e QUAL" de 12 de Janeiro de 2007, Sexta-feira passada)

2007/01/12

TAL & QUAL - "CIDADÃO JORNALISTA"

Há dias recebi um e-mail dum jornalista do semanário "TALeQUAL" que muito me surpreendeu, dada a minha não ambição de grandes voos mediáticos à conta deste meu blogue "DISPERSAMENTE".

A páginas 27 do último número, o 1386, semana de 12 a 18 de Janeiro de 2007, sob o honroso título "Blogue Bem Informado" lá vem um artigo "VEJA NA NET", uma referência muito elogiosa acerca do papel de participação que os blogues podem desempenhar na vida em sociedade. Neste artigo faz-se uma alusão concreta ao post "Afonso Lopes Vieira e os Jacarandás" conforme o que está publicado no endereço

http://dispersamente.blogspot.com/2006/12/afonso-lopes-vieira-e-o-jacarand.html

Aqui está uma matéria a debater com mais profundidade: a complementaridade do Jornalismo profissional com o papel desempenhado pelos blogues.

Muito interessante.

2007/01/08

A Filha do Capitão...e outras Histórias.

Estou a acabar de ler o livro de José Rodrigues dos Santos, “A Filha do Capitão”.
Os pormenores do ambiente incrível em que o CEP (Corpo Expedicionário Português) teve que actuar na frente da Flandres e a viva descrição da Batalha de La Lys, transportam-nos de tal maneira no tempo e no espaço, que se fica com a sensação de se estar no próprio local naquela época, a viver as peripécias das trincheiras e do campo de batalha da I Guerra Mundial.
Chocou-me sobremaneira o ter confirmado “ao vivo” que os portugueses se bateram bravamente naquela batalha, apesar de terem sido muito mal apoiados pelos ingleses, que era suposto estarem a render os nossos combatentes (desgastados por um período inumanamente longo e exaustivo nas trincheiras, aos rigores do tempo e com equipamento precário) precisamente no momento em que os Alemães (com 3 Divisões bem armadas e frescas) atacaram com violência extrema as linhas desfalcadas do CEP (1 Divisão).
Só quem passou as vicissitudes do serviço militar obrigatório, sujeito ao ritmo da preparação física, militar e psicológica para as guerras que mantivemos nas Colónias, e, particularmente, os que a tiveram que suportar, é que poderá avaliar os horrores que os Combatentes Portugueses da Primeira Guerra Mundial, passaram nas trincheiras e nos raides, ofensivos e defensivos, até ao massacre final em Abril de 1918, em La Lys.
Em 1969, antes de ser mobilizado para Moçambique, cumpri alguns meses de serviço militar no Regimento de Infantaria 7, na freguesia da Barreira – Leiria. Esta razão justifica a minha particular atenção à referência que se faz no livro à actuação dos homens de Infantaria 7 quando se narram as circunstâncias em que se estava, em determinada altura, a proceder à rendição de efectivos.
Depois de ler aquelas descrições e narrativas da vida dos soldados do CEP, lembrei-me de, antes de completar este post, passar pelo Santuário dos Milagres, aqui ao lado de Leiria na direcção Norte/Noroeste, e tirar esta foto duma placa de homenagem aos soldados, pelo menos 3 mortos, oriundos desta zona (RI7). Tenho pena de não ter oportunidade de homenagear da mesma forma,também, nesta oportunidade, os Minhotos e os Transmontanos, tantas vezes referidos no livro de J R dos Santos. Rudes mas combativos até à exaustão e ao sacrifício extremo da própria vida. Como tantos milhares de soldados portugueses que ficaram para sempre nos campos da Flandres, regando com o seu sangue, as palavras de ordem da França: Liberté, Egalité, Fraternité. Que, felizmente, se propagandearam, com o decorrer dos tempos, pelo resto da Europa...
Não nos iludamos, porém. Ainda muito tempo histórico há-de passar até que estes princípios fundamentais da convivência humana sejam plenamente praticados!...

2007/01/05

Um bilião de novas árvores em 2007. Pelo menos!

(Vêem-se pinheiros a nascer...atrás, árvores já bem crescidas. A terra, que se nota mexida recentemente. Do lado de cá foi construído um cemitério, há dois/três anos o que obrigou ao abate de algumas árvores. Em contrapartida, como resultado da necessária movimentação de terras, aí estão novas árvores, com condições para viverem por longos anos. Assim o Homem as ajude na sua função, preservando-as. Estamos na freguesia da Barreira - Leiria).
-
A Floresta e a Vida

As florestas proporcionam não somente protecção ambiental, mas também significativas fontes de rendimento e meio de subsistência a mais de um bilião de pessoas, que delas dependem em todo o mundo.
As árvores são a fonte de uma enorme variedade de produtos (madeira, fruta, medicinais, bebidas, alimentos) e são fundamentais para o controlo do anidrido carbónico na atmosfera, dão-nos sombra tão útil e agradável em dias de canícula, embelezam a paisagem, controlam a erosão dos solos, fertilizam a terra.
Sem as árvores a vida humana seria insustentável.
As florestas também desempenham um papel importante na cultura e nas actividades espirituais e recreativas de muitas sociedades. Em alguns casos elas são o sustentáculo e determinam a sobrevivência de culturas tradicionais indígenas.
As florestas e árvores são simbolicamente importantes para a maior parte das principais religiões do mundo. As árvores simbolizam a continuidade histórica, elas fazem a ligação entre a terra e os céus e, para muitas tradições, elas são a casa quer dos espíritos bons quer dos maus e ainda das almas dos nossos ancestrais.
As florestas também desempenham um papel importantíssimo nas sociedades modernas. Elas são incontestáveis e poderosíssimos símbolos universais, a expressão física da vida, crescimento e vigor para os seres vivos, particularmente os nossos semelhantes habitantes das zonas urbanas, rurais e das próprias florestas. Produtos medicinais retirados das árvores ajudam na cura de doenças e no incremento da fertilidade.
As árvores são plantadas quer como o berço duma criança quer em locais representativos do fim da vida física; os cemitérios.

(Tradução livre do artigo "Trees and Humanity" do site da
UNEP-United Nations Environment Programme.)
No âmbito da maior campanha mundial de fomento da plantação de árvores, que tem em vista a plantação de, pelo menos, um bilião de árvores, durante o ano de 2007.
É feito o convite expresso às pessoas individuais, comunidades, comércio e indústria, organizações não governamentais e às próprias instituições governamentais para colocarem nos seus sites na Internet o logotipo desta campanha como forma de divulgar e ampliar este apelo.

2007/01/01

2006/12/31

ANO NOVO, ANO NOVO, deita fora o Ano Velho...

Recebi este cartoon do meu amigo F´Santos e não quis acabar o ano sem o publicar.
Vistas bem as coisas até vem a propósito do título desta nota, que, por sua vez, me veio à ideia, ao lembrar-me de cantigas populares antigas deste período do ano.
Claro que, tendo em conta o tema específico do cartoon, se levanta a velhíssima questão da pena de morte. Convenhamos que em termos da forma de organizar a vida do homem em sociedade, em comunidades, a pena máxima também poderá ter a sua justificação. No caso de Ditadores sanguinários, que mandaram matar homens, mulheres e crianças, sem apelo nem agravo, somente para dominar povos inteiros pelo medo, mantendo as pessoas silenciadas e quedas, pelo permanente terror de poderem ser as próxmas vítimas, penso que não será de invocar a defesa do direito à vida...
Só que...
Quantos ditadores "legais" não habitam este planeta e não sofrem qualquer penalização pelos crimes de morte que são cometidos sob a sua orientação estratégica em nome do Poder?
-
Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti, em árabe صدام حسين (Tikrit, 28 de Abril de 1937
Executado por enforcamento em Bagdad, 30 de Dezembro de 2006).


Mais(...)

2006/12/28

ANO I de BLOGUES - Um balanço

NOTA PRÉVIA:
Pela 2ª vez na história deste blogue fui atacado. Com bombas convencionais, na 1ª vez, há uns dois meses atrás. Hoje, já a coisa foi mais sofisticada. Já meteu mísseis teleguiados de última geração.
Não faço ideia de onde terá partido este ataque terrorista, mas aqui deixo à consideração de quem de direito os endereços dos sites para os quais este blogue era reencaminhado automaticamente: virob.com; stocktrading.com e stocktradingtips.com . É claro que não estou nem posso estar a acusar ninguém. Esta indicação fica aqui registada para possível orientação de casos similares. Cá me desenvencilhei, para já, alterando o "template". Como consequência, fiquei sem a maior parte dos links. Mas vou repô-los tão breve quanto possível, até porque tenho cópias de segurança para o que pudesse acontecer de imprevisto.
Uma coisa é certa. Quem me garante que não voltarei a ser "bombardeado"? Era eu o objectivo ou foi engano? Se não era eu, então tenho que reclamar dos danos colaterais que me foram causados. Pelo menos deram-me cabo da paciência...
(Esta nota foi escrita depois do texto que se segue. De qualquer modo fica a fazer parte deste Balanço de 2006, que estou a apresentar).
-
Entrei no mundo dos blogues em finais de 2005 ainda que só a partir de Janeiro de 2006 é que me tenha organizado minimamente.
Claro, as interrogações que me continuam a assaltar constantemente, são várias:
- Por quê escrever e publicar para todo o mundo?
- Que termo usar: blog ou blogue?
- Que temas abordar?
- Ter ou não ter mais que um blogue activo?
- Manter as páginas (sites) tradicionais em actividade, inactivas ou apagá-las da Rede, pura e simplesmente?
- Outras, várias e dispersas que não será oportuno dissecar num simples post deste modesto blogue.
Em jeito de balanço apetece-me dar o meu contributo para se aprofundarem possíveis respostas às questões acima levantadas.

Por quê escrever?
Podíamos começar por abordar este tema fazendo um apelo geral às escolas, aos pais, aos meios de comunicação social, aos jovens. É preciso ler. Ler muito e sobre os temas mais variados. E reflectir sobre o que se lê. E comentar o que se lê, que só assim se poderá seleccionar as disciplinas a tratar e a forma de as encarar. Com mais ou menos profundidade. Tendo sempre em conta que o que se escreve e como se escreve deve ser perfeitamente direccionado, diria mesmo, cirurgicamente orientado.
A prioridade terá de ser: LER muito.
E haja quem escreva, com responsabilidade!

Blog ou Blogue?
Quando se começa a escrever nos blogues a primeira tentação é utilizar o termo original do inglês: blog. Depois começamos aos poucos a questionarmo-nos, porque não usar uma palavra que nós possamos vir a integrar no português? Blogue acho que está bem. Claro que teremos que esperar mais algum tempo até que se torne oficial o uso deste provável novo vocábulo. Até pode acontecer que, entretanto, passemos a nova fase das comunicações e nem seja preciso fazer adaptações à nossa língua!

Que temas abordar?
Os blogues já em actividade são aos milhões. Já se fala em mais de 90 milhões a nível global. No entanto, passado o boom de 2006, é muito provável que só se mantenham em actividade regular, menos de metade. É que manter um blogue com algum interesse e que motive as pessoas a consultá-lo não é tarefa simples nem se consegue levar avante com uma atitude meramente desportiva, a fazer praia, de toalhinha na mão, alpercatas para não queimar os pezinhos ou no café a fazer sala (quando muito a trocar umas palavrinhas breves com os amigos e beber um cafezinho…). Claro que estou a pensar propriamente nas pessoas que gostam de participar dos blogues e que, em simultâneo, exercem a sua actividade profissional, colocando esta em primeiro lugar, como é lógico e terá de ser.
Os temas que estão a ser abordados nos blogues são múltiplos, há assunto para todos os gostos. Uma coisa é certa. A base de dados dos motores de busca, designadamente da Google está a aumentar exponencialmente, todos os dias, com novas entradas vindas dos blogues. É de loucos!
Tanta gente a escrever, a publicar imagens, pintura, escultura, desenho, fotografia de reportagem e artística, vídeos, música, sei lá que mais! Em catadupa! Por quanto tempo mais?

Ter ou não ter mais que um blogue?
Com as facilidades que nos estão a ser concedidas por muitos e variados servidores, para não referir somente os que estão na moda, como os da Google/Blogger e Sapo, cada utilizador desta nova e revolucionária ferramenta da Net, segundo as minhas observações, abre em média 3 a 4 blogues, alguns sem grande actividade, é certo.
Quanto a mim tenho sentido a necessidade de 4 blogues: “dispersamente” (generalista), “dentro de ti ó leiria” (regional), “comentários em blogues” e “Freguesia da Barreira” (local).

Manter sites tradicionais?
Tenho vários sites activos (pouco): “leiria.no.sapo.pt”; “leiriana.net”; freguesiadabarreira.com” e outros que quase já lhes perdi o endereço.
Estou num momento de reflexão: vale a pena mantê-los?
O “leiria.no.sapo.pt” é, para mim, uma relíquia e um símbolo. Foi, talvez, o primeiro site particular a abordar temas generalistas sobre o concelho de Leiria, já lá coloquei variada informação e foi com ele que consegui manter-me, dentro das minhas naturais limitações (sou um simples amador que gosta de acompanhar as novas tecnologias, melhor, de não perder o comboio de alta(íssima) velocidade em que elas viajam).
Com o “leiriana.net” (domínio próprio) pretendo manter e marcar um lugar independente na Net.
Os demais, logo se verá.

E tantas outras interrogações!
A todo o momento estamos a ser confrontados com novos conhecimentos, novas técnicas, novos equipamentos, novo software.
Uma teia infernal!…
RESUMINDO, que não concluindo:

ESTOU-ME A SENTIR BEM A FAZER PARTE DESTA GERAÇãO BLOGUE

2006/12/24

Eu, asn, hoje.

Eu não sou sempre como me estão a ver ou a julgar que me vêm...
De qualquer modo, foi assim que a câmara fotográfica me apanhou hoje, dia 24 de Dezembro de 2006.
Por baixo desta boina há muito pouco cabelo. E os globos de iluminação do jardim não sei se me iluminam o suficiente...

Sou o autor deste blogue, que eu próprio acho que não é grande coisa, tem muitas insuficiências, dispersa-se em demasia, contradiz-se com frequência, enfim, é um trabalho orientado por um homem...simples/humanista a toda a prova e muito interessado em observar e analisar o que o rodeia.
Não pretendo ser professor de nada nem de ninguém, não tenho pretensões em ensinar o que quer que seja, mas se puder ser útil nalguma circunstância estou sempre disponível. Assim os meus préstimos possam ter alguma utilidade.

Estou na blogosfera como Sou, tal qual.

DESEJO a TODOS os MEUS AMIGOS que me têm acompanhado nesta jornada de aventura pelo mundo dos blogues, quantas vezes, duma forma intimista, também algo/muito DISPERSA, como já devem ter confirmado,

UM FELIZ NATAL (Para os que querem acreditar nesta Quadra de Solidariedade, Fraternidade e alguma Religiosidade)
e
UM ANO de 2007, que não se apresente demasiado severo para com os Portugueses em particular e o Mundo em geral.
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2006/12/19

Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade

In "gatimanhos" (passagem de "O meu pé de laranja lima" de José Mauro de Vasconcelos
"...
Olhei Papai.
O seu rosto barbado, os seus olhos. Só pude falar.
- Papai… Papai…
E a voz foi sendo consumida pelas lágrimas e soluços.
Ele abriu os braços e estreitou-me ternamente.”
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Passando ao post propriamente dito:
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É Natal

Às vezes nestes Natais modernos, com tão poucas lareiras e tão pouco mistério, dou por mim a desejar que algum dos meus netos sinta o esvoaçar da camisinha azul e ganhe para toda a vida a força poética da imaginação.” Rosa Lobato de Faria in “Os Linhos da Avó”

Com que saudades recordo o Natal da minha meninice. O encantamento e a magia andavam no ar. Não havia luzes pelas ruas. Não havia árvores de Natal. Festejava-se o nascimento do Menino Jesus e era Ele que descia pela chaminé e nos deixava, no sapatinho, os presentes tão desejados. Que noite comprida a de 24 de Dezembro! Com que ansiedade esperávamos pelo alvorecer do dia 25! Teria o Menino Jesus escutado os nossos pedidos?
E o cheirinho a filhós e rabanadas fritas pela noite dentro! Que delícia! E o cabrito, o peru… e até o bacalhau parecia muito mais apetitoso pelo Natal!
E era o irmos apanhar o musgo e a construção do presépio. Lindo e todos os anos diferente. Mas sempre, em primeiro plano, a gruta com o Menino Jesus. Afinal era o Seu nascimento que se festejava.
E era a visita ao Convento dos Franciscanos para podermos ver o maravilhoso presépio articulado. Bastava colocar uma moeda e tudo ganhava vida.
Depois importámos o Pai Natal! Simpático velhinho, mas sem a magia do nosso Menino Jesus. Bem que tentei, com os meus filhos, conjugar a magia dos dois: o Pai Natal passou a ser o ajudante do Menino Jesus e vinha deixar um saco com os presentes à porta de casa. Só o mais velho da família, então o meu pai, o podia ver e falar-lhe. O maravilhoso que via nos olhos dos meus filhos e sobrinhos era fantástico!
E começámos a construir também a árvore de Natal, para além do presépio.
Entretanto chegaram os netos. Mas estes Natais modernos pouco ou nada têm de magia e mistério. Pouco têm até de espírito natalício!
Mas mesmo assim continuo a tentar que o mistério não desapareça. Lá vou telefonando ao Pai Natal, que já tem telemóvel, claro… E é também pelo telefone que ele me avisa que vai chegar e que os meninos se têm que retirar da sala para que lá sejam colocados os presentes. E, se bem que não acreditem a 100% nas minhas estórias, o certo é que a incerteza e a ansiedade ainda os dominam. A eles e a mim.
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É Natal

E para aqueles que crêem,
E para os outros também,
Começa e febre das prendas
P’ra todos e p’ra ninguém.

Compram-se prendas pròs filhos
Pròs amigos e prà mãe.
Compram-se até presentinhos
Para os bichinhos também.

É Natal

E por aqueles que crêem,
E pelos outros também,
São espalhadas muitas luzes
Para que lembrem Belém.

Brilham luzes pelas ruas,
Brilham nas lojas, nos lares;
Há mil árvores de Natal,
Músicas se ouvem nos ares.

Mas no coração dos homens,
Apesar de ser Natal,
Dos que crêem e dos outros,
Em vez o bem reina o mal.

Era bom que todos eles,
Acreditem em Deus ou não,
Deixassem que tanta luz
Lhes entrasse no coração.

E se assim fosse, quem sabe?
Houvesse paz afinal.
E teríamos, então, na Terra
O verdadeiro Natal.

Zaida

Itália, 1949. A. Giannetti - Centro Bíblico dos Capuchinhos (Fátima)
-

Dia de Natal

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
……………………………………………………
Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade,
Glória a Deus nas Alturas.”

António Gedeão

2006/12/18

BOM NATAL 2006


Ontem, na APPA* do Colégio de S. Miguel, em Fátima. Um dos 74 presépios em exposição e concurso, em regime de votação pelos visitantes.

Este presépio é duma concorrente/artista especial...

*
APPA - Associação de Pais, Professores e Alunos. (mais presépios, a seguir)

Os artistas/artesãos são alunos do 5º e do 6º anos. Claro que parece vislumbar-se uns dedinhos "invisíveis" de "ajudas" de inspiração "divinais".

...E já agora, desejos de um Felicíssimo NATAL, com esta foto, tirada hoje de manhã, em Leiria, no Largo da Sé, fazia muito nevoeiro. O dia, no entanto, está lindo, cheio de Sol...


2006/12/15

Cartas do Peru dos Olivais

Acácio de Paiva foi, como já repetidamente aqui tem sido referido, um insigne poeta Leiriense e, justamente, considerado o maior poeta humorista português.

Dada a minha ligação com a família Paiva, que acabei por integrar a partir de 1968, é natural que me tenha disponibilizado de há mais de uma década, a divulgar o seu nome e a sua obra, sempre que me surja alguma oportunidade.
Aconteceu que, muito recentemente, por via dos contactos que se vão estabelecendo através desta teia dos blogues, a minha querida amiga “menina_marota” (nome de blog), porque também comunga deste sentimento de admiração pelo poeta Acácio de Paiva, utilizou o seu sítio na Net para o divulgar, com a maestria que os bloguistas lhe reconhecem, dois poemas bastante representativos do estilo deste poeta da primeira metade do séc. XX. Época em que viveu, que poeta é e continuará a ser devidamente considerado, ad eternun.
Nesta oportunidade quero deixar aqui expressos os meus agradecimentos à disponibilidade desta amiga que mais justificados se tornam já que há dias me enviou uma belíssima gravação das “cartas do Peru dos Olivais” poemas de referência do talento e da consagração de Acácio de Paiva. A voz que encorpou esta singela homenagem é do Luis Gaspar e pode ser apreciada seguindo o link http://www.truca.pt/boas_festas.mp3 .
Simplesmente, uma maravilha!...
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E já agora, que estamos em época de Festa e jantares em família, esperando que ninguém se venha a sentir como "um peru em vésperas de Natal", aqui deixo uma receita tirada dum livrinho dos anos 50 do séc. passado, edição da "MARGARINA CHEFE":(continuação) --> passador e uma colherinha de açúcar. Tapa-se e deixa-se a ferver em lume brando até a perua estar cozida, o molho reduzido e apurado.

Serve-se, acompanhada com o arroz dos miúdos.

2006/12/14

O entusiasmo dos Blogues

Há meses que ando para fazer uma cópia de segurança deste blogue.
Entretanto, a Blogger garante-nos que não há problemas, que têm cópias de segurança nos servidores. Acontece, porém, que já se sabe que os blogues alojados neste impressionante servidor já andam à roda dos 90 milhões e que este número continua a crescer exponencialmente todos os dias.
De tal modo a “Google” nos tem facilitado o acesso a este e outros serviços gratuitos, como o e-mail a 2 Gigas de capacidade, que a concorrência, Microsoft incluída, já não sabe o que fazer à vida. Em Portugal, por exemplo, temos o caso do Sapo, que, parece-me, está a atravessar momentos de grandes incertezas quanto a rumo a dar à sua estratégia de marketing.
Parece-me a mim que não estarão a trilhar o melhor caminho, porquanto:
1) Páginas pessoais grátis: tenho uma página
http://leiria.no.sapo.pt/ em actividade desde 2000. Ultimamente estou a ser confrontado com a indisponibilidade manifestada pelo Sapo para me permitir actualizar a dita página web directamente através do meu próprio utilitário de FTP, o que sempre fiz. A razão invocada tem a ver com o facto de eu não aceder à Internet através deste servidor. O que se passa é que, no local onde vivo, lamentavelmente, apesar de estar a 5 Km do centro da cidade de Leiria, não tenho acesso ao sinal de ADSL nem de cabo. Nessa sequência, acabei por optar pela placa 3G da Vodafone. Mesmo assim, o acesso por FTP à minha página está cortado. Lamenta-se este facto, tanto mais que já dei estas explicações àquela entidade. Além disso, esta página já está referenciada nos motores de busca e constitui uma ajuda a não desprezar para quem necessitar de informações sobre o Concelho de Leiria.
2) As contas de e-mail grátis de 25 MB não têm possibilidade de competir com as de 2 Gb do Gmail.
3) As possibilidades dos serviços da Google associados à conta que nos estão a atribuir gratuitamente são imensas, não temos como resistir a tanta “bondade”.
4) A zona de comentários dos Blogs do Sapo levantam diversos obstáculos aos utilizadores que não sejam os seus próprios. A Blogger nem por isso, facilitando mais a postagem de comentários por não utilizadores “blogspot.com”.

Ora bem.
Tudo isto para deixar aqui a informação de que, após muitas hesitações, lá me decidi a mudar para a plataforma Beta da “Blogger”. Andei um tanto ensarilhado com esta operação quando optei por optimizar a nova apresentação do Blogue. Estava a perder links e outras alterações que tanto trabalho me tinham dado a colocar no “Template” anterior. Por acaso, os informáticos da Google deviam ter previsto esta mais que provável atrapalhação de muitos bloguistas e lá consegui descobrir que podia retomar a configuração clássica sem ter que voltar para o Blogger antigo, operação essa que já seria impossível. Um alívio. Desta forma não perdi dados que havia acrescentado na barra lateral de navegação, tais como “recomendações”, contadores e outras notas.
Pelo que me apercebi ainda tenho muito que aprender para tirar o máximo partido da minha conta “gratuita” da Google.
Com o tempo e muito entusiasmo a coisa há-de ir.
Penso eu!...

2006/12/10

Afonso Lopes Vieira e o Jacarandá

Afonso Lopes Vieira, escritor dos sécs. XIX/XX, natural de Leiria, imobilizado numa estátua na cidade, no preciso local da casa onde nasceu, já demolida, parecendo que está a olhar, pensativo, interrogando-se do porquê de lhe terem plantado um Jacarandá ali mesmo ao lado e espantado ao ler marcas de nomes estrangeiros naquela rua estreita, por sinal a Rua da Graça, que se liga à Praça Rodrigues Lobo, outro ilustre poeta bucólico Leiriense.
Sem dúvida que o Jacarandá é uma árvore muito ornamental, que começa o ano com flores azuis lilás, cobrindo-se de seguida de folhas verdes, que este ano estão a manter-se nas árvores um pouco para além do período normal da sua permanência, concerteza por motivo da muita humidade que se tem feito sentir.
Não será, porém, na minha opinião, a árvore que melhor se adaptaria à criação dum ambiente propício à evocação da memória do grande escritor e poeta bucólico, que foi Afonso Lopes Vieira.
Ou terá havido uma associação ao título do seu livro "País Lilás" (1922)?
Um pinheiro manso seria a companhia ideal, digo eu. Até pelas suas íntimas ligações com o pinhal, ou não tivesse sido Afonso Lopes Vieira um assíduo frequentador de S. Pedro de Moel. Onde alíás, existe uma casa-museu com o seu nome.
O Mar e o Pinhal foram os principais motivos da sua obra poética.

2006/12/09

Uma tarde em família

Hoje, dia tempestuoso, chuvoso, ventoso e gélido,

resolvemos, eu e a Zaida, ir até ao Pedrógão, passar uma tarde em família. Com o Zé Paiva, a Fátima e a Ana Paiva, não sabíamos se estaria mais alguém. E estavam, confirmámos. Para começar, a Nina encarregou-se de nos chamar a devida atenção para a sua presença.



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O Toino Prestes, esse grande amigo de longa data, daqueles que nós vemos a envelhecer connosco, os anos a passarem céleres, os robalos a fazerem-nos caretas (muito mais a mim, que sou menos persistente e muito menos sabedor da arte de bem pescar à linha...ah e o Zé a fazer kilómetros, praia acima, em direcção ao Norte, a corricar...etc etc) também se fez presente, bem assim como a Sofia e os pais. Ao fim do dia, acabámos a jantar uma chanfana à moda da Sofia, que estava uma delícia. Ora digam lá que não. E não se mostra o prato todo, não vá por aí alguém descobrir o segredo da receita!